Principais mudanças na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025

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ORIENTAÇÕES PARA A ACREDITAÇÃO DE LABORATÓRIOS DE CALIBRAÇÃO E DE ENSAIO

Transcrição:

Principais mudanças na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025 Patricia Weigert de Camargo 11/04/2018 Analista Executivo em Metrologia e Qualidade Dicla/Cgcre/Inmetro

Desenvolvimento da Revisão da ISO/IEC 17025 Responsável WG 44 do ISO CASCO, GT Espelho da CE 04 do CB25 Representantes da ABNT - Renata Borges e Mauricio Soares Início dos trabalhos de Revisão no WG 44 Fev/2015 Publicação da ISO/IEC 17025 Novembro/17 Publicação pela ABNT Dezembro/17

Política de Transição da Cgcre para a ABNT NBR ISO/IEC 17025 (NIT-Dicla-076) Prazo da IAAC e da ILAC para implementação 3 anos após publicação da Norma pela ISO. Após esse prazo as acreditações pela ISO/IEC 17025:2005 não serão mais válidas. Objetivo da Cgcre: assegurar que todos os laboratórios completem a transição no prazo. Avaliações (iniciais, extensões, reavaliações) pela nova ISO/IEC 17025: Início em 02/05/2018. Prazo excepcional para ações corretivas Avaliações realizadas em 2018 180 dias Avaliações realizadas a partir de 2019 até fim da transição 120 dias Novos Certificados de Acreditação emitidos após avaliação de todos os requisitos da nova ISO/IEC 17025.

Documento Orientativo sobre a ISO/IEC 17025 Publicado em Março de 2018; (DOQ-Cgcre-087) Correlação dos requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017 com os requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005; Esclarecimentos sobre as mudanças com respeito à ABNT NBR ISO/IEC 17025: 2005; Comentários e orientações a respeito dos requisitos da ABNT NBR ISO/IEC 17025: 2017; Questões importantes na implementação ou avaliação do requisito; Vínculo com outros documentos da Cgcre, e outros aspectos pertinentes.

Estrutura da ISO/IEC 17025 1 Escopo 2 Referências Normativas 3 Termos e Definições 4 Requisitos gerais 5 Requisitos de estrutura 6 Requisitos de recursos 7 Requisitos de processo 8 Requisitos do sistema de gestão Foco no processo das atividades de laboratório!

Mudanças na Estrutura da ISO/IEC 17025 4 Requisitos gerais (imparcialidade, confidencialidade) 5 Requisitos de estrutura (entidade legal, gerência, responsabilidades) 6 Requisitos de recursos (pessoal, instalações e condições ambientais, equipamentos, produtos e serviços fornecidos externamente) 7 Requisitos de processo (contratos, métodos, amostragem, manuseio, registros, incerteza de medição, garantia da validade dos resultados, relato de resultados, reclamações, trabalho não conforme, gestão da informação) 8 Requisitos de gestão (documentos, registros, ação corretiva, melhoria, riscos e oportunidades, auditoria interna, análise crítica pela direção) Anexos sobre rastreabilidade metrológica e sistema de gestão

Figura do Anexo B da Norma Manuseio de itens de ensaio ou calibração 7.4 Item Amostragem Preparação Liberação do Realização da calibração / ensaio do item item Item 7.3 Recursos Registros técnicos Controle de dados / gestão da informação 7.5 7.11 Gerência 7.10 Trabalhos não conformes Pedido Análise crítica de pedidos, propostas e contratos 7.1 Seleção, verificação Validação de método 7.2 Garantia da validade dos resultados 7.7 Avaliação da incerteza de medição 7.6 Relato de resultados 7.8 Relatório de resultados 7.9 Reclamações

Mudanças Gerais Segue a estrutura das normas do ISO CASCO (série 17000). Assume textos obrigatórios para Normas do ISO CASCO - QS-CAS- PROC/33 Common Elements of CASCO Standards (em imparcialidade, confidencialidade, reclamações, opção A e B do sistema de gestão). Utiliza textos da ISO 9001:2015 (em 6.6 Produtos e serviços providos externamente e 8 requisitos do SG). Abordagem de processo. Inclui mentalidade de risco. Simplificação - Elimina requisitos de políticas e reduz bastante requisitos de procedimentos. Elimina detalhes do modo de operação, particularmente nos requisitos do sistema de gestão. Foco no resultado.

