5º Simposio de Ensino de Graduação

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Transcrição:

5º Simposio de Ensino de Graduação AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL, INGESTÃO ALIMENTAR E CONHECIMENTO NUTRICIONAL DOS DESPORTISTAS DE MUSCULAÇÃO DA ACADEMIA BIO FITNESS DE PIRACICABA - SP Autor(es) FLÁVIA DE LIMA FASSIS Co-Autor(es) JAMILE BARBOSA WAGNER ALINE ALESSANDRA CEREZER PATRÍCIA APARECIDA CARDOSO JOICE CONTI Orientador(es) Maysa Vieira de Souza Evento A Musculação no Brasil, cresceu nos anos 70 não só para atrair novos adeptos às academias mas também para tentar acabar com alguns mitos e até mesmo certos preconceitos que haviam com relação ao halterofilismo; pegar peso, era sinônimo de homens fortes e atividade exclusivamente para homens (MORAES, 2007). Hoje a Musculação, graças à ciência, tem evoluído muito assumindo uma grande importância na Educação Física de acordo com os objetivos individuais. Seja como competição (diversas categorias de levantamento de peso e o fisioculturismo), profilático (preparação da musculatura para determinado esforço), terapêutica (correção de problemas posturais e ou recuperação de lesões ou cirurgias), estética (definição muscular), preparação esportiva (no complemento da preparação física de atletas de qualquer modalidade esportiva) e na aptidão física (condicionamento geral em componentes vitais, para se ter uma vida saudável ou Qualidade de Vida) (MORAES, 2007). Através da nutrição equilibrada adquirimos o combustível essencial para nossa sobrevivência e para melhora do desempenho físico. Para que ela se torne equilibrada, tem que conter nutrientes em quantidades suficientes para a manutenção, reparo e crescimento dos tecidos. As recomendações dietéticas variam de acordo com o sexo, a idade e o tipo de atividade física (analisando a freqüência, intensidade e duração do exercício) que o indivíduo pratica. As informações nutricionais em relação a atividade física são fornecidas, 1/5

na maior parte dos casos, por pessoas que nem sempre são habilitadas, tendo geralmente, indicação de suplementos nutricionais por instrutores e professores das academias (31,1% das fontes de indicação), seguida de amigos (15,6%), auto-indicação (15,6%), nutricionista (11,1%) e médico (10,0%). (COLARES & SOARES, 1996; PEREIRA et al., 2003). Por esse fato, faz-se necessário que haja orientação e esclarecimentos sobre a nutrição para os treinadores e desportistas, mostrando que para uma melhor performace física não é necessário apenas um tipo de nutriente e sim todo um conjunto, ou seja, uma alimentação equilibrada que supra as necessidades individuais (COLARES & SOARES, 1996). Desse modo, ressalta a importância de um profissional nutricionista em qualquer que seja a modalidade esportiva, tanto para competição onde ocorre a busca por uma melhor performace, quanto para estética corporal e qualidade de vida, pois diversos estudos vêm comprovando a eficácia da nutrição equilibrada e adequada junto a atividade física (CARVALHO, 2003). Por estes motivos justifica-se uma avaliação do estado nutricional, dos hábitos alimentares e do conhecimento em nutrição, dos desportistas de musculação da academia Bio Fitness de Piracicaba-SP. 1. Introdução A Musculação no Brasil, cresceu nos anos 70 não só para atrair novos adeptos às academias mas também para tentar acabar com alguns mitos e até mesmo certos preconceitos que haviam com relação ao halterofilismo; pegar peso, era sinônimo de homens fortes e atividade exclusivamente para homens (MORAES, 2007). Hoje a Musculação, graças à ciência, tem evoluído muito assumindo uma grande importância na Educação Física de acordo com os objetivos individuais. Seja como competição (diversas categorias de levantamento