Desafios para a Elevação da Produtividade do Trabalho no Brasil

Documentos relacionados
Desafios para a Elevação da Produtividade dos Serviços no Brasil

Ambiente de Negócios e Reformas Institucionais no Brasil

Educação e Produtividade no Brasil

Desenvolvimento Econômico Brasileiro: Desafios da Transição para a Renda Alta

Dinâmica Recente da Produtividade no Brasil

Mudança de rumo? Cenário macroeconômico Junho Fernanda Consorte

Perspectivas Econômicas. Pesquisa Macroeconômica Itaú Unibanco

A Produtividade e a Competitividade da Indústria Naval e de BK Nacional. Fernanda De Negri Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

Universidade Federal do Piauí UFPI Campus Universitário Ministro Petrônio Portella Centro de Ciências Humanas e Letras CCHL Departamento de Ciências

Secovi. Desafios da Economia Brasileira. Antonio Delfim Netto

SONDAGEM ECONÔMICA DA AMÉRICA LATINA. Fevereiro, 2016

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

9. Em Foco IBRE: A Desaceleração do Crescimento Chinês

Retomada do Crescimento e Reformas Estruturais

Cenário Macroeconômico Brasileiro

Depois do pesadelo. Luís Paulo Rosenberg

I Cenário Mundial. II Contexto Internacional e o Brasil. III Brasil: Situação Externa e Interna. Tendências. IV Paraná em Destaque V Brasil:

Soluções estratégicas em economia

Desenvolvimento Produtivo Além da Indústria - O Papel dos Serviços

Falta de competitividade da indústria: a barreira ao crescimento

Desafios da Economia Brasileira

Brasil: Ventos mais favoráveis

Perspectivas para 2012

12º Fórum de Economia

Luís Abel da Silva Filho

Produtividade e Eficiência. Pedro Cavalcanti Ferreira Fundação Getulio Vargas

Seminário GVcev Tendências e Expectativas para o Varejo de 2010

Brasil: Ventos mais favoráveis

CONSTRUÇÃO: BALANÇO E PERSPECTIVAS. Fundação Getulio Vargas

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO E JUROS EM 2002

Cenário macroeconômico e a construção civil 29/5/2012

Competitividade Brasil e países selecionados Determinantes macroeconômicos Renato da Fonseca

A contribuição das empresas de edificações e incorporação para o crescimento econômico do Brasil. Crescimento e carga tributária

Somente no fim da República Velha o país vivenciou dois anos consecutivos de recessão: 1930 (-2,1%) e 1931 (-3,3%).

DEMONSTRATIVO DE CÁLCULO DE APOSENTADORIA - FORMAÇÃO DE CAPITAL E ESGOTAMENTO DAS CONTRIBUIÇÕES

Painel: O desempenho econômico brasileiro no cenário mundial

Notas para o seminário do Insper sobre Produtividade e Competitividade

O desafio da produtividade

PROCESSO DE AGREGAÇÃO

Educação e Produtividade

Subtítulo da Apresentação

Perspectivas do Desenvolvimento Brasileiro

Indicadores SEBRAE-SP

Perspectivas Econômicas. Pesquisa Macroeconômica - Itaú Unibanco

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

PRÓ-TRANSPORTE - MOBILIDADE URBANA - PAC COPA CT /10

Contas Nacionais Trimestrais

PIB DO BRASIL (VARIAÇÃO ANUAL) FONTE: IBGE ELABORAÇÃO E PROJEÇÃO: BRADESCO

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Junho de 2017

Um país em construção

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

CENÁRIO MACROECONÔMICO PARA O BRASIL E MUNDO. Janeiro de 2017

INADIMPLÊNCIA BELO HORIZONTE PESSOA FÍSICA. Periodicidade: AGOSTO/2018

Perspectivas Econômicas

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

ECO Economia Brasileira

Contribuição para o debate sobre apresentação do Conselheiro Octavio de Barros DEPECON

