IFRS 3T14 DESEMPENHO DA VALE NO 3T14

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BM&F BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: VALE, VALE.P HKEx: 6210, 6230 EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5 LATIBEX: XVALO, XVALP DESEMPENHO DA VALE NO 3T14 Rio de Janeiro, 30 de outubro de 2014 - A Vale S.A. (Vale) apresentou um forte desempenho operacional no 3T14, com a produção de minério de ferro alcançando 85,7 Mt o melhor desempenho da história da Vale em um trimestre e com a produção de Carajás atingindo 32,2 Mt, um novo recorde absoluto, devido aos ramp-ups bemsucedidos da Planta 2 e de Serra Leste. As receitas no 3T14 somaram US$ 9,249 bilhões, representando uma queda de US$ 830 milhões em relação ao 2T14. As receitas foram impactadas negativamente pelo menor preço de commodities (-US$ 1,351 bilhão) e positivamente pelos maiores volumes de venda (US$ 521 milhões). Os benefícios deste recorde de produção de minério de ferro não foram totalmente capturados devido ao acúmulo de 9,3 Mt em estoques ao longo da cadeia, parcialmente em consequência da interrupção da ferrovia de Carajás (Estrada de Ferro Carajás, EFC) em setembro. Uma parte dos estoques estrategicamente acumulados no 3T14 foram vendidos em condições comerciais mais favoráveis durante o trimestre atual. www.vale.com rio@vale.com Departamento de Relações com Investidores Rogério T. Nogueira André Figueiredo Carla Albano Miller Andrea Gutman Claudia Rodrigues Marcelo Bonança Marcelo Lobato Marcio Loures Penna Tel: (55 21) 3814-4540 No 3T14, a Vale apresentou um EBITDA ajustado de US$ 3,004 bilhões, com US$ 781 milhões 26% do EBITDA da Vale no 3T14 provenientes do segmento de metais básicos, em função do recorde de produção de cobre, bem como a melhor produção de níquel para um terceiro trimestre desde 3T08. Nos primeiros nove meses de 2014 (9M14) a Vale reduziu seus custos e despesas em US$ 520 milhões 1, comparado aos 9M13, com economia de US$ 271 milhões no 3T14 em relação ao 3T13. Comparando os 9M14 com os 9M13, temos o seguinte resultado: despesas com vendas, gerais e administrativas (SG&A 2 ) caíram US$ 192 milhões (23,4%); gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) diminuíram US$ 30 milhões (5,7%); e despesas pré-operacionais e de parada 3 foram reduzidas em US$ 557 milhões (46,2%). Nos 9M14, os investimentos da Vale totalizaram US$ 8,232 bilhões, representando uma queda de US$ 2,161 bilhões em relação aos 9M13. Os investimentos em execução de projetos totalizaram US$ 5,641 bilhões, representando um decréscimo de US$ 1,560 bilhão, ao mesmo tempo em que o capex de manutenção totalizou US$ 2,591 bilhões, apresentando um decréscimo de US$ 600 milhões nos 9M14 em relação aos 9M13. O prejuízo líquido foi de US$ 1,437 bilhão contra um um lucro líquido de US$ 1,428 bilhão no trimestre passado, refletindo principalmente o impacto não caixa de variações cambiais e perdas monetárias em dívidas e derivativos de US$ 2,683 bilhões devido à depreciação do real frente ao dólar americano. A Vale manteve um balanço saudável, com baixa alavancagem, ampla cobertura de juros, longo período de maturidade e baixo custo de dívida. A dívida líquida diminuiu em US$ 2,156 bilhões desde 30 de junho de 2014, alcançando US$ 21,034 bilhões. Em 30 de setembro de 2014, a dívida total da Vale foi de US$ 29,366 bilhões com posição de caixa 4 de US$ 8,332 bilhões, suportado pelo recebimento de R$ 2 bilhões em recursos de caixa no 3T14 pela venda de 26,5% de participação na VLI para Brookfield. A segunda IFRS 3T14 1 Excluindo depreciação. Redução calculada depois de ajuste pelo impacto positivo não recorrente de US$ 244 milhões da transação de gold stream no 1T13. 2 Excluindo depreciação. 3 Excluindo depreciação. 4 Posição de caixa também inclui investimentos de curto prazo no valor de US$ 450 milhões.

parcela dos dividendos em 2014, no valor de US$ 2,1 bilhões, será paga em 31 de outubro de 2014. Robusta performance operacional apesar da queda nos preços de commodities no segmento de minerais ferrosos O EBITDA ajustado de minério de ferro no 3T14 foi de US$ 1,528 bilhão, representando uma diminuição de US$ 1,151 bilhão dos US$ 2,679 bilhões registrados no 2T14, principalmente devido à redução de US$ 1,031 bilhão nos preços de venda; A produção de minério de ferro alcançou um recorde de 85,7 Mt 5 no 3T14, principalmente devido aos ramp-ups da Planta 2 e de Conceição Itabiritos, enquanto o minério de ferro comprado de terceiros alcançou 2,9 Mt; O volume de vendas de minério de ferro e pelotas foi de 78,1 Mt no 3T14, ficando 1,5% maior do que no 2T14; Os estoques de minério de ferro cresceram 9,3 Mt no trimestre, parcialmente como resultado da interdição da ferrovia de Carajás (Estrada de Ferro Carajás, EFC); O preço médio realizado de finos de minério de ferro (ex-rom) caiu para US$ 68/wmt, impactado negativamente por um ajuste de US$ 1,4/t em preços provisionados no final do 2T14 e por um delta de US$ 3,8/t entre os US$ 77,8/t provisionalmente precificados para 30,7% das vendas no final do 3T14 e a média do Platt's IODEX 62% CFR China de US$ 90,2/dmt; Os custos operacionais aumentaram para US$ 24,7/t 6 contra US$ 23,2/t no trimestre passado, principalmente devido aos custos não recorrentes com manutenção em preparação para o aumento de produção e ao pagamento de faturas pendentes em razão do start-up do sistema de ERP. A taxa de câmbio média no trimestre foi de R$ 2,27 / US$, apesar de uma taxa de câmbio no final do 3T14 de R$ 2,45 / US$. Os benefícios no custo de um BRL mais depreciado serão capturados no trimestre seguinte, caso a taxa de câmbio se estabilize nos níveis do final do 3T14. Colhendo os frutos do segmento de metais básicos O EBITDA ajustado alcançou US$ 781 milhões no 3T14, totalizando US$ 1,939 bilhão nos 9M14; A produção de níquel alcançou 72.100 t no 3T14, ficando 16,9% acima do 2T14; A produção de cobre chegou ao nível recorde de 104.800 t, ficando 29,3% e 10,8% acima do 2T14 e 3T13, respectivamente; A receita de vendas totalizou US$ 2,129 bilhões, ficando 12,7% acima do 2T14 devido a melhores preços e volume de venda; Os custos 7 foram reduzidos em US$ 103 milhões e as despesas 8 em US$ 334 milhões nos 9M14, representando uma redução de custos e despesas de US$ 437 milhões em relação aos 9M13. Construindo as bases para lucratividade futura dos segmentos de carvão e fertilizantes A mina de Isaac Plains foi colocada em care and maintenance devido à sua não viabilidade econômica nos níveis de preço esperados no curto e médio prazo; Moatize II alcançou 70% de progresso físico no 3T14 com investimento de capital no valor de US$ 179 milhões no trimestre; IFRS 3T14 5 O volume de produção exclui a produção atribuível da Samarco de 3,8 Mt 6 Excluindo ROM e minério de ferro de terceiros. 7 Excluindo depreciação. 8 Após o ajuste de US$ 244 milhões referente ao efeito positivo não recorrente da transação de gold stream no 1T13.

