INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA JUNHO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS 2017

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O cenário macroeconômico atual e a Construção Civil. Econ. Ieda Vasconcelos Reunião CIC/FIEMG Agosto/2016

SUMÁRIO. Empresas no Simples. Inadimplência. Síntese. Inflação PIB. Crédito. Empreendedorismo. Juros. Expediente. Emprego. Confiança.

Transcrição:

INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA JUNHO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS 2017

FUNDAÇÃO DOM CABRAL NÚCLEO DE ESTRATÉGIA E NEGÓCIOS INTERNACIONAIS OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS Indicadores da Economia Brasileira Junho 2017 EQUIPE TÉCNICA Paulo Paiva Professor Associado da Fundação Dom Cabral Foi ministro do Trabalho e do Planejamento e Orçamento G.H. Gomes Costa Assistente de Pesquisa, Bolsista de Apoio Técnico I FAPEMIG Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais Cássio Daldegan Assistente de Pesquisa, Bolsista de Apoio Técnico I FAPEMIG Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais

ATIVIDADE ECONÔMICA INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 ATIVIDADE ECONÔMICA ÍNDICE DE ATIVIDADE ECONÔMICA IBC-Br (Série com Ajuste Sazonal. Banco Central do Brasil) 150 148 146 144 142 140 138 136 134 132 130 índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ÍNDICE DE ATIVIDADE ECONÔMICA DO BANCO CENTRAL (IBC-Br) Em maio de 2017 a estimativa da safra nacional foi de 238,6 milhões de toneladas, 29,2% superior ao resultado para 2016 (184,7 milhões de toneladas). Em relação à informação de abril, houve aumento de 2,4%. De abril para maio a produção industrial nacional apresentou expansão de 0,8%, acumulando crescimento de 1,9% no período. Dos 24 ramos pesquisados 17 apresentaram resultado positivo, sendo a principal influência fruto do aumento no número de automóveis e caminhões fabricados, crescimento de 9,0%. Na comparação entre maio e abril o setor de serviços se mostrou estável, apresentando crescimento de 0,1%. Em relação a maio de 2016 houve redução de 1,6%. Os resultados mostram crescimento nos setores de outros serviços (6,2%), serviços profissionais, administrativos e complementares (2,4%) e serviços prestados às famílias (0,5%). A redução foi nos serviços de informação e comunicação (-0,3%), transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-0,2%) e atividades turísticas (-2,6%). O IBC-Br, medidor para a atividade econômica, ficou em 133,77 pontos para maio, sofrendo redução em relação a abril, quando ficou em 134,46.

jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 ATIVIDADE ECONÔMICA EMPREGO FORMAL (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego CAGED) 190 188 186 184 182 180 178 176 ÍNDICE DE EMPREGO FORMAL (IEF) Para o mês de junho de 2017 houve a criação de 9,8 mil novos postos de trabalho no mercado formal. Sendo o terceiro mês consecutivo com resultados positivos, no semestre o país registrou a abertura de 67,3 mil vagas formais. É o primeiro resultado de abertura de vagas nos primeiros três meses do ano desde 2014. A Agropecuária foi o setor que mais contribuiu para os resultados do mês, sendo responsável pela criação de 36,8 mil postos de trabalho. Em junho de 2017 o IEF foi 172,66, ficando estável em relação ao mês de maio. 174 172 170 Índice do Emprego Formal