Retomada do Crescimento Econômico

Crise financeira mundial e a América Latina

2º PAINEL Taxa de câmbio e semiestagnação desde 1981

Indústria e Investimentos recuam no 2º trimestre e Economia Brasileira mantém ritmo lento de crescimento

Ambiente de Negócios e Reformas Institucionais no Brasil

CRÉDITO E JUROS SETEMBRO DE 2002

CENÁRIO MACROECONÔMICO PARA O BRASIL E MUNDO. Dezembro de 2016

Seminário Fecomércio RJ - Médio Paraíba Volta Redonda Mapa Estratégico do Comércio, Serviços e Turismo no Estado do Rio de Janeiro

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Janeiro de 2018 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

O Brasil lidera a piora do clima econômico na América Latina

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

2004 Resultados e Expectativas

CENÁRIO GLOBAL E DOMÉSTICO 2009/10

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

CENÁRIO MACROECONÔMICO PARA O BRASIL E MUNDO. Novembro de 2016

CENÁRIO MACROECONÔMICO. Agosto de 2017 DEPEC Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

I FÓRUM FCE - UFRGS RECESSÃO BRASILEIRA: ORIGENS, DETERMINANTES E CONDIÇÕES DE SAÍDA. Marcelo S. Portugal UFRGS e CNPq

Economia Brasileira. Caio Prates 13 MAIO 2008

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Cenários Econômicos que Pautam as Decisões de Investimento Individuais Victoria Coates Werneck 12 de setembro de 2018

Desafios e Perspectivas da Economia Brasileira

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Secretaria de Comércio Exterior

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Financiamento Empresarial Marcelo Neri FGV Social e EPGE Fundação Getulio Vargas

MB ASSOCIADOS. A agenda econômica internacional do Brasil. CINDES Rio de Janeiro 10 de junho de 2011

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Clima Econômico da América Latina piora com expectativas menos favoráveis

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Contas Nacionais Trimestrais

A INDÚSTRIA EM NÚMEROS

Transcrição:

Desafios para a Elevação da Produtividade do Trabalho no Brasil Fernando Veloso FGV/IBRE Seminário da FGV Desafios para o Crescimento Econômico Rio de Janeiro, 8 de abril de 2015

produto por trabalhador (US$ 2013) Evolução do Produto por Trabalhador 21.000 19.000 17.000 15.000 13.000 11.000 9.000 7.000 5.000 2012 2010 2008 2006 2004 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 1972 1970 1968 1966 1964 1962 1960 1958 1956 1954 1952 1950 Fonte: Conference Board

Questões Por que a produtividade cresceu tão pouco desde o início da década de 1980? Que reformas poderiam ter maior impacto no crescimento? Qual o papel da educação em uma agenda de crescimento?

Estrutura da Apresentação Produtividade agregada e produtividade de serviços Desafios para o aumento da produtividade Educação Ambiente de negócios

participação no emprego total (%) Evolução do Emprego Setorial 1950-2011 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 2010 2008 2006 2004 2002 2000 1998 1996 1994 1992 1990 1988 1986 1984 1982 1980 1978 1976 1974 1972 1970 1968 1966 1964 1962 1960 1958 1956 1954 1952 1950 agricultura indústria serviços Fonte: GGDC

Evolução da Produtividade do Trabalho Setorial 1995-2014 produtividade do trabalho setorial (R$ 2009) 50.000 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000 0 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 agropecuária indústria serviços agregada Fonte: FGV/IBRE

Produtividade Agregada e Produtividade de Serviços 1995-2014 produtividade do trabalho setorial (R$ 2009) 39.000 37.000 35.000 33.000 31.000 29.000 27.000 25.000 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 serviços agregada Fonte: FGV/IBRE

Crescimento da Produtividade Agregada e Setorial Agropecuária Indústria Serviços Total 1996-2002 5,7% -2,0% -0,7% 0,1% 2003-2006 2,2% 0,1% 0,0% 0,4% 2007-2010 6,1% 0,5% 2,2% 2,7% 2011-2014 5,3% -0,6% 0,9% 1,1% Fonte: FGV/IBRE

