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Transcrição:

Montepio Acções Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Acções RELATÓRIO E CONTAS 2017 1

2014 2015 2016 2017 2014 2015 2016 2017 1. ENQUADRAMENTO DA ATIVIDADE 1.1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO Em janeiro de 2018, o FMI estimou que a economia mundial tenha crescido 3,7% em 2017, 0,1 pontos percentuais (p.p.) acima das anteriores projeções realizadas em outubro e representando uma aceleração de 0,5 p.p. em relação ao crescimento de 2016. O FMI reviu também em alta, em 0,2 p.p., o crescimento de 2018 e 2019, para 3,9%, nos dois anos. Todavia, advertiu que os líderes políticos devem manter-se conscientes de que o atual impulso económico reflete uma confluência de fatores que é improvável que se mantenha por muito tempo. A crise financeira global pode parecer que foi deixada para trás, mas sem uma ação imediata para atacar as restrições estruturais do crescimento, torná-lo mais inclusivo e criar amortecedores de política e resiliência, a próxima recessão chegará mais cedo e será mais difícil de combater. A melhoria das projeções reflete a expectativa de que as condições financeiras favoráveis a nível global vão "ajudar a manter a recente aceleração da procura, especialmente no investimento, com um impacto notável no crescimento das economias com grandes exportações". No entanto, cerca de metade da revisão cumulativa no crescimento global em 2018 e 2019 é justificada pelas alterações nas regras e nos estímulos fiscais que Donald Trump conseguiu recentemente serem aprovados no Congresso e que terão efeitos na maior economia do mundo e também nos seus parceiros comerciais, em especial no Canadá e México. (tvma, %) Produto Interno Bruto (PIB) 4.0 3.5 3.0 2.5 2.0 1.5 1.0 0.5 0.0 (%) Taxa de Desemprego 15 13 11 9 7 5 3 Mundo Zona Euro Portugal Fonte: Thomson Reuters e FMI. Mundo Zona Euro Portugal Fonte: Thomson Reuters e International Labour Org. (ILO). ZONA EURO A economia da Zona Euro prosseguiu a recuperação ao longo de 2017, registando um crescimento médio anual do PIB de 2,5%, superior ao observado no ano anterior (+1,8%), num ano que ficou marcado pelo registo de crescimentos, em cadeia, do PIB relativamente elevados ao longo dos quatro trimestres (entre +0,6% e +0,7%), acima da média histórica (+0,3% entre 1999 e 2016 e +0,5% entre 1971 e 2016). Refletindo a gradual recuperação da economia, a taxa de desemprego prosseguiu a tendência de melhoria iniciada em meados de 2013, tendo descido de 9,7%, em dezembro de 2016, para 8,7%, em dezembro de 2017, o valor mais baixo desde janeiro de 2009 (8,7%). A taxa de inflação (medida pela variação homóloga do IHPC) apresentou um comportamento pouco monótono ao longo de 2017, apresentando um valor médio anual de 1,5% em 2017 (+0,2% em 2016), tendo oscilado entre os registos de junho e julho (+1,3%, um mínimo desde dezembro de 2016: +1,1%) e o registo de fevereiro (+2,0%; um máximo desde janeiro de 2013), permanecendo abaixo do objetivo de médio prazo do Banco Central Europeu (BCE) de 2,0% (a exceção foi fevereiro, quando o igualou). Com os objetivos de combater o risco de inflação baixa durante um período demasiado longo, de dinamizar os fluxos de crédito à economia real e, dessa forma, estimular a economia, o BCE manteve uma política altamente expansionista, tendo inclusive a reforçado, não alterando a política monetária convencional (manteve ao longo do ano de 2017 as suas taxas de referência: a taxa de juro das operações principais de refinanciamento refi rate nos 0,00% e as taxas de juro da facilidade permanente de cedência de liquidez e da facilidade permanente de depósitos em 0,25% e -0,40% respetivamente), mas tendo anunciado, em 26/10/2017, o segundo 2

prolongamento do programa de compra de ativos (asset purchase programme APP) até, pelo menos, setembro de 2018, com o ritmo médio de compras mensais de ativos a manter-se nos 60 mil milhões de euros (mm ) até ao final de dezembro de 2017 (anterior período de vigência), mas a ser reduzido, para 30 mm, entre janeiro e setembro de 2018. Estimativas e Previsões Económicas para Portugal e para a Zona Euro (unidade: %) 2017 2018 2019 Portugal Zona Euro Portugal Zona Euro Portugal Zona Euro Efe. BdP CE Efe. BCE CE BdP CE BCE CE BdP CE BCE CE PIB 2.7 2.6 2.7 2.5 2.4 2.4 2.3 2.2 2.3 2.3 1.9 1.9 1.9 2.0 Consumo Privado - 2.2 1.9-1.9 1.8 2.1 1.6 1.7 1.7 1.8 1.6 1.6 1.5 Consumo Público - 0.1 0.4-1.2 1.2 0.6 0.5 1.2 1.6 0.4 0.5 1.2 1.4 Investimento (FBCF) - 8.3 8.1-4.4 3.9 6.1 5.3 4.3 3.9 5.9 4.9 3.4 3.3 Exportações - 7.7 8.0-5.0 4.5 6.5 7.3 5.1 4.4 5.0 4.9 4.1 4.2 Importações - 7.5 8.0-5.1 4.7 6.7 7.2 5.2 4.7 5.5 5.2 4.4 4.4 Inflação 1.6 1.6 1.6 1.5 1.5 1.5 1.5 1.6 1.4 1.5 1.4 1.5 1.5 1.6 Taxa de Desemprego 8.9 8.9 9.2 9.1 9.1 9.1 7.8 8.3 8.4 8.5 6.7 7.6 7.8 7.9 F o ntes: Banco de Portugal (BdP), 15 de dezembro de 2017; Comissão Europeia (CE), 9 de novembro de 2017 (excepto no caso do PIB e da inflação, que respeitam à previsões intermédias de 7 de fevereiro de 2018) e Banco Central Europeu (BCE), 14 de dezembro de 2017. N o tas: "Efe." corresponde aos dados efectivos já divulgados para 2016; a inflação é medida pela variação homóloga do IPCH. PORTUGAL Após três anos de recessão, a economia portuguesa regressou ao crescimento em 2014 (+0,9%), tendo nos anos seguintes dado continuidade ao processo de gradual recuperação, crescendo 1,8% em 2015, 1,5% em 2016 e tendo acelerado fortemente no ano de 2017, para 2,7%, ligeiramente acima dos 2,6% previstos pelo Governo no Orçamento de Estado para 2018 (OE 2018) e representando o maior ritmo de crescimento desde 2000 (+3,8%). A atividade económica terá sido suportada, unicamente, pela procura interna, com um forte contributo positivo de 2,8 p.p., com a aceleração deste contributo (+1,6 p.p. em 2016) a refletir sobretudo o comportamento do investimento, devendo ter-se observado uma ligeira do consumo privado e uma relativa estagnação do consumo público. Estimamos uma subida do investimento (FBCF) na ordem dos 9,4% em 2017, depois de ter abrandado significativamente no ano anterior (+1,6% em 2016), suportada pelos financiamentos por parte de fundos comunitários (v.g. Plano Junker), alguma recuperação da construção e continuação da recuperação do investimento empresarial em equipamentos. Estima-se que o consumo privado possa ter acelerado ligeiramente para um crescimento de 2,2% (+2,1% em 2016), condicionado pela subida dos preços da energia e pelo abrandamento do consumo de bens duradouros (o ritmo de 2014/16 é insustentável e só compreensível porque tinha sido bastante fustigado durante a dupla recessão de Portugal), mas sendo suportado pela redução da taxa de desemprego e consequente aumento das remunerações do trabalho. As exportações líquidas terão apresentado um contributo ligeiramente negativo para o crescimento e similar ao observado em 2016 (-0,1 p.p.). As exportações de serviços, nomeadamente de turismo, terão continuado a crescer a bom ritmo, à medida que diversos destinos portugueses consolidam o seu prestígio nos mercados internacionais. Efetivamente, entre as diversas componentes da procura, estimamos que as exportações tenham observado um dos maiores crescimentos anuais em 2017 (cerca de +7,7%, apenas inferior ao estimado para a FBCF). Ainda assim, as exportações líquidas terão apresentado, como referido, um ligeiro contributo negativo para o crescimento do PIB, dado que também estimamos um forte crescimento das importações (+7,6%). Para este ano de 2018, perspetiva-se um novo crescimento da atividade económica, mas em desaceleração, para 2,3%, também ligeiramente acima dos 2,2% constantes do OE 2018. O processo de ajustamento orçamental continuou ao longo de 2017. Assim, depois do défice orçamental de 2,0% do PIB observado em 2016, em diminuição face ao défice de 4,4% registado em 2015 uma redução que beneficiou de alguns efeitos extraordinários, como o encaixe com o programa de regularização de dívidas (PERES), a devolução de margens do FEEF e a não entrega à Grécia de lucros do BCE com o resgate, estimamos uma nova redução do défice orçamental em 2017, para 1,2% do PIB (não se colocando de parte a possibilidade de o défice poder ter ficado ainda abaixo desse valor), representando o mais baixo défice de toda a história democrática de Portugal (o anterior défice mais baixo observou-se, de acordo com séries anuais mais longas, em 1974, de -1,0% do PIB). 3

