PROJETO ASÉ NOVO HORIZONTE

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Transcrição:

PROJETO ASÉ NOVO HORIZONTE COSTA, Camila Francisca da 1 FARIAS, Francisco Antônio Holanda. 2 Centro de Ciências Humanas Letras e Artes - CCHLA Setor de Estudo e Assessoria a Movimentos Populares SEAMPO PROBEX RESUMO O Projeto em discussão está em consonância com a fundamentação preconizada por Monteiro (2004), ao afirmar que A efetivação do estado democrático de direito exige a implementação de políticas públicas que assegurem a todos os cidadãos, independente de idade, sexo, raça, etnia, opção sexual, política ou religiosa a materialização de direitos básicos. O projeto Asé Novo Horizonte, implementado em parceria entre a ONG Ilé Asé Oyá Féfé IAOF e o Setor de Estudos e Assessoria a Movimentos Populares SEAMPO/CCHLA/UFPB, busca somar esforços no sentido de realização de oficinas temáticas relacionadas ao trabalho, educação de jovens e adultos, esporte e lazer para crianças e adolescentes, bem como alternativa de geração de trabalho e renda. Também fazem parte das metas do projeto a disseminação dos fundamentos e valores do associativismo e cooperativismo como estratégia de inclusão sócio produtiva dos homens e mulheres residentes na comunidade que por sua condição de baixa renda e escolaridade foram postos a margem do sistema formal de produção. PALAVRAS CHAVE: Educação, associativismo, exclusão. 1 Camila Francisca da Costa, acadêmica do 8º período do Curso de Serviço Social da Universidade Federal da Paraíba, bolsista do projeto Asé Novo Horizonte, Edital PROBEX 2013, camilla.francisca@hotmail.com 2 Francisco Antônio Holanda Farias, Administrador, Especialista em Associativismo e Cooperativis mo, Coordenador no Setor de Estudos e Assessoria a Movimentos Populares SEAMPO/CCHLA/UFPB e Coordenador do projeto Asé Novo Horizonte, chico@cchla.ufpb.br

INTRODUÇÃO O projeto Asé Novo Horizonte foi pensado, a partir da realidade de grande parte da população das grandes cidades, que vivem relegadas a condição de exclusão, na qual lhes são negadas, no sentido de acesso aos direitos e a consequente desresponsabilização do Estado na garantia dos direitos civis já assegurados pela legislação vigente. Dessa forma, o Setor de Estudos e Assessoria a Movimentos Populares - SEAMPO enquanto ente da comunidade acadêmica, compreende a necessidade e a relevância da responsabilidade que a universidade tem em relação a sociedade. Envolvido por esta afirmativa o SEAMPO é estimulado a evidenciar que os indivíduos da comunidade Planalto Sul, a pesar da condição social em que vivem são capazes de superar a condição de dependência e subalternidade histórica que socialmente os condiciona. Para tanto, o despertar para a compreensão crítica da realidade, se impõem como condição necessária a geração de processos de reivindicação de direitos, preconizados na organização comunitária. O projeto de extensão Asé Novo Horizonte, tendo como parceria o SEAMPO e a IAOF desenvolve atividades para a mobilização e articulação de ações geradoras do processo de reconhecimento e afirmação da identidade dos moradores da Comunidade Planalto Sul, situado no bairro Valentina Figueiredo na cidade João Pessoa. O projeto tem como objetivo o reconhecimento e a afirmação da identidade desses moradores, estimulando suas capacidades e potencialidades criativas para a promoção da inclusão através do mundo do trabalho. Tem como público toda comunidade, desde crianças até idosos. A metodologia utilizada se constitui na realização de oficinas temáticas relacionadas ao mundo do trabalho, com vistas a geração de renda a partir do trabalho informal, com temas que estimulem o interesse e proporcionem a reflexão e o reconhecimento de seus direitos civis. Além das oficinas, a exibição de vídeos, slides, dinâmicas, roda de conversas e discussões a partir de temas sugeridos pela comunidade, com o intuito de estimular e fortalecer a participação da mesma.

