RESCISÃO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL DEVOLUÇÃO DE ARRAS Banco do Conhecimento/ Jurisprudência/ Pesquisa Selecionada/ Direito Civil

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Transcrição:

RESCISÃO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL DEVOLUÇÃO DE ARRAS Banco do Conhecimento/ Jurisprudência/ Pesquisa Selecionada/ Direito Civil Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro 0003300-43.2011.8.19.0207 - APELACAO - 1ª Ementa DES. CHERUBIN HELCIAS SCHWARTZ - Julgamento: 30/03/2015 - DECIMA SEGUNDA CAMARA APELAÇÃO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. IMPOSSIBILIDADE DE CONCRETIZAÇÃO DA VENDA. Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com devolução de arras e indenização por danos morais e materiais. Da análise dos autos verifica-se ter sido avençada entre as partes a alienação de imóvel. Posteriormente, o negócio não se concretizou por estar o imóvel ocupado e sem a documentação necessária. As arras, quando confirmatórias, constituem um pacto cuja finalidade é a entrega de algum bem (em geral, determinada soma em dinheiro), para assegurar ou confirmar a obrigação principal assumida. No caso dos autos, a venda foi pactuada com o pagamento de arras confirmatórias como sinal, com função de assegurar o negócio jurídico. O conjunto probatório evidencia que o promitente vendedor, deu causa à inexecução do contrato. Em sendo assim, deve o réu arcar com as consequências da desistência do negócio e, nos moldes do art. 418 do Código Civil, restituir a quantia paga pelo apelado. Quantum indenizatório de natureza moral que não se revela excessivo, diante das circunstâncias do caso concreto. Responsabilidade da imobiliária, diante do que estabelece oi artigo 723 do CC/2002. Recurso a que se nega seguimento, nos termos do artigo 557, caput, do CPC. Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 30/03/2015 (*) 0203121-98.2010.8.19.0001 - APELACAO - 1ª Ementa DES. MAURO DICKSTEIN - Julgamento: 24/03/2015 - DECIMA SEXTA CAMARA ORDINÁRIA. COBRANÇA CUMULADA COM INDENIZATÓRIA. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE BEM IMÓVEL. PRETENSÃO DO PROMITENTE COMPRADOR À DEVOLUÇÃO EM DOBRO DA IMPORTÂNCIA DESPENDIDA, A

TÍTULO DE SINAL E PARTE DO PAGAMENTO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA. IRRESIGNAÇÃO. ESTIPULAÇÃO TEXTUAL DE ARRAS PENITENCIAIS. RESCISÃO CONTRATUAL POR CULPA DOS PROMITENTES VENDEDORES. OBRIGAÇÃO DE DEVOLVER O VALOR CORRESPONDENTE ÀS ARRAS, MAIS O EQUIVALENTE(DOBRA). ART. 420, DO CÓDIGO CIVIL. ENTREGA PARCIAL DO PREÇO. RECIBO DE DEVOLUÇÃO QUE DEVE SER INTERPRETADO RESTRITIVAMENTE, SIGNIFICANDO APENAS A RESTITUIÇÃO DA QUANTIA A QUE SE REFERE, SEM OBSTAR A PROPOSITURA DE AÇÃO PARA ALCANÇAR A INTEGRALIDADE DO MONTANTE ATINENTE À SANÇÃO CONTRATUALMENTE AVENÇADA. PRECEDENTES DO C. STJ. SINAL DE NATUREZA PENITENCIAL QUE, POR FUNCIONAR COMO PRÉ-DEFINIÇÃO DE PERDAS E DANOS, NÃO ADMITE CUMULAÇÃO COM INDENIZAÇÃO SUPLEMENTAR, AUTORIZANDO, CONTUDO, A SUA COBRANÇA. EVENTUAIS DANOS MORAIS SOFRIDOS SÃO SUBSUMIDOS NO TOTAL DEVIDO A TÍTULO DE ARRAS. SÚMULA Nº 412, DO C. STF. REFORMA DA SENTENÇA NO SENTIDO DE RECONHECER O DIREITO DO PROMITENTE COMPRADOR AO REMANESCENTE CORRESPONDENTE ÀS ARRAS PENITENCIAIS, DEVIDAS PELOS PROMITENTES VENDEDORES, OS QUAIS DESISTIRAM DA OUTORGA DA ESCRITURA DEFINITIVA DE COMPRA E VENDA, E, CONSEQUENTEMENTE, DO RESPECTIVO NEGÓCIO JURÍDICO. CONHECIMENTO E PROVIMENTO DO RECURSO, JULGANDO PROCEDENTE O PEDIDO, COM OS CONSECTÁRIOS LEGAIS. