Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRAS. Renato Feijó Magalhães



Documentos relacionados
CONDIÇÃO BUCAL DO IDOSO E NUTRIÇÃO: REFLEXÕES DA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA.

SORRISO BONITO E SAUDÁVEL PARA TODA A VIDA!

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Como a palavra mesmo sugere, osteointegração é fazer parte de, ou harmônico com os tecidos biológicos.

Linha 1: Resposta biológica nas terapias em Odontologia.

Equipe: Ronaldo Laranjeira Helena Sakiyama Maria de Fátima Rato Padin Sandro Mitsuhiro Clarice Sandi Madruga

ISSN ÁREA TEMÁTICA: (marque uma das opções)

De volta para vida: a inserção social e qualidade de vida de usuários de um Centro de Atenção Psicossocial

TÍTULO: AUTORES: INSTITUIÇÃO: ÁREA TEMÁTICA 1-INTRODUÇÃO (1) (1).

TÉCNICAS DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DA CÁRIE DENTÁRIA EM CRIANÇAS

CURSO DE PSICOLOGIA. Trabalho de Conclusão de Curso Resumos

A situação do câncer no Brasil 1

A PREVISIBILIDADE DIGITAL FACILITOU MUITO A COMUNICAÇÃO ENTRE O PROFESSIONAL E O PACIENTE EVITANDO-SE SURPRESAS NO FINAL DO TRATAMENTO

Tudo o que você precisa saber antes de fazer um implante 2. Sumário

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

Avaliação Psicossocial: conceitos

Unidade II FUNDAMENTOS HISTÓRICOS, TEÓRICOS E METODOLÓGICOS DO SERVIÇO SOCIAL. Prof. José Junior

TÍTULO: "SE TOCA MULHER" CONHECIMENTO DAS UNIVERSITÁRIAS SOBRE O CÂNCER DE MAMA

QUEIXAS E SINTOMAS VOCAIS PRÉ FONOTERAPIA EM GRUPO

Pesquisa. Há 40 anos atrás nos encontrávamos discutindo mecanismos e. A mulher no setor privado de ensino em Caxias do Sul.

Trabalho em Equipe e Educação Permanente para o SUS: A Experiência do CDG-SUS-MT. Fátima Ticianel CDG-SUS/UFMT/ISC-NDS

Criminalidade. Luciano Nakabashi Juliano Condi

EDUCAÇÃO SUPERIOR, INOVAÇÃO E PARQUES TECNOLÓGICOS

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

O COMPORTAMENTO DE CONSUMO VIRTUAL COMO EXPRESSÃO DA SUBJETIVIDADE NA CONTEMPORANEIDADE

VESTIBULAR: Uma escolha profissional que interliga a família e a escola

Dr. Felipe Groch CRO Especialização em Implantes Dentários

Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação-Porto\Portugal. Uma perspectiva comportamental em Adolescentes Obesos: Brasil x Portugal

Trabalho apresentado no III Congresso Ibero-americano de Psicogerontologia, sendo de total responsabilidade de seu(s) autor(es).

Vou embora ou fico? É melhor ir embora Estratégias de Evitamento

O CUIDADO PRESTADO AO PACIENTE ONCOLÓGICO PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL DO PROGRAMA SAÚDE DA FAMÍLIA

DESENVOLVIMENTO DE UM SOFTWARE NA LINGUAGEM R PARA CÁLCULO DE TAMANHOS DE AMOSTRAS NA ÁREA DE SAÚDE

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador:

Pesquisa Mensal de Emprego

DATA POPULAR SAÚDE NA NOVA CLASSE MÉDIA BRASILEIRA. RENATO MEIRELLES

COLETA DE DADOS PROFA. ENIMAR JERÔNIMO WENDHAUSEN

Relato de Experiência. Projeto Reabilta-ação Fisioterapia Oncológica. PICIN, Celis i e COPETTI, Solange M. B. ii Faculdade de Pato Branco FADEP

AS TEORIAS MOTIVACIONAIS DE MASLOW E HERZBERG

No final desse período, o discurso por uma sociedade moderna leva a elite a simpatizar com os movimentos da escola nova.