A taxa de poupança (considerando a média móvel de quatro trimestres) registou uma descida no 1.º trimestre de 2017, dos 5,7% observados no final de 2016 para 5,2%, tendo depois subido para 5,4% no 2.º trimestre, mas voltado a diminuir no 3.º trimestre, para 4,4%. Ao nível do mercado laboral, a taxa de desemprego diminuiu de 11,1% em 2016 para 8,9% em 2017, dando continuidade à tendência de redução desde o pico máximo histórico atingido no início de 2013 (17,5%), perspetivando-se uma nova queda em 2018, para 7,8%, em ambos os casos, valores abaixo dos constantes no OE 2018 (9,2% e 8,6%, respetivamente). A inflação, medida pela variação média anual do índice de preços no consumidor (IPC), foi de 1,4% em 2017, acelerando ligeiramente face aos 0,6% observados em 2016 (+0,5% em 2015 e -0,3% em 2014), tendo a inflação core se situado em 1,1% em 2017 (+0,7% em 2016). De realçar que o ano de 2017, em Portugal, ficou marcado por uma forte diminuição do risco do país, patente na redução do spread da dívida portuguesa a 10 anos face à dívida alemã. Para esta evolução contribuiu o fluxo de notícias favoráveis que foram sendo conhecidas, com a recuperação da atividade económica e do mercado laboral a revelarem-se superiores às anteriormente antecipadas, traçando melhores perspetivas para o cumprimento das metas orçamentais, que também foram superadas. A contribuir para esta redução do spread estiveram também a saída do país do Procedimento por Défices Excessivos (PDE) e as subidas do rating soberano para o primeiro nível de investimento com perspetiva favorável, em 15/09/2017, efetuada por parte da agência Standard & Poor s, e para dois níveis acima de junk, por parte da Fitch, mantendo a perspetiva positiva, em 15/12/2017. 1.2. MERCADOS FINANCEIROS O ano de 2017 foi marcado por uma evolução do sentimento de mercado positiva, essencialmente suportado pelos dados positivos ao nível do crescimento económico das principais economias mundiais e pela melhoria das perspetivas para 2018/19. A suportar o sentimento de mercado ao longo de 2017 estiveram, designadamente: i) a derrota da extremadireita nas legislativas holandesas e nas presidenciais francesas (e com o movimento partidário de Emmanuel Macron a conseguir uma maioria absoluta parlamentar) e da manutenção da estabilidade política na Alemanha; ii) o desenrolar positivo das épocas trimestrais de resultados das empresas dos EUA (a maioria das empresas apresentou resultados acima do previsto, numa dimensão superior à mediana do atual período de expansão); iii) a inclusão das ações chinesas nos índices globais da MSCI; iv) a aceleração do crescimento do PIB da China em 2017, quando inicialmente era esperado um abrandamento; v) os resultados positivos da 1.ª e da 2.ª fases dos stress tests aos bancos americanos; vi) as revisões em alta para o crescimento económico mundial no perído 2017/19 efetuadas pelo FMI ao longo do último ano; vii) a ligeira revisão, em alta, das perspetivas da Fed para a economia dos EUA no horizonte 2017/19 e em baixa para a taxa de desemprego, que levaram à manutenção do cenário para a evolução das taxas em 2018, com a Fed a continuar a apontar para três subidas de taxas em 2018, depois das três subidas realizadas em 2017, que é também o nosso cenário; viii) a subida dos preços do petróleo, com impacto positivo nas empresas do setor e nas economias exportadoras de petróleo, suportada pela 2.ª extensão do acordo de redução da produção até dezembro de 2018; ix) a decisão do BCE de prolongar, pela 2.ª vez e, desta feita, até setembro de 2018, o programa de compra de dívida, embora cortando, a partir de janeiro, o ritmo de compras mensais; x) o forte impulso nas negociações entre a União Europeia (UE) e o Reino Unido, sendo de destacar a forma decisiva como avançaram ao nível: a) dos direitos dos cidadãos da UE a trabalhar no Reino Unido e vice-versa; b) do acordo financeiro (preço que o Reino Unido terá de pagar para se desvincular da UE (apontando-se para 40 a 45 mil milhões de euros); e c) da fronteira entre a República da Irlanda e a Irlanda do Norte, que levou à ratificação no Conselho Europeu de 14 e 15 de dezembro da passagem para a 2.ª fase das negociações; xi) a promulgação por Donald Trump, em 22 de dezembro, da sua reforma fiscal com a redução da taxa de IRC de 35% para 21% e a redução da taxa mais elevada ao nível do IRS de 39,6% para 37,0%, o que configura a sua 1.ª grande vitória política. Já a penalizar o sentimento do mercado em 2017 estiveram, essencialmente: i) os receios de que as subidas nos preços das ações e de outros ativos em alguns mercados (e, em especial, no norte americano) estejam a ser excessivas; ii) o corte da S&P ao rating da China num nível, de AA- para A+, descendo também a perspetiva de estável para negativa, o que abre a porta a mais descidas do rating; iii) a incerteza em relação ao Brexit (não obstante os avanços nas negociações Reino Unido/UE anteriormente referidos); iv) a instabilidade política no Brasil decorrente sobretudo da corrupção e a imprevisibilidade ao nível das eleições 4

presidenciais deste ano; v) os receios de que Trump não consiga implementar a sua política económica, dados os sinais de fragmentação do Partido Republicano em matérias relevantes além da reforma fiscal; vi) o recrudescimento do terrorismo um pouco por todo o mundo, com ataques em Barcelona, na Finlândia e no Reino Unido; vii) a permanência de um elevado risco geopolítico resultante da tensão entre os EUA e a Rússia e entre os EUA e a Coreia do Norte, que levou à aprovação de mais um pacote de sanções no âmbito da ONU a este país; viii) o aumento da tensão no Médio Oriente, depois de o Presidente dos EUA ter reconhecido Jerusalém como capital de Israel e manifestado a intenção de concretizar a mudança da sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém; ix) a situação na Catalunha, que provocou inicialmente um forte aumento dos receios e incerteza junto dos investidores, que depois se atenuaram, com a ocorrência de uma série de desenvolvimentos que aumentaram significativamente a probabilidade de a Espanha se manter unida, mas com o ano de 2017 a fechar ainda com alguma incerteza em torno da situação, com os resultados das eleições de 21 de dezembro a ditarem a vitória do partido constitucionalista Cidadãos, mas com os partidos independentistas a manterem a maioria absoluta parlamentar, com a formação liderada pelo ex-presidente catalão, Carles Puigdemont, a ficar em 2.º lugar. Em termos de movimentos nos mercados financeiros, no conjunto de 2017, registaram-se maioritariamente subidas nos principais índices acionistas mundiais, com alguns a baterem (embora, nalguns casos, não encerrando em) máximos históricos, destacando-se as valorizações dos índices dos EUA (Nasdaq +28,2%, S&P 500 +19,4% e Dow Jones +25,1%), dos asiáticos (no Japão o Nikkei 225 subiu +19,1%, o Sensex 30 na Índia +27,9%, o Hang Seng de Hong Kong +36,0% e o chinês Shangai Composite +6,6%) e da América Latina, com o brasileiro Ibovespa em destaque (+26,9%). Na Europa, registaram-se igualmente comportamentos positivos, mas mais moderados, com o Eurostoxx 50 a subir 6,5%, o britânico FTSE 100 a avançar 7,6% (não obstante o Brexit), e o PSI-20 a aumentar 15,2%, acompanhando as subidas dos índices de Espanha (IBEX, +7,4%), de França (CAC 40, +9,3%), Alemanha (DAX, +12,5%) e de Itália (FTSE MIB, +13,6%). As yields da dívida pública de referência observaram subidas na Alemanha nos prazos de dois (+14 p.b.) e 10 anos (+22 p.b.), num contexto de manutenção da política expansionista do BCE, enquanto, nos EUA, o movimento foi de maior subida no curto prazo (+69 p.b.), refletindo os aumentos (e expectativas de subida) de taxas por parte da Fed, mas registando-se uma ligeira descida no longo prazo (-4 p.b.). No Mercado Monetário Interbancário (MMI), as taxas do dólar (Libor) subiram em todos os prazos, refletindo os aumentos do target para as taxas dos fed funds realizados pela Fed ao longo do ano (15/03/2017, 14/06/2017 e 13/12/2017). Já as taxas do euro (Euribor) renovaram mínimos históricos e apresentaram valores negativos ao longo do ano nos três, seis e 12 meses, com as duas primeiras a sofrerem descidas mais marginais no ano (-1 p.b, e -5 p.b., respetivamente) e a última a reduzir 10 p.b. (recorde-se que a Euribor a 3 meses entrou em valores negativos em 21/04/2015, a Euribor a 6 meses em 06/11/2015 e nos 12 meses em 05/02/2016), continuando a refletir a política monetária expansionista que tem vindo a ser adotada pelo BCE. Os spreads da dívida pública a 10 anos dos países periféricos da Zona Euro diminuíram em todos os periféricos, sendo de destacar os desagravamentos em Portugal (-204 p.b.) e na Grécia (-321 p.b.), enquanto os spreads da Itália, da Espanha e da Irlanda desceram 2 p.b., 4 p.b. e 23 p.b., respetivamente. Os spreads de crédito da dívida privada revelaram comportamentos também favoráveis, observando-se descidas em todos os índices de CDS (Credit Default Swaps), traduzindo algum alívio relativamente à saúde do setor bancário europeu [embora, a partir do final do 3.º trimestre, tenha havido algum recrudescimento dos receios, nomeadamente devido ao enquadramento dos bancos espanhóis num eventual cenário de independência da Catalunha], que tinha vindo a condicionar uma maior subida das ações europeias, em particular dos bancos com maior volume de crédito malparado (Portugal e, sobretudo, Itália). No mercado cambial, a taxa de câmbio efetiva nominal do euro (EUR) subiu 5,4% em 2017, fechando próxima do valor de 29/08/2017, um máximo desde setembro de 2014. O EUR ganhou 14,0% face ao dólar (USD) e 4,0% em relação à libra (GBP). Nas commodities, assistiu-se a subidas dos índices compósitos, com o Reuters/Jefferies CRB a subir 0,7% e o S&P GSCI 11,1%, com o primeiro a encerrar o ano em níveis máximos desde fevereiro (depois de ter feito, em 22 de junho, mínimos desde abril de 2016) e o segundo a tocar, no dia 29 de dezembro, sensivelmente os níveis máximos desde julho de 2015 observados em fevereiro. Entre as categorias do S&P GSCI observou-se um comportamento maioritariamente positivo, destacando-se as fortes evoluções ascendentes da energia 5

