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Transcrição:

4. ESTRUTURA GERAL DO SISTEMA EDUCACIONAL 4.1 A ESTRUTURA DO SISTEMA EDUCACIONAL A tul estrutur e funcionmento d educção brsileir decorre d provção d Lei de Diretrizes e Bses d Educção (Lei n.º 9.394/96), que, por su vez, vincul-se às diretrizes geris d Constituição Federl de 1988, bem como às respectivs Emends Constitucionis em vigor. O digrm 1, n págin seguinte, present estrutur gerl do sistem educcionl. Porém, no decorrer d exposição de cd um dos níveis e modliddes de ensino, será possível observr o cráter flexível d legislção educcionl vigente, levndo-se em cont utonomi conferid os sistems de ensino e às sus respectivs redes. Resslt-se ind o momento de dptção e dequção dos sistems à legislção educcionl recente, o que se crcteriz pels reforms e normtizções em implntção. 4.2 CARACTERÍSTICAS GERAIS DO SISTEMA EDUCACIONAL 4.2.1 Níveis e modliddes de ensino De cordo com o rt. 21 d Lei de Diretrizes e Bses d Educção Ncionl (Lei n.º 9.394/96), educção escolr compõe-se de: I. Educção básic, formd pel educção infntil, ensino fundmentl e ensino médio; II. Educção superior. A educção básic «tem por finlidde desenvolver o educndo, ssegurr-lhe formção comum indispensável pr o exercício d ciddni e fornecer-lhe meios pr progredir no trblho e em estudos posteriores» (rt. 22). El pode ser oferecid no ensino regulr e ns modliddes de educção de jovens e dultos, educção especil e educção profissionl, sendo que est últim pode ser tmbém um modlidde d educção superior. «A educção infntil, primeir etp d educção básic, tem como finlidde o desenvolvimento integrl d crinç té seis nos de idde, em OEI MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE BRASIL 35

seus spectos físico, psicológico, intelectul e socil, complementndo ção d fmíli e d comunidde» (rt. 29). A educção infntil é oferecid em creches, pr crinçs de zero três nos de idde, e pré-escols, pr crinçs de qutro seis nos. OEI MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE BRASIL 36

Digrm 1 ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA PÓS GRADUAÇÃO STRICTO SENSU DOUTORADO MESTRADO LATU SENSU PÓS-DOUTORADO ESPECIALIZAÇÃO APERFEIÇOAMENTO OUTROS GRADUAÇÃO EDUCAÇÃO SUPERIOR Durção vriável Anos de estudo 3 6 CURSOS SEQUENCIAIS CURSOS DE EXTENSÃO EDUCAÇÃO PROFISSIONAL PROCESSOS SELETIVOS A prtir de 15 nos Idde ENSINO MÉDIO Anos de estudo 3 4 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Mínimo: 18 nos de idde EDUCAÇÃO BÁSICA 7 o s 1 4 n o s Idde ENSINO FUNDAMENTAL Anos de estudo 8 n o s EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS Mínimo: 15 nos de idde EDUCAÇÃO ESPECIAL Integrd, preferencilmente, n rede regulr de ensino; tendimento em clsses, escols e serviços especilizdos; educção pr o trblho 4 6 0 3 Idde EDUCAÇÃO INFANTIL Pré-escol Creche OEI MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE BRASIL 37

