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Ministério da Defesa Ministério do Comércio A Dinamização do Comércio, Redes de Distribuição e Incentivo ao Investimento Privado Uma Oportunidade de Negocio para a Itália Por: Álvaro Augusto Soares Paixão Júnior Secretário de Estado para o Comércio 08 Abril de 2014 0 Índice Página 1. Políticas do Comércio alinhadas ao PND 2013-2017 2 2. Política Comercial Angolana 9 3. Desenvolvimento do Sector do Comércio nos últimos Anos 20 4. Estratégia para Expansão do Comércio em Angola 31 1 1

Introdução O Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) 2013-2017 tem como objectivo a promoção da estabilidade, o crescimento e a criação de emprego. Estes elementos constituem a força motriz do Programa do Governo. Para atingir os objectivos propostos é necessário o enquadramento das Políticas de Desenvolvimento Sectorial e Desenvolvimento Territorial, à luz das quais devem ser analisados e avaliados os projectos estruturantes. Com efeito, o apoio ao desenvolvimento do comércio e da produção agropecuária, aliado à industrialização, são aspectos preponderantes que contribuem para a redução dos desequilíbrios nas trocas comerciais internas e externas, na geração de emprego e para a criação da riqueza das populações. Em termos socioeconómicos, o país tem vindo a registar progressos significativos e o sector comercial tem conhecido melhorias no seu desempenho que se traduzem na implementação de plataformas logísticas comerciais, expansão da rede comercial e infraestruturas de apoio à comercialização rural, do fomento da produção agrícola comercializável, da oferta de bens e serviços, do incentivo das exportações, alteração da estrutura das importações, onde o domínio dos bens de consumo assume papel de relevo. O quadro macroeconómico para o período 2013-2017 visa preservar a estabilidade macroeconómica, com base na estabilidade dos preços, o que impõe a necessidade da formulação de uma Política Comercial favorável à promoção da iniciativa de todos os intervenientes no contexto de uma economia de mercado. A actividade comercial em Angola é ainda sustentada basicamente pelas importações e o circuito de distribuição é caracterizado por situações de oligopólio com consequências negativas para os consumidores quer em termos das quantidades comercializadas quer em termos de preços praticados. 2 Por forma a dar continuidade ao dinamismo do Executivo e do sector privado, foi estruturado o. Alinhamento do Programa com o PND 2013-2017 e a Política Comercial PND 2013-2017 Objectivos na vertente do Comércio: Promover e manter um conjunto de infra-estruturas logísticas, de circuitos comerciais e uma rede de distribuição que possibilitem o abastecimento de todo o território em inputs produtivos e bens de consumo essenciais, contribuindo activamente para a eliminação da fome e da pobreza bem como para o desenvolvimento harmonioso do território e a valorização da posição geo-estratégica de Angola Política Comercial No fundo a conjugação adequada de todos os elementos no domínio do comércio devem contribuir para se alcançar três desígnios fundamentais para o crescimento e desenvolvimento sócio-económico, contribuindo directamente para estabilidade da distribuição do consumo, concorrendo para o aumento da produção interna e da oferta de bens e serviços, a regularização de preços e da segurança alimentar Dinamização do Comércio O Programa Executivo de Expansão da Rede Comercial É um programa que visa aglutinar um conjunto de iniciativas que permitam criar as condições para um desenvolvimento mais célere, uniforme e harmonioso do comércio em geral, estabelecendo os instrumentos e mecanismos que potenciem o envolvimento do Sector Privado na expansão da rede comercial existente e na criação das condições a jusante, produtivas, logísticas, e de distribuição, que permitam uma operação sustentável da mesma Objectivos Criar, reabilitar e modernizar infraestruturas comerciais de forma a assegurar a organização do comércio assim como aumentar a cobertura da rede comercial Criar infra-estruturas logísticas que garantam a recepção, a armazenagem e a distribuição da produção nacional Apoiar o investimento privado na expansão da sua rede comercial grossista e retalhista, criando instrumentos que facilitem a sua concretização 3 2

