Positive Train Control (PTC) A tecnologia aplicada para o. de segurança nas operações ferroviárias

Documentos relacionados
Porf. Rodrigo de Alvarenga Rosa 16/08/2010

PTR Transporte Ferroviário e Transporte Aéreo. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo

Círculo de Controle da Qualidade

2 PRINCIPAIS CONCEITOS

SMART ASSET CONTROL SOLUTION OTIMIZANDO A UTILIZAÇÃO DE ATIVOS MÓVEIS PARA MELHORES RESULTADOS

O acesso à informação é feito através da internet, utilizando um web browser. Não é portanto necessário instalar nenhum software na empresa.

Tecnologias e Interoperabilidade no Transporte Ferroviário

MANUAL DO USUÁRIO PROGRAMA SMGPRO M EDIDORES ANALÓGICOS PARA ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE

19ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA. Projetos de automação na linha de soldagem do Estaleiro de Soldas da VLI.

Vagão Plataforma Multifuncional para o Transporte de Produtos Siderúrgicos

Seja muito Bem- vindo!

ISF 221: PROJETO DE PASSAGEM EM NÍVEL. O projeto de passagem em nível será desenvolvido em duas fases:

Título: O Sistema de Sinalização e Controle CBTC/UTO do monotrilho da Linha 15 - Prata

MRS Logística. Negócios nos Trilhos. Nov

Mais controle. Maior rendimento

A potência em constante evolução. Técnica de locomotivas

CANA-DE-AÇÚCAR. HxGN AgrOn Logistics Colheita inteligente. Conectada. Sincronizada. Otimizada.

Transpetro. Sistema logísticopara escoamento de etanol. Modal hidroviário e a Tietê Paraná

TRENA AUTOMOTIVA. UTILIZA A MESMA PLATAFORMA DOS TAXÍMETROS FIP97 Confiabilidade comprovada e custo de instalação reduzido.

Desenvolvimento do Modal Ferroviário FIESP

Sistema de Medidas de Forças em Mancais Supercondutores.

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC

SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE FROTA

Ferrovia é infra-estrutura que precisa existir e crescer para que outras atividades prosperem.

22ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA CATEGORIA (3) SIMULADOR PARA CONDUÇÃO MANUAL DOS TRENS DRIVERLESS DA VIAQUATO

Associação Brasileira de Automação GS1 Brasil

Transportes Colectivos

Monitoração de Vulnerabilidades e Telemetria

SISTEMAS DISTRIBUÍDOS

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR - MDIC

Jairo Henrique da Costa Pedro Cosme Bruzaca Ailde Pedroso

ESTRATÉGIAS PARA ADAPTAÇÃO DA OFERTA À PROCURA NUMA REDE DE METRO SEM GRANDES INVESTIMENTOS

Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi. NR 8 e NR-10. Professora: Raquel Simas Pereira Teixeira

RELATÓRIO DE ESTÁGIO. São José dos Campos, 4 de Março de Carolina Matsuse Dornellas Novais

Sistemas Embarcados (embutidos) Paulo C. Masiero

Quem Somos. Saindo na frente!

Desiro Mainline. A nova geração de Trens Regionais da Siemens. Março de Transportation Systems. pagina 1

Instalações Eléctricas

OPERAÇÃO DO TRANSPORTE COLETIVO

A indústria metroferroviária brasileira - investimentos e perspectivas

SÃO PAULO TRANSPORTE S.A.

Tema PANORAMA DE MANUTENÇÃO FROTA

Dispositivos Informação

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. SDCD - Sistema Digital de Controle Distribuído

Análise de Investimentos em Infra-Estrutura Ferroviária usando Simulação de Eventos Discretos Estudo de Caso

Laboratório de Física

Plano de mobilidade urbana de carga: proposta e desafios para as cidades brasileiras. Leise Kelli de Oliveira UFMG

APLICAÇÃO DO SOFTWARE ELIPSE E3 NA LUMINAR TINTAS E VERNIZES LTDA.

