Profissionais da Saúde e provimento em áreas remotas

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Transcrição:

I Fórum Internacional sobre Cobertura e Sistemas Universais em Saúde Profissionais da Saúde e provimento em áreas remotas Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde Departamento de Planejamento e Regulação da Provisão de Profissionais de Saúde 02 de fevereiro de 2014 1

O Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio de ter um sistema universal, público e gratuito de Saúde A saúde é direito de todos e dever do Estado, garan0do mediante polí0cas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação (Art. 196 Cons0tuição Federal) A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício (Art. 2º - Lei Orgânica da Saúde 8.080/90) 2

A dimensão do SUS A dimensão do SUS 3,7 bilhões de procedimentos ambulatoriais/ano* 3,7 bilhões de procedimentos ambulatoriais/ano* 531 milhões de consultas médicas/ano* 531 milhões de consultas médicas/ano* 11 milhões de internações/ano* 11 milhões de internações/ano* Maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo Maior sistema público de transplantes de órgãos do mundo 98% do mercado de vacinas é movimentado pelo SUS 98% do mercado de vacinas é movimentado pelo SUS 32,8 milhões de procedimentos oncológicos (2010-2012) 32,8 milhões de procedimentos oncológicos (2010-2012)* 2,5 milhões de procedimentos de quimioterapia são feitos no SUS 21,3 mil em 97% dos procedimentos de quimioterapia são feitos 2013** no SUS 100,1 mil em 14,5 milhões 4,7 de OPM milhões ambulatoriais de OPM ambulatoriais (cadeira de rodas, (cadeira aparelho de audi0vo, rodas, aparelho audi0vo, 2013** bolsa de ostomia, prótese ocular, muletas, bolsa bengalas) de ostomia, prótese ocular, muletas, bengalas) * Fonte: SIGTAP/DATASUS, dados de 2012, sujeito a alterações ** Fonte: SIGTAP/DATASUS, nov/2013

Alcançada meta do ODM 4 antes de 2015 Taxa de mortalidade na infância caiu 77% entre 1990 e 2012 Meta ODM 4: A]ngida Queda de 40% nos úl]mos 10 anos Queda de 9% entre 2010 e 2012 O Brasil foi o país que MAIS reduziu a mortalidade infan]l entre nações da América La]na, BRICS e países de renda média alta. Taxa de mortalidade infan]l (até 1 ano) Reduziu 45% em 10 anos. 9% entre 2010-2012. Taxa de mortalidade de recém- nascidos (até 27 dias) Reduziu 31% em 10 anos. 8% entre 2010-2012. *Fontes: SIM/2012 e Unicef dados preliminares para 2012 ODM: Obje]vos de Desenvolvimento do Milênio (ONU, 2000) 4

ASSIMETRIAS DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA Fonte: IBGE, (2010).

ASSIMETRIAS DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA 2010 - Renda per capita média Fonte: IBGE (2010).

ASSIMETRIAS DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA 2010 - Mortalidade até cinco anos de idade Fonte: IBGE, 2010.

ASSIMETRIAS DA FEDERAÇÃO BRASILEIRA 2010 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (2013).

ÍNDICE DE ESCASSEZ DE MÉDICOS EM APS EM 2010* Fonte: Estação de Pesquisa de Sinais de Mercado (EPSM/NESCON/FM/UFMG). * Considera o número de médicos equivalente a 40 horas nas especialidades de clínica médica, saúde da família e pediatria.

22 estados estão abaixo da média nacional 5 menos de 1 médico por mil habitantes - AC, AP, MA, PA e PI BRASIL: 1,83 médicos para cada mil habitantes 10 Fonte: CFM e IBGE 2012

OMS Recife (PE), 11/11/2013 Uma verdade universal: não há saúde sem força de trabalho ü Brasil tem 31,4 profissionais de saúde/10 mil habitantes ü OMS recomenda 34,5/10 mil para que um país possa ser considerado prestador de assistência global na área. ü Nas Américas, Brasil ocupa 19º lugar (todos os países do Mercosul estão em melhor posição que o Brasil) ü Es]ma]va de déficit de profissionais de saúde no mundo até 2035: 12,9 milhões. ü 2013: déficit de 7,2 milhões de profissionais (OMS). 11