O ensino fundmentl, cujo objetivo mior é formção básic do ciddão, tem durção de oito nos e é obrigtório e grtuito n escol públic prtir dos sete nos de idde, com mtrícul fculttiv os seis nos de idde. A ofert do ensino fundmentl deve ser grtuit tmbém os que ele não tiverm cesso n idde própri. O ensino médio, etp finl d educção básic, objetiv consolidção e profundmento dos objetivos dquiridos no ensino fundmentl. Tem durção mínim de três nos, com ingresso prtir dos quinze nos de idde. Embor tulmente mtrícul neste nível de ensino não sej obrigtóri, Constituição Federl de 1988 determin progressiv extensão d obrigtoriedde e grtuidde d su ofert. A educção superior tem como lgums de sus finliddes: o estímulo à crição culturl e o desenvolvimento do espírito científico e do pensmento reflexivo; incentivr o trblho de pesquis e investigção científic, visndo o desenvolvimento d ciênci e d tecnologi e d crição e difusão d cultur, e, desse modo, desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive. El brnge cursos seqüenciis nos diversos cmpos do sber, cursos de grdução, de pós-grdução e de extensão. O cesso à educção superior ocorre prtir dos 18 nos, e o número de nos de estudo vri de cordo com os cursos e su complexidde. No que se refere às modliddes de ensino que permeim os níveis nteriormente citdos, tem-se: Educção especil: oferecid, preferencilmente, n rede regulr de ensino, pr educndos portdores de necessiddes especiis. Educção de jovens e dultos: destind àqueles que não tiverm cesso ou continuidde de estudos no ensino fundmentl e médio n idde própri. Educção profissionl: que, integrd às diferentes forms de educção, o trblho, à ciênci e à tecnologi, conduz o permnente desenvolvimento de ptidões pr vid produtiv. É destind o luno mtriculdo ou egresso do ensino fundmentl, médio e superior, bem como o trblhdor em gerl, jovem ou dulto (rt. 39). Além dos níveis e modliddes de ensino presentdos, no Brsil, devido à existênci de comuniddes indígens em lgums regiões, há ofert de educção escolr bilíngüe e interculturl os povos indígens. Est tem por objetivos: «i proporcionr os índios, sus comuniddes e povos, recuperção de sus memóris histórics; refirmção de sus identiddes étnics; vlorizção de sus língus e ciêncis; ii grntir os índios, sus comuniddes e povos, o cesso às informções, conhecimentos técnicos e científicos d sociedde ncionl e demis socieddes indígens e não-índis» (rt. 78). OEI MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE BRASIL 38

4.2.2 Polítics geris: prioridde De cordo com o Plno Ncionl de Educção (Lei n.º 10.172/2001), um ds principis prioriddes refere-se à grnti de cesso o ensino fundmentl obrigtório de oito séries tods s crinçs de 7 14 nos. Conforme legislção educcionl brsileir, cbe os Estdos e Municípios responsbilidde pel ofert do ensino fundmentl. No entnto, há que ressltr o ppel d União n ssistênci técnic e finnceir às demis esfers governmentis, fim de grntir ofert d escolridde obrigtóri. A consecução desse objetivo tem sido ssocid polítics e ções governmentis relcionds, entre outrs, à regulrizção do fluxo escolr, à formção de professores e à elborção de diretrizes curriculres. No que se refere à regulrizção do fluxo escolr, s lts txs de defsgem idde-série presentes ns esttístics ncionis têm conduzido formulção e implementção de polítics pr correção e dequção ds iddes dos lunos à série escolr correspondente. Dus polítics são de grnde relevânci pr consecução desse objetivo: ) implementção de progrms de celerção de prendizgem que, com o suporte de mteriis didático-pedgógicos específicos, ênfse n elevção d uto-estim do luno e ofert de infr-estrutur dequd os professores, possibilit o vnço progressivo do luno às séries e períodos subseqüentes; b) reorgnizção do tempo escolr trvés d implntção dos ciclos escolres, grupndo os lunos de cordo com s etps de desenvolvimento do indivíduo. As polítics de regulrizção do fluxo escolr têm sido implementds tnto pelo governo federl em prceri com outrs instituições como trvés d inicitiv dos próprios Estdos e Municípios. A reorgnizção do tempo escolr vem sendo mplmente discutid nesss esfers governmentis, de modo que su desão tem sido crescente. No que diz respeito à formção de professores, ções têm sido direcionds pr grntir formção inicil e continud dos professores, bem como infr-estrutur dequd pr o desenvolvimento do seu trblho, tis como remunerção dequd, tempo pr estudo, tulizção e tempo de crreir. Entre esss ções, destcm-se: Grnti de formção mínim, ou sej, que todos os professores tenhm o curso superior completo como formção mínim. Progrms de formção de professores distânci, com utilizção de recursos tecnológicos, como TV Escol, com o objetivo de formr professores leigos, principlmente em locliddes onde o número de professores ness situção é mior. As polítics reltivs à formção de professores são de responsbilidde de tods s esfers governmentis. Esforços têm sido empreendidos fim de que sejm obtids prceris com instituições de ensino superior, orgnizções não-governmentis e gêncis de finncimento, de modo tornr possível formção mínim exigid pel legislção educcionl, OEI MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE BRASIL 39

