EXECUTIVE briefing guia executivo para decisões estratégicas Desvendando o Cloud Computing A arquitetura quebra o modelo tradicional de aquisição de recursos de TI, reduz custos com criação e modernização de infraestrutura, promovendo o crescimento da empresa. Saiba como Introdução 2 Capítulo 1 4 Arquitetura da nuvem Capítulo 2 6 As vantagens do modelo Capítulo 3 7 Impactos e desafios Capítulo 4 9 Proteção garantida? O significado de computação em nuvem, o desenho da arquitetura, os desafios e como o conceito muda a forma de usar e comprar soluções de Tecnologia da Informação para impulsionar negócios. Tudo isso neste Executive Briefing do COMPUTERWORLD. Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 1
introdução Um modelo em que os recursos de Tecnologia da Informação utilizados são pagos pelo o que é consumido e entregues pela internet. Nada mais, nada menos. Tal qual acontece com a energia elétrica. Essa é a proposta do Cloud Computing computação em nuvem. Em nuvem porque servidores e todos os recursos computacionais ficam distantes do usuário, providos por empresas especializadas ou alocados em um ponto da rede, sendo acessados por meio da internet. A qualquer hora, de qualquer lugar. É o fim do modelo cliente/servidor, em que a computação deixa de ser local e passa a ser realizada a partir da nuvem, via internet, sentencia Nicholas Carr, um dos mais influentes e polêmicos especialistas em Business Technology da atualidade, em seu último livro A grande mudança, editora Landscape. O pensador de TI, em sua primeira visita ao Páis, no Interop 2008, teve a oportunidade de compartilhar, pessoalmente, com o mercado brasileiro algumas de suas idéias em relação ao tema. Processamento e armazenamento de informações e tudo o que acontece dentro do computador irão migrar para a web. O PC será apenas um dispositivo de acesso, diz. De lá pra cá, o que pareceu agressivo ganhou novos contornos. O conceito amadurece a cada dia e tem sido objeto de discussão quando o assunto é estratégia de negócios. Mas a definição desse desenho vai da mais simples a mais complexa. Ronaldo Roveri, analista sênior da IDC, diz que não há como fechar uma descrição, mas arrisca: É a habilidade do provedor ou do departamento de TI em entregar em tempo real as aplicações como serviço em diferentes ambientes por meio da internet. Há quem o defina como a combinação entre grid computing e software como serviço, ou simplesmente virtualização de rede. Os mais cautelosos descrevem cloud computing como um conjunto que abriga outros conceitos conhecidos, alguns deles consagrados, como virtualização, grid computing, utility computing, software como serviço (SaaS), Application Service Provider (ASP), arquitetura orientada a serviços (SOA) e Business Process Management (BPM). Considerando que o modelo ainda exercita os músculos para se fortalecer no mercado, em sua trajetória certamente ganhará novos ingredientes para aprimorar e adequar sua definição. Mas o avanço acontece a passos largos. Perspectivas animadoras Estudo realizado com executivos de TI levou a IDC a projetar para 2012 US$ 42 bilhões em gastos com serviços na nuvem. O instituto de pesquisa Gartner também prevê para o mesmo período crescimento de 12% para o mercado de cloud computing. De acordo com Frank Gens, vice-presidente sênior da consultoria, o modelo oferece uma forma muito mais barata para as empresas comprarem e usar TI. Com o mau momento econômico, o apelo dessa redução de custos será enorme, diz o executivo em um dos relatórios da IDC. Não por acaso, o conceito está na lista de tendências para este ano dos mais importantes institutos de A IDC projeta para 2012 US$ 42 bilhões em gastos com serviços no modelo cloud computing, que está entre as tecnologias emergentes neste ano pesquisas e consultorias do setor. Para a IDC, a pressão orçamentária dos departamentos de TI atualmente impulsionará a adoção dessa nova arquitetura. Mais do que cortar custos, na visão do Gartner, a tecnologia ganhará destaque por sua escalabilidade ao permitir crescimento rápido das Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 2