GUIA DE CURSO. Tecnologia em Sistemas de Informação. Tecnologia em Desenvolvimento Web. Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas

COMPORTAMENTO SEGURO

AUTOPERCEPÇÃO EM SAÚDE BUCAL: IDOSOS E FAMÍLIA

Pesquisa de Condições de Vida Gráfico 24 Distribuição dos indivíduos, segundo condição de posse de plano de saúde (1) Estado de São Paulo 2006

CURSO DE ATUALIZAÇÃO. Gestão das Condições de Trabalho e Saúde. dos Trabalhadores da Saúde

ADMINISTRAÇÃO GERAL MOTIVAÇÃO

Escrito por Administrator Ter, 02 de Fevereiro de :14 - Última atualização Qua, 10 de Março de :44

Casalechi, V. L. 1,2, Sonnewend, D.. 1,2, Oliveira, J. L. 1,2 Dejuste, M. T. 2

PROJETO DE LEI N.º 605, DE 2015 (Do Sr. Lobbe Neto)

Marketing de Serviços e de Relacionamento. MBA em Gestão de Marketing Prof.: Alice Selles

Experiência: VIGILÂNCIA À SAÚDE DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

INFORMÁTICA ANS GUIA TISS CERTIFICADO DIGITAL TABELA TUSS TABELA DE ATOS ESPECIALIDADES

A ATUAÇÃO DA PSICOLOGIA NA CIRURGIA BARIÁTRICA

Indicador 24. Cobertura de primeira consulta odontológica programática

VII Congresso Latino-Americano de Estudos do Trabalho. O Trabalho no Século XXI. Mudanças, Impactos e Perspectivas.

5.1 Nome da iniciativa ou Projeto. Academia Popular da Pessoa idosa. 5.2 Caracterização da Situação Anterior

5 Considerações finais

MEDIDAS DE PROMOÇÃO E PREVENÇÃO DE CÁRIE EM ESCOLARES ADOLESCENTES DO CASTELO BRANCO

FORMAÇÃO CONTINUADA DO PROFESSOR DO ENSINO FUNDAMENTAL I PARA USO DAS TECNOLOGIAS: análise dos cursos EaD e da prática docente

O EMPREGO DOMÉSTICO. Boletim especial sobre o mercado de trabalho feminino na Região Metropolitana de São Paulo. Abril 2007

5 50% ceo = zero 40% 12 CPO-D < 3,0 CPO-D = 2, % com todos os dentes 55% % com 20 ou mais dentes 54%

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

AIDS E ENVELHECIMENTO: UMA REFLEXÃO ACERCA DOS CASOS DE AIDS NA TERCEIRA IDADE.

Você é comprometido?

METODOLOGIA AMOSTRA ABRANGÊNCIA PERÍODO MARGEM DE ERRO. A margem de erro máxima para o total da amostra é 2,0 pontos percentuais.

Por uma pedagogia da juventude

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE

A PARTICIPAÇÃO DOS SENIORES NUMA OFICINA DE MÚSICA E TEATRO: IMPACTOS NA AUTO-ESTIMA E AUTO-IMAGEM. Sandra Maria Franco Carvalho

RELATÓRIO TREINAMENTO ADP 2013 ETAPA 01: PLANEJAMENTO

OBJETIVO. Palavras-chave: Saúde pública, perda auditiva e linguagem

CARACTERÍSTICAS SOCIODEMOGRÁFICAS DE IDOSAS. UM OLHAR PARA VIÇOSA, MINAS GERAIS, BRASIL

MODELO PROJETO: PRÊMIO POR INOVAÇÃO E QUALIDADE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÃNDIA ESCOLA TÉCNICA DE SAÚDE CURSO TÉCNICO PRÓTESE DENTÁRIA FICHA DA SUBFUNÇÃO/COMPONENTE CURRICULAR

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

SEJA BEM-VINDO! AGORA VOCÊ É UM DENTISTA DO BEM

Perda Dental e sua Associação com Obesidade Central em Idosos Independentes de Carlos Barbosa, RS.

Pesquisa sobre o Perfil dos Empreendedores e das Empresas Sul Mineiras

As Ligas de Geriatria e Gerontologia e seu papel na formação dos profissionais de saúde

Brazilian Health System PLACEO. Programa Latino Americano de Convergência em Educação Odontológica

PALAVRAS-CHAVE: Mortalidade Infantil. Epidemiologia dos Serviços de Saúde. Causas de Morte.

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro.

PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA. Orientações Gerais sobre as ações de Saúde Bucal no Programa Saúde na Escola

SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO: Como Prevenir Roubo de Dados Pessoais. Uma Abordagem Socioeducativa. Geisi Böttcher 1 ; Suelen Graff 2

11. Abordagem Comportamental

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar

TREINO COGNITIVO E ENVELHECIMENTO: na busca da autonomia dos idosos

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

CURSO: ENFERMAGEM. Objetivos Específicos 1- Estudar a evolução histórica do cuidado e a inserção da Enfermagem quanto às

Sistema para Visualização dos Resultados de Pesquisas de Clima Organizacional. PERSPECTIVA Consultores Associados Ltda.