Crescimento da Produtividade em Subsetores de Serviços e Construção Comércio Interm. Fin. Outros Serv. Construção 1996-2002 -2,4% -0,4% -1,1% -2,1% 2003-2006 0,6% 1,7% -0,7% -1,3% 2007-2010 3,6% 8,6% 1,4% 2,3% 2011-2013 1,4% -1,0% 2,0% -0,9% Fonte: FGV/IBRE

Crescimento da Produtividade Agregada e do Salário Real - 1995-2014 140,00 130,00 120,00 110,00 100,00 90,00 80,00 70,00 60,00 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Produtividade Salário Real - IPCA Salário Real - Deflator Fonte: FGV/IBRE

Crescimento da Produtividade dos Serviços e do Salário Real - 1995-2014 130,00 120,00 110,00 100,00 90,00 80,00 70,00 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Produtividade Salário Real- IPCA Salário Real - Deflator Fonte: FGV/IBRE

Evolução do Custo Unitário do Trabalho Agregado e Setorial 2011-2014 130 125 120 115 110 105 100 95 2011 2012 2013 2014 agregada comércio construção Fonte: FGV/IBRE

Efeito do Crescimento do Emprego e Melhoria dos Termos de Troca 2000-2011 130 125 120 115 110 105 100 95 90 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 produto por trabalhador renda per capita renda per capita (termos de troca) Fonte: PWT 8.0

Convergência do Crescimento do Bem-Estar Para o Crescimento da Produtividade O bônus demográfico, a queda da taxa de desemprego e a melhoria dos termos de troca permitiram que medidas associadas ao bem-estar crescessem acima da produtividade nos anos 2000 Nos próximos anos a melhoria do padrão de vida dependerá do aumento da produtividade Os setores que tiveram maior aumento de produtividade são não-comercializáveis e estão associados ao crédito A piora dos termos de troca e a desaceleração da expansão do crédito tendem a reduzir o crescimento da produtividade, que está retornando à tendência de estagnação vigente desde o início dos anos 1980

jan/01 jun/01 nov/01 abr/02 set/02 fev/03 jul/03 dez/03 mai/04 out/04 mar/05 ago/05 jan/06 jun/06 nov/06 abr/07 set/07 fev/08 jul/08 dez/08 mai/09 out/09 mar/10 ago/10 jan/11 jun/11 nov/11 abr/12 set/12 fev/13 jul/13 dez/13 mai/14 out/14 Evolução dos Termos de Troca 140,0 130,0 120,0 110,0 100,0 90,0 80,0 Fonte: Funcex/Ipeadata

jan/01 jun/01 nov/01 abr/02 set/02 fev/03 jul/03 dez/03 mai/04 out/04 mar/05 ago/05 jan/06 jun/06 nov/06 abr/07 set/07 fev/08 jul/08 dez/08 mai/09 out/09 mar/10 ago/10 jan/11 jun/11 nov/11 abr/12 set/12 fev/13 jul/13 dez/13 mai/14 out/14 crédito ao setor privado (% do PIB) Expansão do Crédito (% do PIB) 60 55 50 45 40 35 30 25 20 Fonte:BCB

Reformas Microeconômicas e Expansão do Crédito Estudos mostram que as reformas institucionais da primeira metade dos anos 2000 contribuíram para a expansão do crédito no Brasil, através de um aumento da segurança jurídica do credor (Banco Mundial, 2012) Crédito Consignado (2003) redução da taxa de juros e expansão do crédito pessoal (Funchal, Coelho e Mello, 2012) Lei de Alienação Fiduciária (2004) aumento do acesso ao crédito (Assunção, Benmelech e Silva, 2012) Lei de Falências (2005) redução da taxa de juros e expansão do crédito para empresas (Funchal, 2008; Araújo, Funchal e Ferreira, 2012); aumento da produtividade (Ponticelli, 2012) Estabilização macroeconômica também contribuiu para a expansão do crédito (Banco Mundial, 2012)