empresas, que não mais terão de se preocupar em expandir a infraestrutura. Gens acredita que cloud computing é muito atraente para as pequenas e médias empresas por ser estratégico para qualquer plano de recuperação econômica. Além da crise, de acordo com a IDC, outro fator que também impulsiona a adoção do conceito é a busca pelo crescimento e receita em regiões emergentes como Brasil, Rússia, Índia e China (integrantes do BRIC). Na avaliação de Carr, que previa a entrada das grandes empresas no universo cloud computing nos próximos 20 anos, a expectativa caiu para de cinco a dez anos. Tudo está se movendo rápido demais, atesta e ressalta: Uma empresa não acorda um belo dia e diz: vamos mudar tudo para cloud hoje. Será um processo lento e dependerá do sucesso de projetos menores. Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 3
cap. 1 Infraestrutura Arquitetura da nuvem Composta pela cadeia de prestadores de serviços, ela reúne desenvolvedores de softwares, fabricantes de hardware, empresas de hospedagem... A idéia central do cloud computing é o fornecimento de serviços de computação por meio da internet. Os usuários podem acessar arquivos, documentos, e-mail e até mesmo rodar aplicativos em um computador conectado à web. Para tornar mais claro o funcionamento da nuvem, um exemplo é o serviço gratuito Google Docs. Ele mantém os dados armazenados em seus data centers e os usuários dos serviços apenas acessam via web, de qualquer lugar a qualquer hora, por meio de um navegador. Todos os dados, aplicações, entre outros recursos de interesse também podem ser acessados da nuvem via diferentes tipos de dispositivos de acesso além do PC, como smartphone, por exemplo. A nuvem pode oferecer os mais variados tipos de recursos de Tecnologia da Informação, dos diversos níveis de computação, aplicativos, além de proporcionar o armazenamento de arquivos nos mais diferentes formatos. Quem habita o cloud? Empresas desenvolvedoras de softwares, fabricantes de hardware, data centers, prestadoras de serviços sob demanda, entre outros. Simplicidade Além do acesso facilitado às informações e recursos com mobilidade, o benefício do compartilhamento de dados com vários grupos de qualquer parte do mundo é uma grande vantagem oferecida pela nuvem. Sem contar que o usuário não terá mais de se preocupar com instalação de inúmeros aplicativos necessários para a realização de tarefas no seu dia-a-dia de trabalho. E nunca mais perder noites de sono porque esqueceu de fazer backup. A interface passa a ficar na nuvem, diz Roveri. O analista sênior da IDC explica que por essa razão há toda uma preocupação de criar nova cultura junto ao usuário, pois ele não terá mais seus dados e suas pastas armazenados na sua máquina. Há quebra de padrões tradicionais. Mas temos de considerar que hoje grande O cloud comporta uma massa de servidores capaz de atender às exigências computacionais de empresas de variados setores da economia parte da vida das pessoas já está na web, lembra Roveri. Outro desafio para o usuário nesse tipo de arquitetura, prossegue o executivo, é que ele terá de investir obrigatoriamente em uma conexão de rede de qualidade. De nada adianta ter recursos disponíveis a qualquer hora e lugar se não há garantia de acesso rápido e de qualidade, alerta. Poder de recursos O claud comporta uma massa de servidores capazes de atender às exigências computacionais de cada usuário. As centenas de Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 4
milhares de servidores são configuradas em sistema de cluster, que operam como se fossem um supercomputador. Os dados ficam armazenados de maneira descentralizada e as tarefas distribuídas. O sistema permite que novos servidores sejam adicionados sem complexidade para proporcionar mais poder de processamento quando necessário. Para aprimorar a eficiência da nuvem, e ainda reduzir custos com manutenção, muitas empresas usam o conceito de virtualização, combinado com o de grid computing, que pode ser definido resumidamente como um cluster com grande número de máquinas. O importante nesse desenho é que os servidores vão para as nuvens. Dessa forma, é possível determinar quanto poder de processamento, armazenamento e memória o usuário quer contratar e verificar se a necessidade cabe no bolso da empresa, com a flexibilidade de poder moldar o plano de acordo com o momento financeiro da corporação. Há quem defenda, em uma primeira fase, a construção de uma infraestrutura própria, ligada a parceiros de negócios e sites de confiança. Um desenho que comporta variadas nuvens, de diversos tamanhos e níveis de recursos computacionais, que podem se interligar quando houver necessidade. Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 5