CUIDAR DE CUIDADORES: PROGRAMA DE TREINAMENTO PARA CUIDADORES DE IDOSOS DEPENDENTES

OTRABALHO NOTURNO E A SAÚDE DO TRABALHADOR: ESTUDO EXPLORATÓRIO EM TAUBATÉ E SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia.

Como obter resultados com a otimização dos consultórios com os TSB e ASB

O QUE É A TÃO FALADA CARGA IMEDIATA?

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

A IMPORTÂNCIA DA PSICOLOGIA NO ATENDIMENTO A MÃES E PAIS NA MATERNIDADE

ODONTOLOGIA ESTÉTICA

APARELHO DE AMPLIFICAÇÃO SONORA INDIVIDUAL: ESTUDO DOS FATORES DE ATRASO E DE ADIAMENTO DA ADAPTAÇÃO

Transcrição:

Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRAS Renato Feijó Magalhães SIGNIFICADO DAS PERDAS DENTÁRIAS E DA REABILITAÇÃO ORAL, UMA REVISÃO DE LITERATURA. Lages - 2011

Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/SOEBRAS Renato Feijó Magalhães SIGNIFICADO DAS PERDAS DENTÁRIAS E DA REABILITAÇÃO ORAL, UMA REVISÃO DE LITERATURA. Monografia apresentada ao programa de pós-graduação do Instituto de Ciências da Saúde FUNORTE/ SOEBRAS Núcleo Lages, como parte dos requisitos a obtenção do título de Especialista em Prótese Dentária. ORIENTADOR: Ronaldo de Sousa Ruela. Lages - 2011

AGRADECIMENTOS Agradeço a minha esposa Bianca, que sempre ao meu lado me apoiou nesta trajetória. Dedico também este trabalho a minha família e em especial a Fernanda Feijó Vasques Rodrigues que me suportou por estes dois anos. Agradecimento especial também a Lúcia pela força na metodologia.

RESUMO O objetivo deste estudo foi levantar os significados das perdas dentárias dos pacientes e as suas expectativas com relação ao tratamento restaurador protético. As principais consequências identificadas foram: dificuldades na mastigação, problemas estéticos e de relacionamento pessoal. Referente às expectativas verificou-se que a recuperação da qualidade de vida, através da colocação de prótese, foi um ponto bastante positivo. Concluiu-se que é importante que o cirurgião-dentista, quando de um tratamento de reabilitação protética, conheça as expectativas do seu paciente e oriente-o quanto às possibilidades e limitações da reabilitação pela prótese. Palavras-chave: Prótese dentária; Reabilitação oral; Saúde bucal.

ABSTRACT The aim of this study was to raise the meanings of tooth loss for patients and their expectations for the prosthetic restorative treatment. The main consequences were identified: difficulty in chewing, aesthetic problems and personal relationship. Referring to the expectations it was found that the recovery of quality of life, through the placement of the prosthesis, was a very positive point. It was concluded that it is important that the dentist, when a prosthetic rehabilitation treatment, meet the expectations of their patients and instruct them about the possibilities and limitations of rehabilitation by prosthesis. Keywords: Dental prosthesis; Oral rehabilitation; Oral health.

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 6 2 PROPOSIÇÃO 8 3 RETROSPECTIVA DA LITERATURA 9 4 DISCUSSÃO 15 5 CONCLUSÃO 17 REFERÊNCIAS 18

6 INTRODUÇÃO As perdas dentárias ainda são um mal que acomete a população em geral, e com isso, aliado ao nível socioeconômico da maior parte da população, a procura por próteses removíveis ainda é muito grande. Acredita-se que a opção pela prótese removível seja devido à relativa facilidade para realização do tratamento e seu baixo custo quando comparado aos demais tipos de tratamentos reabilitadores bucais, tornando-a, muitas vezes, o único meio reabilitador eficaz e indicado para determinadas situações clínicas. Para uma população como a do Brasil, onde o índice de edentulismo é significativo e grande parte da população possui baixo poder aquisitivo, o tratamento reabilitador protético deveria ter um destaque maior no que diz respeito ao tratamento odontológico de pacientes desdentados (PIUVEZAM et al., 2006; VARGAS; PAIXÃO, 2005). Dados referentes a um levantamento epidemiológico efetuado no ano de 2003 demonstraram que o CPO-D médio foi de 20,1 para a faixa etária de 35 a 44 anos e 27,8 na de 65 a 74 anos (BRASIL, 2004ª, p. 25). Esses altos índices refletem a baixa qualidade de saúde oral da população. O uso de informações clínicas do paciente, na odontologia, relativas ao número de dentes cariados, restaurados e perdidos, necessidade de prótese, para indicar as condições de saúde bucal, ainda é priorizada. Porém, cabe ressaltar que estes indicativos são limitados, quando trata-se da verificação do impacto que a condição oral pode gerar na qualidade de vida dos indivíduos. Sendo assim, acredita-se que o estudo da autopercepção é algo relevante, pois este irá demonstrar como a pessoa avalia sua condição oral, a importância atribuída e o seu comportamento (BORTOLI et al., 2003) Nota-se que nesta última década os profissionais de odontologia vem buscando compreender cada mais aspectos referentes as condições biopsicosociais dos pacientes com perdas dentárias, bem como o impacto da influência destes fatores sobre a qualidade de vida destas pessoas. Pois, os significados expressados pela população podem ampliar a oferta de serviços públicos e o sucesso dos tratamentos oferecidos.