Mudanças Gerais Várias Definições incluídas na própria norma, dentre elas: Imparcialidade (3.1) - Presença de objetividade. Nota 1 de entrada: A objetividade implica a ausência de conflitos de interesse, ou a sua resolução, de modo a não influenciar de forma adversa as atividades subsequentes do laboratório. O/IEC Guia 99 e dab ISO/IEC 17000, e os Laboratório (3.6) organismo que realiza uma ou mais das seguintes atividades: ensaio calibração amostragem, associada com ensaio ou calibração subsequente (Atenção ao termo atividades de laboratório ) Regra de decisão (3.7) - regra que descreve como a incerteza de medição é considerada ao declarar a conformidade com um requisito especificado.

Figura do Anexo B Manuseio de itens de ensaio ou calibração 7.4 Item Amostragem Preparação Liberação do Realização da calibração / ensaio do item item Item 7.3 Recursos Registros técnicos Controle de dados / gestão da informação 7.5 7.11 Gerência 7.10 Trabalhos não conformes Pedido Análise crítica de pedidos, propostas e contratos 7.1 Seleção, verificação Validação de método 7.2 Garantia da validade dos resultados 7.7 Avaliação da incerteza de medição 7.6 Relato de resultados 7.8 Relatório de resultados 7.9 Reclamações

4 Requisitos gerais (imparcialidade, confidencialidade) - Deve continuamente identificar riscos à imparcialidade e demonstrar como elimina ou minimiza tais riscos (Exemplos: riscos oriundos das atividades da organização, riscos oriundos da propriedade da organização, forma de governança, contratos, marketing, pagamentos de comissões, riscos oriundos dos relacionamentos do pessoal, excesso de familiaridade do pessoal com o cliente, etc.) - Laboratório é responsável pela gestão da informação confidencial, por meio de compromissos legalmente exigíveis. - Informar previamente o cliente sobre informações que pretende colocar em domínio público.

5 Requisitos de estrutura (entidade legal, gerência, responsabilidades) - O laboratório deve definir o conjunto de atividades de laboratório para as quais atende à Norma. O laboratório somente deve declarar conformidade à ISO/IEC 17025 para as atividades de laboratório que realiza (o que exclui atividades providas externamente). - Não requer um gerente da qualidade, mas apenas gerência (pode ser mais de uma pessoa) que tenha autoridade e recursos para: a implementação, manutenção e melhoria do sistema de gestão; o início de ações para evitar ou minimizar tais desvios; a identificação de desvios do sistema de gestão ou dos procedimentos para a realização das atividades de laboratório; o relato à gerência do laboratório sobre o desempenho do sistema de gestão e qualquer necessidade de melhoria; e a garantia da eficácia das atividades de laboratório.

6 Requisitos de recursos (Pessoal) O requisito de competência de pessoal aplica-se a todo o pessoal, interno ou externo, que possa influenciar os resultados. Isso inclui, também, pessoal não diretamente ligado ao ensaio, calibração ou amostragem, por exemplo, auditores. Considera-se pessoal externo aquele que realiza tarefas ou funções pertinentes à implementação e manutenção dos requisitos do sistema de gestão do laboratório para atendimento à ABNT NBR ISO/IEC 17025. São exemplos de pessoal externo: profissionais de fora do quadro de pessoal do laboratório contratados para realizar auditoria interna (8.8 Opção A; Opção B) ou para analisar ou decidir sobre reclamações (7.9); bolsistas ou pesquisadores visitantes; todos estes atuando conforme o sistema de gestão estabelecido pelo laboratório.

6 Requisitos de recursos (Pessoal) Novos aspectos: exigência de procedimento e retenção de registros para determinação dos requisitos de competência, seleção, treinamento, supervisão e autorização de pessoal, bem como para monitoramento da competência de pessoal. exigência de autorização do pessoal para desenvolver, modificar, verificar e validar métodos, assim como para analisar resultados, incluindo declarações de conformidade. Foi incluído requisito para monitoramento da competência do pessoal com o objetivo de verificar se o pessoal continua atendendo aos requisitos de competência.

