Instrumentos de Triagem para consumo de Bebidas Alcoólicas e Outras Drogas



Documentos relacionados
Michele Borsoi Telerreguladora de Enfermagem Telessaúde /MS

Intervenção Breve. Cultura da Paz! Luca Santoro Gomes

GRUPO DE ESTUDOS DA SÍNDROME ALCOÓLICA FETAL SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO

Opções de tratamento. Desintoxicação e acompanhamento no Posto de Saúde; Desintoxicação no Domicílio;

A Motivação no Tratamento da Dependência Química

ASSIST - Teste de detecção do envolvimento com álcool, tabaco e substâncias. Alcohol Smoking and Substance Involvement Screening Test

Gerenciando Sua Reputação Online Parte 1

Motivando sua Empresa para o Sucesso

ENTREVISTA MOTIVACIONAL

Extração de Requisitos

Buscamos compreender como ocorrem os processos de desenvolvimento humano, organizacional e social

TIPOS DE RELACIONAMENTOS

A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas de trabalho.

Abordagens Psicossociais: Entrevista Motivacional e Intervenção Breve

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

Encontro de Empresas Mesa redonda: Programa de Assistência ao Empregado: para onde encaminhar. Ambulatório

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

QUANTO ANTES VOCÊ TRATAR, MAIS FÁCIL CURAR.

3 Qualidade de Software

Organização de serviços. Coordenação: prof. Dr. Ronaldo Laranjeira Apresentação: Dr. Elton P. Rezende UNIAD INPAD Unifesp

PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO TABAGISMO

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

Você consegue dirigir seu carro sem um painel de controle? Você consegue gerenciar um Service Desk sem Indicadores?

Conceitos básicos de Coaching e Feedback

08 Capital de giro e fluxo de caixa

Gestão da Informação e do Conhecimento

PERFIL DO CONSUMO DE ÀLCOOL EM MULHERES DE UM NÚCLEO DE SAÚDE DA FAMÍLIA

22 DICAS para REDUZIR O TMA DO CALL CENTER. em Clínicas de Imagem

Guia de Resolução De Conflito Interno

PERÍODO AMOSTRA ABRANGÊNCIA MARGEM DE ERRO METODOLOGIA. População adulta: 148,9 milhões

Facebook Por que curtir marcas e empresas?

Fóruns em Moodle (1.6.5+)

Nota Autonomia: é a capacidade que o indivíduo tem de cuidar de si mesmo de forma independente.

INOVAÇÃO NA ADVOCACIA A ESTRATÉGIA DO OCEANO AZUL NOS ESCRITÓRIOS JURÍDICOS

TIPOS DE REUNIÕES. Mariangela de Paiva Oliveira. As pessoas se encontram em diferentes âmbitos:

Guia Prático para Encontrar o Seu.

Avaliação de Desempenho

Saúde Auditiva em escolares: avaliação e reabilitação de processamento auditivo

A importância de recomendar a leitura para crianças de 0 a 6 anos

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE

GUIA PRÁTICO PARA PROFESSORES

Como saber que meu filho é dependente químico e o que fazer. A importância de todos os familiares no processo de recuperação.

UMC POS Gestão Equipes e Desenvolvimento de Pessoas GEDPB04 Maio / 2013 Professora: Maria Luísa Dias MATERIAL DE APOIO AULA 1. Equipes Dão Certo!

Orientações para Palestras

TIPOS DE BRINCADEIRAS E COMO AJUDAR A CRIANÇA BRINCAR

Empreendedorismo. Tópico 1 O (a) Empreendedor (a)

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING

FERRAMENTAS DE COLABORAÇÃO CORPORATIVA

FACULDADE ANHANGUERA DE ITAPECERICA DA SERRA

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

Apresentação dos convidados e do moderador. Como vai a vida. O que está acontecendo de bom e de ruim.

PRINCÍPIOS Prevenção e o controle das doenças, especialmente as crônico-degenerativas estimulam desejo

Abordagem familiar e instrumentos para profissionais da Atenção Primária à Saúde

Tabela e Gráficos Dinâmicos Como estruturar dinamicamente dados no Excel

10+10 MINIGUIA... ATITUDES E PALAVRAS ASSERTIVAS. dar FEEDBACK, dizer NÃO, Veronica Z. Herrera Consultora Treinadora Coach Certificada.

GRUPOS. são como indivíduos, cada um deles, tem sua maneira específica de funcionar.

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Perfil de Equipe. Empresa ABC. Equipe de Líderes. Avaliação de: Preparada por: Consultor Caliper Data:

Já pensou como as experiências de um palestrante podem inspirar e promover mudanças em sua equipe?

