Proposta de Reforma Comercial do Setor Elétrico Reunião ABRAGE 21/03/2018
Ampliação do Mercado Livre Limites mínimos progressivos para elegibilidade ao ACL (qualquer tensão): 2020: 2 MW; 2021: 1 MW; 2022: 500 kw atingida a atual barreira dos consumidores especiais; 2024: 300 kw; 2024: 400 kw; 2028: 75 kw. A partir de 2026, sem limite para consumidores atendidos em tensão >=2,3 kv. A partir de 2021 (2018), consumidores com carga inferior a 1 MW necessariamente deverão ser representados por comercializadores na CCEE (agentes varejistas). Até 31.12.2022, plano para extinção de limites em qualquer tensão. Possibilidade de retirada da obrigatoriedade de contratação de 100% do consumo a partir de janeiro de 2021.
Separação de Lastro e Energia Poder Concedente poderá realizar, diretamente ou indiretamente, licitação para contratação de lastro de geração necessário ao atendimento da expansão do consumo de energia elétrica. Até 30 de junho de 2020: I - cronograma para a implantação dos leilões de lastro, não podendo o início ser posterior à data de redução a 1000 kw do requisito mínimo de carga. II - as diretrizes, regras e padrões e a alocação de custos referentes à contratação de lastro; e III - a regra explícita para definição dos montantes de lastro a serem contratados para o sistema. A contratação de novos empreendimentos poderá ser realizada: I - com segmentação de produto por fonte primária de geração de energia; e II - com a valoração, como parte do critério de seleção de empreendimentos a contratar, de atributos destinados ao atendimento de necessidades sistêmicas, admitindo-se empreendimentos híbridos, inclusive com armazenamento associado. Os empreendimentos cujo lastro seja contratado continuarão sendo proprietários de sua energia e capacidade de prover serviços ancilares, podendo negociar esta energia e estes serviços ancilares por sua conta e risco, desde que atendidas as obrigações referentes à venda de lastro. Fim dos leilões de reserva após a regulamentação e implementação dos leilões de lastro. Leilões de Energia. Após implementação de leilões de lastro, poderão ser promovidos leilões para contratação de energia sem diferenciação de energia nova ou existente e com prazos livremente estabelecidos.
Fim do Regime de Cotas para UHEs Licitadas ou Prorrogadas Em caso de privatização de empresa detentora de concessão ou autorização de geração, o Poder Concedente alterará o regime de exploração para produção independente. Privatização possível inclusive das usinas prorrogadas ou licitadas nos termos da Lei 12.783/2013. A privatização da geração considerará: pagamento à CDE de valor correspondente a um terço do valor estimado da concessão. pagamento de bonificação de outorga anual correspondente a no máximo dois terços do valor estimado da concessão. As licitações (mesmo sem privatização) também terão estas mesmas condições.
Fontes Incentivadas Troca da forma de subsídio às fontes incentivadas (eólicas, PCHs, solares, biomassa): Para outorgas até 31.12.2020, mantém-se o desconto na TUST / TUSD. Até 31.03.2020, apresentação de plano para valorização dos benefícios ambientais para aplicação a partir de 01.01.2021. Os descontos poderão estar condicionados a exigência de contrapartidas condizentes com a finalidade do subsídio e a critérios de acesso que considerem aspectos ambientais e condições sociais e econômicas do público alvo
Operação e Formação de Preço Abertura legal para formação de preço por ofertas e despacho por preço. Estudos até 30 de junho de 2020. No mínimo 1 ano de testes. Não será aplicado antes de 01.01.2022. Até 01.01.2020, PLDs calculados em base horária; Até 31.12.2020, liquidação em intervalo semanal ou inferior. Serviços ancilares remunerados por tarifas ou ofertas de preços. Modelos computacionais de otimização e formação de preços poderão ser objeto de licitação.