As seções greenfield do Corredor Nacala alcançaram 92% de progresso físico enquanto o Porto de Nacala atingiu 85% de progresso físico; EBITDA ajustado para o segmento de fertilizantes aumentou para US$ 96 milhões no 3T14 comparado a US$ 72 milhões no 2T14. Alcançou-se um EBITDA ajustado de US$ 203 milhões nos 9M14 contra US$ 51 milhões nos 9M13. Permanecemos focados na geração de fluxo de caixa, continuando a explorar oportunidades de desinvestimento e reforçando iniciativas que visem à redução de custos e capex para corroborar o fluxo de caixa livre. INDICADORES FINANCEIROS SELECIONADOS % % (A) (B) (C) (A/B) (A/C) Receita operacional bruta 9.249 10.079 12.506 (8,2) (26,0) Receita operacional líquida 9.062 9.902 12.333 (8,5) (26,5) EBIT ajustado 1.625 2.995 4.737 (45,7) (65,7) Margem EBIT ajustado (%) 17,9 30,2 38,4 EBITDA ajustado 3.004 4.104 5.806 (26,8) (48,3) Margem EBITDA ajustado (%) 33,1 41,4 47,1 Lucro (prejuízo) líquido (1.437) 1.428 3.502 (200,6) (141,0) Lucro líquido básico 666 1.959 3.639 (66,0) (81,7) Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,13 0,38 0,71 (66,0) (81,7) Dívida bruta total 29.366 30.257 29.776 (2,9) (1,4) Caixa e equivalente de caixa 8.332 7.067 7.202 17,9 15,7 Dívida líquida total 21.034 23.190 22.574 (9,3) (6,8) Dívida bruta/ebitda ajustado (x) 1,6 1,5 1,5 - - Investimentos (exclui P&D e aquisições) 3.177 2.469 3.231 28,7 (1,7) US$ milhões 9M14 9M13 % (A) (B) (A/B) Receita operacional bruta 29.010 34.213 (15,2) Receita operacional líquida 28.467 33.642 (15,4) EBIT ajustado 7.641 12.530 (39,0) Margem EBIT ajustado (%) 26,8 37,2 EBITDA ajustado 11.166 15.921 (29,9) Lucro líquido básico 4.670 9.049 (48,4) Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) 0,91 1,76 (48,4) Investimentos (exclui P&D e aquisições) 8.232 10.393 (20,8) As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com o IFRS. Tais informações, com exceção daquelas referentes a investimentos e ao comportamento dos mercados, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da Vale consolidadas são: Compañia Minera Miski Mayo S.A.C., Mineração Corumbaense Reunida S.A., PT Vale Indonesia Tbk, Salobo Metais S.A, Vale Australia Pty Ltd., Vale International Holdings GMBH, Vale Canada Limited, Vale Fertilizantes S.A., Vale International S.A., Vale Manganês S.A., Vale Mina do Azul S.A., Vale Moçambique S.A., Vale Nouvelle-Calédonie SAS, Vale Oman Pelletizing Company LLC e Vale Shipping Holding PTE Ltd. IFRS 3T14

RECEITA OPERACIONAL A receita operacional no 3T14 diminuiu para US$ 9,249 bilhões, ficando 8,2% menor do que no 2T14. A diminuição ocorreu principalmente devido a menores preços de venda de minério de ferro (US$ 1,044 bilhão) e de pelotas (US$ 205 milhões), que foram parcialmente compensados por um maior volume de venda de pelotas (US$ 272 milhões) e de metais básicos (US$ 223 milhões). A participação do segmento de minerais ferrosos - minério de ferro, pelotas, manganês e ferroligas - na receita operacional caiu de 70,0%, no 2T14, para 64,2%. O segmento de metais básicos continuou a aumentar sua participação na receita, passando de 18,7%, no 2T14, para 23,0%, no 3T14, principalmente devido ao aumento dos preços e volume de vendas do níquel. Já o segmento de fertilizantes aumentou sua participação de 6,6%, no 2T14, para 8,1%, no 3T14, e o de carvão aumentou de 2,0% para 2,2 % no mesmo período. No 3T14, as vendas para a Ásia, em relação ao total de vendas, diminuíram para 49,2% em comparação com os 53,5% no 2T14, enquanto as participações das Américas e Oriente Médio aumentaram. As vendas para as Américas representaram 28,7% das vendas totais; para a Europa 17,1%; para o Oriente Médio, 3,9%; e para o resto do mundo, 1,2%. As vendas para a China representaram 30,3% da receita total no 3T14; para o Brasil, 18,9%; para o Japão, 9,8%; para a Alemanha, 5,6%; para o Canadá, 4.5%; e para a Coréia do Sul, 4,0%. RECEITA OPERACIONAL BRUTA POR ÁREA DE NEGÓCIO US$ milhões 3T14 % 2T14 % 3T13 % Minerais ferrosos 5.935 64,2 7.053 70,0 9.482 75,8 Minério de ferro - finos 4.287 46,4 5.391 53,5 7.666 61,3 ROM 54 0,6 69 0,7 87 0,7 Pelotas 1.356 14,7 1.289 12,8 1.525 12,2 Manganês 50 0,5 63 0,6 119 1,0 Ferroligas 47 0,5 59 0,6 54 0,4 Outros 141 1,5 182 1,8 31 0,2 Carvão 201 2,2 201 2,0 211 1,7 Carvão Metalúrgico 184 2,0 196 1,9 200 1,6 Carvão Térmico 17 0,2 5-11 0,1 Metais básicos 2.129 23,0 1.889 18,7 1.859 14,9 Níquel 1.288 13,9 1.188 11,8 865 6,9 Cobre 579 6,3 482 4,8 734 5,9 PGMs 141 1,5 115 1,1 116 0,9 Ouro 116 1,2 87 0,9 107 0,9 Prata 4-10 0,1 10 0,1 Outros 1-7 0,1 27 0,2 Fertilizantes 747 8,1 661 6,6 812 6,5 Potássio 47 0,5 38 0,4 63 0,5 Fosfatados 560 6,1 492 4,9 621 5,0 Nitrogenados 109 1,2 102 1,0 104 0,8 Outros 31 0,3 29 0,3 24 0,2 Outros 237 2,6 276 2,7 142 1,1 Total 9.249 100,0 10.079 100,0 12.506 100,0 4

