COMO SE COMPORTOU A ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL RECORRENTE EM

Documentos relacionados
NOTA TÉCNICA ARRECADAÇÃO FEDERAL DE FEVEREIRO/15: ANTECIPANDO OS NÚMEROS OFICIAIS

Ano V Mai/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

Ano IV Fev/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Jaqueline Rossali

Ano III Dez/2015. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai André Ribeiro Cardoso, Jaqueline Rossali e Guilherme Perez

Ano V Jun/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

Ano V Abr/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

Ano VII Mar./2019. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Eduardo Teixeira e Lorena Araujo

Ano V Mar/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

Ano IV Mai/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Francielly Almeida e Lorena Araujo

NOTA TÉCNICA ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA DE 2014 NA CONTABILIDADE FEDERAL

Ano V Fev/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

Conjuntura econômica: Cenários e Desafios

Arrecadação de junho de 2016 continua sinalizando fraco desempenho econômico. Contudo, economia já emite alguns sinais de recuperação.

NOTA TÉCNICA. Junho de Vilma da Conceição Pinto José Roberto Afonso Bernardo Fajardo**

arrecadações, que foram de 15,9% para a CSLL, 10,9% para o IRPJ e 10,3% para o IRRF. Os municípios da região de Ribeirão Preto registraram, em conjunt

Os desafios da economia. Economista Ieda Vasconcelos Reunião CIC/FIEMG Outubro/2014

Ano IV Out/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

Tributação sobre o Consumo é Recorde no 1º quadrimestre

Ano VII Mai./2019. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Eduardo Teixeira e Lorena Araujo

Ano V Jul/2017. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Henrique Hott e Jaqueline Rossali

REUNIÃO ENTRE FIESP E BNDES

Ano IV Jun/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

Ano IV Jan/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Jaqueline Rossali

Carga Tributária Bruta de 2017 e a Receita Disponível dos Entes Federados

Tendências na Tributação Brasileira

NOTA TÉCNICA ARRECADAÇÃO RECORRENTE, CICLO ECONÔMICO E ONE-OFF OPERATIONS

Boletim Informativo: Antecipando os números oficiais da Arrecadação Federal: resultados para dezembro de 2015

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Junho de 2010

Boletim Informativo: Antecipando os números oficiais da Arrecadação Federal: resultados para outubro de 2016

Reforma da Previdência Social

Distorções do Sistema tributário Brasileiro. VII Congresso Internacional de Contabilidade, Custos e Qualidade do Gasto Natal, 18 de Outubro de 2017

Carga tributária brasileira por setores

Instituto de Economia - Gastão Vidigal. Boletim de Conjuntura

POLÍTICA FISCAL. Análise do terceiro trimestre/2014 RESUMO

Ano IV Nov/2016. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Matheus Anthony de Melo e Jaqueline Rossali

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

Debate sobre Política Fiscal no Conselho Federal de Economia (COFECON)

OBRIGAÇÕES ABRIL 2017 INDICADORES ECONÔMICOS R$ 937,00 SALÁRIO MÍNIMO RS: R$ 1.006, ,00 IGP-M: 0,01% INPC-IBGE: 0,24% UFM: R$ 3,9052 UPF/RS:

Boletim Informativo: Antecipando os números oficiais da Arrecadação Federal: resultados para setembro de 2016

INFORMATIVO MAIO 2019

Conjuntura. Boletim de REDUÇÃO DOS JUROS E AUMENTO DA LIQUIDEZ INDICAM PERSPECTIVAS MELHORES PARA PIB por setor de atividade, R$ Bilhões

OBRIGAÇÕES MARÇO 2017 INDICADORES ECONÔMICOS. ÍNDICE Obrigações Março 1 Obrigações Abril 4 Tabela Desconto Fonte Depósitos Recursais 4 FERIADOS

Conjuntura. Boletim de PIB DO SETOR DE SERVIÇOS DEVE CRESCER 0,7% EM 2017 PUXADO POR TI E TRANSPORTES. PIB por setor de atividade, R$ Bilhões 1

Boletim Informativo: Antecipando os números oficiais da Arrecadação Federal: resultados para dezembro de 2016

INFORMATIVO MARÇO 2019

OBRIGAÇÕES JULHO 2017 INDICADORES ECONÔMICOS

Boletim de Indicadores Econômicos. Estado de São Paulo

Evolução dos Gastos Federais com Saúde (cresceu depois de extinta a CPMF) 1

Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Francielly Almeida e Lorena Araujo

