Apêndice 11 Perfil de Utilização do modelo do MEM. 1ª recolha. Uso do modelo pedagógico do MEM. no desenvolvimento do currículo. Educação Pré-Escolar

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Transcrição:

Apêndice 11 Perfil de Utilização do modelo do MEM Uso do modelo pedagógico do MEM no desenvolvimento do currículo Educação Pré-Escolar GRUPO: Grupo heterogéneo (, e 5 anos) NOME: Vanessa Maia PERFIL DE UTILIZAÇÃO Registe uma opção entre 1 e, sendo que: 1 ainda não utilizo utilizo com frequência 2 utilizo às vezes utilizo sempre OBS.(a, b, c..) CENÁRIO PEDAGÓGICO Biblioteca / centro de documentação Oficina de escrita e reprodução Laboratório de ciências e matemática Oficina de construções e carpintaria Ateliê de artes plásticas Área de dramatização Área Polivalente Acolhimento em conselho e planificação Tempo de actividades e Projectos Comunicações Trabalho curricular comparticipado pelo grupo /Animação cultural Áreas de Trabalho Rotina diária e semanal Dezembro Abril Maio 2 2 2 2 2 2 20

OBS Avaliação em Conselho 1 Instrumentos de Pilotagem Diário 1 Mapa de actividades Mapa de presenças Mapa de tarefas Inventários Lista de projectos Registo : Quero mostrar, contar ou escrever - Plano do dia 1 2 2 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO COOPERADA EM CONSELHO DE COOPERAÇÃO EDUCATIVA Avaliação dos instrumentos de pilotagem Promovo a tomada de consciência sobre a participação das crianças em diversas áreas da sala e em diversas actividades de grupo (comunicações, projectos, conselhos), procurando desocultar problemas e mostrar progressos; identificar estratégias para resolver problemas individuais ou do grupo, negociando contratos de responsabilidade. Acolhimento em Conselho Dou oportunidade às crianças para mostrarem coisas que trazem de casa, falarem de assuntos pessoais, ou ditarem um texto Ajudo as crianças a clarificarem as suas mensagens fazendo perguntas que levam à reconstrução e expansão do discurso Promovo a passagem do diálogo (criança-educador(a)) para o grupo, encorajando a criança a falar para o grupo ou o grupo a comentar/discutir o que essa criança disse. Apoio o planeamento do trabalho / projectos decorrendo das experiências individuais trazidas de casa e partilhadas em grupo Planificação da semana e do dia 2 2 2 Leio a coluna do queremos do diário da semana anterior, para identificar/negociar o que se transporta para a nova semana Ajudo as crianças a pensarem no planeamento das actividades e projectos identificando acções (fazer isto) quando, com quem e como. Apoio as crianças na negociação do planeamento, procurando um equilíbrio entre os desejos e as necessidades de cada uma e do grupo. 20