Ordem dos Advogados do Brasil. Exame da Ordem

PAR. Torne-se um PAR para que sua vida seja ÍMPAR ACELBRA-RJ

ABUSO DO CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS, UMA QUESTÃO DE SAÚDE PÚBLICA. Senhor Presidente,

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Trabalho Finanças Estudos Lazeres Amigos Romance Família Espiritual Saúde

Como fazer um fluxo de nutrição de leads eficaz

Engenharia de Software III

Ensine a Regra Aqui ninguém toca aos seus filhos.

DP6: Gerando novos negócios a partir do monitoramento de redes sociais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

1 Inicie um novo. Guia de Referência Rápida de Gerenciamento de Projeto para o Project projeto

Martina Rillo Otero A importância do processo de avaliação. Existem muitas definições para avaliação, não existe uma única.

Tomada de Decisão uma arte a ser estudada Por: Arthur Diniz

20 perguntas para descobrir como APRENDER MELHOR

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

QUALIFICAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DE PROFESSORES DAS UNIDADES DE ENSINO NA ELABORAÇÃO DE PROGRAMAS FORMAIS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Profª Iris do Céu Clara Costa - UFRN iris_odontoufrn@yahoo.com.br

NetEtiqueta. É uma abreviação de Etiqueta na Internet. Aplica-se ao envio de s, conversas de chat e envio de mensagens para Fóruns de discussão.

Como aconteceu essa escuta?

Formulário de Avaliação de Desempenho

NÚCLEO. Coaching com PNL. A Paixão de Fazer Acontecer. Coaching com PNL. Coaching com PNL. Programação Neurolinguística: PNL no Coaching


COMO TER TEMPO PARA COMEÇAR MINHA TRANSIÇÃO DE CARREIRA?

Amanda Oliveira. E-book prático AJUSTE SEU FOCO. Viabilize seus projetos de vida.

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

OFICINA DA PESQUISA DISCIPLINA: COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL

DISLEXIA PERGUNTAS E RESPOSTAS

#10 PRODUZIR CONTEÚDO SUPER DICAS ATRATIVO DE PARA COMEÇAR A

COLETA DE DADOS. Disciplina: TC Projeto de Graduação I Turma C Profa. Denyse de Araújo

Cartilha de Uso de Institucional

Qualidade ambiental. Atividade de Aprendizagem 18. Eixo(s) temático(s) Vida e ambiente

NESSE MANUAL VÃO SER SOLUCIONADAS AS SEGUINTES DÚVIDAS DE USO:

A INTERNET COMPLETOU 20 ANOS DE BRASIL EM 2015.

NO ABRIR DA MINHA BOCA (EFÉSIOS 6:19) USO DO POWERPOINT

PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO

Bruno é professor, palestrante e criador do canal Papo de Vestibular

Tratamento da dependência do uso de drogas

Tomada de decisão. O que é necessário para ser bom? Algumas dicas práticas: Por que ser bom? Como tomamos boas decisões?

Agenda. Introdução. Escala de Likert. Pesquisa de clima. Monitoramento do clima

Transcrição:

Instrumentos de Triagem para consumo de Bebidas Alcoólicas e Outras Drogas

DIFERENTES NÍVEIS DE CONSUMO ÁLCOOL ABSTINÊNCIA USO EXPERIMENTAL USO MODERADO ABUSO Leve DEPENDÊNCIA Moderada Grave Cerca de 10 anos

"Instrumentos de Triagem" São ferramentas utilizadas para indicar, em população geral, as pessoas que têm tendência a apresentar determinada doença; São instrumentos que "rastreiam", fazem a "triagem", encontram os pacientes com maior chance de apresentar o problema; Ajudam a determinar os principais focos da intervenção; Servem para informar ao usuário seu padrão de consumo.

Cuidado especial: Instrumentos de Triagem NÃO devem ser usados como: "prova de acusação", ou forma de "rotular" os pacientes.

CAGE instrumento simples e muito conhecido (O nome é uma abreviação das quatro perguntas do instrumento, em inglês). C - (cut down) - Alguma vez o (a) sr. (a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida ou parar de beber? 0 - ( ) não 1 - ( ) sim A - (annoyed) - As pessoas o (a) aborrecem porque criticam o seu modo de beber? 0 - ( ) não 1 - ( ) sim G - (guilty) - O (a) sr. (a) se sente culpado (a) pela maneira com que costuma beber? 0 - ( ) não 1 - ( ) sim E - (eye opened) - O (a) sr. (a) costuma beber pela manhã (ao acordar), para diminuir o nervosismo ou ressaca? 0 - ( ) não 1 - ( ) sim

CAGE A correção é simples e rápida: Atribua um ponto para cada resposta positiva (sim) de cada pergunta. Some os pontos das respostas. Interpretação: dois pontos ou mais, ou seja, duas respostas afirmativas ou mais, quer dizer que a pessoa tem grande possibilidade de ter dependência de álcool.