KTC-DR34EC & KTC-KML093EC1000

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE)

Título: Utilização do Sistema Telemétrico Dinâmico RailBee para estimativa em tempo real do número de passageiros e análise do desempenho do TUE

III ENCONTRO DE FERROVIAS ANTF

Simulação, simuladores e projetos de controle. O uso de simuladores no projeto de sistemas de controle

COMUNICAÇÃO E SEGURANÇA CONDOMINIAL HDL

Projeto de Automação I

FICHAS DE PROCEDIMENTO PREVENÇÃO DE RISCOS

Painel de Extinção BC8013

UTILIZAÇÃO DE MAQUETES PARA O ENSINO DE ENGENHARIA: Automatização e Adequação de Segurança em Prensa Excêntrica

Modelo de Negócios Objetivo

Interpretação da norma NBR ISO/IEC 27001:2006

Modal Ferroviário. Equipe: Docemar M. Borges Felipe Cordova Leonardo F. Heinz Wivian Neckel

PREVENÇÃO DE ACIDENTES RELACIONADOS COM A UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE TRABALHO

Seja bem vindo AZUL SAT (62) teste. tecnologia em segurança eletrônica

FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.

Ditec Rex. Simples e versátil Para um serviço muito intenso

EXPERIÊNCIA 4: IMPLEMENTAÇÃO DE UM CRONÔMETRO

CNC Comando Numérico Computadorizado

IV Simpósio de Infraestrutura Metroviária, Ferroviária e Rodoviária. Assunto: Programa de Integridade Estrutural da Estrada de Ferro Carajás

Aplicações de Mobilidade. para Serviços Públicos_

BRT: Uma visão sistêmica

Especificidades da Segurança Contra Incêndio em Edifícios Hospitalares e Lares de Idosos

Análise de falhas Subestação de Tração Metroferroviário

DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

AUTOR: LEONARDO SOUZA SOARES LEONARDO SOUZA

Medidas de controle do RISCO ELÉTRICO. Desenergização. Desenergização

Aplicação dos Anexos VI e VII da NR 12 em Minas Gerais

Redes de Computadores.

ACIDENTE DO TRABALHO EM FERROVIA

APLICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA DE TELEMETRIA À ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS

Integração dos diferentes Modais de Transporte de usuários na Alemanha

Regulamento Operacional - R.O. Edição - 10/2015 Publicado pela:


Trens Regionais e Turísticos. João Paulo de Jesus Lopes Secretaria dos Transportes Metropolitanos

PEA2502 LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA

Automação Industrial Parte 8

PAINEL ELETRÔNICO MANUAL DE OPERAÇÃO

GEO-REFERENCIAÇÃO DE INSPECÇÕES CCTV

Companhia do Metropolitano do Distrito Federal. Audiência Pública

DISPOSITIVO ANTI- FLAMBAGEM

PLANO DE MOBILIDADE URBANA DE SÃO PAULO

CONTROLADOR do MOTOR de PASSO

Banco de Dados I. Aula 18 - Prof. Bruno Moreno 22/11/2011

AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES SINALIZAÇÃO E SEGURANÇA NO TRANSPORTE FERROVIÁRIO

AS POLÍTICAS PÚBLICAS E ESTRATÉGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA INTERMODALIDADE EM SÃO PAULO

Stara e SAP levam o conceito de IoT para o agronegócio

Quadro de comando TKE-MRL. Benefícios

SPPO SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO POR ÔNIBUS

Curso de Engenharia de Produção

Transcrição:

Positive Train Control (PTC) A tecnologia aplicada para o incremento de produtividade e de segurança nas operações ferroviárias 1

Agenda Introdução; Como o sistema PTC incrementa a segurança; Como o sistema PTC funciona; Como o sistema PTC incrementa a capacidade de transporte da via; Exemplos de Implementação. 2

Introdução Os Estados Unidos está implementado a tecnologia PTC em grande parte de sua malha ferroviária de forma a adequá-la às novas normas de segurança determinadas pelo ato por segurança de 2008 elaborado pelo congresso americano, As principais ferrovias Classe 1 americanas vêm implementando sistemas PTC interoperáveis, entre elas: BNSF, Union Pacific, CSX e Norfolk Southern. A MRS Logística é a primeira empresa da América Latina a implementar esta tecnologia. Através do uso da tecnologia, é possível incrementar simultaneamente a capacidade da via e a segurança das operações ferroviárias. 3

Segurança - Prevenção a Colisões Total Controle da Circulação: Impõe Frenagem 4 Controla a velocidade de forma a garantir cumprimento da velocidade permitida e a parada da composição no limite previamente estipulado. Controla automaticamente a frenagem, de acordo com a distância de frenagem de segurança calculada pelo computador de bordo Aspectos de sinais, posição de máquinas de chave e informações de vizinhança são mostradas dentro da cabine. Licenciamento e autorização de movimento eletrônicos Suprime uso de comunicação por voz Garante obediência da composição aos limites de velocidade e movimentação.