(+12,3%), dos metais preciosos (+12,9%) e, sobretudo, dos metais de base (+31,0%). Já o gado registou uma subida anual de 7,2%, tendo a única descida se observado nas agrícolas (-3,0%). 1.3. ENQUADRAMENTO DEMOGRÁFICO E SOCIAL De um retrato da estrutura demográfica portuguesa atual sobressaem duas dimensões distintas. A primeira diz respeito às vastas modificações estruturais observadas nas últimas décadas, as quais podem ser divididas em dois grupos. Por um lado, têm-se observado alterações na pirâmide demográfica, por via de um menor número de nascimentos (-17,4% entre 2006 e 2016) e de um ligeiro aumento do número de óbitos (terminando, em 2016, 8,4% acima do nível de 2006), consubstanciando-se numa passagem do saldo natural de um excedente (+3,5 mil pessoas) para um défice (-23,4 mil). Para a diminuição dos nascimentos tem contribuído a queda drástica no número de casamentos celebrados (de 47,9 mil para 32,0 mil, no mesmo período, incluindo, em 2016, 422 casamentos celebrados entre pessoas do mesmo sexo), o aumento da idade média do primeiro casamento para os dois sexos (em 3,7 e 3,8 anos de 2006 para 2016, para homens e mulheres, respetivamente, para 32,8 e 31,3 anos), e, mesmo fora do casamento, a idade média da mãe ao nascimento do 1.º filho (de 28,1 anos, em 2006, para 30,3 anos, em 2016). Mais pronunciada ainda foi a modificação no saldo migratório nos últimos anos, que passou de um saldo positivo de 17,1 mil pessoas, em 2006, para um saldo negativo de 8,3 mil pessoas, em 2016, refletindo o período recessivo recentemente atravessado pelo país e a consequente maior emigração. Por outro lado, beneficiando do desenvolvimento do país, apesar das recessões registadas em 2009 e entre 2011 e 2013, tem ocorrido uma notória evolução nas condições de vida. Entre estas, saliente-se o aumento da esperança de vida à nascença (80,4 anos no triénio 2013-2015, uma subida de 2,2 anos face ao triénio 2004-2006) e a diminuição da mortalidade infantil (de 3,3, em 2006, para 3,2, em 2016 o mais baixo valor de sempre observou-se em 2010, com 2,5 ), que é das mais baixas ao nível da OCDE (14.º lugar no ranking da organização, em 2016, a par da Áustria, de acordo com os World Development Indicators do Banco Mundial). Ao nível do ensino, os progressos também têm sido notórios, com a taxa de abandono precoce da educação e formação a cair para menos de metade entre 2006 e 2016, de 38,5% para 14,0%, tendo esta evolução estado associada, também, uma redução do diferencial entre géneros (em 8,5 p.p.), embora com o masculino (17,4%) a manter, em 2016, uma taxa de abandono superior ao feminino (10,5%). Note-se que o número de matriculados no ensino primário, secundário e universitário, estão, respetivamente, em 32.º, 54.º e 28.º lugar no ranking do World Economic Forum (The Human Capital Report 2017). A segunda dimensão das alterações da estrutura social prende-se com a conjuntura negativa dos últimos anos (entre 2010 e 2016, registou-se uma redução no rendimento médio disponível das famílias de 32,2 mil euros para 30,7 mil euros em 2016, apesar da evolução favorável nos dois últimos anos (+29,6 mil euros em 2015), neste último caso, acompanhando a evolução do rendimento bruto per capita, que subiu de 16 882 para 17 546 euros entre 2015 e 2016, que, pelo 2.º ano consecutivo, tem vindo a recuperar de um mínimo desde 2005). A referida anterior conjuntura negativa foi aprofundando problemas em algumas áreas e anulado parte dos progressos em outras. Até porque, não obstante as melhorias ocorridas ao nível da saúde e da educação, e apesar da rede de proteção social, Portugal encontra-se aquém da maioria dos países desenvolvidos ao nível das condições de vida e desigualdade de rendimentos. O coeficiente de Gini (uma medida de desigualdade) diminuiu entre 2004 e 2009 e registou desde esse ano um comportamento misto, subindo em 2013 para 34,5% e descendo nos três anos seguintes, para 34,0% em 2014, 33,9% em 2015 e 33,5% em 2016, o que qualifica Portugal como um dos países com maior desigualdade na distribuição de rendimentos da União Europeia. Ao nível das condições de vida, a taxa de risco de pobreza após transferências sociais reduziu-se consideravelmente desde 1995, tendo o valor mais baixo sido alcançado em 2009, 2010 e 2012, quando desceu para os 17,9%, encetando, posteriormente, uma trajetória de subida, fixando-se nos 19,0% em 2016 um valor superior à média europeia (17,3%, União Europeia 28 países). De acordo com o inquérito realizado em 2016 relativo à pobreza, 2,6 milhões de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social (pessoas em risco de pobreza ou vivendo em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material severa). Consequentemente, a taxa de pobreza ou exclusão social é de 25,1% (Eurostat), menos 1,5 p.p. do que no ano anterior. Igualmente alarmante foi a evolução da taxa de desemprego jovem (dos 15 aos 24 anos), que aumentou de forma significativa de 2008 a 2016, passando nesse período de 16,7% para 22,1%, valor já substancialmente abaixo dos 38,1% de 2013, mas que permanece bastante elevada. Acresce os riscos dos efeitos da crise se poderem converter em alterações estruturais ao desemprego subjacente. A taxa de desemprego de longa duração ascendeu em 2014 6

a 9,1%, um valor bastante elevado, sendo que aliviou depois para 7,9% em 2015, tendo caído novamente em 2016, para 6,9%, e para 5,1% em 2017. De acordo com os resultados da edição de 2017 do estudo Índice de Bem-Estar para Portugal, publicado pelo INE, em 2014 este índice atingiu 115,3 pontos, continuando a recuperação iniciada em 2013, que teve continuidade em 2015 e 2016, quando subiu para 117,9 e 123,7 pontos, respetivamente, evolução explicada quer pela melhoria continuada da dimensão Qualidade de Vida (de 128,4 para 137,4 pontos no mesmo período), quer pela melhoria recente da outra componente do índice, a relativa às Condições Materiais de Vida, que tinha assinalado uma deterioração significativa entre 2004 (base 100) e 2013, mas que, dos 84,7 pontos em 2014, passou para 91,6 pontos em 2016. Entre 2004 e 2008, a taxa de variação média anual do Índice de Bem-Estar foi de 1,2% e entre 2008 e 2016 subiu para 2,7%. Esta evolução ao longo do último período referido deve-se exclusivamente aos progressos verificados na perspetiva da Qualidade de Vida (+4,1%). O Índice de Bem-Estar em Portugal evoluiu positivamente entre 2004 e 2011, atingindo o valor de 108,6 pontos em 2011. Em 2012 reduziu-se para 107,7 pontos, tendo recuperado nos quatro anos seguintes e atingido os 123,7 pontos em 2016. Nos últimos anos, tem-se observado uma redução na despesa corrente em saúde, nomeadamente em resultado das medidas racionalizadoras acordadas no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF) assinado entre Portugal e a troika, com impacto nomeadamente ao nível das despesas com pessoal, em medicamentos e meios de diagnóstico, tendo esta redução das despesas em saúde ocorrido num quadro de aumento da esperança média de vida, envelhecimento populacional e acréscimo do índice de dependência de idosos. Em 2015 e 2016, a despesa corrente em saúde aumentou 3,1% e 2,7%, respetivamente, dando continuidade à inversão da tendência de decréscimo, que se registava desde 2011, iniciada em 2014. No entanto, o peso relativo da despesa corrente em saúde no PIB continuou a diminuir, representando 8,9% em 2016, o valor mais baixo desde 2003. Em 2015 e 2016, a importância relativa da despesa corrente pública face à despesa privada estabilizou em 66,2%. Em 2014, a despesa corrente pública representou 66,1% da despesa corrente, menos 0,8 p.p. que em 2013 (66,9%), ano em que recuperou do pior registo da série disponível (65,6% em 2012). Em 2015, a despesa corrente pública e privada per capita foi de 1 063,11 euros e 541,74 euros, respetivamente. Nas últimas décadas, as despesas da Segurança Social em percentagem do PIB têm evoluído a um ritmo muito elevado. Em 2000, representaram 9,6% do PIB, enquanto em 2015 pesaram 18,4% (21,7% em 2014) residindo nesta variação de grandeza um dos grandes constrangimentos da proteção social, num contexto de diminuição de beneficiários ativos da Segurança Social (a percentagem da população ativa que contribui para o sistema de Segurança Social passou de 88,3%, em 1995, para 79,5% em 2014, tendo depois subido em 2015 e 2016, para 81,0% e 82,0%, respetivamente) e de diminuição do rácio contribuinte/beneficiário decorrente do envelhecimento da população de 1,64 em 2006 para 1,41 em 2016. 7