Intercâmbio de Contratos Entre ACR e ACL Distribuidores continuam com obrigação de contratar 100% da carga Leilões de excedentes: distribuidoras poderão vender, em mecanismo centralizado estabelecido pela ANEEL, o excesso de energia contratada. Venda para consumidores livres, comercializadores, geradores e autoprodutores. Resultado dos leilões (positivo ou negativo) será alocado a todos os consumidores do SIN. Leilões de excedentes servirão para atenuar a sobra dos contratos legados, com a ampliação do mercado livre. Geradores ganham um concorrente de peso no mercado. Continuidade de Mecanismos de Descontratação Competitivos. Avaliação pela EPE de volumes a descontratar. MME definirá critério de elegibilidade para participação de empreendimentos. ANEEL deverá aceitar extinção da outorga de empreendimentos totalmente descontratados.
Desjudicialização do Risco Hidrológico Vedada a repactuação do risco hidrológico a partir de 1º de janeiro de 2019 Compensação aos titulares das usinas hidrelétricas participantes do MRE dos efeitos causados pelos empreendimentos hidrelétricos estruturantes decorrentes: I - de restrições ao escoamento da energia em função de atraso na entrada em operação ou de entrada em operação em condição técnica insatisfatória das instalações de transmissão de energia elétrica destinadas a este escoamento; e II - da diferença entre a garantia física outorgada na fase de motorização e os valores da agregação efetiva de cada unidade geradora motorizada ao Sistema Interligado Nacional - SIN, conforme critérios técnicos aplicados pelo Poder Concedente às demais usinas hidrelétricas; da GFOM. Aplicação retroativa a 2013, sobre parcela da energia cujo agente titular tenha: desistido ou não seja autor de ação judicial sobre o GSF; renunciado a qualquer alegação de direito sobre o GSF; não tenha repactuado o risco hidrológico. Ressarcimento do valor apurado sob a forma de extensão das concessões limitado a 7 anos.
Desjudicialização da RBSE RGR poderá ser utilizada para pagamento da RBSE, condicionada à inexistência de ação judicial. O termo aditivo ao contrato de concessão de transmissão preverá a incorporação à tarifa dos valores da RBSE registrados pela concessionária e reconhecidos pela ANEEL. Parcela atrasada (2013-2017) atualizada e remunerada, até sua incorporação à tarifa, pelo WACC definido pela ANEEL (6,64% ou 6,27% a.a.). Hoje a referida parcela deveria ser remunerada pelo custo de capital próprio (Ke), de 10,44% a.a. Tema encontra-se judicializado e transmissoras não recebem qualquer remuneração correspondente ao período entre 2013 e 2017. Parcela atrasada (2013-2017) incorporada à tarifa pelo prazo remanescente da outorga. Hoje o recebimento da RBSE, incluindo a parcela atrasada, é pelo prazo de 8 anos.
Autoprodução Também é considerado a autoprodutor o consumidor que: I - participe, direta ou indiretamente, do capital social da sociedade empresarial titular da outorga, observada a proporção da participação societária, direta ou indireta com direito a voto; ou II - esteja sob controle societário comum, direto ou indireto, ou sejam controladoras, controladas ou coligadas, direta ou indiretamente, às empresas do inciso I, observada a participação societária, direta ou indireta, com direito a voto. A destinação da energia autoproduzida independe da localização geográfica da geração e do consumo, ficando o autoprodutor responsável por diferenças de preços entre o local de produção e o local de consumo.
Outros Temas Prorrogação de Autorizações de PCHs - Pagamento de quota anual, em duodécimos, à CDE (sem bônus de outorga). Valor estabelecido pelo MME Tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão definidas utilizando sinal locacional. Até dezembro/23 tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão para consumidores com geração própria não poderão ser definidas em unidade de energia objetivo de redução dos incentivos a investimentos em mini e micro geração distribuída além do ótimo sistêmico e redução de subsídios cruzados. Extinção de restrições para compra e arrendamento de terrenos rurais para estrangeiros que pretendam investir em projetos de energia elétrica no Brasil.