Redução da Desigualdade A expansão do setor de serviços elevou a demanda por trabalhadores de menor qualificação e aumentou seu salário relativo Isso, por sua vez, contribuiu para a queda da desigualdade Portanto, a expansão do setor de serviços, em particular nas atividades relacionadas ao crédito, teve um papel importante tanto em termos econômicos como sociais

Especificidade do Setor de Serviços Serviços são predominantemente não-comercializáveis e intensivos em mão-de-obra Existem evidências de convergência da produtividade da indústria (Rodrik, 2013a); a convergência é mais rápida em máquinas e equipamentos que em têxteis e vestuário Diferenças de produtividade agregada entre países resultam em grande medida de diferenças na produtividade de serviços (Duarte e Restuccia, 2010) Serviços dependem particularmente da qualidade da educação e das instituições (Rodrik, 2013b) Existe grande heterogeneidade no setor

Distribuição de Escolaridade por Setor (%) 0-3 4-7 8-10 11-14 >14 Agropecuária 43,2 32,9 12,9 9,6 1,4 Ext Mineral 12,0 15,9 13,1 43,2 15,8 Ind Transformação 8,6 18,7 20,9 43,5 8,3 Construção 20,5 32,6 22,0 21,5 3,4 SIUP 10,3 17,5 13,0 40,2 19,0 Comércio 8,1 16,3 20,6 47,3 7,8 Transporte 8,6 22,6 21,0 41,8 6,0 Serv Informação 1,0 3,2 8,9 55,3 31,7 Interm Financeira 0,6 1,6 6,0 46,1 45,7 Outros Serviços 9,3 18,6 17,8 38,2 16,1 Serv Imobiliários 3,9 8,2 11,7 55,3 21,0 APU 3,3 6,1 7,1 44,6 38,9 Fonte: PNAD

Distribuição de Escolaridade no Setor de Serviços Brasil e Coreia Qualificação Baixa Qualificação Média Qualificação Alta Serviços- Brasil 33,0% 43,7% 23,3% Serviços - Coreia 8,2% 40,3% 51,4% Comércio - Brasil 38,4% 52,0% 9,5% Comércio - Coreia 3,1% 44,2% 52,8% Transporte - Brasil 42,9% 45,6% 11,4% Transporte - Coreia 15,6% 51,7% 32,7% Interm. Financeira- Brasil 5,8% 32,8% 61,4% Interm. Financeira- Coreia 17,2% 40,8% 42,0% Serviços Pessoais - Brasil 57,2% 36,3% 6,5% Serviços Pessoais - Coreia 9,5% 49,0% 41,6% Serviços Públicos - Brasil 19,5% 44,7% 35,7% Serviços Públicos - Coreia 4,7% 21,0% 74,3% Fonte: Social Economic Accounts (WIOD)

Proporção de Jovens Abaixo do Nível Básico de Proficiência - PISA 2012 (%) Leitura Matemática Ciências Brasil 49,2 67,1 53,7 Xangai - China 2,9 3,8 2,7 Coreia do Sul 7,6 9,1 6,6 Finlândia 11,3 12,3 7,7 Estados Unidos 16,6 25,8 18,1 Chile 33,0 51,5 34,5 México 41,1 54,7 47,0 Argentina 53,6 66,5 50,9 Fonte: OCDE (2012)

distância da fronteira - geral (%) Evolução da Distância da Fronteira do Doing Business 2015 75 70 65 60 55 50 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Brasil México Argentina Chile Colômbia Peru

distância da fronteira - pagamento de impostos (%) Evolução da Distância da Fronteira do Doing Business 2015 Pagamento de Impostos 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Brasil México Argentina Chile Colômbia Peru

