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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 15 de Novembro de 1889 ÍNDICE Nota Técnica nº 194/2005 - GEANC /CCONT- STN... 6

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL 15 de Novembro de 1889 Nota Técnica nº 194/2005 - GEANC /CCONT- STN Brasília, 07 de março de 2005. Assunto: Aplicação de recursos do Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações FEX e da Cota-Parte da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CIDE. Senhor Coordenador Geral, 1. Refere-se à consulta formulada pelo Sr. José Wilson Santos, da empresa Central 3 Comércio e Representações LTDA, que atende os municípios do estado do Maranhão, encaminhado a este Órgão Central de Contabilidade, no dia 18/02/05, solicitando orientação sobre a aplicação dos recursos da CIDE e do FEX e sobre a classificação orçamentária para o FEX, onde se expõe, na íntegra, o questionamento formulado: Gostaria de saber se as Transferências aos Municípios entituladas: FEX - Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações e a CIDE - Cota-Parte da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico são Transferências Constitucionais com aplicação específica ou se dos valores transferidos aos municípios obriga-se a aplicar no mínimo 25% na Educação e 15% na saúde? Qual a classificação orçamentária correta para o FEX no âmbito do Município? Pois no Manual da Receita consta das Transferências a classificação apenas para a CIDE que é 17210113. Obrigado! 2. Para melhor desenvolver o entendimento deste Órgão Central do Sistema de Contabilidade Federal sobre esta questão, trataremos do assunto separadamente em tópicos, a seguir apresentados: I Auxílio Financeiro para Fomento às Exportações - FEX 3. A referida transferência trata-se de um auxílio financeiro prestado pela União, aos entes federados, a fim de estimular as exportações e deverá ser registrada na Natureza de Receita 1721.09.99 Demais Transferências da União, conforme Ofício-Circular STN/CCONT nº 31/2004, de 06/07/2004. Os critérios, prazos e condições dessa transferência estão previstos na Medida Provisória nº 237, de 27/01/05. 4. O citado auxílio financeiro se distingue da compensação pela desoneração do ICMS prevista na Lei Complementar nº 87/96, que é registrada na Natureza de Receita 1721.09.01 Transferência Financeira do ICMS - Desoneração. A transferência da L.C. nº 87/96 é regular e está prevista e regulamentada em Lei Complementar; já o auxílio financeiro é esporádico e eventual e foi autorizado e regulamentado pela MP 237/2005, portanto, não se confundem. Desse modo, conclui-se que não deverá haver retenção dos 15% do FUNDEF.

5. A referida MP não vincula a aplicação dos recursos a um determinado programa específico ou a uma ação, mas deixa claro que o objetivo é a aplicação dos recursos ao fomento das exportações, conforme expressamente previsto no seu artigo 1º. Sendo assim, a utilização dos recursos em programas diversos que não estejam voltados para a exportação seria contrário aos objetivos do referido auxílio financeiro. Para maiores esclarecimentos solicitamos entrar em contato com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ou pesquisar no sítio http://www.desenvolvimento.gov.br. 6. Com relação ao montante de recursos que cabe aos Estados, o art. 3º da MP 237/2005 estabeleceu que a União entregará diretamente ao próprio Estado setenta e cinco por cento, e aos seus Municípios, vinte e cinco por cento. II - Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico CIDE 7. As Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico CIDE constituem tributo de competência exclusiva da União, conforme previsto na CF 1988, art. 149. Na realidade, o artigo 149 refere-se a três espécies de contribuições: sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas: Constituição Federal de 1988: TÍTULO VI Da Tributação e do Orçamento CAPÍTULO I DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL Seção I Dos Princípios Gerais (...) Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 8. O que diferencia as contribuições dos demais tributos é o fato de terem elas uma destinação específica, sendo que isso se depreende da redação do próprio artigo da C.F. 88 que afirma, serem elas instrumentos de atuação do Estado nas respectivas áreas. 9. Enquanto nos impostos é vedada a vinculação de sua receita a órgão, fundo ou despesa (art.167, inciso IV, CF), nas contribuições a destinação dos recursos é obrigatoriamente vinculada à referida área de atuação.

10. A Lei n.º 10.336/2001 (alterada pela Lei nº 10.866,de 04.05.2004) disciplinou que a União deve entregar aos Estados e ao Distrito Federal o produto da arrecadação dos recursos da CIDE: Lei n.º 10.336, de 19.12.2001: Art. 1º- A União entregará aos Estados e ao Distrito Federal, para ser aplicado, obrigatoriamente, no financiamento de programas de infra-estrutura de transportes, o percentual a que se refere o art. 159, III, da Constituição Federal, calculado sobre a arrecadação da contribuição prevista no art. 1º desta Lei, inclusive os respectivos adicionais, juros e multas moratórias cobrados, administrativa ou judicialmente, deduzidos os valores previstos no art. 8º desta Lei e a parcela desvinculada nos termos do art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. (AC) Artigo incluído pela Lei nº 10.866, de 4.05.2004 11. Do montante dos recursos que cabe a cada Estado, 25% (vinte e cinco por cento) serão destinados aos seus Municípios para serem aplicados no financiamento de programas de infra-estrutura de transportes, conforme determinado na Lei nº 10.336/2001, alterada pela Lei nº 10.866/2004. 12. O inciso II do 4º do artigo 177 da C.F. com redação dada pela EC 33/2001, assim trata a aplicação dos recursos da CIDE: 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos:... II - os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. II Aplicação em Ações e Serviços Públicos de Saúde 13. A aplicação mínima em ações e serviços públicos de saúde, para Estados, Distrito Federal e Municípios, é exigida pela Constituição Federal, art. 198, 2º, incisos II e III, cujos dispositivos constam do texto constitucional nos seguintes termos: Constituição Federal de 1988: Art. 198....

