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Transcrição:

Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Uma outra vez a experiência da dupla fenda 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Probabilidade de chegada do elétron, com a fenda fechada: * 1 1 1 * Probabilidade de chegada do elétron, com a fenda 1 fechada: 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 3

A fim de achar a probabilidade de se detectar o elétron num certo ponto sobre a tela com as duas fendas abertas, devemos admitir que o elétron está num estado superposto dado por: 1 Então, a probabilidade de se perceber o elétron na tela é igual à grandeza: 1 1 1 cos Diagrama de fasores Termo de interferência 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 4

Portanto: A fim de interpretar os resultados, somos forçados a concluir que um elétron interage simultaneamente com as duas fendas. Quando se tenta determinar experimentalmente qual a fenda por onde passa o elétron, o ato experimental de determinação destruirá a figura de interferência. Portanto, é impossível determinar através de qual fenda o elétron passa. Na realidade, podemos dizer que o elétron passa através das duas fendas! 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 5

Microscópio eletrônico de transmissão (MET) 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 6

Exemplos: Partículas de TaB na matrix supercondutora de MgB. Microscopia eletrônica de transmissão convencional 18/11/015 Microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 7

Exemplos: Partículas de TaB na matrix supercondutora de MgB. Microscopia eletrônica de transmissão convencional 18/11/015 Microscopia eletrônica de transmissão de alta resolução Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 8

Figura de difração Figura de difração e HRTEM (high resolution transmition electron microscopy) 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 9

O Princípio da incerteza Conforme a mecânica clássica, não há barreira fundamental para o aperfeiçoamento mais refinado do aparelho de medida ou procedimento experimental. Isto é, em princípio, seria possível fazer as medidas com incertezas arbitrariamente pequena ou com exatidão infinita. A mecânica quântica prevê, porém, que é impossível fazer medições simultâneas da posição de uma partícula e da velocidade de uma partícula com exatidão infinita. Em 197, Heisenberg introduziu pela primeira vez a noção da impossibilidade de se determinar simultaneamente e com precisão limitada a posição e momento linear de uma partícula. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 10

O Princípio da incerteza Se uma medida da posição for feita com precisão Δx e se uma medida simultânea do momento for feita com precisão Δp, então o produto das duas incertezas nunca poderá ser menor que um número da ordem de. Posição-velocidade: x p 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 11

Há outra forma do princípio da incerteza, que estabelece os limites da exatidão com que se pode medir a energia de um sistema ΔE, quando se precisa de um intervalo de tempo Δt para efetuar a medida. Energia-tempo: E t 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 1

Exemplo: Localização de um elétron Mede-se a velocidade de um elétron, 5,00.10 3 m/s, com a exatidão de 0,003%. Achar a incerteza na determinação da posição deste elétron. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 13

Exemplo: A largura das raias espectrais Embora um átomo excitado possa irradiar em qualquer instante entre t =0et =, o tempo médio que decorre depois da excitação eduranteoqualumgrupodeátomosirradiaéavidamédia,. (a) Se =10-8 s, usar o princípio da incerteza para calcular a larguradaraiaδfprovocada por esta vida média finita. (b) Se o comprimento de onda da raia espectral envolvida neste processo for 500 nm, achar o alargamento relativo da Δf/f 0. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 14

Função de onda Comportamento da luz e o comportamento da matéria. Ambas se comportam como ondas e partículas. No caso das ondas de luz, a teoria ondulatória dá apenas a probabilidade de se encontrar um fóton num certo ponto dentro de um certo intervalo de tempo. Da mesma forma, as ondas de matéria são descritas por funções de onda complexas (imaginárias) cujo quadrado do módulo dá a probabilidade de se encontrar a partícula num certo ponto, num certo instante. * 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 15

* a complexa conjugada A função de onda tem toda a informação que se pode ter sobre a partícula. Muitas experiências efetuadas mostram que a matéria tem uma natureza ondulatória e uma natureza corpuscular. Uma pergunta muito natural que se faz a este propósito é a seguinte: Se estivermos descrevendo uma partícula, um elétron, por exemplo, como descrevemos o que está ondulando? 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 16

A resposta para essa pergunta é clara no caso de ondas em cordas, de ondas na água, de ondas sonoras. Estas constituem a propagação nummeiomaterial.emcadacaso,aondaérepresentadaporuma grandeza que varia com o tempo e com a posição. Ondas sonoras: variação da pressão Δp Ondas em cordas: deslocamento transversal y De modo semelhante, as ondas de matéria, ou ondas de de Broglie, podem ser representadas por uma grandeza, afunção de onda. Função de onda: 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 17

Depende do tempo e da posição de todas as partículas do sistema x, y, z, t A forma de depende do sistema que estiver sendo descrito e das forças que atuam sobre o sistema. Se for conhecida para uma partícula, então as propriedades particulares desta particular poderão ser descritas. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 18

A equação de onda de de Broglie relaciona o momento linear de uma partícula ao seu comprimento de onda, pela igualdade: p=h/ Se uma partícula livre tiver o momento precisamente conhecido, a sua função de onda é uma senoidal de comprimento de onda = h / p A parte real da função de onda desta partícula livre que se move sobre o eixo dos x pode ser escrita na forma: x x Asen Asenkx k = / é o número de onda A é uma constante 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 19

