INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS

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1 16 TÍTULO: AVALIAÇÃO ALIMENTAR DE ATLETAS FISICULTURISTAS BRASILEIRAS CATEGORIA: CONCLUÍDO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: NUTRIÇÃO INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS AUTOR(ES): MARINA SHIZUE DINIZ MINOMO ORIENTADOR(ES): MARIANA LINDENBERG ALVARENGA

2 1. Resumo No fisiculturismo existem duas fases pelas quais os atletas devem passar, que são o Bulking e o Cutting. Esse projeto de iniciação científica tem como objetivo avaliar o consumo alimentar de fisiculturistas. A amostra foi composta por dez mulheres fisiculturistas no Bulking e dez no Cutting, na faixa etária de 20 a 38 anos. Foi realizado um recordatório 24 horas que descreve o consumo de alimentos e bebidas nesse período em todas as atletas, e calculado macronutrientes e micronutrientes. As tabelas e os gráficos mostram que no período do Bulking, de acordo com as DRI s, ultrapassam as recomendações e já no Cutting, a maioria dos macronutrientes, são adequados e os micronutrientes são inadequados, ou seja, são abaixo do que as DRI s recomenda. Então, conclui-se que, um acompanhamento nutricional é fundamental.

3 2. INTRODUÇÃO O fisiculturismo surgiu em 1940, mas ficou conhecido no mundo inteiro depois da década de 60. Em 1965 o Joe Weider criou o Mr. Olympia, que hoje é o maior campeonato de fisiculturismo. Esse esporte era mais popular entre os homens, sendo que as mulheres tiveram oportunidade de participarem só na década de 70, e cada ano que passa surgem mais atletas femininas (Bamman et al, 1993; Elliot et al, 1987; Kleiner, Bazzarre, Litchford, 1990; Sandoval, Heyward, Lyons, 1989). No fisiculturismo existem dois processos pelos quais todos os atletas devem passar, que é o Bulking (off) e o Cutting (pré-contest). O Bulking é a fase que o atleta deve ingerir mais calorias, ou seja, ter uma dieta hipercalórica, priorizando os carboidratos e proteínas, consumindo-os em alta quantidade, com isso aumenta força, energia e disposição para construir e corrigir os pontos fracos, no enquanto, com os músculos vem um aculo de gordura, por conta do excesso de calorias (Sandoval, Heyward, Lyons, 1989). O Cutting é a etapa para deixar a musculatura conquistada no Bulking mais visível, retirando a gordura e a retenção, permanecendo só o músculo, com uma quantidade mínima de gordura. Assim a pele começa a descolar e fica limpa, que é a aparência observada e esperada pelos árbitros nas competições (Bamman et al, 1993). No fisiculturismo feminino existem cinco categorias: Biquíni Fitness, que a prioridade da categoria é um físico longilíneo. A musculatura não pode ser volumosa, mas tem que ser firme e com um percentual de gordura baixo, dando um aspecto natural. Body Fitness, o corpo deve ter formato de Y, tendo uma aparência atlética, priorizando o tônus muscular e a quantidade baixa de gordura. Wellness Fitness, os membros inferiores devem ser mais volumosos e os membros superiores devem ter uma leve definição. Woman s Physique, elas são musculosas, mas sempre respeitando a linha feminina. São bem parecidas com as Bodys Fitness, mas com um volume maior.

4 Culturismo, com uma musculatura mais avantajada e com uma definição muscular bem aparente. É a categoria mais escassa em competidoras, dadas as regras e a quantidade de exercícios necessários. Seria o mais próximo de um corpo perfeito. Mas no Brasil não existe mais essa categoria, por tirar a feminilidade (GOELLNER, 2003). As categorias são divididas por idade e estatura. O atendimento a assistência nutricional a indivíduos, grupos ou população, iniciase com a avaliação nutricional. A ingestão de alimentos, em primeira instância, é que determina à sequência de eventos que maximizam nas respostas à saúde (Tirapegui; Ribeiro, 2009). Um dos métodos de avaliação nutricional é o consumo alimentar que servem para obter o consumo atual ou habitual de alimentos e bebidas para avaliar a qualidade da dieta, e monitorar o padrão de consumo alimentar, pesquisar a relação da dieta com patologias e fornecer elementos para planejamento e avaliação de políticas públicas (Fisberg et al, 2005).

5 3. OBJETIVO 3.1 OBJETIVO GERAL Esse projeto de iniciação científica tem como objetivo avaliar o consumo alimentar de fisiculturistas. 3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Avaliar o consumo de macronutrientes de fisiculturistas. - Avaliar o consumo de micronutrientes de fisiculturistas. - Apresentar os dados de consumo alimentar nas diferentes fases de treinamento.

6 4. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa de campo, transversal, realizada em iniciação cientifica durante o curso de graduação em nutrição. A amostra será composta por dez mulheres fisiculturistas no Bulking e dez no Cutting, que participaram de campeonatos municipais, estaduais e nacionais. A faixa etária é entre 20 a 38 anos. As participantes serão questionadas em relação ao peso e estatura, considerando que as atletas do fisiculturismo sabem com precisão estas medidas. Será realizado recordatório de 24 horas que descreve o consumo de alimentos e bebidas nesse período em todas as atletas, e calculado energia, carboidrato, proteína, gordura, fibra, ferro e cálcio no programa da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), NUT WIN. Os dados serão expressos em média e desvio padrão em grama por quilograma de peso corporal e percentual.