Índice Página 1. Políticas do Comércio alinhadas ao PND 2013-2017 2 2. Política Comercial Angolana 9 3. Desenvolvimento do Sector do Comércio nos últimos Anos 20 4. Estratégia para Expansão do Comércio em Angola 31 4 Definição, objectivo geral e visão estratégica da Política Comercial de Angola aprovada em Conselho de Ministros em 29/01/2014 Definição da Política Comercial A Política comercial abarca, princípios e medidas concebidas em concordância com a política económica do País, preconizando os objectivos, as prioridades do desenvolvimento do comércio, assentes no papel regulador do Estado, na iniciativa privada e nas forças do mercado. Objectivo Geral da Política Comercial A Política Comercial de Angola visa impulsionar o desenvolvimento do comércio no país, estimulando a produção diversificada de bens e serviços, de modo a responder às necessidades do mercado interno e o incremento das exportações mercantis em conformidade com o plano Nacional de Desenvolvimento 2013/2017. Visão Estratégica da Política Comercial A concepção e adopção de uma Política Comercial, justifica-se pela necessidade de: i. Definir o quadro de intervenção do Estado; ii. Traçar as grandes opções que nortearão o desenvolvimento do sector; iii. Definir as prioridades e os objectivos do desenvolvimento comercial no quadro do Plano Nacional de Desenvolvimento; iv. Garantir a previsibilidade na actuação do Estado; v. Facilitar o acesso ao investimento e desenvolvimento do comércio; vi. Garantir a qualidade dos produtos para o consumo interno, bem como a para a exportação; vii. Fomentar a produção nacional bem com as exportações; viii. Ajudar ao comércio internacional, pelo estabelecimento de padrões e metas claras que podem ser entendidas por potenciais parceiros comerciais. Pressupostos Fundamentais da Política Comercial A política comercial delimita a actividade comercial, enquadrando-a nos objectivos definidos no Programa do Governo que visam: i. A facilidade e fluidez das trocas comerciais; ii. A disponibilidade de bens, produtos e serviços aos consumidores; iii. O alcance da segurança alimentar e nutricional; iv. A estabilização dos preços; v. A erradicação da fome e da pobreza; vi. O desenvolvimento económico e humano sustentável; vii. O aumento e a maior distribuição dos rendimentos; viii. A redução da dependência económica do exterior; ix. A diversificação das exportações; x. A substituição gradual das importações; xi. A integração regional e participação no comércio internacional. 5 3

Domínios da Política Comercial Para cabal prossecução do papel que lhe é reservado no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento (2013-2017), a política comercial assenta fundamentalmente nos seguintes domínios: Comércio e Serviços Mercantis Comércio rural e empreendedorismo Diplomacia económica e comércio externo Controlo de Qualidade, Inspecção e Defesa do consumidor Comércio e Serviços Mercantis i. Promover o estabelecimento de uma rede de armazenagem, compreendendo armazéns de grande, médio e pequeno porte, de forma a garantir a stockagem dos produtos, assim como a criação de armazéns de reserva alimentar para o país, organizados por regiões; ii. Promover a expansão da rede comercial, com o surgimento de centros comerciais, supermercados, minimercados, mercearias, lojas de proximidade, rede de talhos e peixarias, nas áreas urbanas, peri-urbanas e rurais; iii. Promover o reordenamento da rede comercial e o urbanismo comercial; iv. Organizar e modernizar a actividade comercial e de prestação de serviços mercantis do espaço público envolvente em áreas limítrofes aos centros urbanos com características de elevada densidade comercial, centralidade, multifuncionalidade de desenvolvimento económico, patrimonial e social; v. Promover a reconversão progressiva do sector informal do comércio, contribuindo para a criação de infra-estruturas e meios apropriados, de modo a criar um clima propício ao desenvolvimento da actividade, num contexto da formalização do comércio; vi. Desenvolver normas, técnicas e legislação adequada que permitam a salvaguarda e defesa dos consumidores, em particular no que se refere à saúde, higiene e segurança, bem como à protecção do meio ambiente; vii. Reforçar a actividade reguladora do Estado, devendo para o efeito desenvolver um sistema de informação comercial sólido e fiável; viii. Monitorar a produção e a importação de bens de consumo. 6 Domínios da Política Comercial Comércio Rural e Empreendedorismo i. Contribuir para o crescimento da produção agrícola e industrial orientada para o mercado interno e o alcance da segurança alimentar; ii. Promover uma rede comercial de proximidade entre a cidade e o campo, virada para o abastecimento às populações rurais, ao desenvolvimento da actividade agrícola e industrial, estimulando o incremento da produtividade, especialização e qualidade da produção; iii. Promover a transferência de excedentes de produção agrícola das zonas de produção para as de consumo; iv. Contribuir para a redução dos custos das transacções comerciais entre o campo e os grandes centros de consumo; v. Contribuir para a redução da inflação pela via do aumento da oferta entre os produtos manufacturados e os agrícolas, pecuários, apícolas, elevando deste modo, o nível de vida das populações; vi. Dinamizar e Incentivar o empreendedorismo e o agro-negócio; Diplomacia Económica e Comércio Externo i. Contribuir para a melhoria da balança comercial, promover o aumento e a diversificação das exportações, privilegiando os produtos e serviços que mais concorram para o aumento das receitas em moeda externa; ii. Garantir o aprovisionamento do mercado interno em matéria-prima e equipamento para impulsionar a produção de bens para o mercado interno e externo; iii. Fomentar e apoiar acções que visem garantir que os produtos importados obedeçam as normas internacionais; iv. Estabelecer medidas de políticas que promovam as exportações e a substituição gradual das importações; v. Apoiar as iniciativas regionais e internacionais que contribuam para a cooperação e integração económica ao nível da região, bem como ao aproveitamento das sinergias para potenciar os benefícios do comércio internacional para os países; 7 4

