SUMÁRIO. Empresas no Simples. Inadimplência. Síntese. Inflação PIB. Crédito. Empreendedorismo. Juros. Expediente. Emprego. Confiança.

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1 Outubro/2018

2 < > 02 SUMÁRIO Síntese Inflação Empresas no Simples Inadimplência 09 PIB Juros Exportações Confiança Emprego Crédito 14 Empreendedorismo 13 Expediente Núcleo de Inteligência Institucional da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Nacional

3 SÍNTESE Cenário externo A retomada da economia continua lenta diante das incertezas da condução da política econômica. A redução do desemprego ainda é lenta e continua baseada na criação de vagas informais. Apesar da queda do desemprego nos últimos meses, as contratações sem carteira assinada continuam superando as contratações com carteira. A expansão do número de empresas optantes pelo Simples Nacional segue firme e atinge a marca de 12,4 milhões em setembro. > 03

4 > 04 PIB O crescimento da atividade econômica medido pelo Índice de Atividade Econômica do Variação mensal do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) - em % Série dessazonalizada - jan/17 a set/18 Banco Central (IBC-Br) e que serve de prévia do PIB, patinou em setembro e recuou 0,09% no mês, com ajuste sazonal. Em agosto, o IBC-Br avançou 0,53%. A queda do IBC-Br ficou dentro do intervalo projetado pelos analistas do mercado, que estimaram resultado entre -1,2% e 0,53% (mediana em -0,30%). Na comparação com o setembro de 2017, houve avanço de 0,72%, superior ao esperado pelo mercado (0,7%). Com esses resultados, as estimativas do Boletim Focus do Banco Central para o PIB em Fonte: Banco Central do Brasil. PIB (a.a.%) 2018 apontam para um crescimento 1,36% do PIB em 2018 (estimativa de 01/11/18). A previsão de crescimento para 2019 está em 2,50%. Espera-se que com o fim do processo eleitoral, se reduzam as incertezas com relação aos rumos da economia e a atividade produtiva volte a se recuperar com mais intensidade. Fonte: Sistema de Contas Nacionais, IBGE e Estimativas do Boletim Focus, 01/11/2018.

5 INFLAÇÃO Evolução da taxa de inflação mensal e meta - IPCA (% a.a) O nível geral de preços da economia acelerou em setembro. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo IPCA aumentou 0,48% em setembro, de acordo com o IBGE. Este resultado é o maior para o mês de setembro desde Nos últimos 12 meses, a alta acumulada em agosto foi de 4,53%, mantendo a inflação próxima ao centro da meta (4,5%). Os preços relacionados ao Transporte (alta de 1,69%), Despesas pessoais (alta de 0,38%) e Habitação (alta de 0,37%) foram os que mais pesaram na inflação de Fonte: IBGE e Boletim Focus (BCB), 01/11/2018. setembro. IPCA por grupos de produtos e serviços (%) - set/18 O grupo Comunicação foi o que apresentou maior deflação no mês (-0,07%), seguido por Vestuário (-0,02%). As estimativas do Boletim Focus do Banco Central (01/11/18) para a inflação em 2018 apontam o IPCA em 4,28% ao final do ano, abaixo da meta de inflação (4,5%). Para 2019, as estimativas para o índice de inflação estão em 4,14%. Fonte: IBGE. > 05

6 JUROS O desemprego ainda elevado e as incertezas relacionadas ao novo governo também podem influenciar a manutenção da taxa básica de juros da economia, Selic, em 6,5%. Estimativas do Boletim Focus do Banco Central (01/11/18) apontam para a Selic em 6,5% ao final de 2018, no cenário de inflação evoluindo em linha com o esperado. Para 2019, a previsão é de que os juros subam para Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). Evolução anual da taxa básica de juros (a.a%) 8%. A evolução da atividade econômica e as expectativas para a inflação devem continuar orientando novas decisões sobre a condução do corte dos juros. Fonte: Banco Central do Brasil e Boletim Focus (BCB), 01/11/2018. Valores estimados para 2018 e ,50 9,25 9,50 7,25 juros devem se manter no mesmo patamar ao final de , e 2019 e de que a economia se recupere em ritmo mais lento, os 14,00 Taxa básica de juros - Selic (a.a%) Com a expectativa de que a inflação se mantenha no centro da meta em > 06