Segurança - Prevenção a acidentes Licenças especiais garantem segurança em operações especiais Zona de manobra Auxílio Equipamentos de manutenção da via permanente Permissões especiais garantem segurança em operações especiais 5 Permite interditar trecho (Com imposição pelo equipamento de bordo) (Ex. Alagamentos, queda de barreiras, homens trabalhando) Permite controlar a velocidade máxima para trecho em particular (Com imposição pelo equipamento de bordo) (Ex. Passagens de nível, homens trabalhando, pontes, túneis etc) Permite reservar trechos da via para manutenção (Com imposição pelo equipamento de bordo) (ex. Homens trabalhando, resgate em caso de acidente)

Segurança - Prevenção de Descarrilamento Controle de velocidade em trechos urbanos Restrições temporárias e permanentes de velocidade em trechos específicos Restrições de velocidade baseadas nos dados operacionais da composição Tipo de carga Tipo de trem Itinerário do trem Atividades programadas do trem Controle da velocidade em mudanças de via Restrições tipo Head-end ou Full-train Passagens de nível Homens trabalhando Etc 6

Segurança - Zonas de Serviço Requer a parada antes da entrada na zona de serviço caso não exista autorização prévia. Controle e monitoração da velocidade na zona de serviço. Pode ser integrado a terminais de trabalho de operários. EIC (Employee in charge) Apresenta a visualização da via e de seus elementos na área de atuação da equipe de manutenção, permitindo ao encarregado visualizar trens, acompanhar sua movimentação e requisitar intervalos de trabalho à operação. 7

Segurança Máquinas de Chave Força a parada da composição em caso de discrepância no posicionamento da máquina de chave. Inconsistência entre licença recebida e real posicionamento da máquina de chave. Força a parada da composição em caso de chave sem indicação. Chave sem indicação, com posição desconhecida Controla a velocidade sobre as maquinas de chave de acordo com sua posição. 8

Segurança Prevenção. Controla os trechos limites das licenças e suas restrições de velocidade. Baseado em velocidade, consistência dos dados, e geografia. Alarme sonoro (Buzina) em passagens de nível. Monitora a integridade da via. Impõe parada imediata de trens com segurança em caso de alarme de detetor de descarrilamento. 9

Aumento da capacidade da ferrovia Aumento da segurança propicía maior segmentação da ferrovia. Maior segmentação da ferrovia permite maior número de trens com segurança onde antes apenas um trem trafegava por vez. Maior confiabilidade do posicionamento do trem permite aproximar mais os trens de zonas de manutenção ou manobra. Maior controle e previsibilidade no cumprimento dos tempos de percurso. Manutenção baseada em confiabilidade permite melhor controle da frota. 10

Como o sistema funciona? CCO Antes do trem deixar o terminal de origem, toda a informação relevante é enviada pelo centro de controle ao computador de bordo Perfil de Via Limites de Velocidade Dados da composição Inicialização 11

Como o sistema funciona? CCO Um sistema GPS em conjunto com o perfil de via carregado no computador de bordo determina a exata lozalização da composição 12

Como o sistema funciona? CCO Com o movimento do trem, o computador de bordo gera automaticamente as curvas de frenagem de acordo com os dados operacionais Frenagem Preditiva Warning Curve Braking Curve 13

Como o sistema funciona? CCO O sistema se comunica com os sensores e equipamentos de via, verificando sua integridade, a posição correta das máquinas de chave e os aspectos dos sinais 14

Como o sistema incrementa a capacidade da via? 3 km 15 km Operador possui trechos de via entre pontos de controle (pátios) de 10km a 15km. Este trecho é indicado no centra de controle como um bloco único. Como resultado, apenas uma composição a cada vez poderá ocupar este bloco entre passagens por sua entrada e saída. Vamos imaginar que o operador tenha determinado que uma distância de frenagem adequada para sua operação a uma velocidade estipulada seja de 3 Km. A capacidade da via poderá ser incrementada dividindo-se este bloco de 15 Km em blocos de 3 Km e monitorando o movimento das composições na passagem por estes blocos únicos de 3 Km através do uso de circuitos de via eletrônicos. 15

Exemplos de Implantação - BNSF Centro de Controle de Operações da BNSF, Ft. Worth, TX 16

Exemplos de Implementação - MRS 17

Obrigado! Andreas Naf anaf@wabtec.com 18