Embora não seja uma grandeza que se possa medir, a grandeza pode ser medida, onde é o quadrado do módulo de. Se representa uma única partícula, então é a probabilidade, por unidade de volume, de a partícula ser encontrada num certo ponto. Probabilidade = dv Max Born 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 0

Probabilidade de a partícula ser encontrada no intervalo infinitesimal dx, em torno de um ponto x: P x dx dx Uma vez que a partícula deve estar num ponto qualquer do eixo dos x, a soma das probabilidades sobre todos os valores de x deve ser 1: dx 1 (Normalização) A normalização é a simples afirmação de a partícula estar, num instante qualquer, num certo ponto. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 1

A probabilidade de se encontrar a partícula no intervalo é dada por: a x b b P ab dx a Experimentalmente, há uma probabilidade finita de se encontrar a partícula num certo ponto, num certo instante. O valor da probabilidade deve estar entre os limites 0 e 1. Por exemplo, se a probabilidade é de 0,3, isto significa haver 30% de chance de se encontrar a partícula. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva

Partícula numa caixa Do ponto de vista clássico, uma partícula se move sobre o eixo dos x e reflete para frente e para trás entre duas paredes impenetráveis. Se a velocidade da partícula for v, então: Momento = mv = constante Energia = constante 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 3

Revendo a situação clássica das ondas estacionárias numa corda tensionada, que é análoga ao problema da partícula na caixa. Condições de contorno: y =0emx =0ex = L L L n n 1,, 3, 4,... n Este resultado mostra que o comprimento de onda é quantizado. y k x Asenkx L n n L y x Asen n x L n = 1,, 3, 4,... 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 4

Retornando à descrição da mecânica quântica de uma partícula numa caixa. Condições de contorno: (x) = 0 em x = 0 e x = L nx x Asen n = 1,, 3, 4,... L Os estados permitidos do sistema são os estados estacionários, pois representam ondas estacionárias e não ondas progressivas. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 5

Energias permitidas L n 1, n O módulo do momento:, 3, 4,... p h h L n nh L p mv E 1 p nh L mv c m m E n h 8mL n n = 1,, 3, 4,... 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 6

Resumo: Distribuição de probabilidade Níveis de energia permitidos Se a partícula for eletricamente carregada (por exemplo, se fosse um elétron), então: Emitiria um fóton se caísse de um nível excitado, para um nível mais baixo Poderia absorver um fóton e saltar para um estado excitado 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 7

Exemplo: Um elétron ligado Um elétron está confinado entre duas barreiras impenetráveis, separadas por 0, nm. Determinar os níveis de energia para os estados n =1,e3. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 8

Exemplo: Quantização de energia de um corpo macroscópico Um pequeno corpo, com a massa de 1 mg, está confinado e se move entre duas paredes rígidas separadas por 1 cm. (a) calcular a velocidade mínima do corpo. (b) Se a velocidade do corpo for 3.10 - m/s, achar o valor correspondente de n. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 9

Exemplo: Modelo de um átomo Um átomo pode ser imaginado como diversos elétrons que se movem em torno de um núcleo com carga positiva, com estes elétrons sujeitos principalmente à atração coulombiana do núcleo (na realidade atração parcialmente blindada pelos elétrons mais internos). O poço de potencial em que cada elétron se vê está esquematizado na figura. Usar o modelo de uma partícula numa caixa para estimar a energia (em ev) necessária para elevar um elétron do estado n =1paraoestado n =, admitindo que o átomo tenha um raio de 0,1 nm. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 30

18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 31 A equação de Schrödinger A famosa equação de Schrödinger aplicada a uma partícula obrigada a se mover sobre o eixo dos x: t t x i t x t x U x t x m,,,, Uma vez que esta é uma equação independente do tempo, é comumente chamada a equação de Schrödinger independente do tempo. Sem dependência do tempo: x E x x U x x m

x m E U Equação de Schrödinger independente do tempo U = energia potencial Em princípio, se a energia potencial U(x) do sistema for conhecida, podemos resolver a equação de Schrödinger e ter as funções de onda e também as energias dos estados permitidos. Uma vez que U varia com a posição, é necessário resolver a equação em diferentes regiões do espaço. Neste processo, as funções de onda das diferentes regiões têm que se acoplar suavemente nas fronteiras ((x) seja contínua) 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 3

A partícula numa caixa As paredes são infinitamente altas: U x para x = 0 e x = L No interior da caixa a energia potencial é constante: U(x) = 0 em 0 < x < L 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 33

x me k onde: k me Solução da equação diferencial: x Asenkx Condições de contorno: 0 Asenk0 0 L AsenkL 0 E n h 8mL n kl me L n n x Asen nx L 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 34

Partícula num poço de altura finita (potencial quadrado) Do ponto de vista clássico, a partícula estaria permanentemente ligada na região 0 < x < L. Porém, conforme a mecânica quântica, há uma probabilidade finita de a partícula ser encontrada fora desta região. 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 35

Funções de onda, Densidade de probabilidade, 18/11/015 Prof. Dr. Lucas Barboza Sarno da Silva 36