7 Frente ao exposto, é possível verificar a importância da participação ativa do paciente, quando da recuperação através da prótese. Sendo assim, definiu-se como objeto deste estudo levantar as conseqüências/significados das perdas dentárias para os pacientes e suas expectativas quanto com relação ao tratamento restaurador protético. O presente estudo foi realizado na forma de uma revisão de literatura, de caráter exploratório. A opção pela adoção do caráter exploratório tem por objetivo estabelecer maior familiaridade com problema em questão, buscando assim, torná-lo mais explícito.

8 2. PROPOSIÇÃO A proposta deste estudo foi através de uma revisão de literatura levantar as conseqüências/significados das perdas dentárias para os pacientes e suas expectativas quanto com relação ao tratamento restaurador protético.

9 1. RETROSPECTIVA DA LITERATURA No contexto brasileiro, a perda de um elemento dentário apresenta um índice bastante elevado, principalmente relacionado a exodontia em decorrência de doenças vistas como evitáveis, como no caso de cárie e doença periodontal (PINTO, 1997 apud FRAZÃO et al. 2003). Esta realidade nos levar a verificar que: Aos 41 e 48 anos de idade, esse problema atingia, respectivamente, 20 e 30% dos brasileiros. A partir dessa idade, a proporção de edêntulos é cada vez maior e o colapso da dentição é mais intenso: 40% aos 53 anos, 50% aos 58 anos; 60% aos 63 anos; 70% aos 68 anos e 80% aos 70 anos de idade. Frente a esta realidade, Pereira e Bonachela (2003) afirmaram que existe um número significativo de brasileiros desdentados que não possuem condições econômicas para realizarem tratamentos mais complexos, e assim, o uso de próteses totais ainda é utilizado na maioria dos casos. Silva (2005) discorre que, atualmente, está havendo maior preocupação em avaliar o impacto da perda dentária e da utilização de próteses na qualidade de vida das pessoas, e afirma que: Os resultados de pesquisas desenvolvidas nessa perspectiva demonstram que as repercussões de uma saúde bucal comprometida não se limitam aos tradicionais aspectos clínicos e podem afetar os indivíduos em várias atividades do seu dia a dia 14 e que uma atenção maior deveria ser dispensada, especialmente, nos momentos de preparo dos pacientes para a perda total dos dentes quando necessária, na cuidadosa avaliação de suas expectativas concernentes à incorporação das próteses, no esclarecimento de suas dúvidas e no posterior monitoramento do processo. 3.1 CONSEQUÊNCIAS/SIGNIFICADOS DAS PERDAS DENTÁRIAS PARA OS PACIENTES A perda de um elemento dentário pode causar alterações nos diversos aspectos da vida do paciente. Uma importante alteração física e fisiológica trata-se da redução do tônus muscular da face, levando a sua deformidade; ocorrência esta que pode levar a dificuldade na fala, na deglutição e mastigação, e