de peso e o fisioculturismo), profilático (preparação da musculatura para determinado esforço), terapêutica (correção de problemas posturais e ou recuperação de lesões ou cirurgias), estética (definição muscular), preparação esportiva (no complemento da preparação física de atletas de qualquer modalidade esportiva) e na aptidão física (condicionamento geral em componentes vitais, para se ter uma vida saudável ou Qualidade de Vida) (MORAES, 2007). Através da nutrição equilibrada adquirimos o combustível essencial para nossa sobrevivência e para melhora do desempenho físico. Para que ela se torne equilibrada, tem que conter nutrientes em quantidades suficientes para a manutenção, reparo e crescimento dos tecidos. As recomendações dietéticas variam de acordo com o sexo, a idade e o tipo de atividade física (analisando a freqüência, intensidade e duração do exercício) que o indivíduo pratica. As informações nutricionais em relação a atividade física são fornecidas, na maior parte dos casos, por pessoas que nem sempre são habilitadas, tendo geralmente, indicação de suplementos nutricionais por instrutores e professores das academias (31,1% das fontes de indicação), seguida de amigos (15,6%), auto-indicação (15,6%), nutricionista (11,1%) e médico (10,0%). (COLARES & SOARES, 1996; PEREIRA et al., 2003). Por esse fato, faz-se necessário que haja orientação e esclarecimentos sobre a nutrição para os treinadores e desportistas, mostrando que para uma melhor performace física não é necessário apenas um tipo de nutriente e sim todo um conjunto, ou seja, uma alimentação equilibrada que supra as necessidades individuais (COLARES & SOARES, 1996). Desse modo, ressalta a importância de um profissional nutricionista em qualquer que seja a modalidade esportiva, tanto para competição onde ocorre a busca por uma melhor performace, quanto para estética corporal e qualidade de vida, pois diversos estudos vêm comprovando a eficácia da nutrição equilibrada e adequada junto a atividade física (CARVALHO, 2003). Por estes motivos justifica-se uma avaliação do estado nutricional, dos hábitos alimentares e do conhecimento em nutrição, dos desportistas de musculação da academia Bio Fitness de Piracicaba-SP. 2. Objetivos O presente estudo tem por objetivo avaliar a composição corporal e a ingestão alimentar e de suplementos dos desportistas do Município de Piracicaba - SP, visando também o conhecimento sobre Nutrição. 2/5

Análisar a composição Corporal através de pregas cutâneas (tricips, biceps, suprailíaca, subscapular, abdominal); Avaliar o consumo de macro nutrientes e suplementos antes, durante e pós-treinamento por meio de inquérito alimentar; Analisar através de questionário o conhecimento sobre a Nutrição; Desenvolver Educação Nutricional. 3. Desenvolvimento Foi realizado um estudo transversal descritivo, na Academia de Musculação Bio Fitness, localizada no município de Piracicaba-SP, tal estudo teve inicio no mês de fevereiro/ 2007 e finalizado em agosto do mesmo ano. A população total de desportistas avaliados foi de 15 pessoas distribuídos entre sexo masculino (n=8) e femenino (n=7) e numa faixa etária entre 18 a 48 anos de idade. Foram coletadas medidas antropométricas (peso, altura, pregas cutâneas) e foi analisado o conhecimento sobre a Nutrição dos desportistas (n=15), através de um questionário. Os desportistas voluntários para o estudo, foram chamados individualmente em uma sala reservada, para a realização da avaliação antropométrica, a análise do peso foi feito com o uso de uma balança digital da marca Plenna, com capacidade para 150 Kg e com precisão de 100g; a estatura dos desportistas foi obtida com o auxilio de uma fita métrica (precisão de 1mm) fixada na parede lisa (30 a 30 cm fixada