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 24/03/2015 (*) 0207101-53.2010.8.19.0001 APELACAO - 1ª Ementa DES. SIRLEY ABREU BIONDI - Julgamento: 11/03/2015 - DECIMA TERCEIRA CAMARA Promessa de Compra e Venda de Imóvel. Rescisão contratual a pedido dos promissários compradores, alegando inexecução contratual por parte do vendedor. Pedido de restituição em dobro das arras penitenciais, bem como indenização por danos materiais e morais. Sentença de parcial procedência, condenando os réus à devolução do sinal na forma simples, bem como ao pagamento das despesas desembolsadas com confecção de planta do imóvel e danos morais no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) para cada autor. Inconformismo de ambas as partes. No caso dos autos, restou verificada a concorrência de ambos para a não concretização do negócio. Devolução simples das arras é medida que se impõe. Dano material comprovado. Dano moral fixado com razoabilidade. DESPROVIMENTO DE AMBOS OS RECURSOS, nos termos do voto. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 11/03/2015 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 15/04/2015 (*) Para ver todas as Ementas desse processo. Clique aqui

0001385-31.2012.8.19.0204 - APELACAO -1ª Ementa DES. MARCELO LIMA BUHATEM - Julgamento: 24/02/2015 - VIGESIMA SEGUNDA CAMARA DIREITO CIVIL - APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C INDENIZATÓRIA - INSTRUMENTO PARTICULAR DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL - DESCUMPRIMENTO ATRIBUÍDO AO PROMITENTE VENDEDOR VENDA DE IMÓVEL ALHEIO - SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA - DESFAZIMENTO DO NEGÓCIO JURÍDICO, CONDENAÇÃO DO CORRETOR NA DEVOLUÇÃO DAS ARRAS CONDENAÇÃO DE AMBOS OS RÉUS (CORRETOR E PROMITENTE-VENDEDOR) AO PAGAMENTO DOS DANOS MATERIAIS E MORAIS. PARTE RÉ QUE NÃO SE DESINCUMBIU DO DISPOSTO NO ART. 333, II, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL - SENTENÇA QUE SE MANTÉM. 1. Trata-se de ação rescisão contratual c/c indenizatória ajuizada pelos apelados em face de corretor e promitente vendedor alegando, em síntese, que em 09.07.2009 assinaram contrato de promessa de compra e venda do imóvel descrito na inicial, mas que o contrato não se concretizou, haja vista não ser o segundo réu proprietário do bem. 2. Sentença de parcial procedência que rescindiu o contrato de promessa de compra e venda em tese; condenou o réu Alessandro (primeiro réu) a proceder à devolução da quantia de R$ 8.000,00 e ambos os réus, solidariamente, ao pagamento da quantia de R$ 1.360,00, a título de dano material, bem como ao pagamento de R$ 5.000,00, a título de dano moral, para cada autor. 3. Apelação do segundo réu, promitente vendedor do imóvel, que não merece provimento, uma vez que a prova dos autos demonstra que o apelante prometeu vender imóvel que não lhe pertencia, o que configura conduta manifestamente fraudulenta, haja vista que violou frontalmente o postulado da boa-fé objetiva que deve nortear os negócios jurídicos. 4. Inobservância do princípio da transparência, salientando-se a aparência de dono do promitente-vendedor e a boa-fé do adquirente, aliado à onerosidade da aquisição do bem. 5. Dano moral in re ipsa, na medida em que o evento narrado causou embaraços aos promitentes-compradores, bem como insegurança, posto que os recorridos tiveram que sair do imóvel e o negócio que almejavam não se concretizou por culpa dos réus. Princípios da razoabilidade e proporcionalidade na fixação do quantum indenizatório. 