7 > 07 EXPORTAÇÕES Saldo da balança comercial brasileira 2017 x 2018 (em US$ bilhões) valores acumulados Refletindo o reaquecimento da demanda interna, as importações continuam se expandindo na comparação anual. Foram US$ 135,3 bilhões até setembro deste ano, Jan/Nov 67,0 Jan/Dez 62,0 58,5 Jan/Out Exportações, importações e saldo da balança comercial brasileira jan x jan-set/18 (em US$ bilhões) - valores acumulados Exportações Importações Saldo 179,7 160,6 136,3 O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) estima que a greve dos as médias de dias anteriores e posteriores à paralisação. Jan/Set 29,0 24,0 Jan/Mai 42,5 33,9 21,4 18,2 Jan/Abr Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, MDIC. um crescimento de 21,6 % frente ao mesmo período de 2017 (US$ 111,3 bilhões). caminhoneiros reduziu cerca de 30% das exportações brasileiras na comparação com Jan/Jul 14,4 12,2 Jan/Mar Jan/Jun 7,3 5,8 Jan/Fev Comércio Exterior e Serviços (MDIC). 2,7 2,8 até setembro de 2017 (US$ 164,6 bilhões), segundo o Ministério da Indústria, Jan As exportações brasileiras somaram US$ 179,7 bilhões, 9,2% superior ao acumulado 36,2 29,8 período do ano anterior (US$ 53,3 bilhões). 53,3 44, ,1 39, acumulado até setembro foi de US$ 44,3 bilhões, 16,8% inferior ao saldo do mesmo Jan/Ago A balança comercial brasileira mantém trajetória de alta. O superávit da balança 113,6 93,5 102,5 83,8 74,4 69,5 54,7 56,2 34,4 33,9 42,4 24,0 29,8 28,6 18,2 17,0 14,2 12,2 5,8 2,8 Jan 121,2 135,3 39,4 44,3 Jan/Fev Jan/Mar Jan/Abr Jan/Mai Jan/Jun Jan/Jul Jan/Ago Jan/Set Fonte: Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, MDIC.

8 CONFIANÇA A confiança na economia ainda não demonstra reação, o que pode ser atribuído em parte à instabilidade do período eleitoral. Desde maio, quando ocorreu a paralisação dos caminhoneiros, a percepção dos empresários sobre o ambiente de negócios tem Otimismo oscilado com tendência de queda. Essa tendência também pode ser resultante da Pessimismo incerteza do ambiente externo (alta de juros nos EUA e embate comercial). Com o recuo dos índices de confiança, os setores da economia permanecem na zona de pessimismo (abaixo dos 100 pontos), de acordo com os índices de confiança Fonte: IBRE, FGV. medidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Índice de confiança do consumidor - em pontos (dessazonalizado) Pelo lado dos consumidores, a lentidão da retomada do emprego também diminui as expectativas em relação ao futuro da economia. Otimismo Com isso, empresários e consumidores continuam pessimistas em relação aos rumos Pessimismo da economia e podem adiar decisões de consumo e novos investimentos. Isso pode prolongar ainda mais a recuperação da economia. Fonte: IBRE, FGV. > 08

9 > 09 INADIMPLÊNCIA Inadimplência do sistema financeiro (%) - jan/16 a set/18 A inadimplência do sistema financeiro (atrasos superiores a 90 dias) se manteve estável nos últimos meses. A taxa ficou em 3,0% em setembro, o 3,5 4,0 3,9 3,4 que representa queda de 0,6 ponto percentual em 12 meses, quando estava 3,0 3,0 em 3,6%. Quando comparada por tipo de cliente, a taxa de inadimplência das empresas segue recuando em velocidade superior à taxa de inadimplência das famílias. Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). A inadimplência das empresas que chegou a 3,3% em setembro do ano Inadimplência do sistema financeiro por tipo de cliente (%) - jan/16 a set/18 passado, atingiu 2,6% em setembro deste ano, o que representa uma redução de 0,7 ponto percentual na comparação anual. A inadimplência de pessoas físicas atingiu 3,4% em setembro deste ano, 0,5 ponto percentual abaixo do registrado em setembro do ano passado (3,9%). 4,5 4,3 4,0 3,9 3,5 3,4 3,0 Apesar da taxa de juros básica da economia, Selic, estar em patamares 2,5 baixos, o custo para empresas tomar crédito permanece elevado. Além 2,0 4,0 situação financeira das empresas. 3,4 2,7 disso, o desemprego alto também tem impedido uma recuperação mais Fonte: Pnad Contínua, IBGE. consistente das vendas, dificultando a 4,1 Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). 2,6 Pessoa Jurídica Pessoa Física