10 consequentemente, comprometer o processo digestivo em sua fase inicial (PUCCA JÚNIOR, 2002). Dados semelhantes foram encontrados por Alves e Gonçalves (2003) em estudo realizado para avaliar os pacientes que se submeteram à reabilitação protética total na Clínica Odontológica da Universidade de Marília (UNIMAR). Dentre os 58 pacientes entrevistados, os resultados mostraram que as dificuldades encontradas após a perda dentária, foram: mastigação, estética e fonação. A dificuldade de falar representa mais uma dificuldade vivenciada pelo paciente em relação a ausência de seus dentes, pois causa limitação fonética vivenciada através da dificuldade/impossibilidade, de pronunciar de maneira correta as palavras. Já na categoria estética, as perdas dentárias assinalam mudanças físicas, biológicas e emocionais, uma vez que a ausência dos dentes produz uma autopercepção de estranhamento bucal, de mudança de hábitos bucais e cotidianos (PIUVEZAM, 2006). De acordo com Wolf (1998) as consequências de uma perda dentária também podem vir a refletir na vida emocional do paciente. Essas alterações podem acontecer a nível psíquico e cultural, principalmente relacionadas à aceitação social. Com o intuito de averiguar a maneira que as pessoas vivenciam a situação de perda dos dentes para colocação de próteses ou implantes, Wolf (1998) em sua pesquisa, entrevistou 28 pacientes e 5 dentistas (sobre as reações de seus clientes). Os resultados evidenciaram que 90% dos entrevistados relataram que a perda de dentes influência significativamente no cotidiano da vida afetiva e sexual; pois a ausência dos dentes lhes apresenta como conseqüências o surgimento de sentimentos de insegurança, impotência e vazio. Segundo Wolf (1998), os dentes fazem parte de padrões de apresentação desejados pela sociedade, consequentemente, a sua ausência pode ser uma ameaça a identidade social e familiar do indivíduo, podendo levá-lo a isolamento social. Outro dado importante verificado no estudo de Wolf (1998) foi à associação da perda dos dentes com a falta de cuidado, verbalizadas pelos entrevistados, lhes trazendo vergonha. Sendo assim, a perda dentária leva ao sentimento de uma sensação de angústia, e a reabilitação protética visa um retorno à sua aparência anterior.

11 Wolf (1998), Mori e Cardozo (2002) afirmam que a preocupação relacionada à estética e aparência facial, é vista como mais importante do que a função dos dentes. Visto que pessoas esteticamente favorecidas são consideradas competentes e inteligentes, o que facilita sua inserção social. Em uma investigação efetuada no ano de 2004, por Quadros e Machado (2004) em pacientes das clínicas do curso de Odontologia da UNIVALI, quanto à reabilitação de pacientes através de prótese total, indicaram que as mudanças principais em virtude do edentulismo foram: dificuldade na mastigação, comprometimento estético e problemas de relacionamento pessoal. Onde, as mulheres relataram maior incômodo em relação à questão estética, enquanto os homens se nos problemas mastigatórios. Segundo Vargas e Paixão (2005) que estudam os problemas causados pela perda dentária na vida diária dos pacientes, afirmam que estes são de ordem funcional e social. Os problemas funcional mais identificados são: comer, mastigar ou falar; já os sociais foram mudança comportamental, como esconder a boca durante o ato de falar ou sorrir, insatisfação com a aparência, dificuldades na aceitação social e de acesso ao mercado de trabalho. Em estudo realizado por Pupin et al (1999) a maioria dos pacientes afirmaram que a perda dentária influenciou em suas vidas no aspecto social, afetivo, profissional e principalmente a auto-estima. Os sentimentos gerados por uma perda dentária, do ponto de vista de Vargas e Paixão (2005) são muito negativos, levando os pacientes a sentirem vergonha, pavor e uma sensação de perda irreparável. Unfer (2004) descreve que 84% dos pacientes idosos possuem algum tipo de prótese dentária. Frente a esta realidade, Fais et al (2007) observaram que o cliente idoso reage à perda dos dentária de duas maneiras distintas; alguns deles mostram-se inconformados, apresentando sentimentos de impotência, ansiedade e incapacidade, e tentam evitar essa perda a qualquer custo para recuperar sua aparência estética. No entanto, outros reagem de modo mais conformista e depressivo, pois encaram a perda dentária como algo inerente à idade, mostrandose passivos diante da situação e do tratamento. Piuvezam (2006) explica que, na dimensão psicossocial, a boca ocupa um lugar de importância para as pessoas, que expressa, através do sorriso, os sentimentos de alegria, sedução, e, também, está vinculada a uma idéia de