mai-jun-jul 2014 jul-ago-set 2014 set-out-nov 2014 nov-dez-jan 2014 jan-fev-mar 2015 mar-abr-mai 2015 mai-jun-jul 2015 jul-ago-set 2015 set-out-nov 2015 nov-dez-jan 2015 jan-fev-mar 2016 mar-abr-mai 2016 mai-jun-jul 2016 jul-ago-set 2016 set-out-nov 2016 nov-dez-jan 2017 jan-fev-mar 2017 ATIVIDADE ECONÔMICA DESEMPREGO (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD C, IBGE) 14,0 13,5 13,0 12,5 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 TAXA DE DESEMPREGO O segundo trimestre de 2017 apresentou redução de 0,7 p.p. em relação ao primeiro trimestre, terminando com uma taxa de desemprego de 13,0%. Em comparação com o mesmo período de 2016 (que teve 11,3% de desemprego) houve aumento de 1,7 pontos percentuais. Essa foi a primeira redução na população desocupada desde o último trimestre de 2014. A população desocupada apresentou recuo de 4,9% em relação ao segundo semestre, o que consolidou uma redução de 690 mil desocupados. Em relação ao mesmo período de 2016 há aumento de 16,4%. Taxa de desemprego

mai-jun-jul 2014 jul-ago-set 2014 set-out-nov 2014 nov-dez-jan 2014 jan-fev-mar 2015 mar-abr-mai 2015 mai-jun-jul 2015 jul-ago-set 2015 set-out-nov 2015 nov-dez-jan 2016 jan-fev-mar 2016 mar-abr-mai 2016 mai-jun-jul 2016 jul-ago-set 2016 set-out-nov 2016 nov-dez-jan 2016 jan-fev-mar 2017 ATIVIDADE ECONÔMICA RENDIMENTO REAL (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD C, IBGE) 2.200,0 2.150,0 2.100,0 2.050,0 RENDIMENTO REAL MÉDIO HABITUAL DA POPULAÇÃO OCUPADA O rendimento real médio habitual das populações ocupadas para o segundo trimestre de 2017 foi de R$ 2.107, mostrando pouca variação em relação ao trimestre imediatamente anterior, quando era R$ 2.125. Em relação ao mesmo trimestre do ano passado o resultado também apresentou estabilidade, tendo sido R$ 2.043 no período. A massa de rendimento real habitual ficou em R$ 185,1 bilhões, estando estável em relação ao primeiro trimestre do ano (R$ 182,9 bilhões) e pouco variando em relação ao mesmo trimestre de 2016 (R$ 174,6 bilhões). 2.000,0 Rendimento Real

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ATIVIDADE ECONÔMICA META DE INFLAÇÃO OBSERVADA (IPCA acumulado no ano) 11,0 9,0 7,0 5,0 3,0 ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA) ACUMULADO NO ANO A inflação do IPCA em junho foi negativa, fechando o mês em -0,23%, o que representa uma redução de 0,54 p.p. se comparado ao mês de maio de 2017, quando o resultado foi 0,31%. O resultado de junho contribuiu para deixar o IPCA acumulado no primeiro semestre em 1,17%, levando a uma variação de 0,19% a.m. Tal trajetória contribui para as expectativas de que a inflação acumulada para o ano de 2017 ficará abaixo do centro da meta estabelecida pelo Banco Central (4,5%). 1,0-1,0 IPCA mensal meta IPCA

jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 ATIVIDADE ECONÔMICA INFLAÇÃO ANUAL E VARIAÇÃO DOS PREÇOS ADMINISTRADOS (IPCA Índices acumulados em 12 meses) 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 COMPONENTES DA INFLAÇÃO O IPCA acumulado dos últimos 12 meses correspondeu a 3,0% no mês de junho, sendo uma desaceleração em relação ao mês de maio, que apresentou um índice de 3,6%. Contribuíram para esta variação principalmente a queda nos preços de habitação (-0,77%), transporte (-0,52%) e alimentos e bebidas (-0,50%). Os preços administrados tiveram efeito deflacionário (-0,83%) no mês de junho, tendo o acumulado em 12 meses ficado em 3,3%. Com redução de 5,52%, os preços da energia elétrica foram os principais responsáveis por este resultado, dada a substituição em 1º de junho da bandeira vermelha pela verde (redução de R$ 3,00 a cada 100 kwh consumidos). Os preços livres apresentaram acumulado de 2,29% em junho, o que representou uma queda em relação a maio, quando o índice tinha ficado em 2,74%. Meta Administrados Livres IPCA

POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL META TAXA DE JUROS SELIC E TAXA REAL DE JUROS (Conselho de Política Monetária COPOM, Expectativas de Mercado. Banco Central do Brasil) TAXA DE JUROS SELIC E TAXA DE JUROS REAL No mês de junho de 2017 o Banco Central do Brasil manteve à meta para a taxa SELIC em 10,25% a.a. A taxa de juros real encerrou o período marcando 5,87% a.a. Em relação ao mês de maio ocorreu uma elevação da taxa de juros real, que ao fim do mês anterior correspondia a 5,33%. Houve uma redução na velocidade da expansão monetária em relação ao mês anterior devido à redução nas expectativas de inflação ao longo de junho.

mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Participação no PIB. Banco Central do Brasil) 55,0 54,0 53,0 52,0 51,0 50,0 49,0 48,0 47,0 46,0 45,0 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO O saldo do crédito de pessoas físicas cresceu 0,5% no mês, chegando a R$1.595 bilhões. A carteira de pessoas jurídicas apresentou saldo de R$1.483 bilhões, aumento de 0,3%. As operações de crédito do sistema financeiro apresentaram saldo de R$3.078 bilhões em junho, aumento no mês (0,4%) e redução no acumulado de doze meses (-1,6%). Portanto, tivemos uma mudança na trajetória de contração em relação ao mês passado, que apresentou queda (-0,2%). Em relação ao mês de maio de 2017 houve um aumento de 0,2 p.p. nas operações de crédito como participação do PIB, atingindo 48,2%. Entre janeiro e junho correu uma contração de 0,6 p.p. Em relação a junho de 2016 efeito foi de redução em 2,9 p.p.

jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL TAXA DE CÂMBIO (R$/US$. Banco Central do Brasil) 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50 TAXA DE CÂMBIO NOMINAL (R$/US$) Com incerteza gerada pela crise política houve diminuição da exposição a títulos da dívida externa brasileira, aumentando a demanda por dólar dos Estados Unidos. A elevação da relação dívida pública/pib também contribuiu com este comportamento, visto que parte da dívida é atrelada a títulos públicos cambiais. Também como reflexo da incerteza, em junho o Banco Central interveio pela primeira vez no ano no mercado de câmbio, com vendas líquidas de US$345 milhões. O dólar americano apresentou valorização em comparação ao real neste segundo trimestre, havendo apreciação de 1,7% em abril; 6,8% em maio e 12,8% em junho. A valorização acumulada do semestre foi de 22,4%. A taxa de câmbio encerrou o mês de junho de 2017 com cotação de R$ 3,31/US$, apresentando alta de 2,39% no mês, com volatilidade de 2,6%. 2,00

POLÍTICA FISCAL INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 Milhares POLÍTICA FISCAL NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO (Acumulado em 12 meses. Em milhões de R$. Banco Central do Brasil) 650 600 550 500 450 400 350 NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO (NFSP) No ano o setor público consolidado registrou déficit primário de R$ 15,6 bilhões, ante déficit de R$ 13,7 bilhões no mesmo período de 2016. No acumulado em doze meses até maio, registrou-se déficit primário de R$157,7 bilhões (2,47% do PIB), 0,19 p.p. do PIB superior ao déficit registrado em abril. A necessidade de financiamento do setor público entre abril e maio aumentou em R$ 6.365,56 milhões, ficando em R$ 588.605,46 milhões. 300 250 200 150

jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 POLÍTICA FISCAL RESULTADO PRIMÁRIO (Acumulado em 12 meses. Em milhões de R$. Banco Central do Brasil) 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0-20 -40-60 -80-100 RESULTADO PRIMÁRIO Em maio o setor público consolidado registrou déficit primário de R$30,7 bilhões. O Governo Central apresentou déficit de 32,1 bilhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais registraram superávit de R$ 894 milhões e R$ 475 milhões, respectivamente.