que, prtir de dezembro de 2007, será licencitur plen, obtid em cursos de nível superior. A definição de referenciis e diretrizes curriculres pr os diversos níveis e modliddes de ensino tmbém se encontr entre s prioriddes ds esfers governmentis. Cbe à União, em colborção com os Estdos, o Distrito Federl e os Municípios, estbelecer s «competêncis e diretrizes pr educção infntil, o ensino fundmentl e o ensino médio, que norterão os currículos e seus conteúdos mínimos, de modo ssegurr formção básic comum» (LDBEN, rt. 9º, inciso IV). A concretizção de ções com esse direcionmento resultou n definição de: ) referenciis curriculres ncionis pr educção infntil; b) referenciis curriculres pr educção indígen; c) propost curriculr pr educção de jovens e dultos; d) prâmetros ncionis curriculres pr o ensino fundmentl (de 1ª 4ª e de 5ª 8ª série); e) dptções curriculres pr educção de lunos com necessiddes educcionis especiis; f) prâmetros curriculres pr o ensino médio; e g) diretrizes curriculres pr todos os níveis e modliddes de ensino. 4.2.3 Atenção à diversidde étnic e lingüístic A Secretri de Educção Fundmentl do Ministério d Educção possui um Coordenção Gerl de Apoio às Escols Indígens (CGAEI) cujo objetivo é de reforçr e vlorizr construção de um polític públic educcionl pr s escols indígens, de cordo com s reivindicções dos diversos povos indígens e dos princípios estbelecidos pel Constituição de 1988. Ess Coordenção desenvolve progrms e ções de poio projetos que contemplem educção interculturl, tis como formção inicil e continud dos professores indígens, produção de mteril didático e divulgção d temátic indígen pr s escols. 4.3 CALENDÁRIOS E HORÁRIOS ESCOLARES, GERAIS E POR NÍVEL A Lei de Diretrizes e Bses d Educção Ncionl define pr educção básic, nos níveis fundmentl e médio, crg horári mínim nul de oitocents hors, distribuíds por um mínimo de duzentos dis letivos de efetivo trblho escolr, excluído o tempo reservdo pr os exmes finis; pr educção superior, o no letivo regulr tem durção de, no mínimo, duzentos dis de efetivo trblho cdêmico, tmbém excluído o tempo destindo os exmes finis. Pr o cumprimento d crg horári mínim, tnto n educção básic como n educção superior, o no letivo escolr inici-se em fevereiro e termin em dezembro, com interrupção de um ou dus semns nos meses de julho e dezembro, pr o recesso escolr, e durnte o mês de jneiro, pr s féris escolres. Esss definições são seguids em todo o pís, com lgums modificções condicionds às norms de cd rede e/ou instituição OEI MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE BRASIL 40

escolr. No entnto, legislção é bstnte flexível em termos de dequção do clendário escolr às peculiriddes locis, inclusive climátics e econômics. Sendo ssim, lgums locliddes inicim sus tividdes escolres em períodos diferencidos dos nteriormente descritos. Qunto os horários escolres, ofert do ensino é feit, gerlmente, nos três turnos: mtutino, vespertino e noturno. Apesr de lgums vrições em termos de horário escolr dentro d diversidde d educção brsileir, tem-se, gerlmente: período mtutino, ds 7h às 12h; período vespertino, ds 13h às 18h; período noturno, ds 19h às 23h. Em lgums locliddes brsileirs, onde existe incomptibilidde entre demnd e ofert de vgs no ensino público, principlmente em relção o ensino fundmentl obrigtório, mpli-se pr qutro o número de turnos escolres existentes, crindo-se um turno intermediário entre o mtutino e o vespertino. No entnto, est é um prátic que vem sendo bolid, principlmente devido às ções pr universlizção do ensino fundmentl, de modo grntir mior qulidde o ensino oferecido nos estbelecimentos públicos. A LDBEN define que, pr o ensino fundmentl, sej cumprid jornd escolr de, pelo menos, qutro hors de trblho efetivo em sl de ul (rt. 34); lém disso, el prevê progressiv mplição do período de permnênci do luno n escol, à medid que se concretize universlizção desse nível de ensino, e determin que este sej, progressivmente, ministrdo em tempo integrl. Apesr de existirem escols que já dotem est modlidde de jornd escolr, o seu número ind é bstnte reduzido. OEI MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO DE BRASIL 41