Exame Orçamental Budget Watch Índice Deloitte OE Maio 2016

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Transcrição:

Exame Orçamental Budget Watch Índice Deloitte OE 2016 Maio 2016

Deloitte Budget Watch Índice Introdução 3 Nota metodológica 5 Deloitte Budget Watch Exame Orçamental 2016 7 Dimensões de análise 14 Considerações finais 25 Anexo 1 Nota Técnica 2

Introdução 3

Deloitte Budget Watch Introdução O Índice Deloitte Pro-Business visa avaliar a responsabilidade orçamental de estímulo ao crescimento económico, com base num Painel de empresários e gestores, o Conselho Consultivo Empresarial, suportando-se num conjunto claro e transparente de informação e avaliação dos princípios orçamentais promotores do crescimento, produtividade, emprego, inovação e competitividade. A responsabilidade orçamental foi avaliada do ponto de vista do rigor e qualidade da informação prestada sobre as políticas e programas de suporte ao crescimento económico. Seletivamente, é apreciada a qualidade dessas políticas e programas, numa perspetiva de apoio ao desenvolvimento e competitividade empresarial, à luz das melhores práticas internacionais de escrutínio da comunidade empresarial sobre a política orçamental proposta. Foram ainda identificadas também as políticas económicas e sectoriais, reformas institucionais, investimentos públicos e alterações do perfil de despesa e da receita que, na avaliação do Conselho Consultivo Empresarial, possam ajudar à criação e consolidação de estratégias empresariais e económicas que assegurem dinamismo e sustentabilidade económica. 4

Nota metodológica 5

Deloitte Budget Watch Nota metodológica As 10 dimensões, objecto de apreciação por parte do Conselho Consultivo Empresarial, são as seguintes: Classificação A B C D E F G H I J Dimensões Estabilidade das políticas macroeconómicas Estabilidade, simplicidade e carga fiscal Limites ao peso absoluto e relativo do Estado Fomento à criação e manutenção de emprego duradouro Alinhamento das prioridades, perfil dos investimentos e despesa para a criação de dinamismo, diversificação e consolidação das cadeias de valor empresariais e do emprego Compromisso com reformas institucionais orientadas para o estímulo do crescimento económico, produtividade e competitividade reestruturações, diversificação, dinamismo tecnológico e custos de contexto Políticas e programas para uma adequada poupança nacional, formação e retenção de capital Complementaridade, equilíbrio e colaboração estratégica Políticas e programas para crescimento da flexibilidade produtiva dos diferentes recursos (capital, trabalho e knowhow) necessários ao crescimento económico Promoção ativa dos regimes concorrenciais e correspondente regulação em diversos sectores O índice foi calculado com base em informação recolhida junto do Conselho Consultivo Empresarial que se decompõe no Conselho Consultivo Nacional (Empresários responsáveis por empresas de capital maioritariamente nacional) e Estrangeiro (Gestores de empresas de capital maioritariamente estrangeiro a operar em Portugal). Através do inquérito respondido pelos mesmos, cada uma das 10 dimensões foi avaliada de acordo com uma escala de 0 a 100, onde o valor 0 significa: medida não satisfatória e 100, uma Medida muito positiva para o ambiente empresarial. 6

Deloitte Budget Watch Exame Orçamental 2016 7

Deloitte Budget Watch Exame Orçamental 2016 Evolução do Exame Orçamental A avaliação do OE de 2016, que atingiu 32 pontos, é a mais baixa se sempre e, comparativamente à do ano anterior, em termos globais, registou o maior decréscimo desde 2010 (primeiro ano do Budget Watch). Nos últimos cinco anos, a apreciação dos empresários, neste inquérito qualitativo, às medidas propostas pelo Governo português registou uma melhoria significativa entre 2013 e 2014 (programa de ajustamento teve início em 2011). Até ao momento, a pontuação final do Índice Deloitte Pro-Business nunca ultrapassou os pontos, numa escala de 100, em nenhum dos anos em que o inquérito foi realizado. Ao analisar os resultados observados, de votações de empresários responsáveis por empresas de capital maioritariamente português e os gestores de capital maioritariamente estrangeiro, conclui-se que ambos voltaram a atribuir pontuações médias muito similares, sendo a melhor avaliação a atribuída pelo Conselho Consultivo de gestores de empresas estrangeiras. Importa ainda referir que a avaliação deste ano se explica essencialmente pelo decréscimo das expectativas dos empresários portugueses, mas também dos gestores que lideram as empresas estrangeiras face ao impacte das medidas propostas pelo Governo português. Evolução 5 anos Índice Deloitte Pro-Business Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 100 35 35 43 43 32 Muito bom 43 43 31 33 OE 2014 OE 2015 100 OE 2012 OE 2013 OE 2014 OE 2015 OE 2016 OE 2015 OE 2016 Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 8