12 sobrevivência e bem-estar pessoal. A boca desdentada, então, adquire significados que são interdependentes de fatores históricos, sociais, culturais, psicológicos e fisiológicos. O edentulismo em pacientes idosos evidencia uma falha no modelo de atenção à saúde bucal, onde na época predominaram os tratamentos reabilitadores em detrimento das ações de prevenção e educação em saúde (UNFER, 2004). Braga et al (2002) em pesquisa realizada no Centro de Reabilitação Regional do SUS, de Araraquara (São Paulo), com portadores de próteses totais, verificou que a maioria dos pacientes não tem o hábito de procurar auxílio odontológico a mais de 20 anos. As prótese superiores apresentavam maior estabilidade que as inferiores. Em 56% das próteses, quando relacionadas à oclusão, apresentavam-se desfavoráveis, havia perdas em 46% das próteses, sendo que 74% destas não apresentavam condições de uso. Pereira e Bonachela (2003) expõem que um dos grandes problemas que portadores de próteses enfrentam é a falta de instruções quanto a sua utilização, os cuidados necessários para seu bom uso manutenção. Este déficit de informação pode acarretar em cuidados inadequados e uso prolongado da prótese. Outro problema constatado por Vargas e Paixão (2005) foi a reabilitação estética e funcional dos pacientes usuários de prótese que mostrou-se difícil, pois a rede pública de saúde não oferta esse tipo serviço, e a maioria dos pacientes por não possuírem condições financeiras para fazê-la no serviço privado. Também verificou-se que os pacientes que já utilizam prótese relatam ter desconforto e dificuldades de adaptação, mas continuavam usando-a em função da aparência. No estudo realizado por Silva et al (2010), constatou-se que a ausência dos dentes ou o uso de aparelhos protéticos inadequadas, causa pouca interferência na capacidade dos pacientes de realizarem suas atividades cotidianas, mas podem provocar impactos negativos na da qualidade de vida, tais como inabilidade psicológica, dor e desconforto psicológico. De acordo com Silva et al (2010) a ausência total dos elementos dentários resultam num impacto negativo no que se refere à alimentação. Pois, a estabilidade das próteses e um adequado processo de mastigação dos alimentos são fatores interferem na qualidade de vida de paciente, levando a um declínio na condição de saúde geral.

13 Para Silva et al (2010), a sociedade atual valoriza muito a aparência. O rosto é a parte mais diferenciada do corpo e está indissociavelmente ligado ao indivíduo e à sua identidade. A imagem que o sujeito tem de si mesmo associa-se e, geralmente, explica-se a partir de um padrão ideal imposto pelas exigências sociais e o sorriso tem, na sociedade contemporânea, conotações muito significativas, entre outras, as de bem-estar, alegria, segurança, auto satisfação, satisfação em relação ao outro, boa acolhida à aproximação. 3.2 EXPECTATIVAS DOS PACIENTES COM RELAÇÃO AO TRATAMENTO RESTAURADOR PROTÉTICO Para Pupin et al (1999), relativo às razões para a procura de um tratamento de reabilitação oral, destacam-se: a função, a combinação de função com estética, a estética e a dor. Nos pacientes onde as próteses já haviam sido instaladas, percebeu-se que a satisfação foi muito alta, levando em consideração que o tratamento apresentou resultados melhor que o esperado. Também foram elencados os seguintes os aspectos negativos: custo elevado, a ocorrência de dor nos períodos trans e pós-operatório, o medo de infecção, a perda de implantes, o déficit de conhecimento quanto ao custo total do tratamento, tempo de espera para o atendimento e a necessidade de ausentar-se no período de trabalho. Todos os pacientes relataram que realizariam o tratamento novamente e indicariam a familiares e amigos. Quanto à expectativa dos pacientes, em relação à prótese, os estudos de Alves e Gonçalves (2003) evidenciaram que a maioria são de ordem estética e mastigação, pois a prótese é definida como uma peça que substitui os dentes perdidos, devolvendo ao paciente a função mastigatória, restaurando a estética, normalizando sua fonética e oferecendo comodidade. Uma pessoa sem essas funções é considerada uma pessoa inativa. Fais et al (2007) afirmam que a satisfação do cliente quanto ao resultado de sua prótese está relacionada a diversos fatores, como sexo, idade, experiência anterior de uso de prótese, anatomia e condição socioeconômica Através de análise univariada, Awad e Feine (1998) evidenciaram que a idade é um fator preditivo da satisfação geral relativa à próteses, sugerindo que,

14 quanto maior a idade do paciente, menos satisfeito ele se mostra com suas próteses. Braga et al (2002) através de estudos quanto ao grau de satisfação de pacientes usuários de prótese dentária, identificou que 54% mostram-se insatisfeitos e os motivos mais citados são: próteses soltas, sem corte, gastas, traumatizando tecidos, fraturadas e estética. Wolf et al (2003) afirma que a satisfação do paciente é quase um sinônimo da sua habilidade em se adaptar às dentaduras. Porém, um estudo realizado por Pucca Júnior (2002) demonstrou a insatisfação com o uso de próteses pela baixa aceitação das próteses removíveis, devido à presença dos grampos de retenção, cor dos dentes e da gengiva artificial. Onde os pacientes afirmam não terem recebido informações das limitações de um tratamento estético. A grande maioria dos pacientes que submetem-se a um tratamento restaurador acreditam que esta mudança pode modificar sua aparência estética positivamente, aumentando assim sua auto-estima. Porém, nem sempre o resultado final imaginado pelo paciente é clinicamente viável, podendo o gerar problemas ao término do tratamento.

