Compreendendo a Semiologia e a Semiótica I

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Transcrição:

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Semiologia Ferdinand de Saussure linguista suíço (1857-1913) SEMIOLOGIA É a ciência geral dos signos, que estuda todos os fenômenos de significação. Tem por objeto os sistemas de signos das imagens, gestos, vestuários, ritos, etc. SIGNO Entidade constituída pela combinação de um conceito de significado, e uma imagem acústica denominada significante. Signo = Significante (som, forma) + Significado (objeto) Signo com caráter diádico Todo objeto, forma ou fenômeno que representa algo distinto de si mesmo: a cruz significando 'cristianismo'; a cor vermelha significando 'pare' (código de trânsito); uma pegada indicando a 'passagem' de alguém; as palavras designando 'coisas (ou classe de coisas)' do mundo real etc.

A mensagem é feita de signos Semiologia Ferdinand de Saussure linguista suíço (1857-1913) A mensagem é um conjunto de unidades menores que resultam de uma associação entre um estímulo físico e uma idéia. Cada uma dessas unidades é denominada signo, e a mensagem pode ser formada por um ou mais signos. O signo é a unidade formada por um estímulo físico (sons, letras, imagens, gestos etc.) e uma idéia. O estímulo físico é o significante, e a idéia é o significado; significante e significado são as duas faces da mesma unidade que é o signo. As palavras escritas ou orais são significantes, e as idéias ou conceitos a elas associados são significados.

Signo é tudo aquilo que representa alguma coisa. Na teoria de Saussure o signo está estruturado em: significante: parte material do signo (forma) significado: conceito veiculado por essa parte material. Semiologia Ferdinand de Saussure linguista suíço (1857-1913) O signo é arbitrário, no sentido de que não guarda relação com o objeto representado, entanto que o símbolo é uma convenção. O exemplo dado por Saussure para símbolo é o símbolo da justiça (balança) que não pode ser substituído por outro. Outro conceito importante é o de significação. A significação é a efetiva união entre um certo significado e um significante num espaço-tempo determinado (contexto). Saussure fala de signo no sentido linguístico, isto é signo linguístico. A língua apresenta-se ao indivíduo como um sistema pré-existente, uma instituição social, historicamente constituída sobre a qual o indivíduo não tem ascendência.

A mensagem é feita de signos O código Semiologia Ferdinand de Saussure linguista suíço (1857-1913) Uma norma, uma convenção, um consenso. Um programa ou uma instrução que cria, e depois controla a relação entre significante e significado. O estabelecimento da relação significante/significado é que possibilita a relação do signo. CÓDIGO SIGNIFICADO direção proibida SIGNO direção proibida SIGNIFICANTE

A mensagem é feita de signos O código fechado Se o código sempre estabelece uma relação estável, imutável e unívoca entre o significante e o significado, não haveria problemas de descodificação: o significado da chegada seria o mesmo que o da saída. Um código fechado: um código que fixa uma relação unívoca e imutável entre significante e significado, possibilitando apensa uma só descodificação. direção proibida Quando um remetente quiser obter uma, e apenas uma, determinada resposta, deverá utilizar um código fechado. O código fechado: leva sempre à mesma e única descodificação e, consequentemente, à mesma e única resposta. Se conhecemos a instrução fixada pelo código fechado, podemos sempre proceder a uma descodificação.

A mensagem é feita de signos Sem código... não há signo! Semiologia Ferdinand de Saussure linguista suíço (1857-1913) SIGNIFICADO CORROSIVO ESTÍMULO VISUAL CODIFICAÇÃO SIGNO CORROSIVO SIGNIFICANTE O processo de codificação

A mensagem é feita de signos A mensagem é um conjunto de unidades menores que resultam de uma associação entre um estímulo físico e uma idéia. Cada uma dessas unidades é denominada signo, e a mensagem pode ser formada por um ou mais signos. O signo é a unidade formada por um estímulo físico (sons, letras, imagens, gestos etc.) e uma ideia. O estímulo físico é o significante, e a idéia é o significado; significante e significado são as duas faces da mesma unidade que é o signo. Semiologia Ferdinand de Saussure linguista suíço (1857-1913) MENSAGEM SIGNO SIGNIFICANTE (estímulo físico) SIGNIFICADO (idéia, conceito) direção proibida Num sistema de comunicação visual, como no exemplo acima, a seta cortada por uma barra oblíqua é o significante, e a direção proibida constitui o significado.