RECEITA OPERACIONAL BRUTA POR DESTINO US$ milhões 3T14 % 2T14 % 3T13 % América do Norte 746 8,1 643 6,4 539 4,3 América do Sul 1.903 20,6 1.839 18,2 1.942 15,5 Brasil 1.744 18,9 1.648 16,3 1.725 13,8 Outros 159 1,7 192 1,9 217 1,7 Ásia 4.551 49,2 5.389 53,5 7.298 58,4 China 2.799 30,3 3.555 35,3 5.240 41,9 Japão 904 9,8 996 9,9 1.178 9,4 Outros 849 9,2 838 8,3 880 7,0 Europa 1.582 17,1 1.750 17,4 2.252 18,0 Alemanha 516 5,6 567 5,6 877 7,0 Itália 226 2,4 199 2,0 201 1,6 Outros 841 9,1 984 9,8 1.174 9,4 Oriente Médio 359 3,9 281 2,8 325 2,6 Resto do mundo 108 1,2 177 1,8 149 1,2 Total 9.249 100,0 10.079 100,0 12.506 100,0 CUSTOS E DESPESAS Nos 9M14, os custos e despesas, líquidos de depreciação, caíram US$ 520 milhões quando comparados aos 9M13, após o ajuste de efeito não recorrente de US$ 244 milhões referentes à transação de gold stream no 1T13. Custo dos produtos vendidos (CPV) No 3T14, o CPV foi de US$ 6,501 bilhões, o que significou um aumento de US$ 278 milhões em relação ao 2T14, após o ajuste dos efeitos de maior volume (US$ 199 milhões) e variação cambial (-US$ 56 milhões) 9. Os principais fatores para o aumento no custo foram a depreciação (US$ 198 milhões) e os serviços de manutenção (US$ 85 milhões). Custos de manutenção chegaram a US$ 823 milhões no 3T14, aumentando US$ 85 milhões após o ajuste de efeitos de maiores volumes (US$ 58 milhões) e variação cambial (-US$ 9 milhões), refletindo maiores custos de manutenção no segmento de minério de ferro (US$ 57 milhões) devido à reforma e manutenção de caminhões em preparação para o aumento de volume de produção, ocorrendo, além disto, um aumento de 1,5% nos salários dos funcionários de manutenção no 3T14. 9 A composição do CPV por moedas no 3T14 foi: 56% em reais, 27% em dólares americanos, 14% em dólares canadenses, 2% em dólares australianos e 2% em outras moedas. 5

CPV 2T14 x 3T14 US$ milhões 3T14 2T14 Principais variações 3T14 Total Volume Variação cambial Outros Variação total 2T14 x 3T14 Pessoal 668 - -8 19 11 679 Serviços contratados e materiais1 1.185 105-16 31 120 1.305 Energia (Eletricidade, combustível 68-9 -42 17 589 572 & gás) Aquisição de produtos 435-74 - 25-49 386 Minério de ferro e pelotas 118-1 - -10-11 107 Metais básicos 168 30 - -16 14 182 Outros produtos 149-103 - 51-52 97 Manutenção2 689 58-9 85 134 823 Frete 895-16 - - -16 879 Outros 835 58-5 -39 14 849 Custo total antes da depreciação e 199-47 79 231 5.510 5.279 amortização Depreciação e amortização 802 - -9 198 189 991 Total 6.081 199-56 278 420 6.501 Nota: Os efeitos de volume, variação cambial e outros não são números contábeis e são calculados de forma simplificada para fins gerenciais. 1 A partir deste trimestre, estamos reportando serviços contratados e materiais como um item. 2 A partir deste trimestre, estamos reportando custos de manutenção englobando serviços terceirizados, materiais e pessoal relacionado aos principais trabalhos de manutenção. Total O CPV aumentou em US$ 354 milhões no 3T14 em relação ao 3T13, após o ajuste dos efeitos de menor volume (- US$ 96 milhões) e variação cambial (-US$ 24 milhões). O principal fator negativo foi o aumento dos serviços de manutenção (US$ 333 milhões), que refletiram os previamente citados maiores custos nos segmentos de minério de ferro (US$ 130 milhões), metais básicos (US$ 119 milhões) e pelotas (US$ 54 milhões). O aumento em custos de manutenção no segmento de metais básicos reflete a manutenção programada de Thompson e Voisey s Bay e, também, a manutenção em VNC no 3T14. CPV 3T13 x 3T14 3T13 Principais variações 3T14 Variação Variação total Total Volume Outros US$ milhões cambial 3T13 x 3T14 Total Pessoal 822 - -7-136 -143 679 Serviços contratados e materiais 1.598-21 -4-268 -293 1.305 Energia (Eletricidade, -1-37 -30 589 619 8 combustível & gás) Aquisição de produtos 286-51 -3 154 100 386 Minério de ferro e pelotas 101-10 - 16 6 107 Metais básicos 115-16 -3 86 67 182 Outros produtos 70-25 - 52 27 97 Manutenção 507-15 -2 333 316 823 Frete 872 7 - - 7 879 Outros 654-25 - 220 195 849 Custo total antes da depreciação e amortização 5.358-96 -17 265 152 5.510 Depreciação e amortização 908 - -7 90 83 991 Total 6.266-96 -24 354 235 6.501 Nota: Os efeitos de volume, variação cambial e outros não são números contábeis e são calculados para fins gerenciais.. 6

COMPOSIÇÃO DO CPV US$ milhões 3T14 % 2T14 % 3T13 % Pessoal 679 10,4 668 11,0 822 13,1 Serviços contratados e Material 1.305 20,1 1.185 19,5 1.598 25,5 Energia 589 9,1 572 9,4 619 9,9 Óleo combustível e gases 417 6,4 439 7,2 445 7,1 Energia elétrica 172 2,6 133 2,2 174 2,8 Aquisição de produtos 386 5,9 435 7,2 286 4,6 Minério de ferro e pelotas 107 1,6 118 1,9 101 1,6 Produtos de metais básicos 182 2,8 168 2,8 115 1,8 Outros produtos 97 1,5 149 2,5 70 1,1 Manutenção 823-689 11,3 507 8,1 Frete marítimo 879 13,5 895 14,7 872 13,9 Outros 849 13,1 835 13,7 654 10,4 Total Custos 5.510 84,8 5.279 86,8 5.358 85,5 Depreciação e amortização 991 15,2 802 13,2 908 14,5 CPV (Custos dos Produtos Vendidos) Total 6.501 100,0 6.081 100,0 6.266 100,0 Despesas As despesas alcançaram US$ 936 milhões, representando um aumento de 13,3% no 3T14 em comparação com o 2T14 e uma redução de 30,5% em comparação com o 3T13. Nos 9M14, as despesas com SG&A acumularam uma redução de 17,7%, substancialmente maior do que a meta de redução de 10% para o ano. O SG&A 10, representando 29,3% do total das despesas, alcançou US$ 274 milhões no 3T14, US$ 37 milhões a mais do que no 2T14. O aumento das despesas de SG&A foi impulsionado por maiores despesas administrativas 11 (US$ 29 milhões) e despesas de depreciação (US$ 19 milhões), parcialmente compensadas por menores despesas de vendas (-US$ 11 milhões). Nos 9M14, as despesas com P&D foram de US$ 499 milhões, 5,7% a menos do que os US$ 529 milhões nos 9M13. As despesas com P&D, representando 20,7% do total das despesas, alcançaram US$ 194 milhões no 3T14, ou seja, US$ 34 milhões a mais do que os US$ 160 milhões no 2T14. As despesas com P&D para o minério de ferro e pelotas somaram US$ 83 milhões; metais básicos, US$ 32 milhões; fertilizantes US$ 16 milhões; e outros, U$ 58 milhões. Nos 9M14, as despesas pré-operacionais e de parada 12 foram US$ 557 milhões a menos do que nos 9M13, representando uma redução de 46,2%, mas ainda abaixo da nossa meta de redução de 50%. No 3T14, despesas préoperacionais e de parada 13, representando 30,3% do total das despesas, aumentaram para US$ 284 milhões em comparação com os US$ 264 milhões no 2T14, refletindo principalmente as despesas pré-operacionais mais altas de Teluk Rubiah (US$ 16 milhões) e S11D (US$ 8 milhões), que totalizaram US$ 16 milhões e US$ 22 milhões, respectivamente, no 3T14. Outras despesas operacionais 14, representando 19,7% do total das despesas, foram de US$ 184 milhões no 3T14, um aumento de US$ 19 milhões quando comparadas com os US$ 165 milhões no 2T14. 10 Incluindo depreciação. 11 Excluindo depreciação. 12 Incluindo depreciação. 13 Incluindo depreciação. 14 Incluindo depreciação. 7