6. Danos materiais sobejamente demonstrados, afigurando-se correta ainda a condenação em devolução das arras dadas. NEGA-SE PROVIMENTO AO RECURSO. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 24/02/2015 (*) 0382152-44.2011.8.19.0001 - APELACAO -1ª Ementa DES. CAETANO FONSECA COSTA - Julgamento: 28/01/2015 - SETIMA CAMARA APELAÇÃO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. DESCUMPRIMENTO DA AVENÇA E INEXECUÇÃO DA ALIENAÇÃO POR PENDÊNCIAS FISCAIS E EXECUTIVAS

REFERENTES AOS PROPRIETÁRIOS DO IMÓVEL. RETENÇÃO INDEVIDA DO SINAL. ARRAS CONFIRMATÓRIAS. DEVOLUÇÃO EM DOBRO. INDENIZAÇÃO SUPLEMENTAR. PRESENÇA DO DANO MORAL. Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com devolução de arras. Verifica-se ter sido avençada entre as partes a promessa de alienação de imóvel tendo sido pago o valor de R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), a título de arras, não tendo posteriormente efetivada pela existência de débitos fiscais referentes ao imóvel e execuções ajuizadas em face do promitente vendedor, com a consequente retenção do valor recebido a título de sinal pelo apelante. - O conjunto probatório evidencia que os promitentes vendedores, exclusivamente, deram causa à inexecução do contrato. Em sendo assim, devem os réus arcar com as consequências da desistência do negócio e, nos moldes do art. 418 do Código Civil, restituir a quantia paga pelos apelados em dobro. - Indenização suplementar no importe de R$109.288,80 arbitrada devidamente, haja vista a comprovação do prejuízo em valor superior ao acobertado pelo montante das arras destinados a esse fim. - Sentença que não é ultra petita, eis que o pedido se refere a "indenização mínima", sem limitação. - Presença do dano moral. Em regra o inadimplemento contratual não gera dano moral, mas o fato é que os promitentes vendedores agiram de má fé desde o início, porque sabiam das distribuições das ações contra eles propostas e desfeita a avença não devolveram voluntariamente o sinal - Desprovimento da 1ª Apelação. Provimento do 2º Recurso. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 28/01/2015 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 11/03/2015 Para ver todas as Ementas desse processo. Clique aqui 0090581-78.2008.8.19.0001 - APELACAO -1ª Ementa DES. GILBERTO GUARINO - Julgamento: 22/10/2014 - DECIMA QUARTA CAMARA APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO. PACTO DE CONTRAHENDO. NEGÓCIO JURÍDICO DE PROMESSA DE VENDA E COMPRA DE IMÓVEL RESIDENCIAL A NON DOMINO, POR INSTRUMENTO PARTICULAR, CELEBRADO AOS 02/9/2006. COMPOSIÇÃO DE ARRAS CONFIRMATÓRIAS (R$ 90.000,00 - NOVENTA MIL REAIS). RÉU E PROMISSÁRIO COMPRADOR QUE NÃO CONTRATA O FINANCIAMENTO DO SALDO RESIDUAL (R$ 170.000,00 - CENTO E SETENTA MIL REAIS). PEDIDO DE RESCISÃO DA AVENÇA, EM CUMULAÇÃO SUCESSIVA COM REINTEGRAÇÃO DE POSSE, RESSARCIMENTO DE DANOS MATERIAIS E COMPENSAÇÃO DE DANOS MORAIS. RECONVENÇÃO. ALEGAÇÃO DE QUE O AUTOR E PROMITENTE VENDEDOR NÃO DETINHA A DOCUMENTAÇÃO EXIGIDA PELA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA PARA A CONCESSÃO DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO. SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA DOS PEDIDOS DE RESCISÃO E REINTEGRATÓRIO. RECONHECIMENTO DE INEXECUÇÃO CULPOSA PELO RÉU-RECONVINTE. CONDICIONAMENTO DA EFICÁCIA DO JULGADO À DEVOLUÇÃO SIMPLES, PELO AUTOR, DAS ARRAS CONFIRMATÓRIAS.