2. Política de Investimento A política de investimento do Fundo visa a constituição de uma carteira diversificada de ações. O fundo detém em permanência mais de dois terços do seu valor líquido global investidos em ações cotadas no mercado de cotações oficiais de uma Bolsa de Valores de qualquer país da União Europeia, na Suíça (Bolsas de Valores de Basileia, Zurique e Genebra) e na Noruega (Bolsa de Valores de Oslo). O fundo tenderá a manter uma exposição equilibrada (50/50) entre os mercados português e da zona Euro. O Fundo não pode deter mais de 10% do seu valor líquido global em Unidades de Participação de fundos de investimento. 3. Rendibilidade do Fundo A evolução da rendibilidade e risco do Fundo nos últimos 10 anos civis é a seguinte: ANO Rendibilidade 2008-45.8% 2009 30.6% 2010-3.1% 2011-19.9% 2012 14.8% 2013 18.2% 2014-5.8% 2015 10.0% 2016-1.1% 2017 12.7% As rendibilidades foram calculadas baseadas no último dia de útil de mercado de cada ano. Perfil de Risco em 2017: Baixo Risco Elevado Risco 1 2 3 4 5 6 7 Remuneração potencialmente mais baixa Remuneração potencialmente mais elevada Os dados históricos representam dados passados, não constituindo garantia de rendibilidade futura, porque o valor das unidades de participação pode aumentar ou diminuir em função do nível de risco que varia entre 1 (risco mínimo) e 7 (risco máximo). A categoria de risco indicada não é garantida e pode variar ao longo do tempo. A categoria de risco mais baixa não significa que se trate de um investimento isento de risco. O perfil de risco do Fundo apresenta oscilações que resultam da variação dos ativos em que o Fundo investe. As ações e instrumentos negociáveis que confiram o direito de aquisição de ações, pela sua natureza, apresentam oscilações significativas de preço, pelo que o Fundo apresenta um risco elevado 8

4. Activos sob gestão, número/valor unitário de unidades de participação O valor total da carteira do Fundo era, a 31 de Dezembro de 2017, de cerca de 12,0 milhões de Euros. A composição da carteira do Fundo, no final de 2017, encontra-se discriminada no Anexo 1 deste Relatório. O número de unidades de participação em circulação, o seu valor unitário e o valor líquido global do Fundo no final de cada um dos últimos 5 anos civis, são os seguintes: Valor Líquido Valor da unidade Nº Up s Anos global do fundo de participação em circulação 2013 10 067 247,14 112,5568 89 441,4522 2014 11 440 710,41 105,9785 107 953,0856 2015 12 595 796,02 116,6229 108 004,5236 2016 11 912 564,35 115,3846 103 242,2571 2017 11 950 876,38 129,9959 91 932,6912 5. Comissões suportadas pelos participantes do Fundo Nos últimos três anos não houve qualquer variação nas comissões cobradas aos participantes do Fundo, sendo as mesmas as seguintes: Comissão de Subscrição 0% Comissão de Resgate: 5%, se o período de permanência no Fundo for inferior a 1 mês 1%, se o período de permanência no Fundo for superior a 1 mês e inferior a 1 ano 6. Custos e Proveitos do Fundo Os Custos e Proveitos do Fundo nos últimos três anos civis são os seguintes: 2015 2016 2017 Proveitos 7 901 359,23 4 538 419,87 4 847 082,65 Custos 6 646 096,49 4 705 161,64 3 432 379,73 Res. Líquido 1 255 262,74-166 741,77 1 414 702,92 9

Anexo 1 Fundo de Investimento : Montepio Acções (Consolidado) Composição da Carteira em 2017-12-31 Preço Unit. Juro Corrido Valor Total Designação Quantidade Preço Unit. Mda (EUR) (EUR) (EUR) A. COMPOSIÇÃO DISCRIMINADA CARTEIRA DE APLICAÇÕES DOS FUNDOS INVEST. MOBILIÁRIO 1 - VALORES MOBILIÁRIOS COTADOS 1.1 - Merc. Cot. Oficiais de Bolsa Val. Port. 4 281 911 1.1.4 - Ações Martifer SGPS SA 15 000 0.33 EUR 0.33 4 890 REN SGPS SA 112 612 2.48 EUR 2.48 279 165 Sonae Capital 38 000 0.89 EUR 0.89 33 706 F. Ramada Inv SGPS 6 000 10.53 EUR 10.53 63 180 Teixeira Duarte SA 35 000 0.22 EUR 0.22 7 805 Navigator Co SA 115 000 4.25 EUR 4.25 488 980 EDP-Nom. 150 000 2.89 EUR 2.89 432 750 BCP-NO 1 500 000 0.27 EUR 0.27 408 000 BPI SGPS -NoPr 150 000 1.17 EUR 1.17 175 950 SONAE 400 000 1.13 EUR 1.13 450 400 Cofina - SGPS 20 000 0.45 EUR 0.45 8 980 Mota Engil SGPS 30 000 3.66 EUR 3.66 109 890 Jer.Martins-SGPS 33 000 16.20 EUR 16.20 534 435 NOS SGPS 30 000 5.48 EUR 5.48 164 430 Galp Energia 38 000 15.33 EUR 15.33 582 350 IMPRESA 45 000 0.34 EUR 0.34 15 390 NOVABASE SGPS S.A. 10 000 3.05 EUR 3.05 30 490 PHarol SGPS SA 90 000 0.25 EUR 0.25 22 500 ALTRI SGPS SA 45 000 5.17 EUR 5.17 232 695 Sonae Indústria SGPS 7 285 3.50 EUR 3.50 25 505 CTT CORREIOS PORT 60 000 3.51 EUR 3.51 210 420 4 281 911 1.3 - Merc Cot. Ofic. B.V. Estados Membros UE 7 324 260 1.3.4 - Ações TOTAL SA 4 000 46.05 EUR 46.05 184 180 SIEMENS AG 1 550 116.15 EUR 116.15 180 033 NOKIA OYJ 28 250 3.89 EUR 3.89 110 006 ING GROEP N.V. 10 000 15.33 EUR 15.33 153 250 BANQUE NATION. PARIS 3 000 62.25 EUR 62.25 186 750 AHOLD DELHAIZE NV 4 343 18.34 EUR 18.34 79 629 BBVA 14 000 7.11 EUR 7.11 99 568 ERICSSON LM-B SHS 10 000 53.85 SEK 5.47 54 704 REPSOL SA 2 300 14.75 EUR 14.75 33 914 BMW AG 1 000 86.83 EUR 86.83 86 830 SAP SE 2 600 93.45 EUR 93.45 242 970 UNILEVER NV-CVA 3 300 46.96 EUR 46.96 154 952 BASF SE 2 000 91.74 EUR 91.74 183 480 STORA ENSO OYJ 3 000 13.22 EUR 13.22 39 660 CARREFOUR SA 1 762 18.04 EUR 18.04 31 786 BAYER AG 2 000 104.00 EUR 104.00 208 000 DAIMLER AG 2 500 70.80 EUR 70.80 177 000 11

Fundo de Investimento : Montepio Acções (Consolidado) Composição da Carteira em 2017-12-31 Preço Unit. Juro Corrido Valor Total Designação Quantidade Preço Unit. Mda (EUR) (EUR) (EUR) SANOFI 2 000 71.85 EUR 71.85 143 700 VODAFONE cot. GBP 25 000 2.35 GBP 2.65 66 217 ALLIANZ SE-REG 1 200 191.50 EUR 191.50 229 800 ORANGE 6 000 14.48 EUR 14.48 86 850 AEGON NV 7 000 5.32 EUR 5.32 37 205 AXA 4 700 24.74 EUR 24.74 116 255 DEUTSCHE BANK AG 7 500 15.88 EUR 15.88 119 063 ASSICURA GENERALI 2 900 15.20 EUR 15.20 44 080 LOREAL 800 184.95 EUR 184.95 147 960 MUENCHENER RUECKVER 401 180.75 EUR 180.75 72 481 KERING 300 393.00 EUR 393.00 117 900 SOCIETE GENERALE-A 2 000 43.05 EUR 43.05 86 100 UNICREDITO IT (ITAL) 6 480 15.58 EUR 15.58 100 958 GLAXO SMITHKLINE PLC 3 918 13.23 GBP 14.91 58 401 KPN NV 10 000 2.91 EUR 2.91 29 080 DANONE 1 000 69.95 EUR 69.95 69 950 E.ON SE 4 000 9.06 EUR 9.06 36 244 DEUTSCHE TELEKOM AG 6 600 14.80 EUR 14.80 97 647 KONINKL. PHILIPS NV 2 911 31.54 EUR 31.54 91 813 VIVENDI 2 811 22.42 EUR 22.42 63 023 Volkswagen Ag 378 168.70 EUR 168.70 63 769 ENI SPA 7 000 13.80 EUR 13.80 96 600 ENEL SPA - 2001 16 919 5.13 EUR 5.13 86 794 LVMH MOET HEN SE 800 245.40 EUR 245.40 196 320 Telefonica 8 736 8.13 EUR 8.13 70 980 BANCO SANTANDER SA 27 500 5.48 EUR 5.48 150 673 RWE AG 1 000 17.00 EUR 17.00 17 000 PORSCHE AUT H-PRF 1 300 69.78 EUR 69.78 90 714 TELECOM ITALIA SPA 60 000 0.72 EUR 0.72 43 230 Commerzbank AG 10 000 12.51 EUR 12.51 125 050 SAINT-GOBAIN (COMP) 1 400 45.98 EUR 45.98 64 372 IBERDROLA SA 11 000 6.46 EUR 6.46 71 060 CREDIT AGRICOLE SA 10 000 13.80 EUR 13.80 138 000 AGEAS 1 250 40.72 EUR 40.72 50 894 ROYAL BK SCOTLAND GR 20 000 2.78 GBP 3.13 62 667 ENGIE 5 000 14.34 EUR 14.34 71 675 RENAULT SA 758 83.91 EUR 83.91 63 604 Royal D. Shell A EUR 5 000 27.79 EUR 27.79 138 925 RIO TINTO PLC 1 000 39.42 GBP 44.43 44 430 Electricite de Franc 3 900 10.42 EUR 10.42 40 638 INTESA SANPAOLO 27 000 2.77 EUR 2.77 74 790 ANGLO AMERICAN PLC 1 296 15.50 GBP 17.46 22 634 TESCO PLC 10 000 2.09 GBP 2.36 23 585 MONDI PLC 1 347 19.31 GBP 21.76 29 317 Casino Guichard Perr 500 50.56 EUR 50.56 25 280 SCHNEIDER ELECTRIC 1 500 70.86 EUR 70.86 106 290 Deutsche Lufthansa 2 300 30.72 EUR 30.72 70 656 12