abr/14 jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 POLÍTICA FISCAL DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBICO (Acumulado em 12 meses. Banco Central do Brasil) 2.900.000 2.700.000 2.500.000 2.300.000 2.100.000 DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (DLSP) No mês de maio, a dívida Líquida do Setor Público (DLSP) alcançou R$ 3.075,1 bilhões (48,1% do PIB), sofrendo expansão de 0.7 p.p. do PIB em relação ao mês anterior. A relação DLSP/PIB se elevou ao decorrer do ano em 2 p.p. devido à incorporação de juros nominais (aumento de 2,7 p.p), da valorização cambial acumulada de 0,5% (aumento de 0,1 p.p.), do déficit primário (aumento de 0,2 p.p), do efeito do crescimento do PIB nominal (redução de 0,9 p.p.) e do ajuste de paridade da cesta de moedas da dívida externa líquida (redução de 0,1 p.p.). 1.900.000 1.700.000 1.500.000

jun/14 ago/14 out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 POLÍTICA FISCAL DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL (Percentual do PIB. Banco Central do Brasil) 70 65 DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL (DBGG) Em maio de 2017 a dívida interna sofreu elevação se comparada a abril, alcançando R$ 4.408.655,81 milhões. A dívida externa apresentou crescimento no mês, consolidando R$ 224.860,99 milhões. Em maio, a DBGG (Governo Federal, INSS, governos estaduais e municipais) chegou a R$ 4.633,5 bilhões, correspondendo a 72,5% do PIB. Houve uma elevação de 1,2 p.p do PIB em relação a Abril. 60 55 50

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

jun/14 set/14 dez/14 mar/15 jun/15 set/15 dez/15 mar/16 jun/16 set/16 dez/16 mar/17 jun/17 CONFIANÇA E EXPECTATIVAS CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (Fundação Getúlio Vargas) 110 100 90 80 11,0 10,0 9,0 8,0 ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (ICC) Em junho, o ICC recuou 1,9 pontos. Os riscos de que o aumento da incerteza no campo político impactem de maneira negativa a economia levaram à piora das expectativas em relação a emprego e finanças familiares. As perspectivas em relação à situação financeira das famílias foi o que mais impactou a queda do ICC no mês. A dificuldade na recuperação do mercado de trabalho assim como a piora nas expectativas sobre a economia são relevantes para explicar a instabilidade nas expectativas sobre finanças das famílias e consumo de bens duráveis nos últimos meses. 70 60 7,0 6,0 EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO DO CONSUMIDOR Para junho a expectativa de inflação dos consumidores, referente aos 12 meses seguintes recuou 0,2 pontos, chegando a 6,9%. Houve aumento no ritmo de queda das expectativas dos consumidores nos últimos meses, sinalizando aumento da confiança na política monetária. ICC EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO (eixo secundário)

jul/14 out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 CONFIANÇA E EXPECTATIVAS CONFIANÇA DO COMÉRIO E DOS SERVIÇOS (Fundação Getúlio Vargas) 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS COMERCIANTES (ICOM) Houve redução de 2,9 pontos do ICOM em junho, chegando a 85,7, em relação a 88,6 do mês anterior. A intensificação da instabilidade política após 17 de maio foi muito relevante para esta queda. A piora da percepção das empresas em relação ao nível atual da demanda também foi relevante. Especificamente em relação aos revendedores de duráveis a trajetória se mante ascendente, resultado associado à liberação de recursos das contas inativas do FGTS. ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS (ICS) Houve redução do ICS de 2,8 p.p., chegando a 81,9 pontos, devido principalmente à piora nas expectativas. A tendência de ajuste das expectativas foi influenciada pela turbulência no ambiente político, interrompendo uma sequência de alta do índice. ICOM ICS

