IMPACTOS AMBIENTAIS NO COLÉGIO ALBINO FEIJÓ SANCHES. PAISAGISMO COMO SOLUÇÃO Colégio Albino Feijó Sanches Alunos: Águida Caetano da Silva Ana Paula Alves Rodrigues Carla Tobias de Oliveira Cassia Tobias de Oliveira Orientador: Prof. Saulo Gaspar INTRODUÇÃO O projeto paisagístico tem como finalidade melhorar o aspecto físico da área interna da instituição de ensino Albino Feijó Sanches. Para isso, buscou-se num primeiro momento realizar um levantamento dos problemas que o espaço apresentava, em seguida a execução do projeto procurando solucionar os problemas levantados. Sabe-se que um projeto paisagístico, mais precisamente um jardim deixa o espaço mais bonito e agradável. Além disso, há vários outros benefícios que um jardim pode oferecer, principalmente ambientais, como reduzir a poluição do ar através da fotossíntese realizada pelas plantas, proteger o solo e controlar a erosão, ajuda a controlar a poluição sonora, diminui e conduz os ventos agindo como uma barreira, ameniza temperaturas e escondem ou realçam detalhes de acordo com Tapiassú (2008) Segundo TUPIASSÚ (2008) A jardinagem nos dá a chance de fazer a transformação positiva, para melhorar a natureza, reflorestar áreas, melhorar as condições ambientais, trabalhar uma área feia e sem vida e transforma-la em um maravilhoso jardim. Solucionar os problemas ambientais de uma área através da execução de um projeto paisagístico é de suma importância, uma vez que os benefícios que ele traz a uma área são indiscutíveis: Diminuição da poluição atmosférica: através da fotossíntese as plantas transformam o gás carbônico absorvido do ar em oxigênio, além de funcionarem como
filtro, retendo partículas suspensas no ar (poeira) em suas folhas impedindo que essas entrem em contato com o nosso sistema respiratório. Proteção do solo: as raízes das plantas evitam assoreamento e outros problemas, uma vez que suas raízes seguram e se firmam na terra. Diminuição da temperatura: não só diminuem a temperatura pela sombra que as plantas produzem, mas também aumentar a umidade relativa do ar através da sucção da água do solo e a liberação dessa para o ar. Portanto esse projeto procurou solucionar os pontos negativos que se mostrava no levantamento realizado. Sendo assim foram realizados as seguintes etapas: Levantamento das condições ambientais da área. Observação dos problemas e os impactos apresentados no local/busca de soluções. Elaboração de desenho que apresentasse as idéias propostas e a estética do jardim. Demarcação da área. Preparação do solo. Escolha das plantas e plantio. Colocação dos recursos arquitetônicos e materiais paisagísticos. materiais: O projeto envolveu diretamente três alunos e um professor e os seguintes recursos TABELA 01 PERMANENTES QUANTIDADE Computadores 01 Impressoras 01 Livros 03
Câmera fotográfica 01 DE CONSUMO QUANTIDADE Canetas 03 Tinta para impressão 02 cartuchos Folhas de papel sulfite 01 resma (pacote) Lápis 02 Borrachas 02 Além da busca de conhecimento, os elaboradores desse projeto têm como meta modificar o aspecto físico da área em questão. Dessa forma esse projeto se justifica, uma vez que além de ampliar o conhecimento dos alunos envolvidos pode tornar a redução ou ao menos a minimização dos impactos ambientais e propor um ambiente mais agradável e de qualidade. 1 PROCEDIMENTOS A SEREM SEGUIDOS NUM PROJETO PAISAGÍSTICO 1.1 Levantamento de dados: Tipo de procedimento de suma importância, já que as informações levantadas ajudarão a conhecer as condições ambientais da área, permitindo assim definir a estética a ser seguida. 1.2 Demarcação da área: É um dos procedimentos essenciais, pois neste momento é que se estabelecem os limites do espaço onde o jardim será implantado. 1.3 Seleção das plantas: Deve ser realizada respeitando as condições ambientais da área. Assim podem ser observados diversos aspectos importantes para a escolha das plantas, sendo um desses o tipo de solo, já que cada espécie possui características específicas o que torna necessário o planejamento na escolha das espécies que melhor se adaptam ao determinado tipo de solo e ambiente.