Fundo de Investimento : Montepio Acções (Consolidado) Composição da Carteira em 2017-12-31 Preço Unit. Juro Corrido Valor Total Designação Quantidade Preço Unit. Mda (EUR) (EUR) (EUR) Heidelberger Druckma 10 000 2.88 EUR 2.88 28 750 INDITEX 4 000 29.05 EUR 29.05 116 180 SUEZ SA 5 000 14.67 EUR 14.67 73 325 ALSTOM 750 34.61 EUR 34.61 25 954 VINCI SA 1 200 85.15 EUR 85.15 102 180 Heineken NV 500 86.93 EUR 86.93 43 465 ArcelorMittal 1 995 27.12 EUR 27.12 54 094 Volkswagen AG-PFD 190 166.45 EUR 166.45 31 626 ANHEUSER-BUSCH INBEV 2 000 93.13 EUR 93.13 186 260 Heidelbergcement AG 1 000 90.25 EUR 90.25 90 250 SBM OFFSHORE NV 5 000 14.67 EUR 14.67 73 350 DISTRIBUIDORA INTERN 1 762 4.30 EUR 4.30 7 582 SUEDZUCKER AG 5 000 18.08 EUR 18.08 90 400 TECHNICOLOR REGR 5 000 2.87 EUR 2.87 14 350 GLENCORE PLC 30 000 3.90 GBP 4.40 131 871 FNAC DARTY SA 821 100.70 EUR 100.70 82 675 OUTOKUMPU OYJ 4 000 7.74 EUR 7.74 30 960 OSRAM LICHT AG 180 74.93 EUR 74.93 13 487 INTL CONSOL. AIRLINE 5 000 7.24 EUR 7.24 36 180 Hermes International 48 446.25 EUR 446.25 21 420 TALGO SA 2 000 4.26 EUR 4.26 8 518 7 324 260 1.5 - Merc.Cot.Ofic. de B.V. de Estados não EU 239 899 1.5.4 - Ações NESTLE SA 3 350 83.80 CHF 71.61 239 899 2 - OUTROS VALORES 11 846 070 2.1 - Val. Mobiliários Nacionais não Cotados 0 2.1.4 - Ações 7 - LIQUIDEZ BESCL 840 000 EUR 0 7.1 - À vista 113 016 7.1.2 - Depósitos à ordem DO MG 0.0100% EUR 86 113 016 9 - OUTROS VALORES A REGULARIZAR 9.1 - Valores Activos 5 253 9.2 - Valores Passivos -13 462 B. VALOR LÍQUIDO GLOBAL DO FUNDO 11 950 876 D. NÚMERO DE UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO EM CIRCULAÇÃO 91 932.69 113 016 113 016-8 209 13

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016 (Montantes expressos em Euros) ATIVO PASSIVO CÓDIGO DESIGNAÇÃO Período N Per.N -1 CÓDIGO DESIGNAÇÃO Períodos Bruto Mv mv/p Líquido Líquido N N-1 CARTEIRA DE TÍTULOS CAPITAL DO OIC 21 OBRIGAÇÕES 61 UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO 4 585 583,21 5 149 701,99 22 AÇÕES 11 587 002,81 2 660 107,70 2 401 040,55 11 846 069,96 11 653 853,07 62 VARIAÇÕES PATRIMONIAIS -13 633 741,29-12 821 469,18 23 OUTROS TÍTULOS DE CAPITAL 64 RESULTADOS TRANSITADOS 19 584 331,54 19 751 073,31 24 UNIDADES DE PARTICIPAÇÃO 65 RESULTADOS DISTRIBUÍDOS 25 DIREITOS 26 OUTROS INSTRUMENTOS DE DÍVIDA 66 RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1 414 702,92-166 741,77 TOTAL DA CARTEIRA DE TÍTULOS 11 587 002,81 2 660 107,70 2 401 040,55 11 846 069,96 11 653 853,07 TOTAL DO CAPITAL DO OIC 11 950 876,38 11 912 564,35 OUTROS ATIVOS 48 PROVISÕES ACUMULADAS 31 OUTROS ATIVOS 481 PROVISÕES PARA ENCARGOS TOTAL DE OUTROS ATIVOS TOTAL DE PROVISÕES ACUMULADAS 0,00 0,00 TERCEIROS TERCEIROS 411+...+418 CONTAS DE DEVEDORES 421 RESGATES A PAGAR AOS PARTICIPANTES TOTAL DOS VALORES A RECEBER 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 422 RENDIMENTOS A PAGAR AOS PARTICIPANTES DISPONIBILIDADES 423 COMISSÕES A PAGAR 11 948,09 11 520,77 11 CAIXA 424+...+429 OUTRAS CONTAS DE CREDORES 1 514,29 1 435,54 12 DEPÓSITOS À ORDEM 112 929,94 112 929,94 265 889,09 43+12 EMPRÉSTIMOS OBTIDOS 13 DEPÓSITOS A PRAZO E COM PRÉ-AVISO TOTAL DOS VALORES A PAGAR 13 462,38 12 956,31 14 CERTIFICADOS DE DEPÓSITO 18 OUTROS MEIOS MONETÁRIOS TOTAL DAS DISPONIBILIDADES 112 929,94 112 929,94 265 889,09 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 55 ACRÉSCIMOS DE CUSTOS 51 ACRÉSCIMOS DE PROVEITOS 5 338,86 5 338,86 5 778,50 56 RECEITAS COM PROVEITO DIFERIDO 52 DESPESAS COM CUSTO DIFERIDO 58 OUTROS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 58 OUTROS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS 59 CONTAS TRANSITÓRIAS PASSIVAS 59 CONTAS TRANSITÓRIAS ATIVAS TOTAL DOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS ATIVOS 5 338,86 5 338,86 5 778,50 TOTAL DOS ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS PASSIVOS TOTAL DO ATIVO 11 705 271,61 2 660 107,70 2 401 040,55 11 964 338,76 11 925 520,66 TOTAL DO CAPITAL E DO PASSIVO 11 964 338,76 11 925 520,66 Total do Número de Unidades de Participação 91 932,6912 103 242,2571 Valor Unitário da Unidade de Participação 129,9959 115,3846 Abreviaturas: Mv - Mais Valias; mv - Menos Valias; P - Provisões O Responsável pela Contabilidade O Responsável pela Gestão 14

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DE 2017 E 2016 (Montantes expressos em Euros) CUSTOS E PERDAS Período PROVEITOS E GANHOS Período CÓDIGO DESIGNAÇÃO N N-1 CÓDIGO DESIGNAÇÃO N N-1 CUSTOS E PERDAS CORRENTES PROVEITOS E GANHOS CORRENTES JUROS E CUSTOS EQUIPARADOS: JUROS E PROVEITOS EQUIPARADOS: 712+713 Da carteira de Títulos e outros ativos 812+813 Da carteira de Títulos e Outros ativos 711+714+717+718 De Operações Correntes 1,56 4,39 811+814+817+818 Outras, de Operações Correntes 38,63 131,50 719 De Operações Extrapatrimoniais 819 De Operações Extrapatrimoniais COMISSÕES E TAXAS RENDIMENTO DE TÍTULOS E OUTROS ACTIVOS 722+723 Da carteira de Títulos e Outros Ativos 1 411,16 1 396,81 822+ +824/5 Da carteira de Títulos e Outros ativos 414 794,89 403 929,15 724+ +728 Outras, de Operações Correntes 120 886,21 117 666,79 829 De Operações Extrapatrimoniais 729 De Operações Extrapatrimoniais GANHOS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS PERDAS EM OPERAÇÕES FINANCEIRAS 832+833+837 Da carteira de Títulos e Outros ativos 4 430 223,14 4 126 678,31 732+733 Da carteira de Títulos e Outros ativos 3 266 912,97 4 526 148,62 831+838 Outras, de Operações Correntes 731+738 Outras, de Operações Correntes 839 De Operações Extrapatrimoniais 0,00 2 033,85 739 De Operações Extrapatrimoniais 34 097,99 51 261,20 REPOSIÇÃO E ANULAÇÃO DE PROVISÕES IMPOSTOS 851 Provisões para encargos 7411+7421 Imposto sobre e Rendimento 7412+7422 Impostos Indiretos 5 945,64 5 805,64 7418+7428 Outros Impostos 75 PROVISÕES DO EXERCÍCIO 751 Provisões para encargos 87 OUTROS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES 2 025,99 3 151,84 77 OUTROS CUSTOS E PERDAS CORRENTES 3 124,20 2 878,19 TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS CORRENTES (A) 3 432 379,73 4 705 161,64 CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS CORRENTES (B) 4 847 082,65 4 535 924,65 781 Valores incobráveis 782 Perdas extraordinárias PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS 783 Perdas imputáveis a Exercícios Anteriores 881 Recuperação de Incobráveis 788 Outros Custos e Perdas Eventuais 882 Ganhos Extraordinários TOTAL DOS CUSTOS E PERDAS EVENTUAIS (C) 0,00 0,00 883 Ganhos de Exercícios Anteriores 0,00 2 495,22 884 888 Outros Ganhos Eventuais 63 IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO DO EXERCÍCIO TOTAL DOS PROVEITOS E GANHOS EVENTUAIS (D) 0,00 2 495,22 66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (se > 0) 1 414 702,92 66 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO (se < 0) 166 741,77 TOTAL 4 847 082,65 4 705 161,64 TOTAL 4 847 082,65 4 705 161,64 (8x2/3/4//5)-(7x2/3) Resultados da Carteira de Títulos e Outros ativos 1 576 693,90 3 062,03 D-C Resultados Eventuais 0,00 2 495,22 8x9-7x9 Resultados das Operações Extrapatrimoniais -34 097,99-49 227,35 B+D-A-C+74 Resultados Antes de Imposto s/o Rendimento 1 420 648,56-160 936,13 B-A Resultados Correntes 1 414 702,92-169 236,99 B+D-A-C Resultados Líquidos do Período 1 414 702,92-166 741,77 O responsável pela Contabilidade O responsável pela Gestão 15