A mensagem é feita de signos A mensagem é um conjunto de unidades menores que resultam de uma associação entre um estímulo físico e uma idéia. Cada uma dessas unidades é denominada signo, e a mensagem pode ser formada por um ou mais signos. O signo é a unidade formada por um estímulo físico (sons, letras, imagens, gestos etc.) e uma ideia. O estímulo físico é o significante, e a idéia é o significado; significante e significado são as duas faces da mesma unidade que é o signo. Semiologia Ferdinand de Saussure linguista suíço (1857-1913) MENSAGEM SIGNO SIGNIFICANTE (estímulo físico) SIGNIFICADO (idéia, conceito) Editora ABRIL As palavras escritas ou orais são significantes, e as idéias ou conceitos a elas associados são significados.

A mensagem é feita de signos A mensagem é um conjunto de unidades menores que resultam de uma associação entre um estímulo físico e uma idéia. Cada uma dessas unidades é denominada signo, e a mensagem pode ser formada por um ou mais signos. Semiologia Ferdinand de Saussure linguista suíço (1857-1913) O signo é a unidade formada por um estímulo físico (sons, letras, imagens, gestos etc.) e uma ideia. O estímulo físico é o significante, e a idéia é o significado; significante e significado são as duas faces da mesma unidade que é o signo. MENSAGEM SIGNO SIGNIFICANTE (estímulo físico) SIGNIFICADO (idéia, conceito) Pessoa Apaixonada As palavras escritas ou orais são significantes, e as idéias ou conceitos a elas associados são significados.

Semiótica Charles Sanders Peirce filósofo norte-americano (1839-1914) No estudo geral dos signos Charles Sanders Peirce seria o pioneiro da ciência que é conhecida como "Semiótica", usando já este termo, que John Locke, no final do século XVII, teria usado para designar uma futura ciência que estudaria, justamente, os signos em geral. Para Peirce, o Homem significa tudo que o cerca numa concepção triádica (primeiridade, segundidade e terceiridade), estes os pilares que toda a sua teoria se baseia. Signo com caráter Triádico

Semiótica Charles Sanders Peirce filósofo norte-americano (1839-1914) Classificação Fenomenológica Primeiridade categoria do desprevenido, da primeira impressão ou sentimento (feeling) que recebemos das coisas; Secundidade categoria do relacionamento direto, do embate (struggle) de um fenômeno de primeiridade com outro, englobando a experiência analogística e Terceiridade categoria de inter-relação de triplotermo; interconexão de dois fenômenos em direção a uma síntese, lei, regularidade, convenção, continuidade etc. Signo com caráter Triádico

Semiótica Charles Sanders Peirce filósofo norte-americano (1839-1914) Classificação Fenomenológica Relação Triádica PRIMEIRIDADE categoria do "desprevenido", da primeira impressão ou sentimento (feeling) que recebemos das coisas. SECUNDIDADE categoria do relacionamento direto, do embate (struggle) de um fenômeno de primeiridade com outro, englobando a experiência analogística. TERCEIRIDADE categoria de inter-relação de triplo termo; interconexão de dois fenômenos em direção a uma síntese, lei, regularidade, convenção, continuidade etc. As qualidades puras, imediatamente sentidas, são típicas da primeiridade. As relações diádicas, analítico-comparativas, são exemplos de secundidade. As palavras, por se remeterem a algo para alguém, são fenômenos de terceiridade. O azul, simples e positivo azul, é um primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o azul, é um segundo. A síntese intelectual, elaboração cognitiva o azul no céu, ou o azul do céu, é um terceiro.

O azul, simples e positivo azul, é um primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o azul, é um segundo. A síntese intelectual, elaboração cognitiva o azul no céu, ou o azul do céu, é um terceiro.

O azul, simples e positivo azul, é um primeiro. O céu, como lugar e tempo, aqui e agora, onde se encarna o azul, é um segundo. A síntese intelectual, elaboração cognitiva o azul no céu, ou o azul do céu, é um terceiro.