DESENVOLVIMENTO A condição em que vive tal população caracteriza-se pela condição de exclusão social. Segundo (XIBERRAS, 1993) a exclusão é resultado da dificuldade de integração ou de inserção. Isto quer dizer que em diferentes níveis e condições sempre haverá uma situação que caracteriza alguma modalidade de exclusão. Especificamente neste projeto estamos trabalhando com a compreensão de exclusão social. Por sua vez esta modalidade de exclusão caracteriza-se pela ausência ou precariedade de bem estar de um indivíduo ou de um grupo de indivíduo. Por bem estar social pode-se compreender as condições mínimas aceitáveis de moradia, alimentação, trabalho, acesso a meios e bens sociais, tais como escola, saúde, locomoção, entre outros. Entre as estratégias de superação da condição de exclusão pode-se destacar a ação cooperada entre os excluídos. A cooperação pode ser observada desde o estabelecimento de círculos de proteção individual agrupamento de três ou mais pessoas chegando a níveis mais elaborados como a organização em associações, grupos produtivos, cooperativas, na busca de superação das dificuldades enfrentadas, gerando inserção sócio produtiva capaz de romper com a condição de exclusão. É neste contexto que o projeto, através da metodologia empregada cumpre com a função de reconhecer que esses atores, uma vez criadas as objetivações possíveis são capazes de superar a condição de exclusão a que foram submetidos. É notável a falta de conhecimento pelos moradores quando se trata do assistencialismo, percebido desde o início do projeto que muitos acreditam que nós (universidade) estamos ali para trazer ou dar algo para a comunidade, onde sempre é esclarecido nas conversas a proposta do projeto e o objetivo de nossa participação junto à eles. Existe o despertar pelo trabalho informal como fator principal para geração de tarabalho e renda, com vistas a promoção do interesse em comum. Assim, com a coletividade e a união do grupo, o projeto proporciona cursos de capacitação para crianças e jovens, recreação e atividades culturais, muitas já desenvolvidas pelo Centro de Cultura - IAOF. A mudança de postura aparentemente passiva dos considerados excluidos, calcada no sujeito para um posicionamento de busca e mudança da sua condição, expressa nova forma de compreensão deste ator social, outrora excluido, para a projeção de um ator social que não mais aceita a condição de ser e, a partir de processos de resistência gera nova relação com o

meio social. Isto quer dizer que o ator social não mais se subordina a condição a ele imposta pelos condicionantes sociais dominantes, assumindo, frente a elas posicionamento de enfrentamento com vistas a superação das adversidades vividas. Desse modo as estratégias de superação vão tranformando indivíduos e coletivos em protagonistas ou donatários do seu fazer histórico. Uma dessas estratégias pode ser observada nas diversas formas de organização social e produtiva, entre elas a associação e a cooperativa. CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir das atividades desenvolvidas pelo projeto, junto a comunidade, destaca-se o estímulo a união do grupo para debates das questões geradoras de problemas no bairro, afim de encontrar medidas a serem buscadas pelos próprios moradores para solução de tais pendências. Os encontros e rodas de diálogos contribuem para o fortalecimento dos seus anseios na dissolução das dificuldades existentes na comunidade e que podem ser minimizado pela mobilização dos sujeitos, que trará consequências positivas para a melhoria de todos. Os moradores demonstram consciência que a reivindicação se constitui como importante instrumento na busca de efetivação dos direitos. É importante destacar que a organização da comunidade rompe com a condição refém do Estado na negação dos direitos. Assim, compreendemos que a associação é fundamental para o debate de ideias e espaço de sociabilidade, reconhecimento e valorização dos membros da comunidade. E, como ponto principal o interesse e a motivação que esses sujeitos expressam através da troca de saberes entre o fazer da universidade e da comunidade formam, o que na prática podemos denominar de saber popular. Além da reflexão que ambas trazem, promovem o reconhecimento dos sujeitos com potencialidades, afirmando o sentimento de pertença da comunidade.

REFERÊNCIAS FREIRE, Paulo. Extensão ou Comunicação? [Tradução de Rosisca Darcy de Oliveira] (prefácio de Jacques Chonchol 7ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1983, 93 p.) (O Mundo, Hoje, v. 24). MELO NETO, José Francisco de. Organização Popular. João Pessoa PB. Editora da Universitária da UFPB. 1998. XIBERRAS, Martine. O conceito de exclusão. In: Sociologia. In: Blog: pensarosocial@gmail.com. Acesso em: 30/10/2013, 15h e 30 min.