Epilepsia e distúrbio de aprendizagem: tem relação? Apresentação: Daniele Istile (2º ano) Maria Gabriela Cavalheiro (4ºano) Orientação: Doutoranda Thaís dos Santos Gonçalves Local: Anfiteatro da Biblioteca Data: 16/05/13 Horário: 13:00h
Epilepsia Trata-se de uma disfunção cerebral recorrente. Súbita Breve Anormal Compreende sintomas complexos decorrentes das funções cerebrais alteradas, podendo ser secundárias dentro de um processo patológico Guerreiro, C.A.A.; Guerreiro, M.M.; Cendes, F.; Lopes-Cendes, I.
Epilepsia Correntes elétricas geradas pela movimentação iônica da membrana celular fazem com que um grupo de neurônios se comporte de maneira hiperexcitável e geram descargas elétricas anormais excessivas e transitórias das células nervosas. Associação Brasileira de Epilepsia
Crises epilépticas Manifestações clínicas Focais / Parciais Espontâneas Totais/Generalizada Desencadeadas Estímulos auditivos e visuais Guerreiro, C.A.A.; Guerreiro, M.M.; Cendes, F.; Lopes-Cendes, I.
Crises epiléticas A descarga vai do cérebro para o corpo. Portanto, a resposta corporal vai depender da região cerebral que foi estimulada. Alves, 2000;
CL s Centro de Saúde da Lourinhã Como proceder frente as crises? Serviço de Saúde Pública
CL s Centro de Saúde da Lourinhã Como proceder frente as crises? Serviço de Saúde Pública
Importante! Uma crise isolada não pode ser considerada epilepsia Qualquer pessoa pode ter uma crise epiléptica decorrente Traumatismo Craniano Hipoglicemia Intoxicações Uso excessivo de álcool e Cocaína Abstinência alcoolica Não Há Epilepsia: Se não houver crises epilépticas; Se apenas uma crise na vida (não provocada); Se crises epilépticas repetidas provocadas por causa conhecida (convulsões febris) Vigência de febre Deficiência de Oxigênio Associação Brasileira de Epilepsia
EPILEPSIA Idiopáticas Fatores genéticos e perinatais Doenças degenerativas e hereditárias Distúrbios do desenvolvimento Distúrbios metabólicos, vasculares e nutricionais Fatores tóxicos, traumas e agente físicos Doença infecciosas Guerreiro, C.A.A.; Guerreiro, M.M.; Cendes, F.; Lopes-Cendes, I.
Guerreiro, C.A.A.; Guerreiro, M.M.; Cendes, F.; Lopes- Cendes, I.;Hauser, 1990 ;Da Costa e Guerreiro, 2000 Incidência Cerca de 1% a 5% da população geral e é mais frequente em crianças abaixo de 2 anos de idade, seguida pelos idosos com mais de 65 ano Diagnóstico Por meio da eletroencefalograma e ressonância magnética
Tratamento É indicado apenas a partir da segunda crise. Commission on Classification and Terminology of the International League Against Epilepsy, 1989
Consequências TDAH e depressão transtorno opositor e distúrbio de conduta transtorno global do desenvolvimento, TOC, ansiedade e transtorno bipolar comprometimento de linguagem e problemas de aprendizagem. Thome-Souza et Al., 2004
Consequências Crianças com epilepsia demonstram riscos para dificuldades no desenvolvimento social e cognitivo Maior risco para uma variedade de problemas de comportamento e aprendizagem. Associação Brasileira de Epilepsia
O distúrbio de aprendizagem, caso ocorra, pode ter 3 motivos: 1 Epilepsia acompanhada de alguma disfunção cerebral 2 Crises frequentes e prolongadas interferindo no processo de aprendizagem 3 Efeitos colaterais da medicação Associação Brasileira de Epilepsia
Aprendizagem Processo evolutivo e constante, que implica uma sequência de modificações observáveis no comportamento do indivíduo (físico e biológico), e do meio que o rodeia. POPPOVIC, 1968
Como funciona a aprendizagem?
Distúrbio de Aprendizagem Perturbação ou falha na aquisição e utilização de informações ou na habilidade para a solução de problemas. VALLET, 1977 Grupo heterogêneo de transtornos que se manifesta por dificuldades significativas na aquisição e uso da escrita, fala, leitura, raciocínio ou habilidade matemática. HAMMILL, 1988/1991
Distúrbio de Aprendizagem As crianças portadoras de distúrbio de aprendizagem não são incapazes de aprender, pois os distúrbios não são uma deficiência irreversível. L.P.S.Manhani, R.C.T.Craveiro, R.C.A.Rodrigues, R.I.Marchiori, 2006
Influências externas Etiologia Condições desfavoráveis Fatores emocionais Fatores orgânicos Fatores cognitivos C.R.Schirmer, D.R.Fontoura, M.L.Nunes, 2004
Aprendizagem e Epilepsia Alguns autores observaram o prejuízo do desempenho acadêmico em crianças com epilepsia, devido aos problemas de aprendizagem. Green e Hartlage, 1971; Holdsworth, 1974; Stores e Hart, 1976; Stores, 1978; Yule, 1980; Seidenberg et al., 1986; Seidenberg et al., 1988; Aldenkamp, 1990; Binnie, 1990; Trimble, 1990; Aldenkamp, 1995
Adulto com epilepsia Problemas de aprendizagem Prejuízo de compreensão de leitura Prejuízo da linguagem escrita Dificuldade com cálculos Butterbaugh et al., 2004
Aprendizagem e Epilepsia Há maior prejuízo para velocidade de leitura e compreensão em crianças com epilepsia. Chaix et al., 2005 Algumas crianças com epilepsia, mesmo com nível intelectual preservado, têm problemas de aprendizagem. Ounsted et al.,1966 e Lindsay et al., 1984
Aprendizagem e Epilepsia As crises podem ser um sintoma de lesão em áreas essenciais para a função linguística e de aprendizagem. As crises epilépticas e as drogas antiepilépticas podem influenciar na aprendizagem. H.S.M.Filho, C.R.M.Costa, M.M.Gomes,2006
Fatores que afetam a função cognitiva Fatores sociais, emocionais e a família Início, frequência, duração e tipo das crises Função cognitiva afetada Etiologia Atividade epiléptica Localização da disfunção cerebral M.I.B.Winckler, J.F.V.Melo, 2006
Medicamentos Todas as drogas antiepilépticas podem interferir com o desempenho cognitivo, e o efeito colateral cognitivo e comportamental aumenta com a politerapia. Estudos relatam que até 65% das crianças com epilepsia em uso do fenobarbital apresentam algum efeito colateral cognitivo ou comportamental. Essas alterações consequentemente passam a interferir no desempenho acadêmico. Farwell et al., 1990; Meador, 1997 Uma pesquisa com adultos jovens demonstrou declínio significativo em atenção e fluência verbal em pacientes que faziam uso do topiramato. Martin et al., 1999
Lembre-se As causas de alterações de linguagem e de dificuldades de aprendizagem podem ser variadas, mas há estudos indicando fatores neurológicos para tais problemas. Avanços na compreensão da neurobiologia irão contribuir para uma melhoria na abordagem terapêutica desses pacientes. Buscar o diagnóstico preciso pode direcionar o profissional de saúde na escolha do melhor tratamento indicado para cada caso. C.R.Schirmer; D.R.Fontoura; M.L.Nunes, 2004
Fonoaudiologia e Epilepsia O Fonoaudiólogo deve trabalhar em uma equipe multidisciplinar. Orientação a família Trabalhar Avaliação do que pode estar alterado Memória Linguagem Atenção
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