cap. 2 ti como serviço As vantagens do modelo Redução de custos com a construção e modernização de infraestrutura do ambiente de Tecnologia da Informação e aquisição de recursos sob demanda são os destaques O cloud computing prevê o melhor aproveitamento dos investimentos em hardware. Um dos seus pilares é a consolidação dos recursos de hardware para que sejam aproveitados ao máximo e gerenciados de forma inteligente, proporcionando economia de custos. Quando há necessidade de mais processamento, o usuário pode realizar um upgrade imediato de capacidade, sem precisar trocar componentes ou até mesmo equipamentos inteiros. O mesmo vale para armazenamento ou upgrades de software. No desenho tradicional, para atualizar um software, o administrador tem de reinstalar todo o produto na máquina de cada usuário. Com a nuvem, os aplicativos podem ser constantemente aperfeiçoados sem impactos, uma vez que estão hospedados em um ponto central. O cloud computing não exige equipamentos potentes na ponta para acessar as aplicações. Como a parte mais pesada do processamento fica na nuvem, somente são necessários um browser e uma boa conexão à internet. Nesse modelo, qualquer usuário pode ter um supercomputador. Com a infraestrutura fora de casa, total ou parcialmente, as empresas tendem a obter redução de custos com investimentos para esse fim. As despesas com manutenção do ambiente também passam a ser menores. Minimizam ainda os problemas de ociosidade de máquinas e capacidade de processamento malaproveitada. A escalabilidade é outro ponto favorável. A empresa que contrata os serviços da nuvem pode expandir com rapidez e facilidade a sua infraestrutura de acordo com a necessidade do seu negócio. Assim, o ambiente de TI estará sempre alinhado às exigências corporativas do momento: esticar ou encolher a estrutura quando quiser. A vantagem é que todo esse processo ocorre sem que o usuário prejudique suas operações com troca de equipamentos ou componentes, obtendo ainda ganhos em produtividade. Mais do que produtividade, a computação em nuvem também oferece a oportunidade de dedicação dos profissionais de TI a tarefas mais estratégicas do que operacionais. O tempo antes consumido com a manutenção dos equipamentos pode ser direcionado para questões que aprimorem o gerenciamento e o planejamento da área. Esse novo modelo de acesso à tecnologia por meio de serviços garante atualização constante, sob medida para o tamanho do bolso de cada empresa, possibilitando especialmente que projetos saiam das gavetas e alimente o negócio com recursos de ponta. Não será mais necessário comprar servidores e mais infraestrutura para satisfazer picos de demanda, a companhia pode usar essa verba para outros fins. Mais do que produtividade, a computação em nuvem também oferece a oportunidade de dedicação dos profissionais de TI a tarefas mais estratégicas Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 6
cap. 3 Implementação Impactos e desafios A adoção do conceito de cloud computing promete mudar o desenho da atuação da área de TI e facilitar a atualização das tecnologias nas organizações O modelo ainda vivencia fase de muitas discussões, contudo evolui rapidamente. Como acontece com todos os conceitos que surgem no setor, ainda existem preocupações e ceticismos. Em razão da sua proposta amarrada na modalidade serviços sob demanda, as formas de comercialização de software na nuvem geram impacto nas tradicionais, realizadas por meio de licenças. Ainda não existe um padrão definido pelos fornecedores. Uns se apresentam confortáveis no SaaS (software como serviço) e outros pretendem implementar um mix com licenças de uso e sob demanda. É delicada a mudança de comercialização por meio de licenças para liberação do software como serviço. De acordo com consultores, o impacto é forte nas receitas das companhias fornecedoras. Terão de ganhar no volume, afirmam. Pesquisa realizada no ano passado pela IDC revela que 4% das companhias entrevistadas já havia implementado algum formato de claud computing e a previsão é que atinja 9% em 2012. A consultoria prevê ainda a mudança na forma de aquisição de software já para este ano. Os investimentos na manutenção de licenças devem crescer em 12,2%, contra 9,3% em novas licenças. Ainda em 2009, a IDC projeta crescimento do mercado norte-americano de SaaS de 36% para 40,5% comparado ao ano passado, impulsionado pela crise mundial. No mesmo período, 76% das organizações norteamericanas usarão ao menos uma aplicação entregue no modelo software como serviço. Para o instituto de pesquisa Gartner, o impacto do cloud computing é semelhante ao do e-business. Isso porque o modelo representa uma ruptura que vai modificar as relações entre