Ranking do Doing Business 2015 Geral Ranking de Ambiente de Negócios Brasil 120 Argentina 124 Chile 41 México 39 Colômbia 34 Peru 35 China 90 Índia 142 Rússia 62 África do Sul 43 Estados Unidos 7

Ranking do Doing Business 2015 Complexidade e Custo dos Processos Regulatórios Abertura de Empresas Obtenção de Alvará de Construção Obtenção de Eletricidade Registro de Propriedade Pagamento de Impostos Comércio Internacional Brasil 167 174 19 138 177 123 Argentina 146 181 104 119 170 128 Chile 59 62 49 45 29 40 México 67 108 116 110 105 44 Colômbia 84 61 92 42 146 93 Peru 89 87 86 26 57 55 China 128 179 124 37 120 98 Índia 158 184 137 121 156 126 Rússia 34 156 143 12 49 155 África do Sul 61 32 158 97 19 100 Estados Unidos 46 41 61 29 47 16

Ranking do Doing Business 2015 Qualidade das Instituições Legais Obtenção de Crédito Proteção dos Investidores Cumprimento de Contratos Resolução de Insolvências Brasil 89 35 118 55 Argentina 71 62 63 83 Chile 71 56 64 73 México 12 62 57 27 Colômbia 2 10 168 30 Peru 12 40 100 76 China 71 132 35 53 Índia 36 7 186 137 Rússia 61 100 14 65 África do Sul 52 17 46 39 Estados Unidos 2 25 41 4

distância da fronteira - geral (%) Relação entre Renda per Capita e Distância da Fronteira do Doing Business 2015 100 90 80 70 60 Brasil 50 40 30 20 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 renda per capita (US$)

Relação entre Renda per Capita e Distância da Fronteira do Doing Business 2015 Pagamento de Impostos distância da fronteira - pagamento de impostos (%) 120 100 80 60 40 Brasil 20 0 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000 renda per capita (US$)

Obstáculos para Fazer Negócios World Bank Enterprise Surveys (%) Brasil América Latina e Caribe Todos os Países Proporção das firmas que identificam a corrupção como um grande obstáculo 69,9 39,9 36,3 Proporção das firmas que identificam o Sistema Judiciário como um grande obstáculo 47,1 25,0 18,3 Proporção das firmas que identificam o crime, o roubo e a desordem como um grande obstáculo 57,0 34,3 28,0 Proporção das firmas que identificam o acesso a financiamento como um grande obstáculo 55,5 30,8 32,8 Proporção das firmas que identificam as práticas dos competidores no setor informal como um grande obstáculo 40,4 30,2 30,5 Proporção das firmas que identificam o acesso à eletricidade como um grande obstáculo 41,8 37,6 40,6 Proporção das firmas que identificam o acesso a transporte como um grande obstáculo 30,2 23,5 22,6 Proporção das firmas que identificam a carga tributária como um grande obstáculo 83,5 35,1 34,8 Proporção das firmas que identificam a administração de impostos como um grande obstáculo 75,1 22,7 22,5 Proporção das firmas que identificam a obtenção de licença de negócios como um grande obstáculo 48,5 15,9 15,4 Proporção das firmas que identificam a regulação do comércio internacional como um grande obstáculo 28,1 19,7 17,9 Proporção das firmas que identificam a regulação do mercado de trabalho como um grande obstáculo 57,4 17,3 11,1 Proporção das firmas que identificam a baixa escolaridade da força de trabalho como um grande obstáculo 69,1 35,8 26,9

Regulação Tributária Regulação Restritiva do Mercado de Trabalho Oferta Inadequada de Infraestrutura Carga Tributária Burocracia Governamental Ineficiente Corrupção Baixa Escolariadade da Força de Trabalho Acesso ao Financiamento Instabilidade da Política Econômica Inflação Capacidade Insufiente de Inovar Crime e Roubo Ética do Trabalho Precária Regulação do Mercado Cambial Saúde Pública Precária Instabilidade Política / Golpes Principais Obstáculos para Fazer Negócios Global Competitiveness Report 2014-2015 (%) 25 20 15 10 5 0