15 2. DISCUSSÃO A perda de um elemento dentário pode causar alterações nos diversos aspectos da vida do paciente. Estas perdas podem levar a dificuldade na fala, na deglutição e mastigação, e consequentemente, comprometer o processo digestivo em sua fase inicial, além das alterações estéticas, o que foi encontrado no trabalho de PUCCA JÚNIOR, (2002), Alves e Gonçalves (2003) PIUVEZAM,(2006), Quadros e Machado (2004), Vargas e Paixão (2005) e Silva et al (2010) Os trabalhos de Wolf (1998), Mori e Cardozo (2002),Vargas e Paixão (2005) e Silva et al afirmam que a preocupação relacionada à estética e aparência facial, é vista pelos desdentados como mais importante do que a função dos dentes, pelo motivo que a estética faz parte da sua inserção social. Divergindo do trabalho de Alves e Gonçalves (2003) que relata que a prótese é definida como uma peça que substitui os dentes perdidos, devolvendo ao paciente a função mastigatória, restaurando a estética, normalizando sua fonética e oferecendo comodidade. Uma pessoa sem essas funções é considerada uma pessoa inativa. Em estudo realizado por Pupin et al (1999) a maioria dos pacientes afirmaram que a perda dentária influenciou em suas vidas no aspecto social, afetivo, profissional e principalmente a auto-estima. Os sentimentos gerados por uma perda dentária, do ponto de vista de Vargas e Paixão (2005) são muito negativos, levando os pacientes a sentirem vergonha, pavor e uma sensação de perda irreparável. O edentulismo em pacientes idosos evidencia uma falha no modelo de atenção à saúde bucal, onde na época predominaram os tratamentos reabilitadores em detrimento das ações de prevenção e educação em saúde (UNFER, 2004). Pereira e Bonachela (2003) Awad e Feine (1998) evidenciaram que a idade é um fator preditivo da satisfação geral relativa à próteses, sugerindo que, quanto maior a idade do paciente, menos satisfeito ele se mostra com suas próteses. Assim como Fais et al (2007) afirmam que a satisfação do cliente quanto ao resultado de sua prótese está relacionada a diversos fatores, como sexo, idade, experiência anterior de uso de prótese, anatomia e condição socioeconômica

16 Braga et al (2002) através de estudos quanto ao grau de satisfação de pacientes usuários de prótese dentária, identificou que 54% mostram-se insatisfeitos e os motivos mais citados são: próteses soltas, sem corte, gastas, traumatizando tecidos, fraturadas e estética, enquanto Wolf et al (2003) afirma que a satisfação do paciente é quase um sinônimo da sua habilidade em se adaptar às dentaduras. Porém, um estudo realizado por Pucca Júnior (2002) demonstrou a insatisfação com o uso de próteses pela baixa aceitação das próteses removíveis, devido à presença dos grampos de retenção, cor dos dentes e da gengiva artificial. Onde os pacientes afirmam não terem recebido informações das limitações de um tratamento estético. A grande maioria dos pacientes que submetem-se a um tratamento restaurador acreditam que esta mudança pode modificar sua aparência estética positivamente, aumentando assim sua auto-estima. Porém, nem sempre o resultado final imaginado pelo paciente é clinicamente viável, podendo o gerar problemas ao término do tratamento.

17 5.CONCLUSÃO Concluiu-se com este trabalho que: 1. pacientes que possuem perdas dentárias tem grandes prejuízos em relação à estética e funcionalidade mastigatória, e a partir destas perdas é gerada uma alta expectativa quanto ao tratamento reabilitador. Sabendo disso, cabe ao cirurgião dentista seguir os princípios técnicos adequados para o melhor tratamento reabilitador. 2. É importante que o cirurgião dentista esteja ciente que a perda dentária é tem inúmeros significados na vivência do paciente.