Domínios da Política Comercial Controlo da Qualidade, Inspecção e Defesa do Consumidor i. Contribuir Garantir a segurança sanitária e qualidade dos produtos, baseados em análises laboratoriais, para consumo com vista à protecção da saúde pública e bem-estar do consumidor; ii. Criar um sistema de protecção do consumidor em que especifique as responsabilidades dos fornecedores, assegurando que os bens e serviços satisfaçam os requisitos normais de consumo, durabilidade, utilização e fiabilidade; iii. Fiscalizar e inspeccionar a actividade comercial de forma a garantir a observância das normas e leis estipuladas no País; iv. Promover acções junto das empresas produtoras e importadoras para a melhoria da qualidade dos produtos e diversificação de oferta; v. Estabelecer mecanismos de cooperação institucional com o Ministério da Agricultura através do Gabinete de segurança alimentar para o permanente aprimoramento das técnicas, boas práticas de segurança alimentar na distribuição e no consumo; 8 Índice Página 1. Políticas do Comércio alinhadas ao PND 2013-2017 2 2. Política Comercial Angolana 9 3. Desenvolvimento do Sector do Comércio nos últimos Anos 20 4. Estratégia para Expansão do Comércio em Angola 31 9 5

Apesar da recuperação assistida nos últimos anos, a cobertura da rede comercial ainda se encontra abaixo dos níveis de 1970, que era de 174 habitantes por estabelecimento ou seja, cerca de 100 m2 por 1.000 habitantes. Evolução da cobertura da rede comercial de Angola 1970 2000 2013 População 5.260.001 12.870.494 19.183.590 Rede comercial estimada (nº de estabelecimentos comerciais) 30.207 27.870 88.897 Cobertura da rede comercial - n.º de habitantes por loja 174 462 216 Em 1970 a cobertura em termos de área de comércio era, de cerca de 100 m2 por cada 1.000 habitantes 1 Em 1970, Angola tinha um rácio de um estabelecimento para cada 174 habitantes, o que corresponde aproximadamente a uma área de comércio de 100 m2 por mil habitantes. Em 2000 este rácio passou para um estabelecimento por cada 462 habitantes, tendo-se entretanto vindo a observar uma melhoria da cobertura da rede comercial, que se estima actualmente em um estabelecimento para 216 habitantes. 1 Considerando uma área média de 20 m2 por estabelecimento Fonte: Censo Colonial de 1970 e Licenciamento Comercial realizado pelo Ministério do Comércio; INE para os dados de população 10 Não obstante o desenvolvimento verificado no sector do Comércio nos últimos anos, fruto das políticas de desenvolvimento económico e comercial do Executivo e da forte dinâmica do sector Privado O Estado tem vindo a realizar iniciativas estruturantes para a dinamização do sector do Comércio Retalho alimentar Dinamização do projecto Nosso Super que resultou na construção de 31 supermercados distribuídos por todas as províncias (rede actualmente operada pela Odebrecht) Criação da rede de proximidade Poupa Lá com cerca de 17 estabelecimentos acompanhado pelo aparecimento de operadores organizados e com dimensão relevante nomeadamente na rede alimentar Rede grossista Cerca de 300 estabelecimentos a nível nacional Construção de mercados municipais que permitem colocar à disposição da população produtos a preços alinhados com o poder de compra dos consumidores alvo Infra-estruturas de suporte Construção do Centro Logístico de Operação e Distribuição de Luanda (1ª fase concluída) Construção do Entreposto Logístico de Luanda Facilitação do Sector Lançamento do novo Alvará Comercial Rede retalhista Cerca de 220 estabelecimentos a nível nacional 11 6