10 > 10 CRÉDITO Após longo período de queda do saldo total de crédito do sistema financeiro como proporção do PIB, nos últimos meses essa trajetória foi interrompida. Saldo total de crédito na economia como percentual do PIB (%) - jan/16 a set/18 53,3 Em setembro, o saldo de crédito como proporção do PIB atingiu 46,7% (0,3 ponto percentual abaixo do registrado em setembro de 2017), de acordo com 47,2 set/18 jul/18 mai/18 mar/18 jan/18 nov/17 46,7 set/17 jul/17 mai/17 mar/17 jan/17 nov/16 set/16 jul/16 mai/16 empresas continua em patamares inferiores ao registrado no ano passado. mar/16 O saldo total das operações de crédito das micro, pequenas e médias jan/16 o Banco Central do Brasil. Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). saldo total de operações a empresas em setembro. O saldo de operações das Saldo de operações de crédito do sistema financeiro a pessoas jurídicas por porte da empresa (em R$ bilhões) - jan/16 set/18 Micro Pequenas e Médias micro, pequenas e médias empresas alcançou R$ 497 bilhões no mês, um recuo de 6,7% em relação ao registrado em setembro de Já as grandes empresas tiveram saldo de R$ 944 bilhões no mês, o que equivale a um Grandes crescimento de 4,5% em 12 meses. Fonte: Banco Central do Brasil (BCB). ago/18 jul/18 jun/18 mai/18 abr/18 mar/18 fev/18 jan/18 dez/17 nov/17 out/17 set/17 ago/17 jul/17 jun/17 mai/17 abr/17 mar/17 fev/17 jan/17 Nota: Os critérios do Banco Central para classificação por porte são: Micro, Pequena e Média Empresa (MPME) - receita bruta anual até R$300 milhões ou ativo total até R$240 milhões; Grande Empresa receita bruta anual acima de R$300 milhões ou ativo total superior a R$240 milhões. 497 set/18 O montante destinado às empresas de menor porte representou 34,5% do

11 EMPREGO Por mais um mês, as contratações superaram as demissões de trabalhadores formais na Criação de empregos formais por setor e porte jan-set/18 economia, segundo dados do Caged. Em setembro deste ano foram criadas 137,3 mil vagas formais no Brasil. O impulso para a recuperação dos empregos formais da economia continua vindo das MPE. Elas registraram saldo de 85,8 mil empregos gerados em setembro, o equivalente a 63% do total criado no país. No acumulado até setembro, os pequenos negócios do setor de Serviços seguem liderando a geração de empregos no país. Eles criaram 339,5 mil novos postos de trabalho, o que representa 59% do total de empregos gerados pelas micro e pequenas empresas nesse período. Saldo líquido de empregos gerados em set/2018 Nota: O saldo considera somente declarações "dentro" do prazo. Fonte: Sebrae, a partir de dados do Caged/MTb. Nota: Considera apenas as Declarações "dentro" do prazo. SIUP = Serviços Industriais de Utilidade Pública Fonte: Sebrae, a partir de dados do Caged/MTb. > 11