2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde recursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados sobre: I -... II no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a e inciso II, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; III no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, aliena b e 3º. 13.1 A Resolução nº 322, do Conselho Nacional de Saúde, de 08/05/2003 dispõe na Primeira Diretriz sobre as bases de cálculo Estadual e Municipal da receita, conforme segue: Primeira Diretriz: A apuração dos valores mínimos a serem aplicados em ações e serviços públicos de saúde, de que tratam o art. 198, 2º da Constituição Federal e o Art. 77 do ADCT, dar-se-á a partir das seguintes bases de cálculo: I... II Para os Estados: Total das receitas de impostos de natureza estadual: ICMS, IPVA, ITCMD (+) Receitas de transferências da União: Cota-Parte do FPE Cota-Parte do IPI-Exportação Transferência da Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir) (+) Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF (+) Outras Receitas Correntes: Receita da Dívida Ativa Tributária de Impostos, Multas, Juros de Mora e Correção Monetária. (-) Transferências financeiras constitucionais e legais a Municípios: ICMS (25%) IPVA (50%) IPI-Exportação (25%) III Para os Municípios: Total das receitas de impostos municipais: ISS, IPTU, ITBI (+) Receitas de transferências da União: Cota-Parte do FPM Cota-Parte do ITR Cota-Parte da Lei Complementar nº 87/96 (Lei Kandir) (+) Imposto de Renda Retido na Fonte IRRF (+) Receitas de transferências do Estado: Cota-Parte do ICMS Cota-Parte do IPVA Cota-Parte do IPI-Exportação (+) Outras Receitas Correntes:

Receita da Dívida Ativa Tributária de Impostos, Multas, Juros de Mora e Correção Monetária. III Manutenção e Desenvolvimento do Ensino e FUNDEF 14. A aplicação mínima na manutenção e desenvolvimento do ensino está prevista no art. 212, da Constituição Federal, in verbis: Constituição Federal de 1988: Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino. 15 A fim de melhor elucidar sobre o financiamento do ensino previsto na Constituição Federal e regulamentado pela Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, o Conselho Nacional de Educação, emitiu Parecer nº 26/97, do Conselho Pleno, aprovado em 02/12/1997, que esclarece, dentre outras questões, sobre as receitas que devem ser consideradas na base de cálculo para apuração da aplicação mínima, nos seguintes termos: Observe-se ainda que o caput do art. 69 (da LDB), ao tratar das transferências, já referidas no art. 212 da Constituição Federal, explicita que estas são apenas as constitucionais, compreendendo: FPE, FPM, ICMS, IPI-exportação, ITR, IOF-ouro, IPVA e a desoneração das exportações (Lei Complementar nº 87, de 1996). Assim, determina ainda que para efeito do cumprimento dos percentuais mínimos antes referidos devem ser contabilizadas as transferências constitucionais, mas não as voluntárias. Estas, mesmo se utilizadas para a manutenção e desenvolvimento do ensino público, não podem ser contabilizadas para tal fim. A observação (da LDB) é nossa. 16. Dessa forma observa-se que os valores a serem utilizados na base de cálculo para apuração da aplicação mínima na saúde e na educação estão claramente definidos conforme demonstrado anteriormente. 17. Diante do exposto, por não se incluir nas normas e pareceres que definem os critérios para apuração dos recursos mínimos para saúde e educação e por não se tratar de transferências de compensação pela desoneração do ICMS previstas na Lei Complementar nº 87/96, o auxílio financeiro prestado pela União aos Estados, Distrito Federal e Municípios a fim de fomentar as exportações destes entes federados, não deverá compor a base de cálculo da receita para fins de aplicação mínima constitucionalmente estabelecida. 18. Quanto à contribuição de intervenção no domínio econômico, esclarecemos que também não se inclui na base de cálculo dos limites mínimos a serem aplicados na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde, tendo sua aplicação restrita às hipóteses previstas no texto constitucional, também consignadas na MP nº 237, de 27/01/05, que autorizou a referida contribuição para o exercício de 2005.

19. Com relação ao registro contábil da receita, por se tratar de um auxílio financeiro prestado pela União aos entes federados exportadores, a fim de estimular as exportações, deverá ser efetuado na Natureza de Receita 1721.09.99 Demais Transferências da União, conforme exposto no item 3. À consideração superior. ZÉLIA MARIA DE LIMA Analista de Finanças e Controle De acordo. Encaminhe-se ao Coordenador-Geral de Contabilidade. HELIANE BERTULUCCI Gerente de Análise Contábil De acordo. Encaminhe-se ao Sr. José Wilson Santos, da empresa Central 3 Comércio e Representações LTDA. ISALTINO ALVES DA CRUZ Coordenador-Geral de Contabilidade