com fita adesiva), para a leitura da medida necessitamos do auxílio de um esquadro de plástico. As pregas cutâneas foram avaliadas com um adipômetro do tipo Langer e avaliamos a Prega Cutânea Tricipital (PCT), Prega Cutânea Suprailíaca (PCSI), Prega Cutânea Bicips (PCB) e Prega Cutânea Abdominal (PCA), foram realizados três circuitos pelas pregas cutâneas totalizando três valores cada prega na qual utilizamos como resultado o valor médio de cada medida cutânea, na qual foram analisadas e classificadas através do Protocolo de Faulkner. Todos os valores obtidos foram registrados na ficha de levantamento dos dados antropométricos. As informações sobre o conhecimento da Nutrição foram obtidas através de um questionário na qual foi aplicado a todos os avaliados. O questionário consiste de perguntas sobre dados dietéticos visando o treinamento; contem também um recordatório alimentar de 24 horas; freqüência habitual de consumo, para avaliar o conhecimento nutricional, foi aplicado perguntas sobre práticas alimentares em geral.as fichas de recordatório alimentar de 24 horas e dados sobre o conhecimento nutricional foram trabalhados com o subsídio do Programa NutWin e Planilhas eletrônicas do programa Excel. A Educação Nutricional foi realizada com o auxílio de folder mostrando quais as importâncias dos macronutrientes e suas fontes, como realizar a hidratação e recomendações nutricionais antes, durante e pós os exercícios físicos. 4. Resultados A adesão a academia pelo grupo avaliado demonstra que 60% procura a atividade física pela estética e outros 40% restante em busca de uma melhor saúde. O número de desportistas de musculação do grupo avaliado disseram que fez ou faz acompanhamento nutricional, foi abaixo do esperado (n= 03). Do total de desportista de musculação avaliados (n= 15), a minoria, 26,66% relatou a utilização da suplementação como um recurso ergogênico (n= 4), já 73,33% dos avaliados disseram não utilizar nenhum tipo de suplementação (n= 11). Para verificarmos o conhecimento sobre a nutrição entre os desportistas de musculação do grupo avaliado, fizemos também a pergunta que consiste em dizer qual alimento é essencial para praticantes de atividades físicas, como resultado obtivemos respostas da maioria dos desportistas (n= 10) que o alimento essencial é o carboidrato e a minoria (n= 05) relatou a proteína como alimento essencial. Em relação ao alimento a ser consumido pós-treino, a proteína foi a mais indicada (n= 08) entre os desportistas avaliados, o carboidrato ficou em segunda opção como alimento a ser ingerido pós-treino (n= 6), já os lipídeos não foram citados por nenhum desportista. 3/5

Foi realizada a média do consumo Alimentar e a média da Composição Corporal dos desportistas de musculação da Academia (Tabela 1 e Tabela 2). Na questão referente à adesão a atividade física, a coleta de dados aponta que, a maioria da população alvo do estudo, em sua maioria pratica exercícios físicos para melhora da estética, e uma menor porcentagem para a saúde; os padrões estéticos vigentes na atualidade ressaltam-se nos resultados. Isso pode ser evidenciado na procura maior pela atividade de modelagem do corpo, por meio do trabalho de musculação, cuja característica é pelo ganho de massa muscular, perda de gordura corpórea e conseqüente definição muscular, enfim, moldar o corpo segundo necessidades e desejos (TAHARA; SCHWARTZ; SILVA, 2003). A estética corporal está entre um dos principais objetivos dos indivíduos ao procurarem uma academia de ginástica, ficando claro o interesse e a preocupação pela aceitação social no grupo, ou, ainda, por fazer parte de um grupo já consagrado de culto ao corpo (TAHARA; SCHWARTZ; SILVA, 2003). A mídia parece contribuir nesse sentido, uma vez