12 > 12 EMPREGO Taxa de desemprego (%) jan/2015 a set/2018-0,6-0,5-0,5-0,6-0,4 2,1 3,1 3,1 2,9 0,6 relação a setembro de ,7 no país, o que equivale a 469 mil desempregados a menos na economia em 2,1 Apesar da queda do desemprego, há ainda 12,5 milhões de desempregados 1,1 Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE. 0,4 SETEMBRO a taxa de desemprego cedeu para 11,9%, segundo a Pesquisa 6,8 7,9 8,1 8,6 8,9 9,0 9,5 10,9 11,2 11,6 11,8 11,9 12,6 13,7 13,3 12,8 12,4 12,0 12,2 13,1 12,7 12,3 11,9 O desemprego segue recuando gradualmente. No trimestre encerrado em Apesar da queda gradual do desemprego, no 2º trimestre houve aumento dos subocupados (pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, jan/15 mai/15 set/15 jan/16 mai/16 set/16 Fonte: Pnad Contínua, IBGE e Expectativas do mercado. jan/17 mai/17 set/17 jan/18 mai/18 set/18 Taxa de desemprego por UF (%) 2º trim/2018 mas gostariam de trabalhar mais) e de desalentados (pessoas que desistiram de procurar emprego) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Os subocupados saíram de 6,0 milhões para 6,5 milhões e os Brasil: 12,4% desalentados passaram de 4,1 milhões para 4,8 milhões em 1 ano. No recorte estadual, as maiores taxas de desemprego registradas no 2º trimestre foram no Amapá (21,3%), Alagoas (17,3%) e Pernambuco (16,9%). Os estados que apresentaram menor taxa de desemprego foram Santa Catarina (6,5%), Mato Grosso do Sul (7,6%) e Rondônia (8,2%). Fonte: Pnad Contínua, IBGE. Nota: As estatísticas referentes ao recorte geográfico estadual da Pnad Contínua são disponibilizadas trimestralmente.

13 Pequenos Negócios > 13 EMPREENDEDORISMO População economicamente ativa por posição na ocupação (em milhares) jan/13 a ago/18 A redução do desemprego ainda é lenta e continua baseada na criação de Desempregado Empregado com carteira assinada vagas informais. Apesar da queda do desemprego nos últimos meses, as contratações sem carteira assinada continuam superando as contratações com carteira Empregado sem carteira assinada Empreendedor com negócio No trimestre encerrado em setembro, o número de empregados com carteira assinada caiu 1% em relação ao mesmo período de 2017 (328 mil trabalhadores a menos), enquanto o de empregados sem carteira assinada cresceu 1% na mesma base de comparação (273 mil trabalhadores a mais), segundo os dados da Pnad Contínua do IBGE. Os empreendedores com negócio (empregadores e conta própria) set/18 jan/18 set/17 mai/17 jan/17 mai/16 jan/16 set/15 mai/14 jan/14 set/13 mai/13 jan/13 Fonte: Pnad Contínua, IBGE. mai/ set/ informalidade deve continuar puxando a dinâmica do mercado de trabalho ainda nos próximos meses jan/15 Acompanhando o processo ainda lento de restabelecimento da economia, a set/14 empreendedores com negócio (aumento de 3%) mai/18 continuam em expansão. No último ano, houve o incremento de 769 mil Nota: Empreendedor com negócio = empregador + conta própria

14 Pequenos Negócios > 14 EMPRESAS NO SIMPLES Empresas optantes pelo Simples Nacional jan/12 a set/18 (em milhões) O número de empresas optantes pelo Simples chegou a 12,4 milhões em setembro, sendo 7,4 milhões de MEI e 5,0 milhões de ME e EPP. O total de empresas no Simples registrou alta de 1,2% em setembro frente à Total Optantes MEI ME e EPP 14,0 12,4 12,0 10,0 agosto. O MEI avançou 1,7% na mesma comparação. No recorte estadual, Rio de Janeiro e Sergipe registraram a maior taxa de crescimento mensal no total de empresas no Simples (1,4%). Com relação aos inscritos no MEI, São Paulo apresentou crescimento mensal de 1,9% no mês. 7,4 8,0 6,0 6,0 5,0 4,04,2 2,0 1,8 - jan/12 set/12 mai/13 jan/14 set/14 mai/15 jan/16 set/16 mai/17 jan/18 Fonte: Sebrae a partir dos dados da Estatísticas SINAC/ Receita Federal do Brasil. Crescimento mensal do número de empresas optantes pelo Simples (%) - set/18 em relação ago/18 Brasil: 1,2% Fonte: Sebrae a partir dos dados da Estatísticas SINAC/ Receita Federal do Brasil. Crescimento mensal do número de MEI (%) - set/18 em relação ago/18 Brasil: 1,7% Fonte: Sebrae a partir dos dados da Estatísticas SINAC/ Receita Federal do Brasil. set/18

15 Panorama Sebrae é um produto do Núcleo de Inteligência Institucional da Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae Mais informações podem ser obtidas com Aretha Zarlenga