Principais Obstáculos para Fazer Negócios Brasil e América Latina - World Bank Enterprise Surveys (%) Acesso a Financiamento Acesso à Terra Licenciamento de Negócios Corrupção Sistema Judiciário Crime, Roubo e Desordem Regulação do Comércio Internacional Eletricidade Baixa Escolaridade da Força de Trabalho Regulação do Mercado de Trabalho Instabilidade Política Práticas do Setor Informal Administração de Impostos Carga Tributária Transportes 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Brasil America Latina e Caribe

Principais Obstáculos para Fazer Negócios Indústria de Transformação e Serviços Brasil World Bank Enterprise Surveys (%) Acesso a Financiamento Acesso à Terra Licenciamento de Negócios Corrupção Sistema Judiciário Crime, Roubo e Desordem Regulação do Comércio Internacional Eletricidade Baixa Escolaridade da Força de Trabalho Regulação do Mercado de Trabalho Instabilidade Política Práticas do Setor Informal Administração de Impostos Carga Tributária Transportes 40,0 35,0 30,0 25,0 20,0 15,0 10,0 5,0 0,0 Média Indústria Média Serviços

Principais Obstáculos para Fazer Negócios Máquinas & Equipamentos e Comércio - Brasil World Bank Enterprise Surveys (%) Acesso a Financiamento Acesso à Terra Licenciamento de Negócios Corrupção Sistema Judiciário Crime, Roubo e Desordem Regulação do Comércio Internacional Eletricidade Baixa Escolaridade da Força de Trabalho Regulação do Mercado de Trabalho Instabilidade Política Práticas do Setor Informal Administração de Impostos Carga Tributária Transportes 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 Máquinas e Equipamentos Comércio Varejista

Complementaridade entre Reformas e Escolaridade Evidências recentes da literatura acadêmica indicam que o efeito de reformas depende do nível de escolaridade dos empresários Uma reforma do sistema de registro de empresas no México estimulou somente a formalização dos microempreendedores que possuem características parecidas com as de empregadores formais, dentre elas o nível de escolaridade (Bruhn, 2013)

Distribuição de Escolaridade por Registro no CNPJ (%) 0-3 4-7 8-10 11-14 >14 Conta Própria sem CNPJ 25,0 28,7 17,8 23,3 5,3 Conta Própria com CNPJ 7,0 17,2 15,9 38,5 21,4 Empregador sem CNPJ 17,2 27,9 14,5 26,9 13,6 Empregador com CNPJ 3,1 10,7 11,8 41,8 32,6 Fonte: PNAD

Complementaridade entre Reformas e Produtividade Empresas informais são pequenas e muito menos produtivas que empresas formais, especialmente em comparação com as de maior porte Uma possível explicação é que a formalização contribui para a elevação da produtividade (Hernando de Soto) Outra explicação é que as empresas mais produtivas tendem a ser formais (La Porta e Shleifer, 2008)

Complementaridade entre Reformas e Produtividade As evidências mostram que as empresas formais em geral nunca foram informais Isso é compatível com os resultados modestos de várias políticas de formalização de empresas (Bruhn e McKenzie, 2013; Barbosa Filho, Ulyssea e Veloso, 2015) Isso indica que uma política voltada para o crescimento da produtividade deve estimular a expansão de firmas produtivas formais Missing middle

Estratégias de Crescimento Estratégia de Crescimento para a China - China 2030: Building a Modern, Harmonious, and Creative High-Income Society (DRC/World Bank, 2012): mudança no modelo de crescimento para tornar-se um país de renda alta até 2030 Estratégia de Crescimento para o Reino Unido Investing for Prosperity: Skills, Infrastructure and Innovation (Report of the LSE Growth Comission, 2013): reformas para adaptar o Reino Unido a um mundo no qual qualificações, flexibilidade e receptividade a mudanças tecnológicas serão cada vez mais importantes para a prosperidade