Estas três entidades formam a relação triádica de signo Compreendendo a Semiologia e a Semiótica Semiótica Charles Sanders Peirce filósofo norte-americano (1839-1914) O signo é algo que representa alguma coisa para alguém. Esse signo criará na mente da pessoa (receptor) um signo equivalente a si mesmo ou um signo mais desenvolvido. Este segundo signo recebe o nome de interpretante, e a coisa representada é chamada de objeto. Interpretante Signo Objeto

Estas três entidades formam a relação triádica de signo Compreendendo a Semiologia e a Semiótica Semiótica Charles Sanders Peirce filósofo norte-americano (1839-1914) Relação Triádica O signo é algo que representa alguma coisa para alguém. Esse signo criará na mente da pessoa (receptor) um signo equivalente a si mesmo ou um signo mais desenvolvido. Este segundo signo recebe o nome de interpretante, e a coisa representada é chamada de objeto. Interpretante Signo Objeto

Estas três entidades formam a relação triádica de signo Compreendendo a Semiologia e a Semiótica Semiótica Charles Sanders Peirce filósofo norte-americano (1839-1914) Relação Triádica O signo é algo que representa alguma coisa para alguém. Esse signo criará na mente da pessoa (receptor) um signo equivalente a si mesmo ou um signo mais desenvolvido. Este segundo signo recebe o nome de interpretante, e a coisa representada é chamada de objeto. casal apaixonado

Este objeto exterior ao signo, chamado de objeto dinâmico, é "espelhado" no interior do signo, "imagem" esta que se denomina objeto imediato. Dentro do signo, no próprio signo objeto imediato signo interpretante imediato interpretante dinâmico (intérprete) objeto dinâmico fundamento interpretante em si Relação com o Interpretante

Este objeto exterior ao signo, chamado de objeto dinâmico, é "espelhado" no interior do signo, "imagem" esta que se denomina objeto imediato. Dentro do signo, no próprio signo objeto imediato signo interpretante imediato interpretante dinâmico (intérprete) objeto dinâmico fundamento interpretante em si Objeto dinâmico: aquilo que o signo substitui Objeto imediato: o modo como o objeto dinâmico está representado no signo. Interpretante imediato: aquilo que o signo está apto a produzir numa mente interpretadora qualquer. Interpretante dinâmico : aquilo que o signo efetivamente produz em cada mente singular. Interpretante em si: consiste no modo como a mente reage ao signo e no modo como qualquer mente reagiria, dadas certas condições. Relação com o Interpretante

A relação triádica do signo Compreendendo a Semiologia e a Semiótica Semiótica Charles Sanders Peirce filósofo norte-americano (1839-1914) O signo é algo que representa alguma coisa para alguém. Esse signo criará na mente da pessoa (receptor) um signo equivalente a si mesmo ou um signo mais desenvolvido. Este segundo signo recebe o nome de interpretante, e a coisa representada é chamada de objeto. 1ª tricotomia 2ª tricotomia 3ª tricotomia signo em si mesmo signo com seu objeto signo com seu interpretante quali-signo sin-signo legi-signo ícone índice símbolo rema dicente argumento

Semiótica Signo: ou representamen é toda coisa que substitui outra, representando-a para alguém, sob certos aspectos e em certa medida. Charles Sanders Peirce (1839-1914) A primeira tricotomia organiza os signos segundo as características do próprio signo, isto é, do representamen. O representamen foi dividido nas categorias de quali-signo, sin-signo e legi-signo. O quali-signo é uma qualidade sígnica, imediata, tal como a impressão causada por uma cor. É, na verdade, um pré-signo ou uma ante-materialidade sígnica de um signo. Tal qualidade apresentada num concreto qualquer, isto é singularizada ou individualizada, é já um sin-signo. Um sin-signo, por sua vez, pode gerar uma idéia universalizada uma convenção substitutiva do conjunto que a singularidade representa sendo assim um legi-signo. A relação do signo consigo mesmo

Semiótica Signo: ou representamen é toda coisa que substitui outra, representando-a para alguém, sob certos aspectos e em certa medida. Charles Sanders Peirce (1839-1914) O signo está relacionado com o objeto com respeito a uma Qualidade... Peirce Quando funciona como signo, uma qualidade é chamada de quali-signo, isto é, ela é uma qualidade que é um signo. Exemplo: uma cor, qualquer cor, um azul-claro, sem considerar onde essa cor está corporificada. O fato de existir faz daquilo que existe um signo. Existir significa ocupar um lugar no tempo e no espaço, significa reagir a outros existentes, significa conectar-se. Os existentes apontam ao mesmo tempo para diversos existentes em diversas e infinitas direções...essa propriedade de existir ao existente o poder de funcionar como signo, é chamado de sin-signo, no qual sin que dizer singular. Quando algo tem propriedade de lei, quando é dado significado através de determinação ou contrato social etc, em semiótica isso recebe o nome de legi-signo. A relação do signo consigo mesmo

Dependendo do fundamento, ou seja, da propriedade do signo que está sendo considerada, será diferente a maneira como ele pode representar seu objeto. Se o fundamento é uma mera qualidade, na sua relação com o objeto, o signo será um ícone Se for um existente, na sua relação com o objeto, ele será um índice Se for uma lei, será um símbolo O processo de apreensão/compreensão/assimilação de um signo é chamado de semiose. Ela envolve um movimento espiralado, na medida em que toda apreensão sígnica pode tornar-se o reinício de uma nova semiose.