DESPESAS US$ milhões 3T14 % 2T14 % 3T13 % SG&A 274 29,3 237 28,7 315 23,4 Administrativas 266 28,4 218 26,4 286 21,2 Pessoal 108 11,5 100 12,1 117 8,7 Serviços 51 5,4 48 5,8 89 6,6 Depreciação 68 7,3 49 5,9 46 3,4 Outros 39 4,2 21 2,5 34 2,5 Vendas 8 0,9 19 2,3 29 2,2 P&D 194 20,7 160 19,4 202 15,0 Despesas pré-operacionais e de parada1 284 30,3 264 32,0 549 40,8 VNC 137 14,6 150 18,2 129 9,6 Rio Colorado (5) (0,5) 5 0,6 213 15,8 Long Harbour 36 3,8 28 3,4 43 3,2 Outros 116 12,4 81 9,8 130 9,7 Outras despesas operacionais 184 19,7 165 20,0 280 20,8 Total2 936 100,0 826 100,0 1.346 100,0 1 Inclui US$ 60 milhões de depreciação no 3T14, US$ 47 milhões no 2T14 e US$ 50 milhões no 3T13 2 Não inclui ganhos/perdas nas vendas de ativos CUSTOS E DESPESAS US$ million 3T14 2T14 3T13 9M14 9M13 Custos 5.510 5.279 5.358 15.437 14.857 Despesas1 809 727 1.230 2.343 3.443 Custos e despesas líquidos de depreciação 6.319 6.006 6.588 17.780 18.300 Depreciação 1.119 901 1.007 3.046 3.056 Total de custos e despesas 7.438 6.907 7.595 20.826 21.356 1 Excluindo o efeito positivo não-recorrente de US$ 244 milhões da transação de gold stream no 1T13. LUCRO OPERACIONAL E GERAÇÃO DE CAIXA O EBITDA ajustado foi de US$ 3,004 bilhões no 3T14, 26,8% abaixo do 2T14. O EBIT ajustado foi de US$ 1,625 bilhão no 3T14, ficando US$ 1,370 bilhão abaixo do 2T14 e, portanto, a margem do EBIT ajustado diminuiu para 17,9% no 3T14, contra 30,2% no 2T14. A geração de caixa da Vale foi favorecida pelo recebimento dos R$ 2 bilhões referentes à venda de uma participação de 26,5% na VLI para Brookfield. EBITDA AJUSTADO Receita operacional bruta 9.249 10.079 12.506 Receita operacional líquida 9.062 9.902 12.333 CPV (6.501) (6.081) (6.266) Despesas com vendas, gerais e administrativas (274) (237) (300) Pesquisa e desenvolvimento (194) (160) (202) Despesas pré-operacionais e de parada (284) (264) (551) Outras despesas operacionais (184) (165) (277) EBIT ajustado 1.625 2.995 4.737 Depreciação, amortização e exaustão 1.119 901 1.007 Dividendos recebidos 260 208 62 EBITDA ajustado 3.004 4.104 5.806 Efeitos não recorrentes excluídos da análise - (774) - 8

EBITDA AJUSTADO POR SEGMENTO Minerais ferrosos 2.411 3.604 5.626 Carvão -149-154 -72 Metais básicos 781 609 303 Fertilizantes 96 72-64 Outros -135-27 13 Total 3.004 4.104 5.806 LUCRO LÍQUIDO No 3T14, houve um prejuízo líquido de US$ 1,437 bilhão contra um lucro líquido de US$ 1,428 bilhão no trimestre anterior. O lucro líquido básico totalizou US$ 666 milhões após a exclusão dos seguintes efeitos não recorrentes: (a) variações monetárias e cambiais (-US$ 1,943 bilhão) 15 ; (b) perdas nos swaps de moedas e de taxas de juros (-US$ 740 milhões); (c) perdas cambiais no resultado de equivalência patrimonial (-US$ 159 milhões); (d) fair value dos instrumentos financeiros (-US$ 132 milhões); (e) perdas nas vendas de investimentos (-US$ 43 milhões); (f) marcação a mercado das debêntures participativas (-US$ 87 milhões); (g) ajustes de efeitos fiscais mencionados anteriormente (US$ 1,001 bilhão). O resultado financeiro líquido foi negativo em US$ 3,368 bilhões no 3T14, contra US$ 59 milhões negativos no 2T14. Os principais componentes do resultado financeiro foram: (a) despesas financeiras (-US$ 769 milhões); (b) receitas financeiras (US$ 171 milhões); (c) perdas de variações monetárias e cambiais (-US$ 1,943 bilhão); (d) perdas na marcação a mercado dos derivativos (-US$ 827 milhões), dos quais US$ 740 milhões decorreram de perdas nos swaps de moedas. Resultado de equivalência patrimonial O resultado de equivalência patrimonial totalizou US$ 35 milhões no 3T14, ficando abaixo dos US$ 244 milhões no trimestre anterior. As maiores contribuições para o resultado de equivalência patrimonial foram: da Samarco (US$ 34 milhões), das pelotizadoras arrendadas em Tubarão (US$ 39 milhões), da MRS (US$ 20 milhões) e da VLI (US$ 13 milhões). No 3T14, tivemos uma redução substancial no resultado de equivalência patrimonial da Samarco quando comparado com o 2T14 (US$ 177 milhões), devido ao impacto da depreciação do BRL em relação ao USD em sua dívida. Os resultados dos negócios de siderurgia (-US$ 60 milhões) e de metais básicos (-US$ 13 milhões) parcialmente reduziram o resultado de equivalência patrimonial. LUCRO LÍQUIDO BÁSICO milhões de US$ 3T14 2T14 3T13 Lucro líquido básico 666 1.959 3.639 Itens excluidos do lucro líquido básico Impairment em ativos - -774 - Ganho (perda) na venda de ativos - - -58 Debêntures participativas -87-268 -109 Ganho(perda) de variação cambial e monetária, líquido -1.943 484-110 Swaps de moedas e taxas de juros -740 363 69 Fair value de instrumentos financeiros -132 - - Ganho (perda) na venda de investimentos -43-18 - Ganho(perda) de variação cambial na equivalência patrimonial -159 - - Impairment / impostos - -127 - Efeitos no imposto sobre itens ajustados 1.001-191 71 Lucro (prejuízo) líquido -1.437 1.428 3.502 15 Resultado da depreciação do real de 11,3% em relação ao dólar no 3T14. 9

RESULTADO FINANCEIRO 3T14 Composição dos juros brutos1 (105) (400) (309) Contingências fiscais e trabalhistas (27) (35) (32) Outros (443) (373) (242) Despesas financeiras (REFIS) (194) (175) - Despesas financeiras (769) (983) (583) Receitas financeiras 171 72 75 Derivativos (827) 368 117 Swaps de moedas e taxas de juros (740) 363 69 Outros (87) 5 48 Ganhos (Perdas) cambiais e monetárias líquidos (1.943) 484 (110) Resultado financeiro líquido (3.368) (59) (501) 1 O decréscimo nos encargos financeiros de juros de US$ 105 milhões reflete a recomposição ocorrida no 3T14 da capitalização de juros sobre o imobilizado em construção, realizada a menor no 2T14 em função do start-up do nosso sistema de ERP. 10