usuários e fornecedores de TI. Os usuários poderão se concentrar no serviço oferecido pela tecnologia e não em como os sistemas são implementados. Novo mundo Mais uma vez Nicholas Carr, especialista em Business Technology, provocou polêmica quando disse que a computação acabará com a maioria das áreas de tecnologia corporativas. Ele afirma em seu último livro, A grande mudança, editora Landscape, que os Para o Gartner, o impacto do cloud computing é semelhante ao do e-business. Vai modificar as relações entre usuários e fornecedores de TI departamentos de TI não terão muito o que fazer depois que a computação corporativa migrar de data centers privados para a nuvem. Nem tanto o céu (cheio de nuvens), nem tanto a Terra. Mas o modelo certamente promove um redesenho das funções dos profissionais da área de TI. Poderão se tornar mais estratégicos, considerando que o leque de tarefas operacionais será minimizado, dando lugar a atividades que exigem mais conhecimento e especialização. Segundo Carr, a computação em nuvem significa a oportunidade de os departamentos de TI começarem a pensar em novos produtos e formas inéditas de fazer negócios. A transformação depende, entretanto, de um processo de adaptação das organizações de TI, que deve acontecer ao longo dos próximos cinco a dez anos. Nós, como indivíduos, naturalmente gravitamos na direção do cloud computing Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 7
por ser mais simples e barato, diz e alerta: As empresas terão de migrar para esse modelo ou cairão na obsolescência. O especialista diz ainda que essa mudança demanda a reengenharia da infraestrutura de TI e uma nova forma de pensar as interfaces com os usuários. Além disso, ele destaca a necessidade de as empresas mudarem a maneira como enxergam seus departamentos de Tecnologia da Informação: terão de ser mais técnicos, menos controladores e menos dedicados à manutenção. Em sua visão, a computação em nuvem é a base para a inovação. Não bastassem as quebras de paradigmas, segurança, latência, níveis de serviço e disponibilidade são problemas que preocupam os executivos de TI quando o assunto é cloud computing. O trabalho dos fornecedores tem sido constante e ainda irá se estender por bom tempo até que consigam, de fato, dissipar as nuvens negras. Mas a cultura desponta como um dos maiores obstáculos para a adoção da tecnologia. De acordo com consultores, os usuários temem que o controle da informação escape de suas mãos, afinal os dados rompem as paredes do escritório e passam a habitar nuvens terceirizadas. Somente o tempo e as histórias de sucesso poderão minimizar a quebra dos padrões tradicionais do setor. Ainda tem muito chão a ser percorrido pela tecnologia, afirma Roveri. Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 8
cap. 4 Proteção garantida? segurança Em fase de consolidação no mercado, a computação em nuvem ainda abriga questões polêmicas, como a segurança Obviamente, a segurança é uma prática fundamental. Todo o cuidado é pouco. Ela é sempre bem-vinda dentro e fora da nuvem. Não é fácil, avisam os especialistas. A única maneira de ganhar confiança, dizem, é provar por experiência. Os casos de sucesso ainda irão balizar muitas decisões que estão prestes a serem tomadas para adoção de cloud computing. Ronaldo Roveri, analista sênior da IDC, diz que a questão da segurança no cloud já evoluiu bastante e os fantasmas já não assombram mais o conceito. Ele explica que o mesmo cuidado que é reservado para a proteção dos ambientes tradicionais também são aplicados nas estruturas em nuvem. Ou seja, com as ferramentas conhecidas e eficientes para proteção em todos os níveis, respeitando atualizações e políticas de segurança da informação, explica acrescentando que não há motivos para alarde nesse quesito, desde que as regras de segurança tradicionais sejam seguidas. Roveri ressalta que a preocupação maior está na disponibilidade e não tanto na segurança. Como nesse modelo o usuário não mais armazena seus dados e suas aplicações em sua máquina, a alta disponibilidade desses dados é um ponto crítico, alerta. As empresas envolvidas na promoção do cloud computing terão de garantir que os dados dos clientes estejam protegidos, e especialmente 100% disponíveis. Essa exigência ainda se torna mais crítica quando se trata de informações empresariais altamente sensíveis como processamento de dados financeiros. É importante atentar para esse detalhe, especialmente quando os serviços são oferecidos gratuitamente, avisa e acrescenta