7 5. DESENVOLVIMENTO Foi feita a coleta de dados pessoais e dos recordatórios 24 horas, e calculadas no programa NUT WIN. Com isso foram montados os gráficos e tabelas que viram a seguir:

8 6. RESULTADOSS Tabela 1 Dados pessoais das atletas de fisiculturismo brasileiro no Bulking 1 Body Fitness 2 Body Fitness 3 Wellness 4 Wellness 5 Wellness 6 Wellness 7 Wellness 8 Woman s Physique 9 Woman s Physique 10 Woman s Physique 20 1, , , , , , , , , , Gráfico 1 Porcentagem da média de macronutrientes no Bulking

9 Tabela 2 Dados dos micronutrientes (minerais) no Bulking Ferro(mg) Cálcio(mg) Zinco(mg) Magnésio (mg) Sódio(mg) Potássio(mg) 35,7 612,7 26,7 671,2 4484,2 5708,3 46,1 940,5 25,4 954,3 2389,1 9262,2 22,0 499,5 12,2 535,7 1520,3 3554,4 22,8 436,5 20,4 612,8 980,7 5670,1 15,3 348,6 9,8 367,6 995,3 3667,8 36,1 732,8 23,1 853,4 1891,0 8225,4 22,2 496,0 16,3 510,4 1902,2 5188,5 30,8 251,0 27,9 621,1 1768,1 5270,3 47,5 1014,3 32,4 1021,0 1623, ,2 34,8 514,5 16,7 673,1 3368,6 4654,6

10 Tabela3 Dados dos micronutrientes (vitaminas) no Bulking Vitamina Vitamina Vitamina B1(mg) B2(mg) B3(mg) B6(mg) B9(mg) B12(mg) A(mg) C(mg) E(mg) 2,7 2,7 82,5 5,8 368,5 22,3 4827,9 289,5 14,9 3,9 3,2 100,2 7,3 435,4 14, ,1 459,7 11,9 1,7 2,4 69,4 3,4 249,9 4,5 2293,9 2141,0 8,5 2,4 3,9 107,2 7,6 285,7 54, ,8 363,7 13,3 1,1 2,9 62,3 3,3 208,3 2,2 7716,9 159,9 5,0 3,0 3,8 90,0 6,8 387,6 10, ,2 353,3 13,3 1,9 3,1 62,3 4,5 257,8 10, ,3 198,9 8,3 2,6 4,9 88,3 105,0 153,8 12,2 1218,2 52,2 3,8 3,8 3,9 99,8 8,9 556,5 15, ,7 568,2 13,8 3,3 2,3 98,6 5,1 268,8 11,9 7487,5 262,5 14,0

11 Tabela 4 Dados pessoais das atletas de fisiculturismo brasileiro no Cutting Peso Peso Nº Categoria Idade Altura(mt) Inicial(kg) Final(kg) 1 Biquíni Fitness 2 Biquíni Fitness 3 Body Fitness 4 Body Fitness 5 Body Fitness 6 Wellness 7 Wellness 8 Wellness 9 Wellness 10 Wellness 22 1, , , , , , , , , , Gráfico 2 Porcentagem da média de macronutrientes no Cutting

12 Tabela 5 Dados dos micronutrientes (minerais) no Cutting Ferro(mg) Cálcio(mg) Zinco(mg) Magnésio (mg) Sódio(mg) Potássio(mg) ,98 12,51 542, , ,52 14,59 463,30 8,82 393,26 737, ,50 7,47 372,33 6,52 270, , ,86 13,75 411,25 9,75 340, , ,96 15,57 259,36 14,63 400, , ,17 9,15 228,82 8,59 333, , ,67 13,12 289,27 12,95 289, , ,08 15,26 545,69 10,64 392, , ,21 10,57 517,22 7,47 281,10 793, ,43 10,23 341,55 11,32 212, , ,31

13 Tabela 6 Dados dos micronutrientes (vitaminas) no Cutting Vitamina Vitamina Vitamina B1(mg) B2(mg) B3(mg) B6(mg) B9(mg) B12(mg) A(mg) C(mg) E(mg) 1,71 1,83 97,11 5,03 218,33 4, , ,00 408,98 1,43 2,01 63,05 3,61 210,80 2, ,80 233,81 6,57 0,66 3,20 41,02 2,23 163,24 2, , , ,32 1,19 3,42 59,01 3,22 249,98 4, ,22 76,43 6,62 0,94 2,34 60,27 3,15 183,00 8, ,29 98,40 7,82 0,70 4,04 56,21 3,21 104,75 3, ,75 59,00 3,08 0,84 1,91 40,30 2,79 117,21 11,66 722,30 81,21 5,01 1,28 4,02 44,76 2,66 329,06 4, , , ,74 0,74 1,90 40,86 2,31 127,02 1,89 882,35 95,81 4,91 0,60 3,07 23,77 1,80 180,57 7, ,50 80,90 4,71

14 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os resultados até aqui apontam um desequilíbrio entre o consumo alimentar nas diferentes fases de treinamento, conclui-se que um apoio nutricional é importante para evitar inadequações alimentares. 8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

15 1. BAMMAN, M.M.; HUNTER, G.R.; NEWTON, L.E.; RONEY, R.K.; KHALED, M.A. Changes in body composition, diet, and strength of bodybuilders during the 12 weeks prior to competition. The Journal of Sports Medicine and Physical Fitness, Turin, v.33, n.4, p , Fisberg et al. Inquérito alimentar. Editora Manole, GOELLNER, Silvana. Bela, maternal e feminina: imagens da mulher na Revista Educação Physica. Ijuí: Unijuí, NEVES, Thiago Gonçalves. Os primórdios do halterofilismo e do fisiculturismo no Brasil. UFRGS. Porto Alegre, Tirapegui; Ribeiro. Avaliação Nutricional. Editora Guanabara Koogan, 2009.