Deloitte Budget Watch Exame Orçamental 2016 Evolução da avaliação das dimensões Dimensões de análise com tendência negativa ou estável 55 45 40 35 25 20 15 OE 2011 OE 2012 OE 2013 OE 2014 OE 2015 A Estabilidade macroeconómica D Emprego duradouro F Compromisso com reformas institucionais para o crescimento C Limites ao peso absoluto e relativo do Estado I Políticas para crescimento da flexibilidade produtiva B Estabilidade, simplicidade e carga fiscal E Alinhamento de prioridades públicas e cadeias de valor empresariais H Informação sobre complementariedade estratégica pública e privada G Estímulo à poupança das famílias e empresas J Promoção activa de regimes concorrenciais 9

Deloitte Budget Watch Exame Orçamental 2016 Avaliação global Índice Deloitte Pro Business por Dimensão Comparação 2015-2016 A Estabilidade macroeconómica 60 B Estabilidade, simplicidade e carga K Orçamento Pro-Business fiscal 40 J Promoção activa de regimes concorrenciais 20 10 C Limites ao peso absoluto e relativo do Estado I Políticas para crescimento da flexibilidade produtiva D Emprego duradouro H Informação sobre complementariedade estratégica pública e privada G Estímulo à poupança das famílias e empresas E Alinhamento de prioridades públicas e cadeias de valor empresariais F Compromisso com reformas institucionais para o crescimento OE 2015 OE 2016 10

Deloitte Budget Watch Exame Orçamental 2016 Avaliação por Conselho Consultivo em 2016 Avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro - Exame Orçamental de 2016 A Estabilidade macroeconómica 60 B Estabilidade, simplicidade e carga K Orçamento Pro-Business fiscal 40 J Promoção activa de regimes concorrenciais 20 10 C Limites ao peso absoluto e relativo do Estado I Políticas para crescimento da flexibilidade produtiva D Emprego duradouro H Informação sobre complementariedade estratégica pública e privada G Estímulo à poupança das famílias e empresas E Alinhamento de prioridades públicas e cadeias de valor empresariais F Compromisso com reformas institucionais para o crescimento Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 11

Deloitte Budget Watch Exame Orçamental 2016 Avaliação individual (1/2) Em cada uma das dez dimensões de análise foram realizadas um conjunto de questões detalhadas. As medidas melhor avaliadas foram as referentes às políticas para o fomento da criação e manutenção de emprego duradouro, melhoria da informação relativa a contas públicas, estabilização da inflação e informação sobre dívida pública e compromissos futuros. Top 10 Medidas melhor avaliadas Pontuação média individual Políticas e programas dirigidos ao emprego que permitam um crescimento e melhoria salarial individual e de grupos populacionais 36 46 Informação sobre défice/superavit e evolução do potencial do PIB 44 54 Informação sobre dívida pública e compromissos públicos futuros 42 53 Políticas de emprego para grupos populacionais com maiores dificuldades 42 48 Políticas e programas dirigidos à melhoria das qualificações profissionais 40 46 Informação sobre compromissos e garantias públicas e evolução do ciclo económico, dívida estrutural do Estado e limites à acumulação da dívida externa 39 44 Estabilidade de preços 38 57 Informação sobre as perspectivas de evolução de indicadores de competitividade 38 47 OE 2015 Políticas e programas dirigidos às instituições públicas e privadas que podem ajudar ao emprego 38 46 OE 2016 Informação sobre grandes rubricas da despesa pública e respectivos retornos sociais e privados 39 38 12