que em razão dessas incertezas, é muito cedo para afirmar que instituições financeiras irão adotar o modelo algum dia. Os sete riscos capitais e as dicas para driblá-los De acordo o Gartner, cloud computing tem atributos únicos que demandam análise de risco em áreas como integridade de dados, recuperação e privacidade, e avaliação de questões legais em áreas como e-discovery, compliance e auditoria. O instituto aconselha aos clientes que exijam transparência, evitando fornecedores que se recusem a dar informações detalhadas sobre programas de segurança. É preciso, também, perguntar sobre as qualificações dos arquitetos e codificadores que criaram as políticas; sobre os processos para controle de risco e o nível de testes que foram feitos para verificar que os processos estão funcionando da maneira pela qual foram projetados. A seguir, os sete problemas de segurança para os quais o Gartner alerta em relatório. 1. Acesso privilegiado de usuários. Dados sensíveis sendo processados fora da empresa trazem, obrigatoriamente, um nível inerente de risco. Os serviços terceirizados fogem de controles físicos, lógicos e de pessoal que as áreas de TI criam em casa. Consiga o máximo de informação necessária sobre quem vai gerenciar seus dados. Peça aos fornecedores que dêem informações específicas sobre quem terá privilégio de administrador no acesso aos dados para, daí, controlar esses acessos, defende o Gartner. 2. Compliance com regulamentação. As empresas são as responsáveis pela segurança e integridade de seus próprios dados, mesmo quando essas informações são gerenciadas por um provedor de serviços. Provedores de serviços tradicionais estão sujeitos a auditores externos e a certificações de segurança. Já os fornecedores de cloud computing que se recusam a suportar esse tipo de escrutínio estão sinalizando Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 9
aos clientes que o único uso para cloud é para questões triviais, defende o Gartner. 3. Localização dos dados. Quando uma empresa está usando o cloud, ela provavelmente não sabe exatamente onde os dados estão armazenados. Na verdade, a empresa pode nem saber qual é o país em que as informações estão guardadas. Pergunte aos fornecedores se eles estão dispostos a se comprometer a armazenar e a processar dados em jurisdições específicas. E, mais, se eles vão assumir esse compromisso em contrato de obedecer os requerimentos de privacidade que o País de origem da empresa pede. 4. Segregação dos dados. Dados de uma empresa na nuvem dividem tipicamente um ambiente com dados de outros clientes. A criptografia é efetiva, mas não é a cura para tudo. Descubra o que é feito para separar os dados, aconselha o Gartner. O fornecedor de cloud pode fornecer a prova que a criptografia foi criada e desenhada por especialistas com experiência. Acidentes com criptografia pode fazer o dado inutilizável e mesmo a criptografia normal pode comprometer a disponibilidade, defende o Gartner. 5. Recuperação dos dados. Mesmo se a empresa não sabe onde os dados estão, um fornecedor em cloud deve saber o que acontece com essas informações em caso de desastre. Qualquer oferta que não replica os dados e a infraestrutura de aplicações em diversas localidades está vulnerável a falha completa, diz o Gartner. Pergunte ao seu fornecedor se ele tem a a habilidade de fazer uma restauração completa e quanto tempo vai demorar. 6. Apoio à investigação. A investigação de atividades ilegais pode se tornar impossível em cloud computing, alerta o Gartner. Serviços em cloud são especialmente difíceis de investigar, por que o acesso e os dados dos vários usuários podem estar localizados em vários lugares, espalhados em uma série de servidores que mudam o tempo todo. Se não for possível conseguir um compromisso contratual para dar apoio a formas específicas de investigação, junto com a evidência de que esse fornecedor já tenha feito isso com sucesso no passado, alerta o Gartner. 7. Viabilidade no longo prazo. No mundo ideal, o seu fornecedor de cloud computing jamais vai falir ou ser adquirido por uma empresa maior. Mas a empresa precisa garantir que os seus dados estarão disponíveis caso isso aconteça. Pergunte como pode conseguir seus dados de volta e se eles vão estar em um formato que possibilite a importação em uma aplicação substituta, completa o Gartner. As empresas são responsáveis pela segurança e integridade de seus próprios dados, mesmo quando eles são gerenciados por terceiros Cloud Computing Executive Briefing Computerworld 10