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA DE 2017 E 2016 (Montantes expressos em Euros) Discriminação dos Fluxos Período Período De 2017-01-01 a 2017-12-31 De 2016-01-01 a 2016-12-31 OPERAÇÕES SOBRE AS UNIDADES DO OIC RECEBIMENTOS Subscrição de unidades de participação 429 828,40 694 791,58 Comissão de resgate 2 025,99 3 151,84 431 854,39 697 943,42 PAGAMENTOS Resgates de unidades de participação 1 806 219,29 1 211 281,49 1 806 219,29 1 211 281,49 Fluxo das operações sobre as unidades do OIC -1 374 364,90-513 338,07 OPERAÇÕES DA CARTEIRA DE TÍTULOS E OUTROS ATIVOS RECEBIMENTOS Venda de títulos e outros ativos 1 211 850,95 478 156,08 Rendimento de Títulos e outros ativos 414 571,16 403 508,43 1 626 422,11 881 664,51 PAGAMENTOS Compra de títulos e outros ativos 274 617,10 601 935,34 Comissões de Corretagem 1 284,47 1 122,33 Outras taxas e comissões 126,74 250,83 276 028,31 603 308,50 Fluxo das operações da carteira de títulos e outros ativos 1 350 393,80 278 356,01 OPERAÇÕES A PRAZO E DE DIVISAS RECEBIMENTOS Operações Cambiais 18 140,57 46 667,29 18 140,57 46 667,29 PAGAMENTOS Operações Cambiais 17 678,64 49 957,94 17 678,64 49 957,94 Fluxo das operações a prazo e de Divisas 461,93-3 290,65 OPERAÇÕES DE GESTÃO CORRENTE RECEBIMENTOS Juros de Depósitos Bancários 0,00 82,77 Outros pag. Operações correntes 2 495,22 0,00 0,00 2 577,99 PAGAMENTOS Comissão de Gestão 112 912,04 110 724,98 Juros Disp./Emprest. 0,00 4,39 Comissão de Depósito 5 942,77 5 827,65 Impostos e taxas 7 593,97 7 840,51 Outros pag. Operações correntes 3 001,20 2 878,20 129 449,98 127 275,73 Fluxo das operações de Gestão Corrente -129 449,98-124 697,74 Saldo dos Fluxos de Caixa do Período -152 959,15-362 970,45 Disponibilidades no Início do Período 265 889,09 628 859,54 Disponibilidades no Fim do Período 112 929,94 265 889,09 O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O RESPONSÁVEL PELA GESTÃO 16

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Montantes expressos em Euros - ) INTRODUÇÃO O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto Montepio Acções (Fundo) iniciou a sua atividade em 1 de Fevereiro de 1994. Este Fundo foi constituído por prazo indeterminado e tem como objectivo a captação de disponibilidades financeiras, quer de entidades colectivas, quer de pessoas individuais, que pretendam fazer aplicações a médio e longo prazo, as quais proporcionem a constituição de uma carteira diversificada em que seja maioritário o investimento em ações. De acordo com o regulamento de gestão, os rendimentos do Fundo não são distribuídos, sendo incorporados no valor da unidade de participação. O Fundo é administrado, gerido e representado pela Montepio Gestão de Activos - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, S.A. (Sociedade Gestora). As funções de entidade comercializadora e de banco depositário são exercidas pela Caixa Económica Montepio Geral. As notas que se seguem respeitam a numeração sequencial definida no Plano de Contas dos Fundos de Investimento Mobiliário. As notas cuja numeração se encontra ausente não são aplicáveis ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras anexas. Nota 1 - Quadro 1 - CAPITAL DO FUNDO O património do Fundo está formalizado através de unidades de participação, com características iguais e sem valor nominal, assumindo a forma escritural, as quais conferem aos seus titulares o direito de propriedade sobre os valores do Fundo, proporcional ao número de unidades que representam. A qualidade de participante adquire-se mediante a subscrição e aquisição de um mínimo de unidades de participação, cujo investimento não pode ser inferior a 498,80. O movimento ocorrido no capital do Fundo durante o exercício de 2017 apresenta o seguinte detalhe: (Valores em ) Resultados Saldo em Distribuição Outros do Saldo em Descrição 31-12-2016 Subscrições Resgates de Resultados Exercício 31-12-2017 Valor base 5 149 701,99 171 405,65 735 524,43 4 585 583,21 Diferença p/ Valor Base (12 821 469,18) 258 422,75 1 070 694,86 (13 633 741,29) Resultados distribuídos Resultados acumulados 19 751 073,31 (166 741,77) 19 584 331,54 Resultados do período (166 741,77) 166 741,77 1 414 702,92 1 414 702,92 11 912 564,35 429 828,40 1 806 219,29 0,00 0,00 1 414 702,92 11 950 876,38 Nº unidades de participação 103 242,2571 3 436,3746 14 745,9405 91 932,6912 Valor da unidade de participação 115,3846 125,0819 122,4893 129,9959 17

Nota 1 Quadro 2 O número de participantes por escalões em 31 de Dezembro de 2017 apresenta o seguinte detalhe: Nº Participantes por escalão Escalões Nº Participantes Ups 25% 0 10% Ups < 25% 3 5% Ups < 10% 1 2% Ups < 5% 3 0,5% Ups < 2% 9 Ups < 0,5% 615 Nota 1 Quadro 3 A evolução trimestral do valor do Fundo e do valor da unidade de participação nos exercícios de 2015 a 2017 foram as seguintes: Valor Líquido Valor da unidade Nº Up s em Ano Mês global do Fundo em de participação em circulação 2017 março 12 039 186,11 122,0925 98 607,1183 junho 11 732 264,94 125,0350 93 831,8401 setembro 12 040 801,45 130,5186 92 253,4950 dezembro 11 950 876,36 129,9959 91 932,6912 2016 março 12 046 113,97 109,5524 109 957,5320 junho 11 017 257,48 103,3133 106 639,3210 setembro 11 206 404,93 107,0470 104 686,8133 dezembro 11 912 564,35 115,3846 103 242,2571 2015 março 14 017 788,56 121,6561 115 224,6641 junho 13 049 106,92 120,2022 108 559,6612 setembro 11 942 207,72 109,9454 108 619,4231 dezembro 12 595 796,02 116,6229 108 004,5236 18

Nota 2 - Quadro 1 No exercício de 2017, as transações de valores mobiliários efetuados pelo Fundo apresentaram a seguinte composição: Compras (1) Vendas (2) Total (1)+(2) Mercado Fora Mercado Mercado Fora Mercado Mercado Fora Mercado Ações 0,00 268 268,92 1 102 246,53 67 500,00 1 102 246,53 335 768,92 Direitos 6 348,18 0,00 42 104,42 0,00 48 452,60 0,00 Nota 2 - Quadro 2 Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2017, foram cobradas para o Fundo as seguintes comissões de subscrição e resgate: Comissões Cobradas Valor em Subscrições 429 828,40 Isento Resgates 1 806 219,29 2 025,99 19

Nota 3 - Quadro 1 - Inventário da Carteira de Títulos A carteira de títulos em 31 de Dezembro de 2017 tem a seguinte composição: INVENTÁRIO DA CARTEIRA em 31 de dezembro de 2017 Montepio Acções (Consolidado) (Valores em EURO) Descrição dos Títulos Preço de aquisição Mais valias menos valias Valor da carteira Juros corridos SOMA 1 - VALORES MOBILIÁRIOS COTADOS 1.1 - Merc. Cot. Oficiais de Bolsa Val. Port. 1.1.4 - Ações Martifer SGPS SA 124 581-119 691.00 4 890.00 4 890.00 REN SGPS SA 290 893-11 728.18 279 165.15 279 165.15 Sonae Capital 43 981-10 274.98 33 706.00 33 706.00 F. Ramada Inv SGPS 12 917 50 263.32 63 180.00 63 180.00 Teixeira Duarte SA 53 950-46 145.00 7 805.00 7 805.00 Navigator Co SA 286 599 202 380.54 488 980.00 488 980.00 EDP-Nom. 416 225 16 525.00 432 750.00 432 750.00 BCP-NO 350 920 57 080.44 408 000.00 408 000.00 BPI SGPS -NoPr 285 785-109 834.75 175 950.00 175 950.00 SONAE 410 473 39 927.08 450 400.00 450 400.00 Cofina - SGPS 17 487-8 507.09 8 980.00 8 980.00 Mota Engil SGPS 101 175 8 715.26 109 890.00 109 890.00 Jer.Martins-SGPS 380 429 154 006.00 534 435.00 534 435.00 NOS SGPS 264 762-100 332.04 164 430.00 164 430.00 Galp Energia 438 713 143 637.23 582 350.00 582 350.00 IMPRESA 77 926-62 535.66 15 390.00 15 390.00 NOVABASE SGPS S.A. 30 700-210.00 30 490.00 30 490.00 PHarol SGPS SA 36 116-13 615.71 22 500.00 22 500.00 ALTRI SGPS SA 88 382 144 313.08 232 695.00 232 695.00 Sonae Indústria SGPS 18 680 6 824.83 25 504.79 25 504.79 CTT CORREIOS PORT 580 552-370 132.22 210 420.00 210 420.00 Sub-Total: 4 311 245 823 672.78-853 006.64 4 281 910.94 0.00 4 281 910.94 1.3 - Merc Cot. Ofic. B.V. Estados Membros UE 1.3.4 - Ações TOTAL SA 154 367 29 812.94 184 180.00 184 180.00 SIEMENS AG 117 332 62 700.89 180 032.50 180 032.50 NOKIA OYJ 161 153-51 147.06 110 005.50 110 005.50 ING GROEP N.V. 71 102 82 147.58 153 250.00 153 250.00 BANQUE NATION. PARIS 131 381 55 368.51 186 750.00 186 750.00 AHOLD DELHAIZE NV 51 467 28 161.83 79 628.91 79 628.91 BBVA 163 939-64 370.58 99 568.00 99 568.00 ERICSSON LM-B SHS 267 131-212 426.25 54 704.48 54 704.48 REPSOL SA 43 373-9 459.31 33 913.50 33 913.50 BMW AG 100 900-14 070.00 86 830.00 86 830.00 SAP SE 158 308 84 662.24 242 970.00 242 970.00 UNILEVER NV-CVA 97 350 57 601.50 154 951.50 154 951.50 BASF SE 146 711 36 768.60 183 480.00 183 480.00 A Transportar 5 975 758 1 260 896.86-1 204 479.83 6 032 175.33 0.00 6 032 175.33 20