EFEITOS DA VOLATILIDADE DO CÂMBIO NO DESEMPENHO FINANCEIRO DA VALE No 3T14, o real (BRL) depreciou 11,3% em relação ao USD: de BRL 2,20, em 30 de junho de 2014, para BRL 2,45, em 30 de setembro de 2014. Em uma média trimestral, a depreciação do BRL foi mais moderada, 2,0%: BRL 2,23/USD no 2T14 contra BRL 2,27/USD no 3T14, considerando que uma desvalorização mais forte ocorreu em setembro. Apesar da Vale informar seu desempenho financeiro em USD, a depreciação do BRL impacta seus resultados, pois a moeda funcional da empresa controladora da Vale, Vale S.A., é o BRL. A depreciação do BRL em relação ao USD e outras moedas produziu dois efeitos contábeis, em sua maioria não caixa, no lucro antes do imposto de renda no 3T14, movidos pelo: (i) (ii) Impacto na dívida líquida dívida denominada em USD menos contas a receber em USD do qual ocorreu uma perda de US$ 1,943 bilhão no 3T14, registrada nas demonstrações financeiras dentro de Variações monetárias e cambiais ; Impacto dos derivativos de forward e swaps usados para minimizar a volatilidade do nosso fluxo de caixa em USD. No 3T14, a marcação a mercado do valor dos swaps cambiais de BRL e outras moedas para USD causou uma perda não recorrente de US$ 740 milhões. Além disso, a depreciação do BRL gera efeitos positivos no nosso fluxo de caixa. Como no 3T14, a maioria de nossas receitas foi denominada em USD, enquanto nosso CPV foi de 56% em BRL, 14% em dólares canadenses (CAD) e 27% em USD, e cerca de 60% de nossos investimentos em BRL. Considerando que o BRL desvalorizou apenas 2,0% em uma média trimestral, o impacto no fluxo de caixa do 3T14 foi pequeno. Porém, caso as taxas de câmbio do final do 3T14 se estabilizem, haverá maiores impactos positivos nos próximos trimestres sobre o fluxo de caixa operacional, EBIT ajustado, EBITDA ajustado, lucro antes de impostos e nos investimentos. 11

INVESTIMENTOS Nos 9M14, os investimentos da Vale totalizaram US$ 8,232 bilhões, compostos de US$ 5,641 bilhões em execução de projetos e US$ 2,591 bilhões em manutenção. Isto representa uma redução de US$ 2,161 bilhões quando comparados aos US$ 10,393 bilhões gastos nos 9M13. No 3T14, os investimentos da Vale foram de US$ 3,177 bilhões, dos quais US$ 2,243 bilhões ocorreram em execução de projetos e US$ 933 milhões em manutenção. INVESTIMENTO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO - 3T14 US$ milhões Projetos % Manutenção % Total % Minerais ferrosos 1.424 63,5 511 54,7 1.935 60,9 Carvão 677 30,2 36 3,8 713 22,4 Metais básicos 77 3,5 241 25,8 318 10,0 Fertilizantes 14 0,6 80 8,5 93 2,9 Energia 40 1,8 1 0,1 41 1,3 Aço 11 0,5 - - 11 0,4 Outros - - 66 7,0 66 2,1 Total 2.243 100,0 933 100,0 3.177 100,0 EXECUÇÃO DE PROJETOS Os investimentos da Vale em execução de projetos foram reduzidos de US$ 7,201 bilhões, nos 9M13, para US$ 5,641 bilhões, nos 9M14. Apesar da diminuição de US$ 1,560 bilhão no período indicar um capex mais baixo para 2014, tivemos uma forte aceleração nos desembolsos dos projetos no 3T14, quando comparado com o 2T14, como esperado. Investimos US$ 2,243 bilhões no trimestre. EXECUÇÃO DE PROJETOS POR ÁREA DE NEGÓCIO US$ milhões 3T14 % 2T14 % 3T13 % Minerais ferrosos 1.424 63,5 823 52,6 1.161 54,4 Carvão 677 30,2 546 34,9 392 18,3 Metais básicos 77 3,5 80 5,1 291 13,6 Fertilizantes 14 0,6 15 0,9 141 6,6 Serviços de logística - carga geral - - - - 65 3,0 Energia 40 1,8 23 1,5 22 1,0 Aço 11 0,5 78 5,0 65 3,0 Total 2.243 100,0 1.563 100,0 2.136 100,0 Minerais ferrosos Cerca de 92% do US$ 1,424 bilhão investidos nos minerais ferrosos no 3T14 se relacionaram às iniciativas de crescimento no negócio de minério de ferro, especificamente: (a) expansão de Carajás e infraestrutura relacionada (US$ 837 milhões); (b) projetos Itabiritos (US$ 357 milhões); (c) rede de distribuição global (US$ 118 milhões), principalmente dedicados ao nosso centro de distribuição na Malásia. A Vale completou no trimestre a construção do centro de distribuição Teluk Rubiah, na Malásia, aumentando nossa competitividade no segmento de minério de ferro na parte oriental do mundo. O centro de distribuição tem a capacidade de receber e exportar 30 Mtpa de minério de ferro e é composto por três descarregadores de navios, um carregador de navio e cinco pátios de estocagem. Até outubro, Teluk Rubiah já havia descarregado oito Valemaxes e carregado cinco Capesizes com sucesso. O projeto foi entregue de acordo com o planejado e dentro do orçado. Serra Leste, nossa planta de processamento a seco no Sistema Norte de Carajás, iniciou seu ramp-up no 3T14. A planta produziu 1,0 Mt de minério de ferro no trimestre, com capacidade nominal de 6 Mtpa. O projeto está sendo 12