No que diz respeito ao segmento não alimentar, é de destacar a nova face do retalho em Angola: o aparecimento de centros comerciais. Belas Shopping Município de Belas (Luanda) 16.743 m 2 de área bruta locável (ABL) ~100 lojas Atrium Nova Vida Município de Belas (Luanda) 9.200 m 2 de ABL 40 Lojas Maxipark Município de Belas (Luanda) 7.000 12.000 m 2 de ABL 13 Lojas Ango-chi Shopping Município de Belas (Luanda) 5.000 m 2 de ABL 420 Lojas Ginga Shopping Município de Viana (Luanda) 6.500 m 2 de ABL 38 Lojas Nosso Centro Gamek Município de Luanda Shopping Millennium Município do Lubango (Huíla) 14.000 m 2 de ABL ~100 Lojas Mundo da Casa Município do Belas (Luanda) 12 No âmbito da componente do investimento privado do Subprograma da Organização da Rede Nacional de Comércio na componente de centros comerciais, encontram-se em construção 11 centros comerciais inseridos em grandes projectos imobiliários. Estão em curso grandes projectos imobiliários de construção de apartamentos residenciais, escritórios e centros comerciais 1. Luanda Shopping 2. Shopping Fortaleza 3. Kinaxixi Shopping 4. Luena Retail Park 5. Torres Kianda 6. Golf Center Shopping 7. Vista Club Shooping 8. Muxima plaza 9. Shopping Mulemba 10.Sky Center 11.Lobito Retail Park Luanda Shopping (Alvalade) Kinaxixi Shopping Muxima Plaza (Largo Lumeji) Shopping Fortaleza (Marginal) Às infra-estruturas em operação e construção, adicionam-se as intenções de investimento reportadas pelos operados privados 1 neste formato que passam pela criação de 17 centros comerciais de dimensão diversa, distribuídos pelas províncias de Luanda, Benguela, Huila, Huambo, Malange e Kwanza Sul. 1 Inquérito realizado a 26 empresas sobre a sua situação actual e planos de expansão até 2017 13 7

No que respeita às infra-estruturas públicas é de realçar a conclusão da 1ª fase do CLOD de Luanda, assim como a construção de vários mercados municipais. Tipo de infraestrutura Infraestruturas Logísticas Infra-estruturas de investimento público realizadas Resultados obtidos 1ª fase do CLOD de Luanda concluída: 1 Edifício administrativo e 4 Naves para armazenamento e venda a grosso 1ª fase do entreposto logístico de Viana (Luanda) concluída: 1 Centro de Recolha e Calibragem de produtos horto-frutícolas 1ª Fase do entreposto logístico do Chinguar (Bié) em curso com um grau de conclusão física de 82% Mercado Retalhista 14 Mercados Municipais Integrados construídos e reabilitados: 2 em Benguela Lobito (Benguela) 2 no Kuito (Bié) 2 no Huambo Sanza Pombo (Uíge) Nzeto (Zaire) Sumbe (Kwanza Sul) Estalagem (Luanda) Ndalatando (Kwanza Norte) Huíla Malange No âmbito do Programa de Combate à Pobreza: 57 Mercados Rurais/Populares concluídos 24 Mercados Rurais em construção Fonte: Banco Africano de Desenvolvimento (Set. 2012) 14 Índice Página 1. Políticas do Comércio alinhadas ao PND 2013-2017 2 2. Política Comercial Angolana 9 3. Desenvolvimento do Sector do Comércio nos últimos Anos 20 4. Estratégia para Expansão do Comércio em Angola 31 15 8