6 Requisitos de recursos (Instalações e condições ambientais; Equipamentos, Rastreabilidade metrológica) Instalações e condições ambientais: sem grandes novidades, porém foi incluído requisito de análise crítica periódica das medidas para controlar as instalações. Equipamentos: Passou a englobar também materiais de referência, software, dados de referência, reagentes, consumíveis, aparelhos auxiliares, que podem influenciar os resultados. Mudança de Terminologia: Verification = verificação (VIM:2012; 2.44) Check = checagem (Na versão brasileira da ISO/IEC 17025:2017 o termo check foi traduzido como checagem, quando relacionado a equipamentos (itens 6.4.10, 7.7.1c e 7.7.1e) e como conferência, quando relacionado a dados e resultados (itens 7.5.1 e 7.11.6).

6 Requisitos de recursos (Instalações e condições ambientais; Equipamentos, Rastreabilidade metrológica) Rastreabilidade metrológica: este requisito foi integralmente reescrito excluindo as várias notas orientativas contidas na versão anterior da Norma. Foi incluído o Anexo A, que fornece informações adicionais sobre rastreabilidade metrológica.

6 Requisitos de recursos (Produtos e serviços providos externamente) 4.5 Subcontratação de ensaios e calibrações (ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005) 4.6 Aquisição de serviços e suprimentos (ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005) 6.6 Produtos e serviços providos externamente (ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017)

6 Requisitos de recursos (Produtos e serviços providos externamente) Requisitos alinhados com a ISO 9001 (8.4) Fornecedor Provedor externo O requisito passa a se referir a produtos e serviços providos externamente (6.6.1), ou seja, obtidos pelo laboratório de provedores externos. Os requisitos da seção 6.6 também se aplicam às atividades de laboratório providas externamente, ou seja, ensaio, calibração e amostragem associada com ensaio ou calibração subsequente, o que se denominava subcontratação na versão anterior da Norma.

6 Requisitos de recursos (Produtos e serviços providos externamente) Produtos: padrões e equipamentos de medição, equipamentos auxiliares, materiais de consumo e materiais de referência; Serviços: serviços de calibração, serviços de amostragem, serviços de ensaios, serviços de manutenção de instalações e equipamentos, serviços de ensaios de proficiência e serviços de avaliação e de auditoria. Obs.: gerenciamento de sistemas de gestão de informação laboratorial (7.11.4) também é um serviço que pode ser provido externamente.

6 Requisitos de recursos (Produtos e serviços providos externamente) - Reconhece que há atividades de laboratório que podem ser fornecidas externamente em dois casos (Ver também 7.1): a) O laboratório tem recursos e competência para as atividades, mas está impossibilitado de realizá-las em parte ou totalmente. b) O laboratório não tem os recursos ou a competência para realizar as atividades de laboratório. (Neste caso não pode declarar conformidade à ISO/IEC 17025 para estas atividades de laboratório.)

6 Requisitos de recursos (Produtos e serviços providos externamente) Exemplos: Um laboratório utiliza um provedor externo (outro laboratório) para realizar a amostragem e os ensaios necessários no local da amostragem, sendo essa amostragem destinada a outros ensaios subsequentes a serem realizados pelo próprio laboratório em suas instalações. Atividade de laboratório provida externamente destinada a incorporação nas atividades do próprio laboratório (6.6.1a) Na calibração de um analisador de qualidade de energia, um laboratório calibra as funções de medição de tensão e corrente, porém utiliza um provedor externo (outro laboratório) para calibrar as funções de medição de energia e potência, sendo os resultados recebidos do provedor externo e providos ao cliente pelo laboratório. Atividade de laboratório provida externamente provida, em parte ou por completo, diretamente ao cliente pelo laboratório, conforme recebidos do provedor externo (6.6.1b) Aquisição de materiais de referência ou de serviços de calibração de equipamentos, obtidos de provedores externos. Produtos e serviços providos externamente 6.6.1a) ou 6.6.1c) utilizados para apoiar a operação do laboratório

6 Requisitos de recursos (Produtos e serviços providos externamente) Foi incluída a exigência de definição de critérios para monitoramento do desempenho e reavaliação dos provedores e tomar quaisquer ações decorrentes de avaliações, monitoramentos do desempenho e reavaliações dos provedores externos. Foi também incluída a exigência de comunicação dos requisitos do laboratório aos seus provedores externos no que tange aos: a) os produtos e serviços a serem providos; b) os critérios de aceitação; c) competência, incluindo qualquer qualificação requerida do pessoal; d) atividades que o laboratório, ou seu cliente, pretenda realizar nas instalações do provedor externo.