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Julho de 2010

TERMÔMETRO TRIBUTÁRIO NO BRASIL EM 2016: RECUPERAÇÃO NA RETA FINAL, MAS COM RECEITAS ATÍPICAS

OBRIGAÇÕES DEZEMBRO 2017 INDICADORES ECONÔMICOS R$ 937,00 SALÁRIO MÍNIMO RS: R$ 1.175, ,24 IGP-M: 0,52% INPC-IBGE: 0,37% UFM:

Ano I Nº 5 Dezembro de 2004 Para pensar o Salário Minimo

É autorizada a reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação desde que citada a fonte.

POLÍTICA FISCAL. Análise do quarto trimestre/2013 e fechamento RESUMO

OBRIGAÇÕES MARÇO 2018 INDICADORES ECONÔMICOS R$ 954,00 SALÁRIO MÍNIMO RS: R$ 1.175, ,24 IGP-M: 0,07% INPC-IBGE: 0,18% UFM: R$ 4,0145 UPF/RS:

O crescimento brasileiro é sustentável?

Boletim Informativo: Antecipando os números oficiais da Arrecadação Federal: resultados para agosto de 2016

Política Fiscal CONSELHO REGIONAL DE ECONOMIA. Consultoria Desenvolvendo soluções, alavancando resultados!

Ano VI Set./2018. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Francielly Almeida e Lorena Araujo

Resultados de abril 2017

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Outubro de 2010

Benefícios Fiscais: Tão desconhecidos e tão requisitados. Vilma da Conceição Pinto José Roberto Afonso Dezembro de 2015

Economia volta a crescer, após ano perdido

2.9 Tributação. Por que Tributação? Comparação Internacional

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 3o. Trimestre 2012

Ano VII Abr./2019. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Eduardo Carvalho Silva e Lorena Araujo

Boletim Econômico Edição nº 69 setembro de 2015 Organização técnica: Maurício José Nunes Oliveira assessor econômico

POLITICA FISCAL. RESULTADO PRIMÁRIO DO SETOR PÚBLICO (R$ bilhões)

Especialistas apontam alternativas à reforma da previdência

Termômetro Tributário Brasileiro - Agosto/2011

1. Indicadores da Conjuntura Econômica Nacional (PIB, Inflação, Desemprego) Introdução

Conjuntura Nacional e Internacional Escola Florestan Fernandes, Guararema, 3 de julho de º. PLENAFUP

OBRIGAÇÕES NOVEMBRO 2017 INDICADORES ECONÔMICOS

Boletim Macro IBRE. Seminário de Perspectivas para de Dezembro de 2017

Resultados de fevereiro

OBRIGAÇÕES FEVEREIRO 2017 INDICADORES ECONÔMICOS

Contas do Presidente. da República. Relatório e Parecer Prévio sobre as. Exercício de. Ana Arraes. Ministra Relatora

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL COORDENAÇÃO-GERAL DO SISTEMA DE ARRECADAÇÃO E COBRANÇA

INFORMATIVO ABRIL 2019

NOTA TÉCNICA ARRECADAÇÃO FEDERAL NO SIGA BRASIL: O CASO DE MAIO DE

COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO

TABELA I ARRECADAÇÃO DAS RECEITAS FEDERAIS PERÍODO: NOVEMBRO E DEZEMBRO DE 2015 E DEZEMBRO DE 2014 (A PREÇOS CORRENTES)

Programação Orçamentária 2012

PERDCOMP (Pedido de Eletronico de Ressarcimento ou Restituição e Declaração de Compensação)

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

COMENTÁRIO ECONÔMICO Primeiro trimestre de 2019 foi de alta volatilidade

Nota Técnica Aumento dos Gastos Públicos no Primeiro Trimestre de 2009

Resultados de março 2016

(resultados de fevereiro de 2014) Abril/14

Apresentação preparada para o 15º Fórum de Economia da FGV Nelson Marconi FGV/EAESP 03/09/2018 COMO CONTROLAR A EVOLUÇÃO DA DÍVIDA PUBLICA?