Dependendo do fundamento, ou seja, da propriedade do signo que está sendo considerada, será diferente a maneira como ele pode representar seu objeto. quali-signo Se o fundamento é uma mera qualidade, na sua relação com o objeto, o signo será um ícone sin-signo Se for um existente, na sua relação com o objeto, ele será um legi-signo índice Se for uma lei, será um símbolo O processo de apreensão/compreensão/assimilação de um signo é chamado de semiose. Ela envolve um movimento espiralado, na medida em que toda apreensão sígnica pode tornar-se o reinício de uma nova semiose.

Signo: ou representamen é toda coisa que substitui outra, representando-a para alguém, sob certos aspectos e em certa medida. Charles Sanders Peirce (1839-1914) O signo está relacionado com o objeto com respeito a uma Qualidade... Peirce A relação do signo com seu objeto ícone: quando possui alguma semelhança ou analogia com o seu referente. Índex ou Índice: quando mantém uma relação com o seu referente, ou a coisa que produz o signo, se refere ao objeto indiretamente. Símbolo: quando a relação com o referente é arbitrária, convencional. ÍCONE Indício de vida ÍNDICE Relação objeto-signo: divisão dos signos SÍMBOLO

Ícone é uma imagem que mantém com um determinando objeto uma relação de semelhança ou propriedade. Um ícone é uma abstração de algo que é do nosso conhecimento e apresenta pelo menos um traço em comum com o objeto representado. Exemplos: fotografias, desenhos, diagramas, fórmulas lógicas e algébricas, imagens mentais etc. Índice dentro da semiótica é um signo indicador. É quando o significante remete ao significado tomando como base a experiência vivenciada pelo interpretador. É um signo que se refere ao Objeto que denota em virtude de ser realmente afetado por esse Objeto. Funda-se não na semelhança, como o Ícone, mas na conexão física com o Objeto. Exemplo: ao ver uma imagem de um carro sem a maçaneta, estando apenas um buraco no seu lugar, isto é um índice de uma tentativa de assalto. Mas isso só se torna evidente porque temos experiências anteriores com assaltos, seja através de experiências pessoais, seja por reportagens vistas no telejornal diário. Segundo Peirce o índice opera pela conexão de contigüidade de fato entre dois elementos. Outros exemplos: dedo apontado para um objeto, cata-vento, fumo como sintoma do fogo, pronome /este/, referido a um objeto, os quantificadores lógicos, etc. Símbolo é um signo que se refere ao Objeto que denota em virtude de uma lei, normalmente uma associação de idéias gerais que opera no sentido de fazer com que o Símbolo seja interpretado como se referindo àquele Objeto. Exemplos: todas as palavras, frases, livros e outros signos convencionais. Relação objeto-signo: divisão dos signos

Signo: ou representamen é toda coisa que substitui outra, representando-a para alguém, sob certos aspectos e em certa medida. Charles Sanders Peirce (1839-1914) Em relação ao referente, à coisa a que se refere ou designa, o signo pode ser classificado em: ícone: quando possui alguma semelhança ou analogia com o seu referente. fotografia estátua esquema pictograma ÍCONE Relação objeto-signo: divisão dos signos

Signo: ou representamen é toda coisa que substitui outra, representando-a para alguém, sob certos aspectos e em certa medida. Charles Sanders Peirce (1839-1914) Em relação ao referente, à coisa a que se refere ou designa, o signo pode ser classificado em: Índex ou Índice: quando mantém uma relação com o seu referente, ou a coisa que produz o signo. Chão molhado, indício de que choveu Pegadas, indício de passagem de animal ou pessoa Impressão Digital ÍNDICE Relação objeto-signo: divisão dos signos

Signo: ou representamen é toda coisa que substitui outra, representando-a para alguém, sob certos aspectos e em certa medida. Charles Sanders Peirce (1839-1914) Em relação ao referente, à coisa a que se refere ou designa, o signo pode ser classificado em: Símbolo: quando a relação com o referente é arbitrária, convencional. As palavras, faladas ou escritas, em sua maioria, são símbolos. Quando se pronuncia os fonemas correspondentes a mesa, por exemplo, o som complexo que se emite designa um determinado objeto por convenção estabelecida. Já a palavra escrita, desenhada mesa que representa aqueles fonemas, inclui-se entre os símbolos por se tratar do signo de um signo. Recebe o afeto que se encerra em nosso peito juvenil, Querido símbolo da terra, da amada terra do Brasil! Refrão do HINO À BANDEIRA - Letra: Olavo Bilac Bandeira exemplo de símbolo Relação objeto-signo: divisão dos signos SÍMBOLO