Deloitte Budget Watch Exame Orçamental 2016 Avaliação individual (2/2) As medidas pior avaliadas pelo sector empresarial são as referentes às políticas sobre os modelos de colaboração entre políticas públicas e agentes de mercado, às políticas de retenção de capital nas empresas e informação sobre difusão dos efeitos positivos e negativos dos investimentos públicos. Nas dimensões pior avaliadas, a mesma graduou-se por não o que denuncia uma visão negativa significativa nestas matérias Top 10 Medidas pior avaliadas Pontuação média individual Informação sobre difusão dos efeitos positivos e negativos dos investimentos públicos 19 36 Políticas dirigidas à retenção de capitais nas empresas 21 54 Informação sobre a complementaridade, equilíbrio e modelos de colaboração estratégica entre políticas públicas apresentadas e os agentes de mercado 21 48 Políticas dirigidas à melhoria das taxas de poupança de médio e longo prazo das famílias 23 53 Incentivos públicos alinhados para a promoção da mobilidade dos recursos humanos Políticas de reforço da independência económica e política dos reguladores 24 26 46 48 Trade-off entre regulação de interesses públicos de diversa natureza e prossecução de iniciativas privadas 26 44 Garantias dos contribuintes, combate à fraude e evasão fiscais 28 42 OE 2015 Volatilidade da dívida pública (montantes, spreads, maturidades) 28 47 OE 2016 Políticas de eliminação de barreiras de acesso a mercados 2015 2016 29 48 13

Dimensões em Análise 14

Dimensões em Análise (1/10) Estabilidade macroeconómica Índice Deloitte Pro-Business Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro OE 2015 OE 2016 51 53 32 O conceito de estabilidade macroeconómica está intimamente associado a um conjunto de equilíbrios externos e internos da economia de um país. A estabilidade dos preços (inflação), crescimento real estável do PIB e nível do emprego foram os aspetos historicamente dominantes na definição de estabilidade macroeconómica. Ao longo do tempo, surgem também como elementos decisivos, para a avaliar, o equilíbrio das finanças públicas, assim como as flutuações da balança de pagamentos, volatilidade das taxas de juro e das políticas cambiais. Todavia, os elementos essenciais mantêm-se: crescimento e sustentabilidade económica. As políticas macroeconómicas prosseguidas devem procurar promover taxas de crescimento contínuo do investimento, produção e do emprego, assegurar que a inflação não atinja níveis elevados, e que o crescimento é sustentável em termos de endividamento público e privado. Índice Deloitte Pro-Business OE 2014 2015 OE 2015 2016 Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 32 32 Dimensão melhor avaliada em 2015 19 p.p. 15

Dimensões em Análise (2/10) Estabilidade, simplicidade e carga fiscal Índice Deloitte Pro-Business OE 2015 OE 2016 Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 44 44 44 OE 2014 2015 OE 2015 2016 Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 31 32 34 Um Orçamento pro business passa necessariamente por um conjunto de medidas fiscais e parafiscais que, tendo presente a restrição orçamental (agravada pela rigidez da despesa pública corrente), se traduz no reforço da competitividade e eficiência do tecido empresarial, fomentando o empreendedorismo e a capacidade de investimento. Defendemos que o Orçamento não é o lugar para efetuar as grandes reformas fiscais, devendo, ao invés, conter um número limitado, mas relevante, de alterações em sede fiscal que permitam responder de forma eficaz às prioridades económicas do País, num contexto de objetivos de política macroeconómica claros e consensuais. De facto, sem ignorar a relevância da carga fiscal sobre a competitividade das empresas, em particular quando atuam no mercado de bens transacionáveis, existe um conjunto de outros fatores que se revelam da maior relevância em termos de apoio para as empresas e, consequentemente, para a economia, de que destacamos: a estabilidade do sistema fiscal; a qualidade, pragmatismo e simplicidade da legislação fiscal; a certeza e segurança dos sistema fiscal, incluindo os tribunais, com adequada salvaguarda das garantias dos contribuintes; a minimização dos custos de cumprimento; a competitividade em termos comparados com outros sistemas fiscais. Naturalmente, não é despiciendo assegurar uma carga fiscal sem agravamento, que seja competitiva com a praticada nos países que connosco concorrem em termos de atração de investimento direto estrangeiro. Índice Deloitte Pro-Business 12 p.p. 16