18 REFERÊNCIAS ALVES, N. C.; GONÇALVES, H.H.S.B. Avaliação das causas da perda dentária, dificuldades e expectativas dos pacientes em relação à prótese total. J Bras Clin Odontol Integr, Curitiba, v.7, n.37, p. 50-54, jan./fev, 2003. AWAL, M.A., FEINE, J.S. Measuring patient satisfaction with mandibular prostheses. Community Dent Oral Epidemiol, Adelaide, v.26, n.9, p.400-405, 1998. BORTOLI, D.; BALDANI, M.H.; FADEL, C.B.; LOCATELLI,F.A. Associação entre percepção de saúde bucal e indicadores clínicos e subjetivos: estudo em adultos de um grupo de educação continuada da terceira idade. Publ Uepg Cienc Biol Saúde, Ponta Grossa, v.9, n. ¾, p.55-65, set./dez, 2003. BRAGA, S.R. da S. et al. Avaliação das condições e satisfação com as próteses em idosos da região central do estado de São Paulo. Rev Odontol UNESP, São Paulo, v. 1, n.31, p. 39-48, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Projeto SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003; resultados principais. Brasília: MS, 2004a. FAIS, L.M.G.; PINELLI, L.A.P.; MOLLO JUNIOR, F.A.; CABRINI, J. A idade influencia na satisfação de pacientes usuários de próteses totais? RFO, Passo Fundo, v. 12, n. 2, p. 37-41, maio/agosto, 2007. FRAZÃO, P.; ANTUNES, J. L. F.; NARVAI, P. C.. Perda dentária precoce em adultos de 35 a 44 anos de idade. Estado de São Paulo, Brasil, 1998. Rev. bras. epidemiol, São Paulo, v. 6, n. 1,p.68-74, abril, 2003. MORI, A.T.; CARDOZO, H.T. Estética dentária visão de pacientes e de profissionais em relação à odontologia. Rev Paul Odontol, São Paulo, a.24, n.5 p.26-30, set./out, 2002. PEREIRA, T. BONACHELA, W.C. Avaliação longitudinal do perfil de pacientes portadores de prótese total em função do grau de satisfação. Rev Ibervam Protese Clin Lab, Curitiba, v.5, n. 24, p.124-128, mar./abr, 2003. PIUVEZAM,G. As perdas dentárias sob a ótica do idoso. Odontologia Clin- Científ, Recife, v.5, n.4, p.299-306, out./dez, 2006. PUCCA JUNIOR, G.A. A saúde bucal do idoso: aspectos demográficos e epidemiológicos. Medcenter.com, São Paulo, 2002. Disponível em: <http://www.odontogia.com.br>. Acesso em: 3 ago. 2007. PUPIN, A.A.C. et al. Grau de satisfação dos pacientes tratados com implantes osseointegrados no ambulatório de cirurgia bucomaxilofacial da faculdade de odontologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul PUCRS, Rev Odonto Cienc, Porto Alegre, n.28, p.107-119, 1999.

19 QUADROS, A.; MACHADO, R. Expectativa, quanto à reabilitação protética total, de pacientes atendidos nas clínicas do curso de Odontologia da UNIVALI. 2004, Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação) Curso de Odontologia, Universidade do Vale do Itajaí, Itajaí, 2004. SILVA, D.D.da; SOUZA, M.da L.R.de; WADA, R.S. Autopercepção e condições de saúde bucal em uma população de idosos. Cad Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p.1251-1259, jul./ago.2005. SILVA, M.E.S.; VILLAÇA, E.L.; MAGALHÃES, C.S.; FERREIRA, E.F. Perda dentária e expectativa da reposição protética: estudo qualitativo. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 813-820, 2010a. SILVA, M.E.S.; VILLAÇA, E.L.; MAGALHÃES, C.S.; FERREIRA, E.F. Impacto da perda dentária na qualidade de vida. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15, n. 3, p. 841-850, 2010b. UNFER, B. Avaliação da saúde bucal em idosos participantes de projetos do NIEATI-UFSM. Relatório de projeto de extensão. Santa Maria: Curso de Odontologia, 2004. VARGAS, A.M.D.; PAIXÃO, H.H. Perda dentária e seu significado na qualidade de vida de adultos usuários de serviço público de saúde bucal do Centro de Saúde Boa Vista, em Belo Horizonte. Ciênc Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.10, n.4, p.1015-1024, 2005. WOLF, S.M.R. O significado psicológico da perda dos dentes em sujeitos adultos. Rev Assoc Paul Cir Dent, São Paulo, v. 52, n. 4, p. 307-316, jul./ago, 1998. WOLFF, A.; GADRE, A.; BEGLEITER, A.; MOSKONA, D.; CARDASH, H. Correlation between patient satisfaction with complete dentures and denture quality, oral condition, and flow rate or submandibular/ sublingual salivary glands. Int J Prosthodont., Chicago, v.16, n.,p.45-8, 2003.