Mais Médicos

Mais Médicos Através da parceria com MEC, estados e municípios, o MS amplia incen0vos: Clínica Geral 1 2 3 4 5 6 Desconto na dívida do FIES para os profissionais que trabalham onde o SUS precisa Provab: Incen]vo, na prova residência, para quem trabalhar nas periferias das grandes cidades e no interior. Novas vagas de residência em especialidades nos estados que mais precisam: 12,4 mil novas vagas até 2017. Abertura de 11,5 mil novas vagas em cursos de medicina até 2017. 30% da carga horária do internato na graduação em Atenção Básica e Urgência e Emergência no SUS Graduados em Medicina terão de fazer de 1 a 2 anos de residência em Medicina Geral de Família e Comunidade para ingressar nas demais especializações

Mais formação para médicos que conheçam a realidade do nosso povo Graduação Residência Médica Graduados em Medicina terão de fazer de um a dois anos de residência em Medicina Geral de Família e Comunidade para ingressar nas demais especializações Graduação Ao menos, 30% da carga horária do internato médico serão desenvolvidos na Atenção Básica e em Serviço de Urgência e Emergência do SUS Médico especialista 14

Mais formação e mais especialistas Residência para acesso universal de todos os graduados em medicina a par0r de 2018. Mais especialistas para o novo perfil de saúde, com mais 12,4 mil novas bolsas de formação. 15

Atuação dos médicos estrangeiros no mundo % de médicos que se graduaram no exterior Inglaterra: 37% EUA: 25% Austrália: 22% Canadá: 17% Brasil: 1,79% 16

Recursos Humanos em Saúde Resolução CD52.R13 OMS/OPAS (04/10/2013) Apoia a formulação de planos de ação para provimento de recursos humanos para a saúde na atenção básica. Resolve: ü intensificar a cooperação internacional para formulação de polí]cas e capacidades de planejamento; ü recomendar mudanças na formação em saúde e da pós- graduação, com foco em atenção básica; ü recomendar avaliação e monitoramento de regras e benetcios para recrutar, contratar e estabilizar os profissionais, especialmente em áreas remotas e subatendidas; ü propor adoção de código mundial de exercício profissional e normas é]cas para o recrutamento internacional de profissionais de saúde Recomendação que mais de 40% do total da força de trabalho médica esteja na atenção básica (Carissa E0enneé Diretora OPAS) 17

Balanço Programa Mais Médicos Municípios Adesão 4.027 municípios 13 mil médicos: capacidade imediata de iniciar as a0vidades Municípios Prioritários 2.342 municípios prioritários (20% de extrema pobreza, G100 e regiões metropolitanas) 18

Mais Médicos: primeiros resultados 6.658 médicos: 819 brasileiros e 5.839 estrangeiros ü 23 milhões de pessoas cobertas ü Final de 2014: 46 milhões de brasileiros Cobertura de 2.166 municípios e 28 distritos indígenas: ü Semiárido; ü Região Norte; ü Vales do Jequi]nhonha, Mucuri e Ribeira ü Médio Alto Uruguai; ü Municípios com população quilombola; ü Municípios com IDHM baixo ou muito baixo; ü Saúde indígena. 1ª etapa 2ª etapa 19

População aprova Mais Médicos Pesquisas divulgadas em julho, setembro e novembro pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), revelam aumento da aprovação da vinda de médicos estrangeiros: 74 84.3 49.7 47.1 24 12.8 3.2 2 2.9 julho setembro novembro aprova desaprova NS/NR 20

Mais médicos para a atenção básica 13.000 médicos até mar/2014 Mais formação, com mais 11,5 mil vagas de medicina Mais Especialistas 12,4 mil novas bolsas de formação. Mais infraestrutura para a saúde Mais medicamentos com a Farmácia Popular Mais Cirurgias, mais transplantes Mais cuidado com mulheres e crianças Mais inovação tecnológica Mais Financiamento para o SUS. 21

Outros grandes desafios Obrigado! maismedicos@saude.gov.br Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde/MS 22