1.1 Plantio: O termo significa ação de fincar verticalmente na terra. Uma vez que, a forma de plantio varia de acordo com cada espécie, têm-se vários tipos de plantio podendo ser por meio de sementes, plantas, estacas, etc. Esse procedimento é feito através de ferramentas tecnológicas ou manuais dependendo dos recursos e da extensão da área. 1.2 Manutenção: pode-se definir como um ato de conservação, o qual se faz necessário para preservar do mesmo modo as idéias, a estética e o desenvolvimento das espécies, nos quais incluem-se os seguintes procedimentos: Irrigação: Reposição de água do solo para que planta tenha um bom desenvolvimento, podendo ser feita ultilizando-se de diversas técnicas: com o auxílio de equipamentos tecnológicos ou manuais, como regadores, uma vez que a definição dos equipamentos varia de acordo com a extensão da área e dos recursos. Poda: Método que tem a função de adaptar e/ou controlar o crescimento das plantas para que essas possam melhor se desenvolver no espaço que ocupam, sendo que também tem a função de mudar a estética das plantas. 2 DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS AMBIENTAIS 2.1 Exposição à luz solar: Há vários tipos de espécies de plantas, sendo que cada uma desenvolve num tipo de ambiente. Portanto faz-se necessário verificar se o solo recebe insolação direta e constante para que assim seja possível a definição das plantas que melhor se adaptam a esse tipo de ambiente. 2.2 Compactação do solo: Impacto provocado pela ação e/ou pressão de pessoas ou animais sobre o solo, quando essa ação é feita de forma quase que constante sendo que pode ser provocada por diversos tipos de ações como por pisoteio. Com isso, devem ser propostas formas de soluções que permitam a recuperação do solo degradado.
2.3 Escoamento da água da chuva: Quando resíduos impedem o escoamento completo da água da chuva, o solo passa a receber uma quantidade excessível à quantidade ideal que ele precisa permitindo assim que ele se torne vulnerável a problemas como o assoreamento. 2.5 Problema de infiltração: Problema provocado muita das vezes pela impermeabilização do solo, compactação e/ou falta de cobertura vegetal que possuem raízes mais desenvolvidas que as das gramíneas, o que impede ou dificulta a absorção da água da chuva pelas raízes das plantas, podendo acarretar sérios problemas como alagamentos. 3 METODOLOGIA A primeira etapa do trabalho consiste no levantamento bibliográfico de paisagismo, onde buscou-se obter informações que permitissem ampliar nosso conhecimento em relação a plantas, elementos da natureza e embelezamento. Em seguida partiu-se para execução das atividades com os seguintes procedimentos: 3.1 Delimitação da área: Há diversos materiais que atendem a essa finalidade, no entanto foram utilizados troncos de eucalipto tratado e bambus, os quais apresentam tamanhos variados.
Delimitação da área por meio de troncos de eucalipto tratado. Tamanhos variados. 3.2 Preparação do solo: Houve a retirada de algumas gramíneas e em seguida a necessidade de revolver a terra e afofá-la para que houvesse o rompimento da camada compactada, com a ajuda de enxada e enxadão. Retirada das gramíneas Revolvimento e afofação da terra 3.4 Colocação de materiais paisagísticos e arquitetônicos: Utilizou-se de recursos arquitetônicos como banco de madeira para promover um ambiente de integração e participação dos que freqüentam a instituição de ensino, além de fazer-se uso de módulo de eucalipto tratado, cepilho, substrato e pó-de-serra, o que produziu um efeito de contraste de cores e texturas.
Módulo de eucalipto tratado Colocação de substrato Colocação do banco e módulo de eucalipto Colocação de substrato 3.5. Plantio: Deu-se prioridade ao uso das plantas que melhor se adaptassem as condições ambientais do local e que não necessitassem de cuidados especiais. As ovas para o plantio das mudas variam de acordo com o torrão (terra que envolve a raiz da planta).
Plantio de Buchinho. Plantio de Palmeira Rabo-de-peixe 4.CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS:
ARBUSTOS NOME CIÊNTÍFICO: Nandina domestica NOME POPULAR: Nandina, avenca-japonesa etc., FAMÍLIA: Berberidaceae ORIGEM: China e Japão CICLO-DE-VIDA: Perene DIVISÃO: Angiospemae AMBIENTE: Pleno sol ou meia-sombra MULTIPLICAÇÃO: Estacas, sementes, etc. PORTE:1 a 2 m. NOME CIÊNTÍFICO: Schefflera arboricola NOME POPULAR: Cheflera, Cheflera-pequena. FAMÍLIA: Araliaceae. ORIGEM: Taiwan. CICLO-DE-VIDA: Perene. DIVISÃO: Angiosperma. AMBIENTE: Pleno sol ou meia-sombra. MULTIPLICAÇÃO: Sementes ou por estaquia. PORTE: 3 a 5 m.