mai/14 ago/14 nov/14 fev/15 mai/15 ago/15 nov/15 fev/16 mai/16 ago/16 nov/16 fev/17 mai/17 CONFIANÇA E EXPECTATIVAS CONFIANÇA DO INDÚSTRIA E CONSTRUÇÃO CIVIL (Fundação Getúlio Vargas) 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 ÍNDICE DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (ICI) Em junho o ICI sofreu redução de 2,8 pontos, chegando a 89,5 após alcançar seu maior valor desde o início da recessão, 91,4 pontos, em maio último. O aumento da incerteza, gerada pela crise política, foi relevante para este comportamento. Em 13 dos 19 segmentos industriais houve queda na confiança. ÍNDICE DE CONFIANÇA DA CONSTRUÇÃO CIVIL (ICST) O ICST chegou a 47,2 pontos em junho, recuando ao nível de Setembro de 2016. Desagregando setorialmente observamos que o aumento da incerteza política não foi igual em todos os segmentos do setor. No segmento de edificações as expectativas subiram após queda no mês anterior. Em obras de infraestrutura houve piora em relação a maio. ICI ICST

30/dez 06/jan 13/jan 20/jan 27/jan 03/fev 10/fev 17/fev 24/fev 03/mar 10/mar 17/mar 24/mar 31/mar 07/abr 14/abr 21/abr 28/abr 05/mai 12/mai 19/mai 26/mai 02/jun 09/jun 16/jun 23/jun 30/jun CONFIANÇA E EXPECTATIVAS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO IPCA 12 MESES (Mediana das estimativas semanais. Relatório Focus. Banco Central do Brasil) 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50 EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO 2017 Dada a instabilidade gerada pela crise política, levando à queda generalizada nos índices de confiança, observa-se a atividade econômica ainda em patamares baixos. O mercado de trabalho, apesar de ter apresentado saldo positivo entre admissões e desligamentos em junho, continua com um nível de desemprego elevado. Neste cenário a intenção de consumo das famílias apresentou retração em relação ao mês anterior. Em relação a maio, as expectativas de inflação agregadas para a mediana do IPCA apresentaram queda de 0,44 p.p., chegando a 3,46%, ficando abaixo do centro da meta para 2017 (4,5%). EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO 2018 Dada a trajetória da política monetária adotada pelo governo, as expectativas são de que a inflação fique abaixo do centro da meta. Para 2018 as expectativas foram reajustadas com queda de 0,15 p.p. em relação ao mês de Maio, chegando a 4,25%. Tolerância Meta de inflação 2017 2018

30/dez 06/jan 13/jan 20/jan 27/jan 03/fev 10/fev 17/fev 24/fev 03/mar 10/mar 17/mar 24/mar 31/mar 07/abr 14/abr 21/abr 28/abr 05/mai 12/mai 19/mai 26/mai 02/jun 09/jun 16/jun 23/jun 30/jun CONFIANÇA E EXPECTATIVAS EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO DO PIB (Mediana das estimativas semanais. Relatório Focus. Banco Central do Brasil) 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 2017 2018 EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO 2017 Ainda que tenha se elevado a intenção de consumo das famílias em relação a maio passado e ao mesmo mês do ano anterior, a ausência de recuperação dos níveis de investimento no passado contribuem para a queda nas perspectivas de crescimento. A incerteza no campo político foi importante para a queda nas expectativas. Houve manutenção na tendência de queda da expectativa de crescimento ao longo do mês, sendo a mesma acentuada no início de junho, quando era 0,5%, chegando a 0,39 % ao fim do mês. EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO 2018 O investimento direto estrangeiro pouco variou em relação ao mês anterior ou ao mesmo período de 2016, estando em um patamar baixo (R$ 3.991,35 milhões). O Índice de Confiança da Empresarial (ICE) caiu 2,1 pontos em junho, interrompendo uma sequência de cinco altas consecutivas, indicando que a piora nas expectativas de crescimento estão muito influenciadas pelo recente aumento da incerteza no campo político. Houve uma queda acentuada das expectativas de crescimento para 2018 iniciada ao fim de maio, quando era de 2,48%, chegando 2,00% ao fim de junho.

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