A concretização do implica a intervenção do Estado assim como do sector Privado, cada um com responsabilidades distintas. O papel do Estado vs. sector Privado no O papel do Estado Criar um ambiente favorável à atracção do investimento nacional e estrangeiro no sector do comércio; Criar as condições necessárias para o desenvolvimento salutar da concorrência; Promover a criação de condições favoráveis para a realização de investimentos privados, que sejam geradores de economias e externalidades; Criar mecanismos que encorajem a reconversão gradual do sector informal no formal, pela promoção do desenvolvimento dos meios e infra-estruturas necessários; Assegurar o alargamento da rede formal, logística e de distribuição a todo o território nacional, a custos competitivos e a um nível tal que satisfaça as necessidades das populações e da actividade produtiva, bem como promova o seu desenvolvimento; Estabelecer parcerias público privadas, como modelo para a promoção das instalações e exploração de infraestruturas logísticas e outros investimentos; Criar as condições de regulação e de infra-estruturas básicas para permitir o desenvolvimento sustentável do sector O papel do sector Privado Reabilitar, modernizar e expandir a rede comercial e as infraestruturas de apoio ao desenvolvimento do comércio, com prioridade para as zonas rurais; Desenvolver e explorarinfra-estruturas logísticas que garantam a recepção, o armazenamento, a conservação e a distribuição da produção interna; Participar na criação de estímulos com vista ao estabelecimento de uma rede grossita assente em empresários nacionais, capazes de contribuir de forma decisiva para a normalização da oferta de produtos e assegurar a estabilidade de preços; Participar no processo de formalização das estruturas comerciais; Participar no abastecimento e distribuição de bens e serviços mercantis no circuito urbano e rural; Participar na dinamização e diversificação da produção nacional; Realizar investimentos na área comercial e contribuir para a expansão da rede comercial com vista a cobrir o défice existente 16 Na componente do investimento privado do Subprograma da Organização da Rede Nacional de Comércio em grosso e retalho alimentar, importa ter em consideração os planos de expansão reportados pelos operadores do sector privado 1. Overview sobre os planos de expansão do sector privado até 2017 (MUSD) Os planos de expansão do sector privado na rede grossista e retalhista alimentar até 2017 totalizam um valor de ~1.840 milhões de USD (Kz 184 mil milhões), dos quais ~40% correspondem a investimento em hipermercados # estabelecimentos 56 86 124 Estruturas âmbito da cobertura da rede 489 19 Em termos de número de estabelecimentos, irão ser criados: 56 estabelecimentos grossistas 86 cash&carry 124 supermercados 489 lojas de proximidade 19 grossistas armazenistas 1 Inquérito realizado a 26 empresas sobre a sua situação actual e planos de expansão até 2017 17 9

Os dois subprogramas do Programa Executivo resultarão na criação de um conjunto vasto de infra-estruturas de suporte e de estabelecimentos grossistas e retalhistas, permitindo a criação de cerca de 67.000 postos de trabalho directos. Subprograma Nacional de Entrepostos Logísticos de Distribuição Infra-estruturas a criar 9 CLODs 9 Entrepostos Logísticos 4 Armazéns de Reserva Estratégica Emprego a gerar Total de ~12.000 postos de trabalho directos e ~13.000 indirectos a gerar Grossista 41 Mercados abastecedores ~105 estabelecimentos da rede grossista em livre serviço: cash&carry e armazenistas Total de ~15.000 postos de trabalho directos e ~3.000 indirectos a gerar Subprograma da Organização da Rede Nacional de Comércio Retalhista 27 Mercados municipais integrados 142 Mercados e feiras suburbanos e rurais ~60 Hipermercados e 400 Supermercados ~8.500 Lojas de proximidade (urbanas, suburbanas e rurais) ~28 Centros comerciais Total de ~40.000 postos de trabalho directos e ~7.000 indirectos a gerar 18 O peso do sector do comércio no PIB subiu de 17% para 21%, entre 2007 e 2011, perspectivando-se a manutenção do seu crescimento nos próximos anos, em linha com as projecções do PIB não petrolífero. Sector do Comércio Representatividade do Sector do Comércio no PIB Taxa de Crescimento do Sector do Comércio 17% 18% 21% 21% 21% 2007 2008 2009 2010 2011 O sector do Comércio (grossista e retalho, alimentar e não alimentar) representou em 2011 cerca de 21% do PIB de Angola É expectável um aumento médio anual do PIB não petrolífero entre 2013 a 2017 em cerca de 9,5%, assim como um aumento do seu peso relativo, pelo que o sector do Comércio deverá acompanhar esta tendência O sector do Comércio e retalho caracteriza-se pela existência de dois segmentos, o mercado formal e o informal, sendo que este último é predominante e desempenha um papel importante no acesso das pessoas mais desfavorecidas à economia. Contudo, tem-se assistido ao aumento da relevância dos operadores formais. Para tal, tem sido muito importante a acção do Estado no estabelecimento de exigências regulamentares aos agentes comerciais relacionadas com a higiene e a segurança alimentar. Fonte: INE; Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017; Fundo Monetário Internacional 19 10

PAPAGRO MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO 20 11