IMPROCEDÊNCIA DA PRETENSÃO RECONVENCIONAL. IRRESIGNAÇÃO DO RÉU- RECONVINTE. LIBERAÇÃO DO FINANCIAMENTO BANCÁRIO, CRUCIAL PARA A CONSUMAÇÃO DO NEGÓCIO JURÍDICO. APELANTE QUE COMPROVA IDONEIDADE FINANCEIRA E RENDA SALARIAL COMPATÍVEL COM O CRÉDITO REQUERIDO. APELADO QUE, DESDE O RECEBIMENTO DAS ARRAS, DEMOROU MAIS DE 01 (UM) ANO PARA REGULARIZAR A SITUAÇÃO REGISTRAL DA PROPRIEDADE DO IMÓVEL, POR ELE COMPRADO DE TERCEIRO, AOS 02/9/2006. EXISTÊNCIA DE 02 (DUAS) COTAS CONDOMINIAIS VENCIDAS, DE SUA RESPONSABILIDADE, QUE SÓ FORAM POR ELE PAGAS AOS 19/9/2007. NOTIFICAÇÃO EXTRAJUDICIAL DO RECORRIDO, ANTES MESMO DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO, INSTANDO-O A ADOTAR AS MEDIDAS NECESSÁRIAS À CONCESSÃO DO CRÉDITO IMOBILIÁRIO E POSTERIOR LAVRATURA DE ESCRITURA DEFINITIVA. CULPA EXCLUSIVA DO PROMITENTE VENDEDOR CONFIGURADA. APLICAÇÃO DO ART. 418 DO CÓDIGO CIVIL. DEVOLUÇÃO DOBRADA DAS ARRAS CONFIRMATÓRIAS. PRECEDENTES DESTA E. CORTE DE JUSTIÇA. RESSARCIMENTO DE DESPESAS INERENTES AO IMÓVEL (COTAS CONDOMINIAIS, I.P.T.U., TAXAS, ETC.). DESCABIMENTO. RECORRENTE QUE, APÓS A IMISSÃO NA POSSE, ASSUMIU, AOS 16/10/2006, DE COMUM ACORDO COM O APELADO, A OBRIGAÇÃO DE ARCAR COM ESSAS DESPESAS. BENFEITORIAS (ART. 96, CAPUT E PARÁGRAFOS, DO CÓDIGO CIVIL). FOTOGRAFIAS E NOTAS FISCAIS DE COMPRA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E EXECUÇÃO DE SERVIÇOS QUE AS COMPROVAM. NECESSIDADE, CONTUDO, DE APURAÇÃO EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA POR ARTIGOS (ART. 475-E DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL). INCIDÊNCIA DO ART. 1.219 DO CÓDIGO CIVIL. INDENIZAÇÃO COMPULSÓRIA DAS NECESSÁRIAS E ÚTEIS, ASSEGURADO AO APELANTE O DIREITO DE RETENÇÃO (IUS RETENTIONIS). INDENIZAÇÃO FACULTATIVA DAS VOLUPTUÁRIAS, GARANTIDO AO RECORRENTE O DIREITO DE LEVANTÁ-LAS (IUS TOLLENDI), SE NÃO HOUVER PREJUÍZO À ACESSÃO. LUCROS CESSANTES. AUSÊNCIA DE PROVA DA DESTINAÇÃO LOCATÍCIA DO BEM DE RAIZ. APELANTE QUE, ANTES DA IMISSÃO NA POSSE, ERA LOCATÁRIO, RESIDINDO EM IMÓVEL OUTRO, RESILIU O CONTRATO DE LOCAÇÃO E PASSOU A RESIDIR NO PROMETIDO À VENDA. PRECEDENTES DESTE C. TRIBUNAL DE JUSTIÇA. DANO MORAL NÃO CONFIGURADO. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL QUE NÃO GEROU DECORRÊNCIAS EXTRAPATRIMONIAIS, VISTA A HIGIDEZ DA DIGNIDADE DA PESSOA. SUCEDIDO PROCESSUALMENTE QUE FRUIU DO IMÓVEL ATÉ FALECER, EM MEADOS DE 2013, TENDO, PARA TANTO, PAGO APROXIMADAMENTE 35% (TRINTA E CINCO POR CENTO) DO VALOR DE VENDA AO PROMITENTE VENDEDOR, E NADA MAIS. INCIDÊNCIA DA PRIMEIRA PARTE DA SÚMULA N.º 75-TJRJ. CONSECTÁRIOS DA SUCUMBÊNCIA. SÚMULA N.º 161-TJRJ. PROCESSO PRINCIPAL. CONDENAÇÃO DO AUTOR-RECONVINDO A COMPOR AS DESPESAS PROCESSUAIS. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS FIXADOS EM 10% (DEZ POR CENTO) DO VALOR ATRIBUÍDO À CAUSA. RECONVENÇÃO. RATEIO DAS DESPESAS PROCESSUAIS E COMPENSAÇÃO DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS (ART. 21, CAPUT, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL). RECURSO CONHECIDO, A QUE SE DÁ PARCIAL PROVIMENTO, PARA JULGAR IMPROCEDENTE A PRETENSÃO PRINCIPAL E PARCIALMENTE PROCEDENTE A RECONVENCIONAL. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 22/10/2014 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 26/11/2014 (*)