NOME CIÊNTÍFICO: CLUSIA FLUMINENSIS NOME POPULAR: CLÚSIA FAMÍLIA: CLUSIACEAE ORIGEM:BRASIL CICLO-DE-VIDA: PERENE DIVISÃO: ANGIOSPERMAE AMBIENTE: SOL E MEIA-SOMBRA MULTIPLICAÇÃO: ESTAQUIA E ALPORQUIA PORTE:4 A 6 M NOME CIÊNTÍFICO: NOME POPULAR: aspargo rabo de gato, etc. FAMÍLIA: ORIGEM: ÁFRICA DO SUL CICLO-DE-VIDA: DIVISÃO: AMBIENTE: MEIA SOMBRA MULTIPLICAÇÃO: PORTE: 50 A 70 CM
NOME CIÊNTÍFICO: SALVIA COCCINEA NOME POPULAR: SÁLVIA ORIGEM: MÉXICO E AMÉRICA CENTRAL CICLO-DE-VIDA: PERENE AMBIENTE: PLENO SOL MULTIPLICAÇÃO: POR SEMENTES E ESTAQUIA PORTE: 30 A 60 CM
PALMEIRAS NOME CIÊNTÍFICO: Caryota spp NOME POPULAR: RABO-DE-PEIXE ORIGEM: ÍNDIA E MALÁSIA AMBIENTE: PLENO SOL MULTIPLICAÇÃO: SEMENTES E TOUCEIRAS PORTE: ATÉ 20 M NOME CIÊNTÍFICO: CYCAS REVOLUTA NOME POPULAR: CICA, SAGU, ETC. FAMÍLIA: CICADACEAE ORIGEM: JAPÃO E INDONÉSIA CICLO-DE-VIDA: PERENE DIVISÃO: GIMNOSPERMAE AMBIENTE: PLENO SOL OU MEIA-SOMBRA MULTIPLICAÇÃO: POR SEMENTES
NOME CIENTIFICO: Beaucarnea recurvata NOME POPULAR: PATA-DE-ELEFANTE FAMÍLIA: Ruscaceae ORIGEM: MÉXICO CICLO-DE-VIDA: PERENE DIVISÃO: Angiospermae AMBIENTE: SOL PLENO OU MEIA-SOMBRA MULTIPLICAÇÃO: ESTAQUIA E SEMENTE PORTE: ATÉ 5 M TREPADEIRAS NOME CIENTÍFICO: Plumbago capensis NOME POPULAR: Bela Emília, Plumbago, FAMÍLIA: Plumbaginaceae ORIGEM: África do sul CICLO-DE-VIDA: Perene DIVISÃO: Angiospermae AMBIENTE: Pleno sol MULTIPLICAÇÃO Estaquia:
NOME CIENTIFICO: Jasminum mesnyi NOME POPULAR: Jasmim amarelo FAMÍLIA: Oleaceae ORIGEM: China FLORAÇÃO: Da primavera ao outono DIVISÃO: Angiosperma AMBIENTE: Sol pleno ou meia-sombra MULTIPLICAÇÃO: Por estaquia ou mergulhia ÁRVORES NOME CIENTIFICO: TIBOUCHINA MUTABILIS NOME POPULAR: MANCÁ-DA-SERRA, ETC. FAMÍLIA: MELASTOMATACEAE ORIGEM: BRASIL CICLO-DE-VIDA: PERENE DIVISÃO: ANGIOSPERMAE AMBIENTE: PLENO SOL MULTIPLICAÇÃO: ESTAQUIA OU ALPORQUIA PORTE: 6 A 12 M OU 2 A 3 M 5. AÇÕES CORRETIVAS
5.1. EXPOSIÇAÕ À LUZ SOLAR: Foi necessário a implantação de plantas que se adaptam à ambientes de pleno sol, por se tratar de uma área que apresenta insolação constante e direta. 5.2. COMPACTAÇÃO DO SOLO: Para que houvesse o rompimento da camada compactada, a terra foi revolvida e afofada, com a utilização de métodos manuais, que consiste na utilização de enxada e enxadão. 5.3. PROBLEMA DE INFILTRAÇÃO: Foi resolvido com o plantio de espécies vegetais, que ajuda na absorção da água da chuva, evitando também desmoronamento de terras, pelo fato de suas raízes serem capaz de manter e segurar a terra. 6. FUNDAMENTAÇÃO TÓRICA O projeto paisagístico tem como finalidade melhorar o aspecto físico, ambiental e visual da área interna da instituição. Para isso buscou-se num primeiro momento realizar um levantamento dos problemas que o espaço apresentava em seguida a execução do projeto procurando solucionar os problemas levantados. Sabe-se que um jardim tende a deixar espaços mais bonito e agradável. Além disso, há vários outros benefícios que um jardim pode oferecer, principalmente ambientais, como: reduzir a poluição do ar através da fotossíntese realizada pelas plantas, proteger o solo e controlar a erosão, controla a poluição sonora, diminui e conduz os ventos agindo como uma barreira ameniza temperaturas, realçam detalhes e harmonizam ambientes. Segundo TUPIASSÚ (2008) A jardinagem nos dá a chance de fazer a transformação positiva, para melhorar a natureza, reflorestar áreas, melhorar as condições ambientais, trabalhar uma área feia e sem vida e transformá-la em um maravilhoso jardim. Sendo assim, foi necessário haver planejamento na escolha das plantas a serem utilizadas, uma vez que essas devem respeitar as condições ambientais da área para que