Dimensões em Análise (3/10) Limites ao peso absoluto e relativo do Estado Índice Deloitte Pro-Business OE 2015 OE 2016 Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 45 48 OE 2014 2015 OE 2015 2016 Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 37 39 43 O valor atual das receitas líquidas fiscais das gerações atuais e futuras devem ser suficientes para cobrir o valor atual das despesas de consumo e investimento público, assim como a dívida atual do Estado (líquida de ativos). Neste contexto, a introdução de limites ao consumo e investimento público repercute-se numa diminuição do peso absoluto e relativo do Estado na economia e, consequentemente, numa diminuição do valor atual das receitas líquidas fiscais das gerações atuais e futuras. As restrições dos governos para o consumo e investimento público dependem da capacidade de lançar impostos, de colocação de dívida pública (captura de poupança privada interna e externa) e da criação de moeda (não aplicável a Portugal). O efeito dos défices públicos na economia é um dos assuntos mais controversos. Contudo, quer os modelos teóricos, quer os dados empíricos comprovam que um défice orçamental tende a manter/aumentar o consumo (menos impostos), mas a reduzir o investimento (menos poupança disponível) no curto prazo. O seu efeito final na economia depende, entre outros fatores, da combinação entre corte de impostos e/ ou aumento de despesa. A médio e longo prazo, uma dívida pública elevada tende a reduzir o stock de capital da economia e a fazer crescer as taxas de juros reais da economia. Dimensão melhor avaliada em 2016 Índice Deloitte Pro-Business 9 p.p. 17

Dimensões em Análise (4/10) Emprego duradouro Índice Deloitte Pro-Business OE 2015 OE 2016 Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 42 42 OE 2014 2015 OE 2015 2016 Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 38 41 37 39 Um dos objetivos das opções orçamentais é a adoção de políticas para geração de uma situação de pleno emprego. Para que este equilíbrio seja atingido são condições essenciais, para além de diversas políticas macroeconómicas e microeconómicas, (i) melhoria constante de qualificações profissionais, (ii) flexibilidade e mobilidade das pessoas e (iii) ajustamentos salariais positivos e negativos, indexados à produtividade e competitividade dos respetivos sectores. São necessárias políticas e programas destinados a melhorar as referidas condições, para permitir emprego duradouro, crescimento e melhoria sustentável das bases salariais. Acresce a necessidade de maior dedicação de recursos públicos dirigidos à identificação das necessidades dos empregadores. O alinhamento de prioridades, perfis de investimento e despesa pública para a criação de dinamismo, diversificação e consolidação de cadeias de valor empresarial e de emprego requerem medidas e programas específicos para (i) aperfeiçoamento das tomadas de decisão de investimentos privados (redução de externalidades de informação), (ii) maior inserção em atividades das cadeias de valor globais e (iii) condições para uma correta coordenação entre investimentos dos sectores público e privado. Índice Deloitte Pro-Business 4 p.p. 18

Dimensões em Análise (5/10) Alinhamento de prioridades públicas e cadeias de valor empresariais Índice Deloitte Pro-Business 45 37 O alinhamento de prioridades, perfis de investimento e despesa pública para a criação de dinamismo, diversificação e consolidação de cadeias de valor empresarial e de emprego requerem medidas e programas específicos para (i) aperfeiçoamento das tomadas de decisão de investimentos privados (redução de externalidades de informação), (ii) maior inserção em atividades das cadeias de valor globais e (iii) condições para uma correta coordenação entre investimentos dos sectores público e privado. OE 2015 OE 2016 Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 46 45 OE 2014 2015 OE 2015 2016 Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 34 42 Dimensão com a maior diferença na avaliação entre os Conselhos Consultivos Índice Deloitte Pro-Business 8 p.p.