entregue de acordo com o planejado e dentro do orçado, com investimentos totais de US$ 446 milhões até o momento. S11D (incluindo mina, usina e logística associada CLN S11D) está avançando de acordo com o planejado. Nosso principal projeto alcançou 37% de avanço físico consolidado no 3T14. Durante o trimestre, a Vale concluiu 83% da montagem eletromecânica dos módulos, iniciou a terraplanagem na mina e recebeu todos os britadores móveis, parte do equipamento para o sistema truckless no site. Na ferrovia e no porto, iniciamos o estaqueamento das pontes sobre os rios Parauapebas e Sossego, enquanto que no berço norte off shore atingiu 31% de avanço físico. A maior parte dos investimentos com os projetos Itabiritos no 3T14 foi dedicada ao projeto Vargem Grande Itabiritos, que recebeu US$ 146 milhões de investimentos, considerando que avançou para sua fase final. Vargem Grande Itabiritos concluiu a fase mecânica da montagem da filtragem e, também, os testes da planta de beneficiamento com processamento a seco e das correias transportadoras de longa distância. O projeto de Cauê Itabiritos concluiu as obras civis na subestação da moagem e atingiu 50% da montagem mecânica das peneiras. O projeto de Conceição Itabiritos II recebeu um investimento de US$ 67 milhões no trimestre e iniciou o comissionamento no circuito de hematita. Carvão No 3T14, a Vale investiu US$ 179 milhões no projeto de Moatize II e US$ 503 milhões em sua logística associada o Corredor Nacala. Moatize II alcançou 70% de avanço físico, permitindo a passagem do primeiro trem na pera ferroviária e o início da montagem da estrutura metálica no britador secundário. Em setembro, completamos três anos sem registros de acidentes com afastamento no projeto. O porto e a ferrovia tiveram 85% e 71% de avanço físico, respectivamente. A concretagem no porto foi finalizada. A Vale alcançou 92% de avanço físico nas seções Greenfield da ferrovia de Nacala, que permitirão o start-up no próximo trimestre. Todas as principais licenças necessárias para o desenvolvimento de nossos projetos foram recebidas. DESCRIÇÃO E STATUS DOS PRINCIPAIS PROJETOS Projeto Projetos de minerais ferrosos Descrição Capacidade Mtpa Status Carajás Serra Sul S11D Desenvolvimento da mina e usina de processamento, localizadas na Serra Sul de Carajás, Pará 90 Terraplanagem na mina iniciada Todos os britadores móveis (sistema truckless) foram recebidos no site Transporte dos módulos para a área da usina iniciado Montagem eletromecânica dos módulos alcançou 83% de conclusão CLN S11D Duplicação de 570 km da estrada de ferro, incluindo a construção de um ramal ferroviário com 101 km Aquisição de vagões, locomotivas e expansões onshore e offshore no terminal marítimo de Ponta da Madeira 230 (80) a Obras civis de fundação da ampliação do porto em andamento estaqueamento no berço norte off shore 31% concluído Estaqueamento das pontes sobre os rios Parauapebas e Sossego inciado V. Grande Itabiritos Construção da nova planta de beneficiamento de minério de ferro, localizada no Sistema Sul, Minas Gerais 10 Fase mecânica da montagem da filtragem concluída Comissionamento do processamento úmido do beneficiamento iniciado Correias transportadoras de longa distância e o processamento a seco do beneficiamento testados 13

DESCRIÇÃO E STATUS DOS PRINCIPAIS PROJETOS Projeto Conceição Itabiritos II Descrição Adaptação da planta existente para processamento de itabiritos de baixo teor da mina de Conceição, localizada no Sistema Sudeste, Minas Gerais Capacidade Mtpa Status 19(0) a Montagem mecânica do prédio das britagens secundária e terciária da hematita concluída Cauê Itabiritos CSP b Adaptação da planta para processamento de itabiritos de baixo teor do hub de Minas do Meio, localizada no Sistema Sudeste, Minas Gerais Desenvolvimento de uma planta de placas de aço em parceria com Dongkuk e Posco, localizada no Ceará 24 (4) a Obras civis na subestação da moagem concluídas Montagem mecânica das peneiras 50% concluída 1.5 Montagem das estruturas metálicas em curso Montagem dos trilhos iniciada Projetos de carvão Moatize II Corredor Nacala Nova mina e duplicação da CHPP de Moatize, assim como da infraestrutura relacionada, localizadas em Tete, Moçambique Infraestrutura de ferrovia e porto conectando o complexo de Moatize ao terminal marítimo de Nacala-a-Velha, localizados em Nacala, Moçambique 11 Passagem para o primeiro trem na pera ferroviária liberada Montagem da estrutura metálica do britador primário em curso Montagem da estrutura metálica do britador secundário iniciada 18 Concretagem no porto de Nacala concluída Seções Greenfield da ferrovia 92% concluídas INDICADORES DE PROGRESSO 16 Projeto Capacidade Mtpa Data de start-up estimada Capex realizado US$ milhões 2014 Total Capex estimado US$ milhões 2014 Total Avanço físico Projeto de minerais ferrosos Carajás Serra Sul S11D 90 2S16 700 3.331 1.091 8.089 54% CLN S11D 230 (80) a 1S14 até 2S18 942 2.098 1.914 11.582 25% V. Grande Itabiritos Conceição Itabiritos II 10 2S14 360 1.652 376 1.910 94% 19 (0) a 1S15 193 846 240 1.189 91% Cauê Itabiritos 24 (4) a 2S15 259 612 373 1.504 71% CSP b 1.5 2S15 182 1.055 197 2.570 68% 16 Na tabela a seguir, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex do ano é revisada apenas uma vez por ano. 14

INDICADORES DE PROGRESSO 16 Projeto Capacidade Mtpa Data de start-up estimada Capex realizado US$ milhões 2014 Total Capex estimado US$ milhões 2014 Total Avanço físico Projetos de carvão Moatize II 11 2S15 464 1.303 761 2.068 70% Corredor Nacala 18 2S14 1.219 2.560 1.812 4.444 74% a Capacidade líquida adicional. b Relativo à participação da Vale no projeto. CAPEX DE MANUTENÇÃO DAS OPERAÇÕES EXISTENTES Os investimentos na manutenção das operações somaram US$ 933 milhões no 3T14, 15% abaixo do 3T13. Minerais ferrosos representaram 55% e metais básicos 26% do total. Os investimentos na manutenção das operações de minerais ferrosos incluíram: (a) substituição e aquisição de novos equipamentos (US$ 128 milhões); (b) expansão das barragens de rejeitos (US$ 98 milhões); (c) melhoria operacional (US$ 51 milhões); e (d) melhorias nos padrões atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 57 milhões). A manutenção de ferrovias e portos que servem nossas operações de mineração no Brasil totalizou US$ 111 milhões. Os investimentos na manutenção das operações de metais básicos foram dedicados principalmente: (a) às operações (US$ 203 milhões); (b) à expansão das barragens de rejeitos (US$ 13 milhões); e (c) às melhorias nos padrões atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 21 milhões). No 3T14, os investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 40 milhões, destinados à proteção e conservação ambiental. INVESTIMENTO REALIZADO POR TIPO - 3T14 Minerais US$ milhões Ferrosos Carvão Metais Básicos Fertilizantes TOTAL Operações 290 34 203 61 588 Pilhas e Barragens de Rejeitos 98 1 13 4 116 Saúde & Segurança 69-4 3 76 Responsabilidade Social Corporativa 18-17 5 40 Administrativo & Outros 103 1 3 7 113 Total 578 36 241 80 933 INVESTIMENTO EM MANUTENÇÃO REALIZADO POR ÁREA DE NEGÓCIO US$ milhões 3T14 % 2T14 % 3T13 % Minerais ferrosos 511 54,7 479 52,9 498 45,5 Carvão 36 3,8 41 4,5 45 4,1 Metais básicos 241 25,8 259 28,6 286 26,1 Fertilizantes 80 8,5 50 5,6 121 11,1 Serviços de logística - carga geral - - - - 77 7,0 Energia 1 0,1 - - - - Outros 66 7,0 76 8,4 68 6,2 Total 933 100,0 906 100,0 1.095 100,0 15

INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO A Vale continua mantendo um sólido balanço com baixa alavancagem, alta cobertura de juros, longo prazo médio e baixo custo. A dívida total foi de US$ 29,366 bilhões em 30 de setembro de 2014, com uma redução de US$ 891 milhões 17 ante os US$ 30,257 bilhões de 30 de junho de 2014. Nossa posição de caixa 18 foi de US$ 8,332 bilhões e a dívida líquida, de US$ 21,034 bilhões em 30 de setembro de 2014. Durante o 3T14, a Vale recebeu um adicional de R$ 2 bilhões em recursos de caixa proveniente da venda de 26,5% da participação na VLI para a Brookfield. Em 31 de outubro de 2014, a Vale pagará a segunda parcela do dividendo mínimo aos acionistas em 2014 de US$ 2,1 bilhões, totalizando US$ 0,4075 por ação ordinária ou preferencial. Incluindo operações de hedge, a dívida total da Vale em 30 de setembro de 2014 era composta por 33% de dívidas a taxas de juros flutuantes e 67% a taxas de juros fixas. Incluindo operações de hedge, 98% da dívida total estava denominada em dólares americanos e o restante em outras moedas. O prazo médio da dívida caiu para 9,1 anos, de 9,5 anos em 30 de junho de 2014, mas ficando ainda em linha com a meta de manter um longo prazo da dívida para minimizar os riscos de refinanciamento. O custo médio da dívida, incluindo operações de hedge usadas para minimizar a volatilidade do fluxo de caixa da Vale em dólares americanos, mostrou uma ligeira redução para 4,50% ao ano, contra 4,55% em 30 de junho de 2014. O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM 19 EBITDA ajustado/ltm pagamento de juros, foi de 11,1x contra 13,4x em 30 de junho de 2014. A alavancagem, medida pela relação da dívida total/ltm EBITDA ajustado, foi de 1,65x em 30 de setembro de 2014. A dívida total/enterprise value aumentou para 38,6% em 30 de setembro de 2014, contra 33,1% em 30 de junho de 2014, devido à queda no valor de mercado da Vale 20. INDICADORES DE ENDIVIDAMENTO Dívida bruta 29.366 30.257 29.776 Dívida líquida 21.034 23.190 22.574 Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 1,6 1,5 1,5 LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 11,1 13,4 13,7 Dívida bruta / EV (%) 38,6 33,1 28,8 O DESEMPENHO DOS SEGMENTOS DE NEGÓCIOS No 3T14, o segmento de minerais ferrosos continuou sendo o principal contribuinte para o EBITDA ajustado, apesar da redução para 80% do total, principalmente devido à queda nos preços do minério de ferro. O segmento de metais básicos continuou a melhorar neste trimestre, atingindo 26% do EBITDA ajustado, como resultado da melhoria nas operações de Sudbury. O EBITDA ajustado do segmento de fertilizantes também melhorou com redução dos custos e despesas, representando 3% do total, enquanto o segmento de carvão contribuiu negativamente, com -5% do total do EBITDA ajustado. 17 Da redução de US$ 891 milhões da dívida, US$ 677 milhões são decorrentes do impacto de redução da depreciação do BRL contra o USD na dívida denominada em BRL. O efeito de transcrição da parcela ativa dos derivativos de swap para converter a dívida denominada em BRL para USD teve um impacto negativo de US$ 674 milhões no ativo do balanço na linha Instrumentos financeiros derivativos. 18 Posição de caixa inclui caixa e equivalentes de caixa, assim como os investimentos de curto prazo de US$ 450 milhões, com vencimentos maiores que 90 dias. Os investimentos de curto-prazo com vencimentos maiores que 90 dias não são considerados equivalentes de caixa no balanço e demonstrações consolidadas de fluxo de caixa. 19 LTM (Last Twelve Months) = últimos 12 meses 20 Informações do valor de mercado com base em dados da Bloomberg em 30 de setembro de 2014 16

INFORMAÇÕES DOS SEGMENTOS - 3T14, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis Receita SG&A e Préoperacional Dividendos operacio milhões de US$ Custos1 outras P&D1 nal despesas1 e de parada1 líquida 3T14 EBITDA Ajustado2 Minerais ferrosos 5.823 (3.288) (226) (83) (75) 260 2.411 Minério de ferro - finos 4.260 (2.403) (212) (78) (63) 24 1.528 ROM 49 (17) - - - - 32 Pelotas 1.308 (695) (10) - (7) 236 832 Manganês e ferroligas 83 (62) (4) - (5) - 12 Outros 123 (111) - (5) - - 7 Carvão 201 (283) (51) (5) (11) - (149) Metais básicos 2.122 (1.258) 106 (32) (157) - 781 Operações de Níquel & Subprodutos 1.763 (1.021) 108 (30) (151) - 669 Operações de Cobre & Subprodutos 359 (237) (2) (2) (6) - 112 Fertilizantes 699 (554) (25) (16) (8) - 96 Outros 217 (126) (165) (58) (3) - (135) Total 9.062 (5.509) (361) (194) (254) 260 3.004 1 Excluindo depreciação e amortização 2 Excluindo itens não recorrentes Minerais ferrosos Minério de ferro O EBITDA ajustado de minério de ferro no 3T14 foi de US$ 1,528 bilhão, ficando US$ 1,151 bilhão abaixo do que os US$ 2,679 bilhões atingidos no 2T14, principalmente devido à redução dos preços de venda (US$ 1,031 bilhão). A receita bruta de vendas de finos de minério de ferro no 3T14 alcançou US$ 4,287 bilhões, 20,5% abaixo do que a do 2T14, devido a preços e volumes menores de vendas. A receita das vendas de ROM (Run-of-Mine) no 3T14 foi de US$ 54 milhões. Volume de Vendas O volume de vendas de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e ROM, alcançou 63,025 Mt no 3T14, ficando praticamente em linha com as vendas do 2T14. As vendas de ROM representaram um total de 3,5 Mt no 3T14. No 3T14, a produção de minério de ferro, excluindo a produção atribuível à Samarco de 3,8 Mt, foi de 85,7 Mt, a maior produção da história da Vale, com ganhos em todos os sistemas de produção quando comparado ao 2T14. O bom desempenho operacional deveu-se aos ramp-ups da Planta 2 em Carajás e de Conceição Itabiritos no Sistema Sudeste. O estoque de minério de ferro aumentou 9,3 Mt no trimestre, como resultado de: (i) interdição da Estrada de Ferro Carajás (EFC), no final de setembro, que impactou negativamente os embarques em 3,6 Mt (ii) aumento de estoque em 2 Mt no nosso centro de distribuição na Malásia (Teluk Rubiah) e em nossa planta de pelotização em Omã (Sohar), como parte da estratégia de ficar mais perto dos mercados finais para os nossos produtos. A diferença entre os 85,7 Mt de produção e os 66,6 Mt de vendas são explicados por: (i) a dedução dos finos de minério de ferro utilizado para a produção de pelotas (12,8 Mt); (ii) o aumento do volume de minério de ferro adquirido de terceiros (2,9 Mt) e (iii) a dedução dos estoques acumulados no trimestre (9,3 Mt). 17