Ano VI Mai/2018. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai Giulia Coelho e Lorena Araujo

OBRIGAÇÕES MAIO 2017 INDICADORES ECONÔMICOS R$ 937,00 SALÁRIO MÍNIMO RS: R$ 1.006, ,00 IGP-M: (-1,10%) INPC-IBGE: 0,32% UFM: R$ 3,9052 UPF/RS:

Resultados de julho 2018

Resultados de outubro

Contas Nacionais e Finanças Públicas. Economia para jornalistas 16/3/2017 FGV/EPGE Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

SUMÁRIO. Empresas no Simples. Inadimplência. Síntese. Inflação PIB. Crédito. Empreendedorismo. Juros. Expediente. Emprego. Confiança.

BOLETIM ECONOMIA & TECNOLOGIA Informativo do Mês de Junho de 2011

VISÃO GERAL DA ECONOMIA

Transcrição:

NOTA TÉCNICA COMO SE COMPORTOU A ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA FEDERAL RECORRENTE EM 2013 Érica Diniz e José Roberto Afonso 0 Janeiro de 2014

Nos primeiros dias de 2014, o Ministro da Fazenda anunciou que a União teria cumprido sua meta de superávit primário do ano passado. Resultado em grande parte alcançado pelo recente crescimento da receita, especialmente a de caráter extraordinário. Para 2014, ano eleitoral, pouco se espera do lado dos gastos públicos. Estes são dominados por compromissos fixos (salários) e indexados (benefícios sociais e juros), o que dificulta qualquer redução. A perspectiva da campanha presidencial torna ainda mais remota a possibilidade de cortes. Uma melhora permanente da receita parece ser a única opção para encorpar o superávit no curtíssimo prazo. O problema é como aumentar a arrecadação diante de um crescimento econômico pífio e com o forte aumento das desonerações tributárias, segundo as próprias estimativas oficiais. Em 2014, o comportamento das receitas não extraordinárias será variável decisiva para o resultado fiscal. É importante, portanto, acompanhar o seu desempenho. A Receita Federal do Brasil (RFB) arrecadou em 2013 pouco mais de R$ 1,1 trilhões correntes: crescimento real de 4,4% sobre a arrecadação de 2012, superior ao crescimento do PIB. Este bom desempenho, no entanto, precisa ser qualificado. Do ganho real acumulado no ano (R$ 47,2 bilhões), exatos 60% provieram de duas fontes excepcionais: o parcelamento de antigas dívidas tributárias previstos na Lei 12.865/13 (R$ 21,8 bilhões) e o recolhimento extraordinário de IRPJ/CSLL/PIS/COFINS (R$ 6,6 bilhões). A RFB, por sua vez, alega que as desonerações tributárias dispararam (se gastou R$ 31,3 bilhões a mais no ano passado). Não fosse isso, sem computar tanto o aumento das desonerações no ano quanto as duas receitas excepcionais antes citadas, a RFB (ver slide 9 da apresentação do resultado de dezembro) informa que a arrecadação federal cresceu em 5,1% entre 2012 e 2013 que pode ser mais que o dobro do crescimento do PIB no período, ou seja, um desempenho muito bom. Porém, o efeito das renúncias 1

tributárias permanecerá e até se expandirá em 2014, puxado por desoneração da folha de novos e grandes setores. Por outro lado, não há expectativa de novas captações extraordinárias de receitas (resíduo do último refinanciamento que rendeu R$ 1,4 bilhões em dezembro e pode se repetir nos próximos meses). Outra avaliação para eliminar os efeitos de medidas atípicas ou temporárias passa por excluir do total da receita arrecadada pela RFB as chamadas outras receitas. Neste caso, o crescimento acumulado no ano passado da receita recorrente foi de 3,8% com relação a 2012. A evolução da arrecadação federal acumulada para os anos entre 2008 e 2013, expressa em proporção do PIB, é apresentada na tabela a seguir. A arrecadação recorrente aumentou de 22,4% para 23,5% do PIB em cinco anos. Foram fortes as oscilações: se a crise global diminuiu essa carga em 0,9 ponto do PIB entre 2008 e 2010, houve uma rápida recuperação de 1,6 pontos até 2012, e um ligeiro aumento de 0,3 pontos até o de 2013. Para o ganho de carga de 1,2 pontos do PIB ao longo dos últimos cinco anos foi decisiva a tributação da base salário (incremento de quase 1 ponto graças a contribuição previdenciária, apesar das desonerações), pois caiu o recolhido pelas empresas sobre vendas e lucros, ainda que em parte compensado por mais recolhimentos de bancos e das importações. Em % do PIB Descrição 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2008-2013 Arrecadação Total 22,6 21,6 21,9 23,4 23,4 23,8 1,2 Outras Receitas 0,2 0,4 0,4 0,5 0,3 0,3 0,1 Arrecadação Recorrente 22,4 21,1 21,5 22,9 23,1 23,5 1,1 Importação 0,9 0,8 0,9 1,0 1,1 1,1 0,2 Receita dos Bancos 0,8 1,0 0,8 0,8 1,0 1,1 0,3 Receita das Empresas 8,4 7,6 7,5 7,9 7,8 8,2-0,2 Lucro 4,2 4,0 3,6 3,9 3,8 4,0-0,2 Salário 7,7 7,8 7,8 8,2 8,6 8,6 0,9 Fonte: RFB, IBGE. Elaboração Própria. Arrecadação Tributária Federal (acumulado no ano) Importação = II + IPI/Importação. Receita dos Bancos = IRPJ + COFINS + PIS/PASEP + CSLL Entidade Financeiras. Receita das Empresas = IRPJ + COFINS + PIS/PASEP + CSLL Demais Empresas. Lucro = IRPJ + CSLL. Salário = Previdenciaria + IRRF Trab. 2