Dimensões em Análise (6/10) Compromisso com reformas institucionais para o crescimento Índice Deloitte Pro-Business 40 33 A competitividade de um país depende constantemente das reformas institucionais que se vão realizando para estímulo do crescimento económico e da produtividade. Importa assim analisar as opções seguidas quanto a diversos fatores de competitividade (tais como sucesso escolar, investimento em tecnologias, preços energéticos, despesas com I&D, legislação laboral, flexibilidade laboral e mercado exportador), assim como modelos de incentivos para reestruturações empresariais, dinamismo tecnológico e redução geral e específica de custos de contexto. Interessam também todas as medidas que eliminem/ diminuem as burocracias que afetam a produtividade das empresas. OE 2015 OE 2016 Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 40 40 32 34 Índice Deloitte Pro-Business 7 p.p. OE 2014 2015 OE 2015 2016 Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 20

Dimensões em Análise (7/10) Estímulo à poupança das famílias e empresas Índice Deloitte Pro-Business 40 21 As políticas macroeconómicas preventivas pretendem também acautelar a excessiva acumulação de dívida pública e privada (empresas e particulares). Nesta medida, o estímulo à criação, manutenção e retenção de poupança das famílias e empresas (lucros) é determinante para a sustentabilidade da nossa economia e a independência relativa ao endividamento externo. Apenas com índices mais elevados de poupança das famílias, empresas e Estado é possível termos maior capacidade de financiar potenciais políticas macroeconómicas contra cíclicas e a sustentabilidade global da nossa economia. OE 2015 OE 2016 Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 42 33 22 OE 2014 2015 OE 2015 2016 20 Dimensão do Índice Pro- Business pior avaliada em 2016 Maior decréscimo do Índice Deloitte Pro-Business de 2015 para 2016 Índice Deloitte Pro-Business 19 p.p. Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 21

Dimensões em Análise (8/10) Informação sobre complementaridade estratégica pública e privada Índice Deloitte Pro-Business 39 O desenvolvimento económico de um país exige complementaridade, equilíbrio e modelos de colaboração estratégica entre políticas públicas e os agentes de mercado. Todavia, devem ser explicitados os potenciais efeitos negativos destas políticas, em face de uma potencial captura de recursos públicos por alguns agentes privados, em detrimento do retorno social esperado dos investimentos públicos/privados. OE 2015 OE 2016 Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 37 42 Índice Deloitte Pro-Business 9 p.p. 22 OE 2014 2015 OE 2015 2016 Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro

Dimensões em Análise (9/10) Políticas para crescimento da flexibilidade produtiva Índice Deloitte Pro-Business 38 29 O crescimento económico depende, para além de outros fatores institucionais e culturais, em larga medida do nível de capital disponível, trabalho e tecnologia / know-how de uma economia. Neste contexto, importa que sejam implementadas medidas que (i) visem promover a mobilidade de capital entre diversos sectores e empresas, assim como (ii) mobilidade e flexibilidade a nível de recursos humanos entre sectores e empresas para acomodar movimentos conjunturais e estruturais e (iii) medidas com vista ao desenvolvimento tecnológico e criação de know-how. OE 2015 OE 2016 Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 40 35 OE 2014 2015 OE 2015 2016 Conselho Consultivo Nacional 32 24 Conselho Consultivo Estrangeiro Dimensão do Índice Pro- Business pior avaliada em 2015 Índice Deloitte Pro-Business 9 p.p. 23

Dimensões em Análise (10/10) Promoção activa de regimes concorrenciais Índice Deloitte Pro-Business OE 2015 OE 2016 Evolução da avaliação dos Conselhos Consultivos Nacional e Estrangeiro 41 42 42 28 28 A eficiente distribuição de recursos numa economia para geração de equilíbrios eficientes faz-se através da aproximação a regimes concorrenciais intensos, a par de restrições que previnam ou reduzam as externalidades negativas dos investimentos privados e alarguem as externalidades positivas. Neste contexto, pretende-se avaliar as políticas de acesso a mercados, privatizações, reforço de independência económica e política dos reguladores, e eliminação de restrições ao exercício de atividades. Paralelamente, deve também ser avaliado o equilíbrio de políticas de regulação de interesses públicos de diversa natureza (consumidores, ambientalistas, v.g.) e prossecução de iniciativas privadas, assim como as políticas propostas de transferência de provisão de bens e serviços públicos para a iniciativa privada em regimes mais concorrenciais. Índice Deloitte Pro-Business 29 14 18% p.p. OE 2014 2015 OE 2015 2016 Conselho Consultivo Nacional Conselho Consultivo Estrangeiro 24