CAGE Objetivo: detectar abuso, mas principalmente dependência de álcool; Quem pode utilizá-lo: qualquer profissional de saúde; Características: rápido e simples (em média 1 minuto para aplicar e somar os pontos). Limitação: somente os dependentes mais graves são identificados com este instrumento

AUDIT (Alcohol Use Disorders Identification Test) usado para a identificação de problemas associados ao uso de álcool. Simples e de fácil utilização. É abrangente, por detectar diferentes níveis de problemas associados a diferentes padrões de uso de álcool.

AUDIT (Alcohol Use Disorders Identification Test) Auxilia na prevenção, pois avalia diversos níveis de uso de álcool, desde não uso até provável dependência; Avalia o uso de álcool nos últimos 12 meses; Pode ser utilizado por toda a equipe de saúde e em vários serviços;

AUDIT (Alcohol Use Disorders Identification Test) Pode ser utilizado tanto em forma de entrevista ou ser auto-aplicado (o próprio paciente pode responder sozinho ao questionário); Tempo de aplicação: 2-4 minutos; Suas questões correspondem aos principais critérios diagnósticos da CID-10.

AUDIT Correção: Anote a pontuação no quadro ao lado de cada questão. Some os pontos das respostas. Interpretação: a pontuação é dividida em quatro níveis (ou zonas), de acordo com o padrão de uso do álcool.

AUDIT Interpretação e procedimentos: Nível de Risco Intervenção Escore Zona I Baixo Risco Zona II Uso de risco Zona III Uso Nocivo Zona IV Provável Dependência Prevenção Primária 0-7 Orientação Básica 8-15 Intervenção Breve e Monitoramento Encaminhamento para Serviço especializado 16-19 20-40

ASSIST Triagem para outras drogas

Intervenção Breve para consumo nocivo de Bebidas Alcoólicas

FRAMES Feedback (devolutiva ou retorno) Responsibility (responsabilidade) Advice (aconselhamento) Menu of Option (menu de opções) Empathy (empatia) Self-efficacy (auto-eficácia)

F (Feedback) Devolutiva ao paciente Após a avaliação do consumo de álcool, o paciente recebe um "feedback" sobre os riscos presentes em seu padrão de uso. Isso poderá servir também de ponto de partida para convidar o paciente para a intervenção. Por exemplo: "Pelo que conversamos..." ou " Pelo resultado do seu teste.. " parece que você está bebendo numa quantidade que pode lhe causar sérios problemas de saúde, social vamos conversar um pouco mais sobre isto?..."

AUDIT Interpretação e procedimentos: Nível de Risco Intervenção Escore Zona I Baixo Risco Zona II Uso de risco Zona III Uso Nocivo Zona IV Provável Dependência Prevenção Primária 0-7 Orientação Básica 8-15 Intervenção Breve e Monitoramento Encaminhamento para Serviço especializado 16-19 20-40

R (Responsibility) Responsabilidade e Metas Nessa etapa, é realizada uma "negociação" entre o profissional e o paciente, a respeito das metas a serem atingidas no tratamento: consumo moderado (para usuários de drogas lícitas, sem diagnóstico de dependência e que desejarem tentar esta meta) ou abstinência (para usuários de drogas ilícitas ou com dependência já estabelecida).

R (Responsibility) É enfatizada a responsabilidade do paciente para atingir a meta estabelecida (mostra-se ao paciente que ele é o responsável por seu comportamento e por suas escolhas sobre usar ou não drogas) A função do profissional de saúde é de alertar e ajudar. Isto permite ao paciente ter o controle pessoal, em relação ao seu comportamento e suas conseqüências.

R (Responsibility) A mensagem a ser transmitida ao paciente corresponde a: "O seu uso da substância é uma escolha sua e ninguém pode fazer você mudar seu comportamento ou decidir por você. Se você percebe que isto está prejudicando sua vida e sua saúde e se quiser mudar, podemos ajudá-lo, mas a decisão, a escolha é sua".

A (advice): Aconselhamento - Relação de problemas associados ao consumo - É importante listar os problemas atuais relacionados ao consumo. Ex: úlcera gástrica, neuropatia periférica, lapsos de memória, etc - O paciente nem sempre percebe que é o uso de álcool ou drogas que está afetando sua saúde Obs: é importante saber relacionar (ter conhecimento) os principais problemas causados e os tipos de droga!!!

A (advice): Aconselhamento Orientações claras, sobre a diminuição ou interrupção do uso: reduzem o risco de problemas futuros, aumentam a percepção do risco pessoal e fornecem um motivo para que o paciente considere a possibilidade de mudança do comportamento. Sugestão: Oferta (ao paciente) de material informativo sobre o uso de substâncias.