Semiótica Com relação ao interpretante, Pierce o definiu composto por três elementos: o Interpretante Imediato, o Interpretante Dinâmico e o Interpretante Final ou em si. Pierce utilizou a palavra Sentido para Interpretante Imediato, Significado para Interpretante Dinâmico e Significação para Interpretante Final. Sendo as definições: Sentido: é o efeito total que o signo foi pensado para produzir e produz imediatamente no receptor (percepção) Significado: é o efeito realmente produzido no receptor, pela interpretação do signo (após a percepção imediata) Significação: é o resultado interpretativo do intérprete, após a interpretação do signo. Relação com o Interpretante

Interpretante: Não se refere ao intérprete do signo, mas a um processo relacional que cria na mente do intérprete. A partir da relação de representação que o signo mantém com seu objeto, produz-se na mente interpretadora um outro signo que traduz significado do primeiro (é o intérprete do primeiro). O significado de um signo é outro signo seja este uma imagem mental ou palpável, uma ação ou mera reação gestual, uma palavra ou um mero sentimento de alegria, raiva... uma idéia, ou seja lá o que for porque esse seja lá o que for, que é criado na mente pelo signo, é um outro signo (tradição do primeiro). Exemplo: a palavra casa, a pintura de uma casa, o desenho de uma casa, a fotografia de uma casa, o esboço de uma casa, um filme de uma casa, a planta baixa de uma casa, a maquete de uma casa, ou mesmo o seu olhar para uma casa, são todos signos do objeto casa. Não são a própria casa, nem a ideia geral que temos de casa. Substituem-na, apensa, cada um deles de um certo modo que depende da natureza do próprio signo. A natureza de uma fotografia não é a mesma de uma planta baixa. Relação com o Interpretante

Semiótica Com relação ao interpretante, Pierce o definiu composto por três elementos: o Interpretante Imediato, o Interpretante Dinâmico e o Interpretante Final ou em si. Dentro do signo, no próprio signo objeto im edia to interpreta n te i mediat o interpretante dinâmico (intérprete) objeto dinâmico fundamento signo interpretante em si Relação com o Interpretante

Objeto imediato ÁRVORE é a aparência do desenho, no modo como ele intenta representar por semelhança a aparência do objeto é a aparência gráfica ou acústica da palavra como suporte portador de uma lei geral, pacto coletivo ou convenção social que faz com que essa palavra, que não apresenta nenhuma semelhança real ou imaginária com o objeto, possa, entretanto, representá-lo Relação com o Interpretante

Interpretante imediato ÁRVORE Consiste naquilo que o signo está apto a produzir numa mente interpretadora qualquer. Não se trata daquilo que o signo efetivamente produz nas mentes em geral, mas daquilo que, dependendo de sua natureza, ele pode produzir. Há signos que são interpretáveis na forma de qualidades de sentimentos; outros que são interpretáveis através de experiência concreta ou ação; outros são passíveis de interpretação através de pensamentos infinitamente. Relação com o Interpretante

Interpretante final (em si) Caso o signo seja convencional, um signo de lei, por exemplo, uma palavra ou frase, o interpretante será um pensamento que traduzirá o signo anterior em um outro signo da mesma natureza, e assim infinitamente. Este consiste não apenas no modo como qualquer mente reagiria, mas no modo como qualquer mente reagiria, dadas certas condições. A palavra casa produzirá como interpretante em si outros signos da mesma espécie: habitação, moradia, lar, lar-doce-lar etc. Lar Doce Lar Relação com o Interpretante

Bibliografia BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. São Paulo: Ática, 2005. SANTAELLA, Lúcia. Semiótica aplicada. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2002. A teoria geral dos signos. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2000. O que é semiótica. São Paulo: Brasiliense, 1983. PIGNATARI, Décio. Informação, linguagem, comunicação. São Paulo: Cultrix, 1997. Dicionário eletrônico Houaiss da língua portuguesa 1.0 Prof. Eufrasio Prates - <http://www.geocities.com/eureka/8979/semiotic.htm http://www.pucsp.br/pos/cos/cepe/semiotica/semiotica.htm#12 http://www.nike.com - nikebiz.com: niketimeline