INVENTÁRIO DA CARTEIRA em 31 de dezembro de 2017 Montepio Acções (Consolidado) (Valores em EURO) Descrição dos Títulos Preço de aquisição Mais valias menos valias Valor da carteira Juros corridos SOMA STORA ENSO OYJ 33 943 5 716.51 39 660.00 39 660.00 CARREFOUR SA 76 542-44 755.86 31 786.48 31 786.48 BAYER AG 145 251 62 749.01 208 000.00 208 000.00 DAIMLER AG 103 783 73 216.68 177 000.00 177 000.00 SANOFI 180 520-36 820.00 143 700.00 143 700.00 VODAFONE cot. GBP 67 702-1 484.68 66 217.33 66 217.33 ALLIANZ SE-REG 124 608 105 192.01 229 800.00 229 800.00 ORANGE 98 904-12 054.44 86 850.00 86 850.00 AEGON NV 53 116-15 910.62 37 205.00 37 205.00 AXA 65 336 50 918.59 116 254.50 116 254.50 DEUTSCHE BANK AG 183 578-64 515.56 119 062.50 119 062.50 ASSICURA GENERALI 61 703-17 623.18 44 080.00 44 080.00 LOREAL 83 520 64 440.00 147 960.00 147 960.00 MUENCHENER RUECKVER 54 336 18 145.25 72 480.75 72 480.75 KERING 37 736 80 164.10 117 900.00 117 900.00 SOCIETE GENERALE-A 84 110 1 990.14 86 100.00 86 100.00 UNICREDITO IT (ITAL) 99 523 1 435.60 100 958.40 100 958.40 GLAXO SMITHKLINE PLC 60 209-1 807.32 58 401.49 58 401.49 KPN NV 29 044 36.47 29 080.00 29 080.00 DANONE 49 260 20 690.00 69 950.00 69 950.00 E.ON SE 71 645-35 400.82 36 244.00 36 244.00 DEUTSCHE TELEKOM AG 74 252 23 395.00 97 647.00 97 647.00 KONINKL. PHILIPS NV 72 987 18 825.54 91 812.94 91 812.94 VIVENDI 52 877 10 146.00 63 022.62 63 022.62 Volkswagen Ag 60 839 2 929.50 63 768.60 63 768.60 ENI SPA 123 776-27 176.00 96 600.00 96 600.00 ENEL SPA - 2001 64 492 22 302.08 86 794.47 86 794.47 LVMH MOET HEN SE 104 305 92 015.03 196 320.00 196 320.00 Telefonica 139 078-68 098.20 70 980.00 70 980.00 BANCO SANTANDER SA 192 509-41 836.03 150 672.50 150 672.50 RWE AG 56 646-39 645.72 17 000.00 17 000.00 PORSCHE AUT H-PRF 75 187 15 527.20 90 714.00 90 714.00 TELECOM ITALIA SPA 113 236-70 006.26 43 230.00 43 230.00 Commerzbank AG 110 800 14 250.29 125 050.00 125 050.00 SAINT-GOBAIN (COMP) 45 498 18 874.00 64 372.00 64 372.00 IBERDROLA SA 53 673 17 387.00 71 060.00 71 060.00 CREDIT AGRICOLE SA 118 202 19 797.73 138 000.00 138 000.00 AGEAS 99 379-48 485.38 50 893.75 50 893.75 ROYAL BK SCOTLAND GR 80 453-17 785.69 62 666.95 62 666.95 ENGIE 124 886-53 210.88 71 675.00 71 675.00 RENAULT SA 42 171 21 433.16 63 603.78 63 603.78 A Transportar 9 545 372 2 022 473.74-1 801 096.47 9 766 749.39 0.00 9 766 749.39 21

INVENTÁRIO DA CARTEIRA em 31 de dezembro de 2017 Montepio Acções (Consolidado) (Valores em EURO) Descrição dos Títulos Preço de aquisição Mais valias menos valias Valor da carteira Juros corridos SOMA Royal D. Shell A EUR 131 050 7 875.00 138 925.00 138 925.00 RIO TINTO PLC 18 253 26 176.98 44 430.42 44 430.42 Electricite de Franc 117 960-77 321.52 40 638.00 40 638.00 INTESA SANPAOLO 111 909-37 118.89 74 790.00 74 790.00 ANGLO AMERICAN PLC 28 002-5 368.17 22 633.95 22 633.95 TESCO PLC 26 442-2 857.21 23 584.64 23 584.64 MONDI PLC 28 628 688.18 29 316.60 29 316.60 Casino Guichard Perr 20 085 5 195.00 25 280.00 25 280.00 SCHNEIDER ELECTRIC 80 979 25 311.45 106 290.00 106 290.00 Deutsche Lufthansa 23 736 46 920.00 70 656.00 70 656.00 Heidelberger Druckma 25 790 2 960.00 28 750.00 28 750.00 INDITEX 82 560 33 620.00 116 180.00 116 180.00 SUEZ SA 49 460 23 865.39 73 325.00 73 325.00 ALSTOM 30 533-4 578.75 25 953.75 25 953.75 VINCI SA 41 237 60 943.12 102 180.00 102 180.00 Heineken NV 24 028 19 437.50 43 465.00 43 465.00 ArcelorMittal 48 206 5 888.03 54 094.43 54 094.43 Volkswagen AG-PFD 28 773 2 852.51 31 625.50 31 625.50 ANHEUSER-BUSCH INBEV 132 040 54 220.00 186 260.00 186 260.00 Heidelbergcement AG 40 691 49 559.08 90 250.00 90 250.00 SBM OFFSHORE NV 61 487 11 863.29 73 350.00 73 350.00 DISTRIBUIDORA INTERN 8 232-650.17 7 581.89 7 581.89 SUEDZUCKER AG 86 244 4 155.75 90 400.00 90 400.00 TECHNICOLOR REGR 19 446-5 096.40 14 350.00 14 350.00 GLENCORE PLC 39 071 92 800.09 131 871.10 131 871.10 FNAC DARTY SA 17 261 65 413.56 82 674.70 82 674.70 OUTOKUMPU OYJ 15 117 15 842.95 30 960.00 30 960.00 OSRAM LICHT AG 13 731-243.91 13 487.40 13 487.40 INTL CONSOL. AIRLINE 34 405 1 775.00 36 180.00 36 180.00 Hermes International 6 277 15 143.33 21 420.00 21 420.00 TALGO SA 9 990-1 472.00 8 518.00 8 518.00 Sub-Total: 6 635 750 1 771 307.16-1 082 796.84 7 324 259.84 0.00 7 324 259.84 1.5 - Merc.Cot.Ofic. de B.V. de Estados não EU 1.5.4 - Ações NESTLE SA 174 771 65 127.76 239 899.16 239 899.16 Sub-Total: 174 771 65 127.76 0.00 239 899.16 0.00 239 899.16 2 - OUTROS VALORES 2.1 - Val. Mobiliários Nacionais não Cotados 2.1.4 - Ações BESCL 465 237-465 237.08 A Transportar 11 587 003 2 660 107.69-2 401 040.55 11 846 069.94 0.00 11 846 069.94 22

INVENTÁRIO DA CARTEIRA em 31 de dezembro de 2017 Montepio Acções (Consolidado) (Valores em EURO) Descrição dos Títulos Preço de aquisição Mais valias menos valias Valor da carteira Juros corridos SOMA Sub-Total: 465 237 0.00-465 237.08 0.00 0.00 0.00 Total 11 587 003 2 660 107.69-2 401 040.55 11 846 069.94 0.00 11 846 069.94 Nota 3 - Quadro 2 O movimento ocorrido nas rubricas de disponibilidades durante o exercício de 2017 foi o seguinte: (Valores em ) CONTAS SALDO AUMENTOS REDUÇÕES SALDO 31-12-2016 31-12-2017 Caixa Depósitos à ordem 265 889,09 112 929,94 Depósitos a prazo e com pré-aviso Certificados de depósito Outras contas de disponibilidades Total 265 889,09 112 929,94 Nota 4 Bases de apresentação e principais políticas contabilísticas 1.Valorização ativos 1.1. Momento de referência da valorização O valor da unidade de participação é calculado diariamente nos dias úteis e determinase pela divisão do valor líquido global do Fundo pelo número de unidades de participação em circulação. O valor líquido global do Fundo é apurado deduzindo à soma dos valores que o integram o montante de comissões e encargos até ao momento da valorização da carteira. 23