Em uma base CFR, as vendas de fino de minério de ferro aumentaram de 35,8 Mt no 2T14 para 36,3 Mt no 3T14, representando 57,7% das venda de finos de minério de ferro. O aumento aconteceu principalmente devido ao aumento das vendas CFR para a Europa e o Japão. Preços Realizados As nossas vendas de minério de ferro no 3T14 foram distribuídas em três sistemas de precificação: (a) 54,3% baseadas no trimestre corrente, preços spot mensais e diários, incluindo as vendas a preços provisórios que foram liquidadas dentro do trimestre; (b) 30,7% baseadas em preços provisionados com liquidação pelo preço no momento da entrega (que ainda não tinham sido liquidadas no final do trimestre); (c) 15% ligadas a preços passados (trimestre defasado). O preço médio realizado da Vale para os finos de minério de ferro (ex-rom) diminuiu US$ 16,6/t, passando de US$ 84,6 por tonelada métrica no 2T14 para US$ 68,0 no 3T14. Esta redução de US$ 16,6/t foi maior do que os US$ 12,4/t na média Platts IODEX 62% que foi de US$ 102,6 por tonelada métrica seca (CFR China) no 2T14 para US$ 90,2 no 3T14. A principal razão para essa diferença no preço realizado da Vale contra a média do Platts IODEX no 3T14 foi o preço provisório fixado no final do 3T14 em US $ 77,8/t 21. No trimestre, 19,3 Mt das vendas de minério de ferro, ou 30,7% do mix de vendas da Vale, foram registradas pelo sistema de preços provisórios. Os preços finais dessas vendas e os ajustes necessários para as receitas de vendas serão apurados e registrados no 4T14. No 3T14, os preços foram impactados principalmente por: (a) (b) (c) preços provisórios fixados no final do 2T14 em US$ 99,6/t, que mais tarde foram ajustados com base no preço de entrega no 3T14, impactando negativamente os preços no 3T14 em US$ 1,4/t, em comparação com um resultado negativo de US$ 2,2/t no 2T14; preços provisórios fixados no final do 3T14 em US$ 77,8/t contra a média IODEX de US$ 90,2/t, o que impactou negativamente os preços no 3T14 em US$ 3,8/t em comparação com um resultado negativo de US$ 0,7 /t no 2T14; contratos trimestrais com defasagem de um mês precificados em US$ 109,1/t com base nos preços médios de Mar-Abr-Mai, o que impactou positivamente os preços no 3T14 em US$ 2,4/t em comparação com um impacto positivo de US $ 3,0/t no 2T14. Custos e despesas de minério de ferro Os custos de minério de ferro foram de US$ 2,775 bilhões. Após o ajuste para os efeitos de menores volumes (-US$ 38 milhões) e variação cambial (-US$ 29 milhões), os custos aumentaram em US$ 218 milhões quando comparados com o 2T14, refletindo principalmente maior depreciação (US$ 111 milhões) e custos com manutenção (US$ 57 milhões). Os custos de frete marítimo, que foram integralmente alocados como custo dos produtos vendidos, atingiram US$ 811 milhões no 3T14, US$ 24 milhões a menos quando comparados com o 2T14, mesmo com maior volume CFR. O custo do minério de ferro de terceiros totalizou US$ 107 milhões contra US$ 118 milhões no 2T14. As compras de minério de ferro totalizaram 2,9 Mt, ficando em linha com o 2T14. Outros custos operacionais alcançaram US$ 379 milhões, representando um aumento em relação aos US$ 349 milhões no 2T14. A TFRM foi de US$ 54 milhões no 3T14, contra US$ 58 milhões no 2T14. O CFEM, royalty da mineração federal do Brasil, foi de US$ 77 milhões, ficando US$ 9 milhões menor do que no 2T14. Deduzindo os custos de frete de minério de ferro de US$ 811 milhões, depreciação de US$ 372 milhões e minério de ferro de terceiros de US$ 107 milhões do CPV, o custo operacional total no porto (mina, planta, ferrovia e porto, após royalties) foi de US$ 1,485 bilhão, representando um aumento de US$ 79 milhões quando comparado ao 2T14. 21 A referência para a determinação do preço provisório é a SBB Steel Markets Daily utilizando a curva de preço futuro do IODEX 62% Fe CFR norte da China OTC, 30 de setembro, página 5 18

O custo operacional 22 por tonelada métrica de finos de minério de ferro foi de US$ 24,71 23, contra US$ 23,19 no trimestre anterior, aumentando principalmente como resultado de US$ 57 milhões de custos de manutenção associados à remodelação e manutenção de caminhões, em preparação para o aumento do volume de produção. Além disso, houve um aumento de US$ 22 milhões em serviços de terceiros e materiais que refletem principalmente maiores custos logísticos devido: (a) ao aumento dos custos da MRS (US$ 10 milhões), como resultado da contabilização das faturas pendentes do 2T14, que foram registradas apenas no 3T14 devido ao início do sistema ERP; (b) ao aumento dos custos de barcaças no sistema do Centro-Oeste (US$ 5 milhões). No 3T14, as despesas com minério de ferro, excluindo depreciação, foram de US$ 212 milhões, em linha com o 2T14. As despesas com P&D foram de US$ 78 milhões, maiores do que os US$ 68 milhões no 2T14. As despesas préoperacionais com minério de ferro foram de US$ 63 milhões, contra US$ 33 milhões no 2T14, refletindo principalmente maiores despesas com Teluk Rubiah e S11D. CPV 2T14 x 3T14 US$ milhões 2T14 Total Volume Principais Variações (US$ milhões) Variação cambial Outros Variação total 2T14x 3T14 Pessoal 209 - -4-4 -8 201 3T14 Total Serviços contrados e materiais 410-4 -8 22 10 420 Energia (Eletricidade, combustível & gás) 151-2 -3 4-1 150 Aquisição de produtos 118-1 - -10-11 107 Manutenção 287-3 -6 57 48 335 Frete 835-24 - - -24 811 Outros 349-3 -3 36 30 379 Custo total antes de depreciação e amortização 2.359-38 -24 107 44 2.403 Depreciação 266 - -5 111 106 372 Total 2.625-38 -29 218 150 2.775 Nota: Os efeitos de volume, variação cambial e outros não são números contábeis e são calculados para fins gerenciais. Pelotas O EBITDA ajustado de pelotas no 3T14 foi de US$ 832 milhões, ficando um pouco acima do que no 2T14. A queda nos preços de vendas (US$ 218 milhões) foi compensada por maiores volumes (US$ 148 milhões), menores custos e despesas (US$ 45 milhões) e maiores dividendos recebidos das nossas empresas afiliadas não consolidadas (US$ 28 milhões). A receita bruta das vendas de pelotas no 3T14 foi de US$ 1,356 bilhão, um aumento de 5,2% quando comparada ao 2T14. Este aumento em relação ao 2T14 aconteceu devido ao volume de vendas de 11,506 Mt, que representou um aumento de 2,0 Mt quando comparado ao 2T14. O principal motivo para o aumento do volume de vendas no 3T14 foi a elevação no volume de vendas no mercado brasileiro. Em uma base CFR, as vendas de pelotas aumentaram de 1,9 Mt no 2T14 para 3,4 Mt no 3T14, o que representa 29,4% destas vendas. A produção de pelotas foi de 11,444 Mt no 3T14, 15,0% maior do que no trimestre anterior e 17,6% a mais em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo os ramp-ups das plantas de Tubarão VIII e Omã. A demanda por pelotas permaneceu relativamente forte, com o preço das pelotas caindo US$ 17,78/t, de US$ 135,63 por tonelada métrica no 2T14 para US$ 117,85 no 3T14, enquanto o preço de referência do minério de ferro Platt s IODEX (CFR China) caiu US$ 12.4/t no trimestre. O preço realizado mais baixo é devido ao mix de vendas e prêmios mais baixos no mercado brasileiro. 22 Excluindo ROM e minério de ferro de terceiros 23 Como relatado por segmento nas notas explicativas do demonstrativo financeiro: US$ 2,403 bilhões em custos líquidos de depreciação e amortização, menos US$ 811 milhões em frete de minério de ferro e US$ 107 milhões em minério de ferro adquirido de terceiros, sobre as vendas de minério de ferro de 66,6 Mt menos volume adquirido de terceiros 2,9 Mt e do volume vendido ROM de 3,5 Mt. 19