Considerações Finais 25

Considerações finais Na perspectiva empresarial, todas as dimensões registaram um decréscimo relevante em relação ao ano anterior. as medidas conducentes à estabilidade macroeconómica registam, em 2016, a maior variação negativa em relação ao ano anterior (19 p.p.), ano em que registaram as melhores avaliações. as políticas para promover a poupança das famílias e das empresas têm que ser substancialmente melhoradas as medidas relacionadas com emprego duradouro continuam a ser as melhor avaliadas, apesar de terem apresentado um ligeiro decréscimo (4 p.p.) relativamente ao ano de 2015. 26

Anexo 1 Nota Técnica 27

Anexo 1 Nota Técnica O Índice Deloitte Pro-Business tem como principais objetivos avaliar: a responsabilidade orçamental de estímulo ao crescimento económico; e os princípios orçamentais promotores de crescimento, produtividade, emprego, inovação e competitividade. Os questionários foram enviados ao Conselho Consultivo Empresarial em 15 de Abril, acompanhados de um conjunto de notas indexadas ao Relatório do OE, Proposta de Lei e Mapas Anexos, tendo-se obtido 9 respostas completas (12 respostas em 2015, 13 respostas em 2014, 16 respostas em 2013, 9 respostas em 2012, 9 respostas em 2011 e 13 respostas em 2010) que foram objecto de tratamento. Os membros do Conselho Consultivo foram: Empresários responsáveis por empresas de capital maioritariamente nacional: António Eusébio, António Vasconcelos da Mota, Bernardo de Brito e Faro, Francisco Pinto Balsemão, João Martins Serrenho, João Pereira Coutinho, Lazaro Sousa, Manuel Tarrê, Paulo Azevedo, Paulo Fernandes, Paulo José Lopes Varela, Paulo Pereira da Silva, Pedro Maria Calainho Teixeira Duarte, Pedro Queiroz Pereira, Pedro Soares dos Santos e Ricardo Redondo; Empresas de capital maioritariamente estrangeiro a operar em Portugal: António José Calçada de Sá, António Raposo Lima, António Vieira Monteiro, Carlos de Melo Ribeiro, Jorge Magalhães Correia, Juan Angel Vaca, Luís Mira Amaral, Mário Jorge Vaz, Paulo Marchioto e Teresa Mira Godinho. Em caso de dúvida, prestação de alguma informação ou algum esclarecimento adicional, por favor contactar: Jorge Sousa Marrão Partner Tel.: +(351) 210 422 3 jmarrao@deloitte.pt Carlos Loureiro Partner Tel.: +(351) 210 427 515 caloureiro@deloitte.pt 28

Deloitte refere-se a Deloitte Touche Tohmatsu Limited, uma sociedade privada de responsabilidade limitada do Reino Unido (DTTL), ou a uma ou mais entidades da sua rede de firmas membro e suas entidades relacionadas. A DTTL e cada uma das firmas membro da sua rede são entidades legais separadas e independentes. A DTTL (também referida como "Deloitte Global") não presta serviços a clientes. Para aceder à descrição detalhada da estrutura legal da DTTL e suas firmas membro consulte http://www.deloitte.com/view/pt_pt/pt/quem-somos/index.htm A Deloitte presta serviços de auditoria, consultoria fiscal, consultoria de negócios e de gestão e corporate finance a clientes nos mais diversos sectores de actividade. Com uma rede globalmente ligada de firmas membro em mais de 1 países e territórios, a Deloitte combina competências de elevado nível com oferta de serviços qualificados conferindo aos clientes o conhecimento que lhes permite abordar os desafios mais complexos dos seus negócios. Os mais de 200.000 profissionais da Deloitte empenham-se continuamente para serem o padrão de excelência. Esta comunicação apenas contém informação de carácter geral, pelo que não constitui aconselhamento ou prestação de serviços profissionais pela Deloitte Touche Tohmatsu Limited, pelas suas firmas membro ou pelas suas entidades relacionadas (a Rede Deloitte ). Nenhuma entidade da Rede Deloitte é responsável por quaisquer danos ou perdas sofridos pelos resultados que advenham da tomada de decisões baseada nesta comunicação.