Para ver todas as Ementas desse processo. Clique aqui 0040410-65.2010.8.19.0028 - APELACAO - 1ª Ementa DES. GILBERTO DUTRA MOREIRA - Julgamento: 26/08/2014 - NONA CAMARA Apelação Cível. Ação de Rescisão de promessa de compra e venda c/c Indenizatória. Compra de imóvel com pagamento de arras. Promitentes compradores que receberam as chaves no momento do pagamento do sinal. Vendedores que desistiram do negócio um ano após. Rescisão aceita pelos autores. Devolução em dobro das arras. Obrigação que, inclusive, fora reiterada em cláusula contratual. Reintegração dos proprietários no imóvel que decorre da rescisão do contrato, devendo os autores devolver o bem, em perfeitas condições, no prazo de 30 (trinta) dias. Benfeitorias voluptuárias. Despesas apontadas na inicial que se restringem a móveis, luminárias, plantas e assemelhados. Meros elementos decorativos que não se incorporam nem se mostram necessários para o uso do imóvel. Ausência de obrigação de indenizar. Impostos e cotas condominiais vencidos durante a ocupação. Obrigação dos autores que utilizaram o bem no período. Rescisão do contrato com a devolução em dobro das arras. Retorno ao status quo ante. Taxa de ocupação devida. Falta de pagamento que implicaria no enriquecimento ilícito dos autores. Fixação no percentual de 1% (um por cento) do valor de venda do imóvel. Danos morais não configurados de ambas as partes, tratando-se de mero inadimplemento contratual. Autores que receberão de volta o valor pago e poderão, se assim entenderem, adquirir outro imóvel. Réus que se valeram do direito de desistir do negócio e, assim, devem cumprir o contrato firmado. Provimento do segundo recurso, para julgar procedente em parte a reconvenção, para condenar os autores ao pagamento de taxa de ocupação e para determinar a reintegração dos proprietários na posse do bem, mantida, no mais a sentença, desprovido o primeiro apelo. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 26/08/2014 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 09/09/2014 (*) Para ver todas as Ementas desse processo. Clique aqui 0005470-24.2011.8.19.0001 - APELACAO - 1ª Ementa DES. ADOLPHO ANDRADE MELLO - Julgamento: 29/04/2014 - NONA CAMARA DIREITO CIVIL E PROCESSUAL. RESOLUÇÃO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA. REGULARIZAÇÃO DO IMÓVEL. PROVIDÊNCIA QUE INCUMBIA AOS PROMITENTES

VENDEDORES. INDEVIDOS OS LUCROS CESSANTES. PROVEITO ECONÔMICO SE REVELA MERAMENTE HIPOTÉTICO. DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO. LITISPENDÊNCIA NÃO CONFIGURADA. DESPROVIMENTO. 1. Recurso contra sentença em demanda na qual pretende a autora a rescisão da promessa de compra e venda com a devolução em dobro do valor das arras e simples do que adiantou para a regularização do imóvel com vistas à aprovação do financiamento, além da quantia correspondente à valorização do bem, sem prejuízo do pagamento de verba compensatória moral. 2. Não há que se falar em litispendência, seja por ausência de identidade subjetiva ou objetiva, dado que a demanda a que se referem os apelantes possui diferentes partes, assim como apresenta objeto diverso da presente. 3. Razão assiste à promitente compradora, pois competia aos promitentes vendedores providenciar a regularização do imóvel, cumprindo as exigências havidas, de modo a possibilitar a legalização. Se não o fizeram, deram causa ao desfazimento do negócio, não se podendo atribuir à promitente compradora os ônus do cancelamento do contrato. 4. Descabido o pleito indenizatório a título de lucros cessantes, já que o alegado proveito econômico se revela meramente hipotético. 5. Dano moral não caracterizado, já a questão se põe no âmbito do mero descumprimento contratual do qual não resultou qualquer ofensa à dignidade da parte. 6. Improvidos ao recursos. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 29/04/2014 (*) 0184972-54.2010.8.19.0001 - APELACAO -1ª Ementa DES. MARIO ASSIS GONCALVES - Julgamento: 27/11/2013 - TERCEIRA CAMARA Reintegração de posse. Contrato. Compra e venda. Promessa. Imóvel residencial. Rescisão. Permanência dos promitentes adquirentes. Devolução do bem. Perda de objeto. Taxa de ocupação. Descabimento. Preliminares. Mérito. Sucumbência. Posse direta da parte ré sobre o imóvel em questão que se iniciou em 24/01/2005 por força do contrato de promessa de compra e venda celebrado entre as partes, com o pagamento do respectivo sinal (R$20.000,00) quando imitidos os réus na posse direta do bem. Expressa previsão de pagamento do saldo restante quando reunidos todos os documentos necessários à lavratura da escritura definitiva, e de devolução das arras em dobro em caso de impossibilidade da mesma por responsabilidade dos promitentes vendedores. Contrato rescindido por culpa dos vendedores, os quais inviabilizaram a celebração da escritura. Em condições normais, compete ao promitente comprador destituído da posse pagar pela ocupação do imóvel, pena de enriquecimento sem causa. Não no caso em tela. Ambas as partes interpuseram ações perante a 21ª Vara Cível da Comarca da Capital. Os vendedores consignando as arras em dobro e os adquirentes, ora réus, uma ação de cobrança, pleiteando direito de retenção do imóvel em questão até o recebimento do valor correspondente a benfeitorias que teriam realizado no mesmo, sendo ambas as pretensões julgadas procedentes. A parte ré recebeu o valor dobrado das arras e ainda a indenização pelas benfeitorias efetuadas no imóvel, dando quitação no dia 19/04/2010, mas sem desocupar o imóvel. Ação proposta apenas por um dos três proprietários, objetivando reintegração na posse do bem e cobrança de uma taxa

de ocupação que seria devida desde 17/03/2006 até a efetiva desocupação, a ser arbitrada com base no valor de mercado para locação do mesmo. Autorização dos demais coproprietários imprestável. Preliminares de inépcia de inicial e de carência de ação rejeitadas. Ilegitimidade ativa acolhida em parte, eis que os únicos documentos existentes nos autos a legitimar a autora a pleitear, em nome próprio, direito alheio, são aqueles dois termos de autorização. Já a presente ação foi proposta perante o Juízo da 30ª Vara Cível da Comarca da Capital em 01/06/2010, vindo os réus, ora segundos apelantes, a serem citados apenas em 17/11/2010. Pedido de reintegração de posse prejudicado, por perda de objeto, tendo em vista a entrega das chaves por parte dos réus em 13/12/2010. Pedido de aluguel por ocupação que foi julgado improcedente porque, ao sentir do Juízo, seria a posse justa, primeiro, porque com base em justo título constituído pelo instrumento particular de promessa de compra e venda; depois, no exercício regular de direito de retenção, direito este reconhecido inclusive em sede judicial, na mencionada ação de cobrança pelo valor das benfeitorias efetuadas no imóvel, e, finalmente, por força de decisão judicial proferida pelo Juízo da 21ª Vara Cível, deferindo-lhe o prazo de seis meses para a desocupação do imóvel, sendo as chaves entregues àquele juízo antes do prazo deferido. É de se asseverar que aquela decisão foi proferida e publicada como decisão judicial e não foi a mesma em momento algum revogada nem reformada por eventual recurso, mantendo-se silentes os proprietários do imóvel em questão. No que tange à sucumbência, essa restou insofismável, não tendo havido qualquer irregularidade a ser sanada. O valor dado à causa se referiria apenas e tão somente ao valor contratual do imóvel (item 2, fl. 03) - R$ 320.000,00 (trezentos e vinte mil reais) uma vez que o valor do pedido de taxa de ocupação não foi certo ou individualizado. Assim, foi correta a condenação da autora ao pagamento das custas judiciais e dos honorários advocatícios, estes que o Juízo arbitrou em R$ 2.000,00 (dois mil reais), com fulcro no 4º do art. 20 do CPC. Sentença mantida. Recursos a que se nega provimento. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 27/11/2013 (*) Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 10/09/2014 (*) Para ver todas as Ementas desse processo. Clique aqui 0015221-61.2009.8.19.0209 - APELACAO -1ª Ementa DES. CEZAR AUGUSTO R. COSTA - Julgamento: 18/06/2013 - TERCEIRA CAMARA APELAÇÃO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. DESCUMPRIMENTO DA AVENÇA E INEXECUÇÃO DA ALIENAÇÃO POR PENDÊNCIAS FISCAIS E EXECUTIVAS REFERENTES AO PROPRIETÁRIO DO IMÓVEL. RETENÇÃO INDEVIDA DO SINAL. ARRAS CONFIRMATÓRIAS. DEVOLUÇÃO EM DOBRO. ARTIGO 418, 2ª PARTE, DO CÓDIGO CIVIL. Trata-se de ação de rescisão contratual cumulada com devolução de arras. Da análise dos autos verifica-se ter sido avençada entre as partes a promessa de alienação de imóvel pelo montante de R$190.000,00 (cento e noventa

mil reais), tendo sido pago o valor de R$30.000,00 (trinta mil reais), a título de arras, não tendo posteriormente efetivada pela existência de débitos fiscais referentes ao imóvel e execuções ajuizadas em face do promitente vendedor, com a consequente retenção do valor recebido a título de sinal pelo apelante. As arras, quando confirmatórias, constituem um pacto cuja finalidade é a entrega de algum bem (em geral, determinada soma em dinheiro), para assegurar ou confirmar a obrigação principal assumida. No caso dos autos, a venda foi pactuada com o pagamento de arras confirmatórias como sinal, com função de assegurar o negócio jurídico. O conjunto probatório evidencia que a promitente vendedora, exclusivamente, deu causa à inexecução do contrato. Em sendo assim, deve o réu arcar com as consequências da desistência do negócio e, nos moldes do art. 418 do Código Civil, restituir a quantia paga pelos apelados em dobro, totalizando o valor de R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). Recurso que se conhece e se nega provimento nos moldes do artigo 557 do Código de Processo Civil. Decisão Monocrática - Data de Julgamento: 18/06/2013 (*) 0055479-87.2011.8.19.0001 - APELACAO -1ª Ementa DES. CARLOS JOSE MARTINS GOMES - Julgamento: 27/11/2012 - DECIMA SEXTA CAMARA Ementa: Apelação Cível. Ação de rescisão contratual c/c indenizatória. Rito comum ordinário. Contrato de promessa de compra e venda. Apartamento que não foi entregue no prazo acordado. Preliminar de ilegitimidade passiva que não merece acolhimento. Não se discute na presente demanda a corretagem em si mesma e sim o inadimplemento contratual. Incidência do disposto nos artigos 389 e 402 do Código Civil. Perdas e danos que abrangem os valores pagos a título de corretagem e pagamento a terceiros. Devolução dos valores retirados da conta do FGTS do primeiro autor, ante a não comprovação pelos réus que não realizaram os saques. Incabível o pagamento de multa em favor do promitente vendedor ou de retenção 20% do sinal, haja vista que o mesmo é que não cumpriu com sua obrigação. Pagamento de quase a metade do valor do bem que descaracteriza as arras, fazendo com que a devolução seja de forma simples. Dano moral configurado. Privação de imóvel para fins de moradia. Indenização que atende aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Recurso a que se dá parcial provimento apenas para excluir a devolução em dobro. Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 27/11/2012 (*)

Diretoria Geral de Comunicação e de Difusão do Conhecimento (DGCOM) Departamento de Gestão e Disseminação do Conhecimento (DECCO) Elaborado pela Equipe do Serviço de Pesquisa e Análise de Jurisprudência (SEPEJ) da Divisão de Gestão de Acervos Jurisprudenciais (DIJUR) Disponibilizado pela Equipe do Serviço de Captação e Estruturação do Conhecimento (SEESC) da Divisão de Organização de Acervos do Conhecimento (DICAC) Data da atualização: 13.05.2015 Para sugestões, elogios e críticas: jurisprudencia@tjrj.jus.br