Negoceio com as crianças que se irá fazer nesse dia, preenchendo ou não o plano do dia. 2 Distribuição de tarefas Identifiquei com o grupo um conjunto de tarefas indispensáveis ao bom funcionamento da vida em grupo Implementei um sistema rotativo de responsabilidades semanais que integrem pares constituídos por crianças de diferentes idades. Avalio com as crianças a forma como desempenharam as tarefas na semana anterior, identificando evoluções, problemas e como os resolver com a ajuda do grupo. 1 2 Leitura do Diário: Clarificação das ocorrências negativas Balanço semanal em Conselho de Cooperação Educativa Identificam-se, discretamente, as fontes de conflito, o quê, onde, e como aconteceu o que se registou, sem nenhum clima de policiamento judicial, mas como quem cuida de saber atenciosamente dos sobressaltos da vida, dos que fraternalmente partilham um projecto de transformação acarinhado Niza, 2007, pág. 1 Estimulo a clarificação ética dos conflitos com base numa lista de operações: Explicar o que aconteceu: dou a palavra ao autor do escrito para explicitar o que aconteceu e aos visados para complementarem com diferentes pontos de vista; o grupo pode também ajudar a clarificar. 1 Explicitar intenções e sentimentos: Convidar o visado a dizer as razões porque agiu assim e os autores a dizerem o que sentiram e porque se sentiram incomodados. 1 Perceber as consequências do que se fez: ajudo o grupo a compreender as consequências possíveis dos seus actos. 1 Estimulo as crianças a imaginarem-se no lugar do outro. Decidir em conselho: convido o grupo a encontrar soluções, reparações, ou estratégias de prevenção de problemas - mudanças no espaço e nos materiais; apropriação de regras do jogo social (ex: falar em vez de agir); reforço da inter-ajuda convidando o grupo a apoiar-se /responsabilizar-se alargando a cooperação. Aceito que não se obtenham consensos, dando tempo a uma verdadeira negociação e construção de compromissos comuns, podendo voltar a eles mais tarde. Envolvo-me directamente no registo de ocorrências positivas, oferecendo-me como modelo. 1 2 Escrevo sobre ocorrências positivas que envolvem crianças muitas vezes referidas no não gostámos de forma a apoiar o seu desenvolvimento e promover o conforto moral. 1 205

OBS Lemos a coluna do fizemos e a do queremos para fazer o balanço do que conseguimos alcançar e do que se irá passar para a próxima semana. Este balanço/planeamento pode ter que passar para feira, se se sentir necessidade de dar mais tempo à discussão das ocorrências negativas e positivas 1 TRABALHO DE APRENDIZAGEM CURRICULAR POR PROJECTOS COOPERATIVOS DE PRODUÇÃO, DE PESQUISA E DE INTERVENÇÃO Participação e acompanhamento sustentado Envolvo-me nas várias áreas da sala promovendo a organização (escolha de materiais, identificação de acções, formas de cooperação) das crianças com vista ao trabalho autónomo. Envolvo-me nas várias áreas da sala promovendo a apropriação de formas de trabalhar /brincar mais complexas através da acção conjunta e da linguagem, compartilhando o prazer da coconstrução e da problematização. Envolvo-me em diálogos sustentados (pensamento partilhado e sustentado), procurando entrar em comunicação com as ideias e intenções das crianças e co-construir significados mais avançados. Promovo a cooperação entre as crianças e a tutoria e a responsabilização mútua Acompanho/ promovo o desenvolvimento de competências de acordo com os saberes de cada criança (diferenciação). Promovo o registo de experiências das crianças como forma de comunicação, de reflexão, de tomada de consciência e de planeamento de acções futuras. 1 2 Projectos Apoio as crianças, promovendo uma conduta de projecto como instrumento de pensamento para antecipação de uma representação mental do que se quer fazer, saber ou mudar. Ajudo a clarificar o significado social do trabalho previsto, com vista à sua utilização, apropriação, intervenção e difusão. Ajudo a elaborar o projecto de actuação desdobrando-o em acções. Ajudo a conceber um plano de trabalho distribuindo as acções no tempo e atribuindo as responsabilidades. Apoio a sua execução em interacção dialógica. Apoio a monitorização dos processos e sua avaliação continuada, reformulações ou redireccionamentos Promovo e apoio a organização da comunicação dos resultados do projecto alargando as formas de difusão. 1 1 206