7 Requisitos de processo (contratos, manuseio, relato de resultados) - Introduz um novo requisito em 7.1 : Quando o cliente solicitar uma declaração de conformidade a uma especificação ou norma para o ensaio ou calibração (por exemplo: aprovação/reprovação, dentro da tolerância/fora da tolerância), a especificação ou norma e a regra de decisão devem ser claramente definidas. A regra de decisão selecionada deve ser comunicada e acordada com o cliente, a não ser que a regra de decisão seja inerente à norma ou especificação solicitada. Regra de decisão (3.7): regra que descreve como a incerteza de medição é considerada ao declarar a conformidade com um requisito especificado. - Inclui também a necessidade de analisar criticamente, informar e obter aprovação do cliente quanto a utilização de atividades de laboratório providas externamente devendo ser atendidos os requisitos da seção 6.6;

7 Requisitos de processo (contratos, manuseio, relato de resultados) - Quando o cliente requerer que o item seja ensaiado ou calibrado admitindo um desvio das condições especificadas, incluir uma ressalva no relatório indicando que os resultados podem estar comprometidos. - O laboratório é responsável por todas as informações fornecidas no relato. - Identificar com clareza no relatório dados fornecidos pelo cliente, incluir uma ressalva caso as informações possam afetar a validade dos resultados. - Quando o laboratório não for responsável pela atividade de amostragem (por exemplo, a amostra foi fornecida pelo cliente), deve indicar no relatório que os resultados se aplicam à amostra conforme recebida.

7 Requisitos de processo (contratos, manuseio, relato de resultados) - Inclui requisitos específicos para Relato da Amostragem e Relato de Declarações de Conformidade. - Caso o cliente requeira uma declaração de conformidade, a especificação e a regra de decisão devem estar claras no pedido/contrato. - Esclarece que declaração de conformidade a uma especificação não deve ser confundida com opiniões e interpretações. Por exemplo, relatar que de acordo com os resultados o item ensaiado ou calibrado está conforme a uma determinada especificação ou norma é uma declaração de conformidade, não sendo uma opinião ou interpretação.

7 Requisitos de processo (seleção, verificação e validação de métodos) NOTA O termo "método" utilizado nesta Norma pode ser considerado como sinônimo do termo "procedimento de medição" conforme definido no VIM:2012. verificação (VIM: 2012. 2.44) - Fornecimento de evidência objetiva de que um dado item satisfaz requisitos especificados. validação (VIM:2012; 2.45) - Verificação na qual os requisitos especificados são adequados para um uso pretendido. O laboratório deve verificar que é capaz de realizar métodos adequadamente antes de implantá-los, assegurando que possam alcançar o desempenho requerido. Devem ser retidos registros da verificação. Se o método for revisado, a verificação deve ser repetida na extensão necessária.

Principais Mudanças na ISO/IEC 17025 7 Requisitos de processo (seleção, verificação e validação de métodos) REGISTROS DE VALIDAÇÃO - O laboratório deve registrar as seguintes evidências de validação: o procedimento de validação utilizado; a especificação dos requisitos; a determinação das características de desempenho dos métodos; os resultados obtidos; uma declaração sobre a validade do método, detalhando sua adequação ao uso pretendido. VALIDAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO MÉTODO - Quando forem feitas alterações em quaisquer métodos validados, a influência de tais mudanças deve ser documentada e, se apropriado, uma nova validação deve ser realizada.

7 Requisitos de processo (incerteza de medição) Ao avaliar a incerteza de medição o laboratório deve considerar também as contribuições oriundas da amostragem. Para calibração e ensaio alteração na redação do requisito, passa a usar o termo avaliação da incerteza ao invés de estimativa. Para amostragem avaliar incerteza de medição para os ensaios realizados durante a amostragem. Não há necessidade de avaliar a incerteza da amostragem. Porém, é necessário o laboratório que realiza amostragem forneça informação a respeito da amostragem que seja requerida para que o laboratório que realiza o ensaio ou calibração subsequente a considere na avaliação da incerteza de medição para o ensaio ou a calibração.