mesmas possam ter um bom desenvolvimento e consequentemente promover o ganho paisagístico. Para a execução do trabalho fizemos o plantio e arranjo com plantas ornamentais por sua beleza e com características que devem ser levadas em consideração. Os arbustos, por exemplo, possuem bastantes ramificações no caule desde a base e se desenvolvem em ambientes de pleno sol e meia sombra, o que permite que sejam usados em espaços que recebem insolação constante e direta, como é o caso da Cheflera Schefflera arborícola que chega de 3 a 5m. Entretanto essa é só uma das plantas que utilizamos em nosso jardim. Apesar de termos conhecimentos sobre a importância da preservação e recuperação de áreas degradadas, só se faz referência dessa importância quando somos estimulados por algo, segundo Maria Eliza Marcondes e Helene Beatriz Marcondes (2005) Ao invés disso, admiramos ou protegemos a natureza apenas conceitualmente, e em geral apenas quando estimulados por campanhas ou datas especiais (Dia da árvore, Dia do índio, Dia do meio ambiente, Conferência mundial do meio ambiente, etc.). É necessário que haja a consciência de que o ser humano é parte integrante do meio ambiente e não dono dele, por isso cabe a ele a responsabilidade de propor soluções, preservar espaços e realizar projetos paisagísticos. 7.RESULTADOS E DISCUSSÕES O presente trabalho resultou na satisfação e aceitação de alunos, professores e funcionários, fato observado através de alguns relatos que se mostraram bastante satisfatórios aos elaboradores do projeto, uma vez que considera-se alcançados os objetivos traçados, o que permitiu a motivação para a realização de outros trabalhos na instituição. Assim enfatiza-se a necessidade de um melhor envolvimento e comprometimento dos governos em relação a questões ambientais e sociais nas escolas públicas, para que ações como essa venha a se tornar comuns, trazendo bons resultados não só ao meio ambiente como para a sociedade. 8.CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao desenvolver este trabalho pode-se enfatizar a grande importância de áreas verdes não só como meio de transformação de aspectos físicos, ambientais e visuais, mas como uma ferramenta que promove educação ambiental significativa, mesmo que de forma indireta. Também pôde-se alcançar objetivos que num primeiro momento se mostravam distantes mas que ao decorrer do trabalho trouxeram orgulho e satisfação, além de fazer com que valores como conhecimento, trabalho em equipe, responsabilidade e experiência fossem obtidos. Assim faz-se referência à responsabilidade de cada um, tendo todos a mesma capacidade de transformação, desde que haja determinação e vontade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS EMBRAPA SOJA. Recomendações técnicas para a cultura da soja na região central do Brasil. 2000/01. SENAR-PR. Trabalhador em florestamento: Vegetação Ciliar. Curitiba. 2002. MARCONDES, Maria Eliza & MARCONDES, Helena Beatriz. Evolução e Biodiversidade: o que temos com isso. ed.scipione.2005. TUPIASSÚ, Assucena. Da planta ao Jardim. 2008. PAISAGISMOBRASIL. Disponível em: <www.paisagismobrasil.com.br>. Acesso em 13 de agosto de 2010. JARDNEIRO.NET. Disponível em: <www.jardneiro.net/br>. Acesso em: 18 de agosto de 2010. ANAVILHANA. Disponível em: <www.anavilhana.com.br>. Acesso em: 24 de agosto de 2010.
ANEXOS
APÊNDICES IMPACTOS AMBIENTAIS NO COLÉGIO ALBINO FEIJÓ SANCHES. PAISAGISMO COMO SOLUÇÃO NOME: TURMA: QUESTIONÁRIO: 1.O jardim é motivo de orgulho para os que freqüentam o colégio? Sim ( ) Não( ) 2. Na sua opinião,o jardim promoveu uma melhora na aparência da escola? Sim ( ) Não( ) 3. Você concorda que a implantação do jardim proporciona educação ambiental e conscientização? Sim ( ) Não( ) 4. De acordo com a sua opinião, o jardim promoveu um ambiente de integração entre alunos, professores e funcionários? Sim ( ) Não( ) 5. O jardim superou suas expectativas? Sim ( ) Não( ) 6. Você tinha algum interesse a esse tipo de trabalho antes da execução do jardim? Sim ( ) Não( ) 7. Está satisfeito (a) com o jardim? Sim ( ) Não( )