MORBIDADE. As tabelas foram feitas no software Excel, de forma a disponibilizar os dados utilizados na construção dos mapas e indicadores.



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Transcrição:

MORBIDADE Os dados apresentados no tema Morbidade no Atlas de Saúde do Brasil tiveram origem no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) da Secretaria de Vigilância em Saúde. Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A metodologia deste tema tem três aspectos básicos: origem das informações, descrição dos indicadores e informações complementares. Informações mais detalhadas sobre estas doenças podem ser encontradas no Guia de Vigilância Epidemiológica: http://dtr2001.saude.gov.br/svs/imagens/logogve.gif. Os mapas de Morbidade são apresentados valendo-se da classificação por quintis ou por classificação da área técnica, retirando-se o valor zero, e arredondando os dados, de forma a apresentarem valores com uma casa decimal, e cujas quantidades de municípios, para cada faixa, encontram-se entre parênteses. A malha municipal utilizada foi a malha digital de municípios produzida pelo IBGE, com os municípios criados até 1º de janeiro de 1997. As fronteiras municipais foram retiradas, preservando apenas as estaduais. Os gráficos boxplot foram construídos no intuito de mostrar a distribuição dos indicadores dos municípios segundo cada estado, agrupados por região em ordem decrescente, conforme o índice de desenvolvimento humano de 2 (IDH-2). Os gráficos de barras mostram a agregação dos dados segundo regiões, cuja ordenação também está de acordo com o IDH-2. As tabelas foram feitas no software Excel, de forma a disponibilizar os dados utilizados na construção dos mapas e indicadores. 1

Relação de doenças apresentadas: 1. AIDS 2. DENGUE 3. DOENÇA MENINGOCÓCICA 4. FEBRE AMARELA SILVESTRE 5. HANSENÍASE 6. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA 7. LEISHMANIOSE VISCERAL 8. LEPTOSPIROSE 9. MALÁRIA 10. MENINGITE POR Haemophilus influenzae 11. RUBÉOLA 12. TUBERCULOSE 2

1. AIDS Origem das informações: Os dados da Síndrome da Imunodeficiência Humana Adquirida, Aids, (CID- 10, código B20 B24, F02.4) de 1998 a 2002 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde. Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). 1) Taxa de incidência da Aids: Razão entre número diagnosticados de AIDS de ambos sexos por número de habitantes do município, por ano, no período de 1998 a 2002. novos da Aids, diagnosticados em residentes População total residente no ano no ano x 100. 2) Taxa de incidência da Aids no sexo masculino: Razão entre número diagnosticados de AIDS e o número de habitantes do município (ambos do sexo masculino), por ano, no período de 1998 a 2002. novos da Aids, diagnosticados em residentes do sexo masculino População total residente desse sexo no ano no ano x 100. 3) Taxa de incidência da Aids no sexo feminino: Razão entre o número diagnosticados de AIDS e o número de habitantes do município (ambos do sexo feminino), por ano, no período de 1998 a 2002. novos da Aids, diagnosticados em residentes do sexo fe min ino População total residente desse sexo no ano no ano x 100. A situação da infecção pelo HIV e Aids no Brasil: Depois de um crescimento constante do coeficiente de incidência dos anos 80 até o ano de 1998, uma tendência de estabilização em nível nacional tem sido observada em patamares altos. No período 1998-2002, o ápice da curva de incidência já tinha sido atingido, portanto não se observa mudança significativa entre os anos de 1998 e 2001. A menor incidência no ano de 2002 se deve mais a problemas de atraso na entrada dos casos no SINAN do que a uma real queda na taxa de incidência. A feminização da epidemia tem sido verificada no período analisado, ainda que não muito aparente nos mapas relativos aos sexos na série histórica. De 1998 a 2002, a razão de sexos caiu apenas de 2 para 1,7 casos de Aids em homens para cada caso em mulher. A queda mais significativa se deu em anos anteriores, quando essa razão caiu de 8,6 em 1987 para 2,2 em 1997. A interiorização é outro fenômeno importante na caracterização epidemiológica da Aids no Brasil. A epidemia, de regional e restrita aos centros metropolitanos, expandiu-se e hoje já atingiu 67% dos municípios do País, muitas vezes com taxas de incidência elevadas no interior de estados e regiões recentemente atingidos. Inicialmente concentrada na região Sudeste, a epidemia se expandiu para a região Sul, e posteriormente para as outras regiões do País. Os mapas demonstram o quadro mais atual, da epidemia de Aids presente em todas as regiões, apesar de reconhecidas diferenças regionais, decorrentes da idade, maturidade, padrão de transmissão, qualidade da assistência, acesso aos serviços, entre outros fatores, da epidemia em cada local. 3