O futuro pode apontar também em direção positiva, a julgar pela evolução desde 2008 da variação real da arrecadação recorrente no mês, acumulada no último trimestre ou nos últimos doze meses, comparada a igual período do ano anterior vide gráfico a seguir. Quando as curvas da variação trimestral ou mensal cortam a anualizada, isso indica mudança de tendência. Se ocorrem por baixo, o crescimento anual desacelera (como entre meados de 2010 e 2012). Mas, em 2013, o crescimento mensal foi melhor que o anualizado em todos os meses; o mesmo ocorreu com o trimestral desde maio. Há, portanto, uma visível melhora das taxas de crescimento quando o foco é o período mais recente. 25 Crescimento Real da Arrecadação Tributária Recorrente (variação em relação a igual período do ano anterior) 20 15 10 5 0-5 Anual Trimestral Mensal Fonte: RFB. Elaboração Própria. Portanto, contrariando o senso comum, a evolução no pós-crise da receita federal recorrente não apresentou desempenho tão ruim quando comparado ao PIB, mesmo depois da crise e da concessão indiscriminada de renúncias. Se é certo que haverá crescimento da arrecadação recorrente em 2014, a dúvida passa ser se será suficiente para compensar os recolhimentos excepcionalmente realizados no ano anterior. Em suma, o desempenho da arrecadação tributária está bom diante das circunstâncias econômicas e isso gera uma situação curiosa. Ora, mesmo excluindo o que foi extraordinário e ao contrário do que a maioria dos analistas disse, a arrecadação federal está boa, diante do desempenho da economia e da concessão indiscriminada de incentivos, tanto que ajudará a carga tributária federal (e provavelmente a global) de 2013 a ser recorde. Se 3

forem excluídos os efeitos de mudanças institucionais (sejam favoráveis, como refinanciamento, sejam desfavoráveis, como mais desonerações), a arrecadação federal cresceu 5% no ano passado, isto é, quase o dobro do PIB. Como esperar mais da arrecadação? Paradoxalmente, se isso é uma boa notícia para fins de política tributária, por outro lado, é péssima para a política fiscal, porque significa que, se por acaso o resultado fiscal primário verdadeiro (sem maquiagem) ficar abaixo do necessário para estabilizar a razão dívida/pib, a razão deve ser buscada no outro lado do balanço fiscal ou seja, no crescimento real demasiado acelerado do gasto público, que não se dá em cima de investimento (que poderia ser cortado no futuro). Em termos prospectivo, o bom desempenho presente da receita pode comprometer o cenário futuro para as metas fiscais pois pode significar que promover um novo ajuste fiscal (como muitos esperam do novo governo e em 2015) será um desafio muito maior que no passado pois o espaço para aumentar ainda mais a carga tributária será limitado por seu próprio tamanho afinal, ela já bateu recordes, já supera o que se arrecadava antes da crise e, pior, do que se recolhia na época em que ainda se cobrava CPMF. 4

5 www.fgv.br/ibre Rio de Janeiro Rua Barão de Itambi, 60 22231-000 - Rio de Janeiro RJ São Paulo Av. Paulista, 548-6º andar 01310-000 - São Paulo SP