OBS OBS Promovo a avaliação do processo e da utilização social dos resultados pela reflexão crítica em grupo, recorrendo a vários pontos de vista (pais, elementos da comunidade, outras crianças, etc) 1 CIRCUITOS DE COMUNICAÇÃO Comunicações de trabalho Promovo a difusão e partilha dos produtos culturais do trabalho realizado através de um tempo diário de Comunicações a partir do trabalho nas áreas ou Comunicações de Projectos, Exposições, Publicações e Correspondência. Exponho nas paredes da sala os trabalhos recentes das crianças, junto às áreas em que foram desenvolvidos 1 2 Promovo a difusão e partilha dos produtos culturais do trabalho com base numa lista de operações: 1) Mostrar /dizer e descrever, explicar - apoio a apresentação e explicitação do trabalho desenvolvido acentuando os seus objectivos, os processos que levaram à sua concretização (como, com quem) e os resultados 2) Questionar e comentar dou a palavra ao grupo para questionar, comentar, partilhar pontos de vista, no sentido da construção partilhada de significados e tomada de consciência colectiva sobre os processos e os produtos. ) Avaliar promovo a apreciação critica do trabalho pelo grupo, construindo critérios relevantes para cada tipo de trabalho, no sentido de aprender a avaliar objectivamente e a encontrar formas de resolver os problemas, responsabilizando o grupo pelo progresso de cada um. ) Produzir ideias para melhorar o trabalho promovo a explicitação de ideias para melhorar, complementar ou desenvolver o trabalho apresentado, no sentido de assegurar o desenvolvimento das aprendizagens em cooperação. 1 2 1 2 TRABALHO CURRICULAR COMPARTICIPADO PELO GRUPO / ANIMAÇÃO CULTURAL Tenho uma rotina semanal consistente de actividades de animação cultural e trabalho colectivo nas várias áreas do currículo (Leitura de histórias e dramatizações; Cultura alimentar; Correspondência; Conferências; Expressão musical; Expressão motora; Relatos /balanço das visitas de estudo; trabalho de texto; conceitos matemáticos e de ciências da natureza). Promovo as visitas de estudo regulares como forma de relação com o meio, enriquecimento das aprendizagens (observação, questionamento, de informação, contacto com áreas diversas da actividade humana) e interpelação do meio. Promovo a vinda de pais e elementos da comunidade à sala para partilharem saberes com o grupo 2 1 1 1 2 207

Promovo a comemoração de datas festivas significativas da comunidade como forma de revitalização do património cultural, planeando com o grupo a sua operacionalização. 1 PERFIL DE MOBILIZAÇÃO DOS PRINCÍPIOS ORIENTADORES Registe uma opção entre 1 e, sendo que: 1 ainda não mobilizo mobilizo com frequência 2 mobilizo às vezes mobilizo sempre OBS. (a, b, c..) PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA ACÇÃO EDUCATIVA A acção educativa centra-se no trabalho diferenciado de aprendizagem e de ensino O desenvolvimento das competências cognitivas e sócio-afectivas passa sempre pela acção e pela experiência efectiva das crianças, organizados em estruturas de cooperação educativa O conhecimento constrói-se pela consciência do percurso da sua própria construção, explicitando como se fez As crianças partem do estudo, da experiência e da acção nos projectos em que se envolvem, para a sua comunicação, conferindo sentido social às aprendizagens A gestão dos conteúdos programáticos, a organização dos meios didácticos, dos tempos e dos espaços faz-se de modo comparticipado (crianças/educadores(as)) em colaboração formativa e reguladora A organização de um sistema de monitorização do trabalho diferenciado das crianças, em estruturas de cooperação, assenta num conjunto de mapas de registo, que sustenta o planeamento e a avaliação cooperada das aprendizagens e da vida social do grupo A prática democrática da organização, partilhada por todos, institui-se em Conselho de Cooperação educativa, com vista à regulação social da vida do grupo Os processos de trabalho no Jardim de Infância reproduzem os processos sociais autênticos da construção da cultura nas ciências, nas artes e na vida quotidiana, evitando os simulacros escolares Os saberes e as produções culturais das crianças partilham-se através de circuitos sistemáticos de comunicação, como validação social do trabalho de produção e de aprendizagem 2 1 1 2 A entreajuda das crianças na construção das aprendizagens dá sentido sócio-moral ao desenvolvimento do currículo 208

A tomada de consciência pelas crianças, de que cada uma só pode alcançar os seus objectivos se as demais conseguirem atingir os delas, promove níveis mais elevados de cooperação e de sucesso As crianças intervêm no meio, interpelam a comunidade educativa, como fontes de conhecimento para os seus projectos de estudo e de investigação 209

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