O momento do dia relevante para efeitos da valorização dos activos que integram o património do Fundo será as 17 horas de Lisboa. O momento do dia relevante para a determinação da composição da carteira, será o mesmo do parágrafo anterior, tendo em conta todas as transacções efectuadas até esse momento. Na aferição dos pressupostos e elementos utilizados na valorização dos activos não cotados será utilizado como período de referência o horário de funcionamento da BVL no dia da valorização. 1.2 Regras de valorimetria e cálculo do valor da UP 1.2.1. Ações O critério adotado para a valorização de acções (incluindo direitos susceptíveis de negociação) admitidas à cotação ou negociação num mercado regulamentado ou especializado é a utilização do preço de fecho do respectivo mercado ou a cotação disponível à hora de referência. O critério adoptado para a valorização de acções não cotadas (incluindo direitos susceptíveis de negociação) será, por ordem de prioridade: - utilização do preço de fecho de mercado de acções idênticas (mesmo emitente e com os mesmos direitos e características), ajustado nos casos em que os direitos que conferem sejam diferentes (dividendo diferente no ano corrente, por exemplo) por dedução da diferença do dividendo, ou, caso não existam acções idênticas; - utilização de modelos de avaliação universalmente aceites e utilizados, baseados na análise fundamental e assentes na metodologia dos fluxos de caixa descontados (utilização do consensus de estimativas do cash flow para os próximos dois anos e de uma estimativa para o valor residual, descontado a uma taxa que inclua o prémio de risco da empresa), ou com base em múltiplos de mercado (múltiplo de resultados, múltiplo de cash flow, dividend yield, price to book value, etc.) de empresas comparáveis. 1.2.2. Obrigações O critério adoptado para a valorização de obrigações admitidas à cotação ou negociação num mercado regulamentado ou especializado, excepto na situação descrita no parágrafo seguinte, é a utilização do preço de fecho do respectivo mercado ou a cotação disponível à hora de referência. Na falta de condições de transparência, fiabilidade e liquidez que assegurem uma valorização adequada dos activos cotados, o critério de valorização adoptado será idêntico ao das obrigações não cotadas, conforme descrito abaixo. 24

Critério adotado para a valorização de obrigações não cotadas: - utilização de ofertas de compra difundidas para o mercado através de meios de difusão de informação financeira, preferencialmente através da Bloomberg. Prioritariamente são utilizadas as ofertas das Instituições Financeiras que funcionam como market makers para este tipo de activos, podendo recorrer-se também à utilização do Bloomberg Generic. - em caso de inexistência ou dificuldade de obtenção daquelas, recorrer-se-á a modelos de avaliação, ponderando nomeadamente os seguintes factores: spreads de emissões comparáveis nomeadamente no que respeita à qualidade creditícia do emitente, ao sector económico, à maturidade e à estrutura da emissão; spreads históricos, com ajustamentos justificados por alterações na qualidade creditícia do emitente ou alargamento geral dos spreads de crédito; Liquidez da emissão tendo em conta nomeadamente a moeda denominadora da emissão, o montante emitido, o grau de reconhecimento do emitente e a estrutura da emissão; Curva de taxas de juro para actualização dos cash flows. No caso de obrigações de taxa variável é utilizada a discount margin (a margem sobre o indexante base da emissão que iguala o valor presente dos cash flows futuros ao investimento preço mais juros decorridos). A valorização de obrigações não cotadas será efectuada quinzenalmente. 1.2.3. Instrumentos financeiros derivados O critério adoptado para a valorização de instrumentos financeiros derivados admitidos à cotação ou negociação num mercado regulamentado ou especializado é a utilização do preço de referência, sempre que este seja divulgado pela entidade gestora do mercado ou, caso não o seja, o preço de fecho ou a cotação disponível à hora de referência. O critério adoptado para a valorização de instrumentos financeiros derivados não cotados será, para os swaps cambiais, utilizado como método de avaliação o modelo dos cash flows descontados, ponderando o diferencial da estrutura das curvas de taxas de juro das duas moedas ajustadas, por interpolação linear, às características da operação contratada. A avaliação será feita de acordo com a informação obtida na Bloomberg (fonte das curvas de taxas de juro é Bloomberg standard - multiple sources). 2 - Comissões e encargos a suportar pelo Fundo 2.1. Comissão de gestão Pelos serviços prestados pela Sociedade Gestora, ao Fundo será imputado diariamente uma comissão de gestão de 0,95% anual, calculada sobre o valor global do Fundo, a qual lhe será cobrada mensalmente. 25

2.2.Comissão de depósito Pelo exercício das suas funções de depositário, a entidade depositária terá direito a uma comissão de depósito de 0,05% anual, calculada sobre o valor global do Fundo, sendo-lhe imputado diariamente e cobrado mensalmente. 2.3. Outros encargos As despesas relativas à compra e venda de valores por conta do Fundo constituem encargos deste (designadamente comissões de corretagem, taxas de bolsa e outros encargos legais e fiscais). É devida à CMVM uma taxa de supervisão imputada diariamente ao Fundo e cobrada mensalmente. As despesas com auditorias externas e revisores oficiais de contas, exigidas pela lei em vigor, constituem também encargos do Fundo. É devido, trimestralmente, Imposto do Selo sobre o ativo líquido global do Fundo. 3. Política de rendimentos O Fundo é um Fundo de capitalização, isto é, não distribui rendimentos, sendo os mesmos incorporados no valor da unidade de participação. Nota 5 Os resultados obtidos pelo Fundo no exercício de 2017, apresentaram a seguinte composição: Proveitos e ganhos (Valores em ) Ganhos de capital Ganhos com carácter de juro Mais valias Juros Juros Rendimento Natureza Potenciais Efetivas Soma Vencidos Corridos de títulos Soma Operações à vista Ações 4 279 957,65 150 265,49 4 430 223,14 414 794,89 414 794,89 Depósitos 38,63 38,63 Operações a prazo Cambiais Forw ards Custos e perdas (Valores em ) Perdas de capital Juros e comissões suportados Menos valias Juros Vencidos Juros Natureza Potenciais Efetivas Soma e comissões Corridos Soma Operações à vista Ações 2 935 680,51 331 232,45 3 266 912,96 Depósitos 1,56 1,56 Operações a prazo Cambiais Forw ards 34 097,99 34 097,99 Comissões De gestão 113 215,44 113 215,44 De depósito 5 958,72 5 958,72 Da carteira títulos 1 411,16 1 411,16 Taxa de supervisão 1 712,05 1 712,05 26

Nota 9 Impostos e taxas Em conformidade com o artigo 22º do Estatuto dos Benefícios Fiscais, os rendimentos obtidos pelos Fundos de investimento mobiliário em território português são tributados em sede de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas de acordo com o seguinte detalhe: No exercício de 2017, os montantes registados na rubrica de impostos da demonstração de resultados apresenta a seguinte composição de acordo com o tipo de rendimento gerador de tributação: IRC - Lucro Tibutável 0,00 Imposto de selo 5 945,64 5 945,64 Imposto sobre o rendimento das Pessoas Coletivas ( IRC ) O Fundo é tributado, à taxa geral de IRC (21%), sobre o seu lucro tributável, o qual corresponde ao resultado líquido do exercício, deduzido dos rendimentos (e gastos) de capitais, prediais e mais-valias obtidas, bem como dos rendimentos, incluindo os descontos, e gastos relativos a comissões de gestão e outras comissões que revertam a seu favor. O Fundo está, ainda, sujeito às taxas de tributação autónoma em IRC legalmente previstas, mas encontra-se isento de qualquer derrama estadual ou municipal. Adicionalmente, pode deduzir os prejuízos fiscais apurados aos lucros tributáveis, caso os haja, de um ou mais dos 12 períodos de tributação posteriores. A dedução a efetuar em cada um dos períodos de tributação não pode exceder o montante correspondente a 70% do respetivo lucro tributável. Imposto do Selo É devido, trimestralmente, Imposto do Selo sobre o ativo líquido global do Fundo, à taxa de 0,0125% 27

Nota 11 - EXPOSIÇÃO AO RISCO CAMBIAL Em 31 de Dezembro de 2017, o Fundo detinha as seguintes posições em moeda estrangeira: Moeda Posição Posição a prazo Total a Posição à vista Futuros Forw ards Sw aps Opções prazo Global CHF Franco Suíço 280 730,00 280 730,00 GBP Libra Inglesa 391 421,68 391 421,68 SEK Coroa Sueca 538 500,00 538 500,00 Contravalor em Euros 735 776,37 735 776,37 Nota 13 - COBERTURA DO RISCO DE COTAÇÕES A cobertura do risco de cotações em 31 de Dezembro de 2017 é a seguinte: Ações Extrapatrimoniais e valores Montante Saldo similares Futuros Opções Ações 11 846 069,94 11 846 069,94 Nota 15 - DIVERSOS CUSTOS IMPUTADOS AO FUNDO EM DEZEMBRO DE 2017 Os diversos custos imputados ao Fundo em 31 de Dezembro de 2017 são os seguintes: Custos imputados ao Fundo em 2017 Valor (em Euros) Percentagem de VLGF (1) Comissão de Gestão 113 215,44 0,95% Componente Fixa 113 215,44 0,95% Componente Variável 0,00 0,00% Comissão de Depósito 5 958,72 0,05% Taxa de supervisão 1 712,05 0,01% Custos de auditoria 3 124,20 0,03% Total 124 010,41 1,04% Taxa Encargos Correntes(TEC) 1,04% (1) Média relativa ao período de referência. 28