Semiótica. A semiótica é a teoria dos signos.
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- Fábio Padilha Ferreira
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2 A semiótica é a teoria dos signos.
3 Segundo Umberto Eco, um signo é algo que está no lugar de outra coisa.
4 Ou seja, que representa outra coisa.
5 Uma árvore, por exemplo, pode ser representada por uma série de coisas: A palavra árvore escrita; A palavra árvore dita; Um desenho de uma árvore; Um daqueles pinheiros de cheiro que se penduram nos carros; Alguém a imitar por mímica uma árvore; A ideia que formamos de uma árvore quando pensamos numa.
6 Tudo pode ser um signo.
7 Mas tem de ser interpretado como um signo para o ser. Ou seja: os signos podem ter diferentes interpretações.
8 Num certo sentido, a semiótica trata dos mesmos assuntos que a iconografia e que a iconologia. Mas é uma abordagem mais interdisciplinar. A semiótica pode fornecer uma linguagem e um enquadramento mais rigoroso para lidar com as ligações entre uma imagem, a sociedade e o espectador. Permite perceber, não apenas os significados de uma obra de arte, mas como esses significados são criados.
9 A semiótica moderna foi criada por: Ferdinand de Saussure ( ) Charles Sanders Pierce ( )
10 Para Saussure o signo é composto por: Significante, a forma que o signo assume; Significado, o conceito que representa.
11 Para Pierce o signo é composto por: Representamen, a forma que o signo assume (pode não ser material); Interpretante, o sentido que é dado ao signo. Objecto, a coisa a que o signo se refere.
12 Representamen Signo Objecto Interpretante
13 Para Pierce o processo da interpretação dos signos tende a gerar mais signos.
14 Representamen Semiótica Signo Objecto Representamen/ Interpretante Signo Objecto Interpretante
15 Pierce classificava os signos em mais de tipos, mas os mais pertinentes são: O símbolo (o representamen ou significante é arbitrário). Letras, números, p. ex. Ícone (o representamen ou significante imita o objecto ou algumas das suas qualidades). Um retrato, uma maquete, p. ex. Indíce (o representamen ou significante está ligado de uma maneira física ou causal ao objecto de uma forma palpável. Os sintomas de uma doença, uma impressão digital, uma fotografia.
16 Pierce classificava os signos em mais de tipos, mas os mais pertinentes são: O símbolo (o representamen ou significante é arbitrário). Letras, números, p. ex. Ícone (o representamen ou significante imita o objecto ou algumas das suas qualidades). Um retrato, uma maquete, p. ex. Indíce (o representamen ou significante está ligado de uma maneira física ou causal ao objecto de uma forma palpável. Os sintomas de uma doença, uma impressão digital, uma fotografia.
17 Estas categorias não são estanques: Uma fotografia pode ser um Ícone e um Índice.
18 Uma das características da semiótica moderna é o facto dos signos estudados dentro de sistemas ou códigos. Saussure acreditava que os signos não produziam significado isoladamente, mas em relação a outros signos. Segundo Roman Jakobson ( ) a interpretação dos signos depende da existência de convenções de comunicação. Interpretar um texto ou uma imagem implica relacioná-lo com os códigos relevantes.
19 A teoria semiótica de Jakobson foi bastante usada no campo da crítica literária e da história de arte: Uma mensagem (texto, enunciação, imagem) é enviada por um emissor/orador a um receptor/leitor/ouvinte/espectador. Para essa mensagem ser compreendida ela deve referir-se a uma realidade comum que o emissor e o receptor partilham: um contexto. Deve também ser transmitida através de um meio a que o receptor possa aceder e deve ser composta de acordo com um código que este compreenda.
20 Para Pierce, o signo era um processo, enquanto para Saussure era uma estrutura. A estrutura aberta da semiose segundo Pierce sugere um progresso infinito. No entanto, este processo acaba por ser limitado pelas capacidades do receptor.
21 A ideia de que os signos estão ligados foi usada por Julia Kristeva para desenvolver o conceito de intertextualidade. Um texto estaria colocada sobre dois eixos, um horizontal que une o autor ao leitor e outro vertical que o une a outros textos.
22 Formalismo Outros conceitos importantes são os de conotação e de denotação. Denotação indica os significados óbvios do signo. Conotação indica os que estão subentendidos.
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