que são várias as fontes (jornais, revistas, entre outros) que, a todo momento, mostram corpos perfeitos e esculturais, passando, com isso, o padrão da moda vigente (TAHARA; SCHWARTZ; SILVA, 2003). É instigante notar o número cada vez mais crescente de revistas especializadas na questão estética e que estimulam a recepção de padrões impostos, sendo que as revistas obtiveram grandes porcentagens nos resultados sobre informações sobre a nutrição. Com base no resultado analisado sobre acompanhamento nutricional, observa-se que mais de 50% dos desportistas nunca fizeram ou faz consultas com nutricionistas, o que muitas vezes é prejudicial, pois estes cometem muitos erros diante da alimentação, ou possuem uma visão equivocada diante de alimentos importantes para a prática de atividade física, gerando resultados prejudiciais no rendimento e nos resultados dos exercícios realizados. É necessário realizar avaliação nutricional individualizado para aqueles que praticam esportes e com regularidade de treino, para uma melhor saúde e resultados de exercícios satisfatórios (OLIVEIRA & ADÃO, 2007). Segundo Gomes, et al 2005, o consumo protéico acima do recomendado não melhora o desempenhoe, em longo prazo, pode acarretar danos aos sistemas renal e hepático. Cabral, et al, 2006 relata que o consumo de carboidratos é altamente recomendado antes, durante e depois do exercício. Após o exercício, o consumo de bebida carboidratada é fundamental para acelerar a ressíntese do glicogênio muscular e hepático. 5. Considerações Finais Concluísse que muitos desportistas possuem conhecimento sobre nutrição, mas não é o suficiente para que possam aplicar hábitos adequados em sua alimentação, pois ainda possuem uma idéia equivocada diante de nutrientes e sua conduta no organismo, havendo dificuldade de conseguir resultados satisfatórios em relação ao treinamento realizado na academia. A nutrição é um dos fatores determinantes no preparo físico e no desempenho de desportistas, como também para uma melhor saúde. Referências Bibliográficas AMARAL, C. R. ; DUARTE, C. S.; STEFANUTO, A.; KOVACS, C.; BONILHA, E. A.; GHORAYEB, N.; PIEGAS, L. S.. Perfil nutricional de atletas por modalidade esportiva. Nutrição Brasil, Rio de Janeiro, v. 3, n. 4, p. 232-239, 2004. http://www.cdof.com.br/consult31.htm. Acesso em 22/05/07. CABRAL, C.A.C.; ROSADO, G.P.; SILVA, C.H.O.; MARINS, J.C.B. Diagnóstico do estado nutricional dos atletas da equipe olímpica permanente de levantamento de peso do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 12, n. 6, Niterói, nov./dez. 2006. 4/5

CARVALHO, T. Modificações dietéticas, reposição hídrica, suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais de riscos para a saúde. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. v.9, n.2, 2003. COLARES, L.G.T.; SOARES, E.A. Estudo dietético de atletas competitivos de Handebol do Rio de Janeiro. Revista Nutrição Puccamp, Campinas, v.9, n.2, p. 178-201, 1996. GOMES, A.I.S.; RIBEIRO, B.G.; SOARES, E.A. Caracterização nutricional de jogadores de elite de futebol de amputados. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.11, n.1, Niterói, jan./fev, 2005. MORAES, L.C. Musculação, como tudo começou. Disponível em http:/www.cdof.com.br/consult31.html. Acesso em 22/05/2007. PEREIRA, Raquel Franzini; LAJOLO Franco Maria; HIRSCHBRUCH, Marcia Daskal. CONSUMO DE SUPLEMENTOS POR ALUNOS DE ACADEMIAS DE GINASTICA EM SÃO PAULO. Revista de Nutrição. Campinas, v. 13, n 3. p. 265-272, 2003. PITANGA, F. J. G. Epidemiologia da Atividade Física, Exercício Físico e Saúde. São Paulo: Phorte, 2ed., 2004. TAHARA, A.K.; SCHWARTZ, G. M.; SILVA, K.A.. Aderência e manutenção da prática de exercícios em academias. R. bras. Ci e Mov. 2003; 11(4): 7-12. Anexos 5/5