Menu of Option (menu de opções) Opções de estratégias para modificação do comportamento (reduzir ou parar o consumo) Objetivo: identificar (junto com o paciente) as principais situações de risco que favorecem seu consumo de substâncias. Ex: onde ocorre o uso, em companhia de quem ou em que situações (sociais ou de sentimentos pessoais). Por meio desta identificação: - o profissional orienta o paciente no desenvolvimento de estratégias para evitar (ou lidar de outra forma) com essas situações de risco.

Menu of Option (menu de opções) Oferecer alternativas de escolhas estimula: o sentimento de controle pessoal e de responsabilidade para realizar a mudança Fortalecendo a motivação!!

Menu of Option (menu de opções) exemplos de opções e estratégias Sugira que o paciente faça um diário sobre o seu uso de substância, registrando, por exemplo: onde ele costuma usar, em que quantidade, em companhia de quem, por qual razão, etc. Isto ajudará a identificar as possíveis situações de risco Identifique, junto com o paciente, outras atividades que possam substituir o uso de drogas. É importante que sejam atividades que possam lhe trazer prazer, como: praticar atividade física, tocar um instrumento, ler um livro, passear com pessoas não usuárias etc.;

Menu of Option (menu de opções) exemplos de opções e estratégias Ajude o paciente a refletir sobre as coisas de que gosta, além do uso da substância: Se ele não souber (ou tiver dificuldade), use essa situação como argumento para estimulá-lo a se conhecer melhor, a descobrir coisas novas, novos interesses. Procure ter sempre à mão opções gratuitas de lazer, dos mais diferentes tipos, como: atividades esportivas, apresentações de música, oficinas de artesanato. etc. Converse com a assistente social ou pessoas da comunidade sobre essas ofertas;

Menu of Option (menu de opções) exemplos de opções e estratégias Descubra algo que o paciente gostaria de ter e sugira que ele economize o dinheiro que gastaria, com o consumo, para adquirir aquele bem. Faça as contas com ele de quanto ele gasta. Por exemplo: o paciente gasta R$ 5,00 por dia com cerveja, em um mês economizaria R$ 150,00 e, em 6 meses, R$ 900,00, o suficiente para comprar uma TV nova. Cálculos simples como este podem ajudá-lo a perceber o prejuízo financeiro ao qual se sujeita, além dos problemas de saúde.

Empathy (empatia) Evite ter um comportamento confrontador ou agressivo. Demonstre ao paciente que você está disposto a ouvir e que entende seus problemas, incluindo a dificuldade de mudar.

Self-efficacy (auto-eficácia) Objetivo: aumentar a motivação do paciente para o processo de mudança, auxiliando-o a ponderar os "prós" e "contras" associados ao consumo O paciente deve ser encorajado a: confiar em seus próprios recursos e ser otimista em relação a sua habilidade para mudar o comportamento, reforçando os aspectos positivos.

Self-efficacy (auto-eficácia) Uma Intervenção Breve não é apenas utilizar técnicas, mas criar um contexto de APOIO ao paciente.

Rede social de apoio Pergunte sobre pessoas que possam ajudá-lo nesse processo (rede social) e incentive-o a conversar com essa(s) pessoa(s).

Considerações Gerais Evite usar rótulos, jargões, como: alcoólatra, maconheiro, drogado etc. Isto intimida e envergonha o paciente, dificultando o estabelecimento do vínculo necessário para IB Procure fazer perguntas abertas, como: "me fale mais sobre seu consumo de bebidas...", Procure demonstrar sensibilidade e empatia, sendo sempre receptivo às questões abordadas pelo paciente,

Considerações Gerais Procure fazer a chamada Escuta Reflexiva, que é um modo de demonstrar o entendimento do que o paciente lhe diz. Por exemplo: "você está querendo me dizer que o seu consumo está causando problemas em seu trabalho?" ou "Se eu entendi bem, você disse que costuma beber grandes quantidades quando está com seus amigos de trabalho...".. Isto evita que o paciente negue alguma afirmação já feita, mencionando que não foi isto que ele quis dizer, ou que você entendeu errado.

Considerações Gerais Procure aumentar a consciência do paciente sobre os benefícios relacionados a sua mudança de comportamento. Mostre a ele que as coisas podem melhorar, mas que isso depende principalmente de um posicionamento dele (responsabilidade). Reforce sua liberdade de escolha,

Considerações Gerais Encoraje o paciente e reforce sua auto-eficácia em relação aos comportamentos que ele gostaria de mudar. Ressalte, sempre que possível, que você confia nele, que acredita em sua capacidade de mudar, Observe também a comunicação não-verbal do paciente, ou seja, se ele parece agitado, inquieto, nervoso etc.

Vídeo Prática