7 Requisitos de processo (garantia da validade dos resultados) - Inclui a garantia da validade da amostragem. - Requisitos separados para mecanismos internos de monitoramento da validade dos resultados e mecanismos externos de monitoramento dos resultados por meio de comparação com outros laboratórios. - São citados vários outros mecanismos internos de monitoramento (amostra cega, análise crítica de resultados, checagem intermediária do equipamento, checagens funcionais do equipamento, uso de padrões de checagem ou de padrões de trabalho com cartas de controle, etc.)

Principais Mudanças na ISO/IEC 17025 7 Requisitos de processo (reclamações) - Bastante modificado. - A descrição do processo documentado de tratamento de reclamações sobre atividades de laboratório deve estar disponível a qualquer interessado. - As conclusões sobre a reclamação devem ser elaboradas ou analisadas e aprovadas por pessoa independente das atividades em questão. - Pode ser utilizado pessoal externo para elaboração ou análise crítica e aprovação da conclusões da reclamação. - Sempre que possível, o laboratório deve fornecer ao reclamante relatos sobre o progresso e conclusão da reclamação.

7 Requisitos de processo (controle de dados e gestão da informação) - O laboratório deve ter acesso aos dados e informações necessários para realizar atividades de laboratório. - Requer validação do funcionamento do sistema de gestão da informação laboratorial, incluindo suas interfaces, antes de sua implementação e após alterações. (Não é intenção requerer implementação de normas específicas de validação de software). - Requer registro das falhas do sistema e ações imediatas e corretivas. - Caso utilize sistemas de informação mantidos externamente, o provedor deve atender os requisitos da ISO/IEC 17025 (exemplo, confidencialidade, recuperação da informação etc.).

8 Requisitos de gestão 8.1.1 O laboratório deve estabelecer, documentar, implementar e manter um sistema de gestão que seja capaz de apoiar e demonstrar o atendimento consistente aos requisitos desta Norma e assegurar a qualidade dos resultados do laboratório. Além de atender aos requisitos das seções 4 a 7 desta Norma, o laboratório deve implementar um sistema de gestão de acordo com a Opção A ou Opção B. Opção A requisitos especificados na ISO/IEC 17025 sobre: gestão de documentos, controle de registros, risco e oportunidades. melhoria, auditorias internas e análise crítica do sistema de gestão estão especificados na ISO/IEC 17025. Opção B o laboratório implementa um sistema de gestão de acordo com a ISO 9001, que seja capaz de assegurar e demonstrar o atendimento consistente à ISO/IEC 17025.

8 Requisitos de gestão OPÇÃO A (Seções 8.2 a 8.9 da ISO/IEC 17025) - Alinhamento dos requisitos ao texto da ISO 9001:2015. - Requisitos bem menos detalhados que os atuais. Eliminados procedimentos e políticas. Foco no resultado, não na maneira como estes resultados são alcançados. - Incluída uma seção sobre riscos e oportunidades associadas com as atividades de laboratório (seção 8.5). (Não é intenção requerer que o laboratório implemente normas de gestão de risco). O laboratório deve decidir os riscos e oportunidades que serão abordados.

8 Requisitos de gestão OPÇÃO B (SGQ pela ISO 9001) aceita pela Cgcre se: - O SGQ do laboratório está certificado pela ISO 9001:2015, - O certificado está dentro da validade e foi emitido por um organismo acreditado pela Cgcre ou por outro signatário do acordo do IAF. - O escopo do SGQ certificado inclui as atividades de laboratório (ensaio, calibração, amostragem, para ensaio ou calibração subsequente) Não serão avaliados todos os requisitos da ISO 9001:2015. A avaliação do SGQ será feita pelos requisitos da OPÇÃO A (8.2 a 8.9), considerando diferenças com a ISO 9001:2015. Mais detalhes no DOQ-Cgcre-087.

Contatos: dicla@inmetro.gov.br pwcamargo@inmetro.gov.br