2. DENGUE Origem das informações: Os dados da Dengue (CID-10, código A90) de 1999 a 2002 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) / Ministério da Saúde. O número e óbitos de febre hemorrágica devida ao vírus da Dengue, FHD, (CID-10, código A91) foram obtidos nas Secretarias Estaduais de Saúde e consolidados na Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Dengue da SVS. Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). 1) Sorotipos circulantes do vírus da Dengue: Especificação do sorotipo de vírus da Dengue circulantes nos estados, por ano, no período de 1999 a 2002. Sorotipos circulantes da Dengue no ano 2) Taxa de incidência da Dengue: Razão entre o número confirmados de Dengue e o número de habitantes do município, por ano, no período de 1999 a 2002. novos da Dengue notificados em residentes População total residente no ano no ano x 100. 3) Taxa de letalidade por Febre Hemorrágica devida ao vírus da Dengue: Razão entre o número de óbitos por FHD e o número confirmados de FHD nos estados. por ano, no período de 1999 a 2002. de óbitos de residentes por FHD no ano de FHD no ano x 100 4) Casos novos confirmados de Febre Hemorrágica devida ao vírus da Dengue: Número novos confirmados de FHD nos estados, por ano, no período de 1999 a 2002. novos confirmados de FHD no ano Sorotipos: A circulação do sorotipo 3 do vírus da Dengue foi identificada no país em dezembro de 2. No ano de 2002, ocorreu uma epidemia que resultou na rápida dispersão desse sorotipo para mais de 15 unidades federadas em apenas 6 meses. A circulação simultânea de mais de um sorotipo é um dos fatores de risco para a ocorrência de Febre Hemorrágica devida ao vírus da Dengue (FHD). A circulação dos sorotipos 1, 2 e 3 observada atualmente no país evidencia o potencial para a ocorrência de FHD em todas as regiões do Brasil. A Organização Mundial da Saúde preconiza taxas de letalidade por FHD inferiores a 1%. A média nacional vem se mantendo em 5,5% no período de 1999 a 2002. 4

3. DOENÇA MENINGOCÓCICA Origem das informações: Os dados de Doença Meningocócica (CID-10, códigos A39.0, A39.2) de 1998 a 2002 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde. 1) Casos de Doença Meningocócica: Número novos confirmados de Doença Meningocócica no município, por ano, no período de 1999 a 2002. novos confirmados de Doença Meningocócica no ano Redução da Doença Meningocócica: A Doença Meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, compreende as formas clínicas de meningococcemia, meningite meningocócica e a associação entre essas duas. É uma doença de distribuição mundial, com potencial para ocasionar epidemias. No Brasil representa 15% do total de meningites, sendo atualmente a principal causa de meningite bacteriana. No período 1998/2002 apresentou uma redução da incidência média no país da ordem de 70,6%, tendência que se mantém no momento atual, em que pese a detecção de alguns surtos pelos sorogrupos B e C em diferentes regiões do país nos últimos 3 anos. Dentre os possíveis fatores que podem estar contribuindo para esta redução destaca-se a melhoria das ações de vigilância e controle (utilização oportuna de quimioprofilaxia e vacinação de bloqueio, quando indicada), interrompendo-se as cadeias de transmissão, e modificações na tendência secular da doença. 5

4. FEBRE AMARELA SILVESTRE Origem das informações: Os dados de Febre Amarela Silvestre (CID-10, código A95.0) de 1999 a 2002 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde. 1) Casos de Febre Amarela Silvestre: Número novos confirmados de Febre Amarela Silvestre notificados no município, por ano, no período de 1999 a 2002. novos confirmados de Febre Amarela Silvestre no ano 2) Classificação de áreas de risco para Febre Amarela Silvestre: Áreas definidas com base na circulação do vírus amarílico na região. Áreas de risco para Febre Amarela Silvestre no ano de 2003 Área de risco para Febre Amarela Silvestre: Nos últimos 5 anos (1999 a 2003) o vírus da Febre Amarela tem sido transportado do foco endêmico amazônico para produzir epidemias em áreas distantes e com diferentes condições climáticas e ambientais. Entre dezembro de 1999 e junho de 2, foi observada em Goiás, uma epidemia de grande magnitude, com registro de epizootias em 30 municípios e transmissão humana em 17. Ainda em 2, ocorreram casos humanos em São Paulo (silencioso há 47 anos) e Bahia (52 anos sem casos). Nos anos seguintes, a atividade do vírus foi documentada no Rio Grande do Sul (epizootias em 10 municípios), com suspeita no Paraná (2 anos consecutivos com epizootia em 1 município), porém sua maior expressão se deu em Minas Gerais no período de 2001 a 2003, com a ocorrência de 2 surtos em regiões fora da área de risco no estado. Este comportamento fundamentou uma nova delimitação das áreas de risco para circulação do vírus da Febre Amarela no Brasil, assim definidas: Área endêmica: onde o vírus está permanentemente presente na população de vetores. Compreende 12 estados e uma população de 29.327.171 habitantes; Área de transição: onde o vírus circula de maneira epizoótica, ocasional, entre primatas não humanos, manifestando-se de forma epidêmica na população humana. Compreende parte de 7 estados e uma população de 22.347.837 habitantes; Área indene de risco potencial: áreas contíguas às áreas de transição, que apresentam ecossistemas semelhantes, que são de maior risco para circulação viral. Compreende parte de 3 estados e uma população de 4.935.661 habitantes; Área indene: livre da circulação do vírus. Compreende 14 estados e uma população de 109.501.849 habitantes. 6

5. HANSENÍASE Origem das informações: Os dados de Hanseníase (CID-10, código A30) de 2002 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde. Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). 1) Coeficiente de detecção de Hanseníase: Razão entre o número novos detectados de Hanseníase e o número de habitantes do município, no ano de 2002. o novos det ectados de Hanseníase no ano População total residente no ano de 2002 de 2002 x 10. 2) Coeficiente de detecção de Hanseníase em menores de 15 anos: Razão entre o número novos detectados de Hanseníase em menores de 15 anos e o número de habitantes desta faixa etária do município, no ano de 2002. novos de Hanseníase em menores de 15 anos no ano População residente nessa faixa etária no ano de 2002 de 2002 x 100. A base populacional de referência, geralmente usada, para este indicador é 10., mas devido a uma padronização no Atlas, foi utilizada 100.. 3) Coeficiente de prevalência de Hanseníase: Razão entre o número novos e antigos de Hanseníase existentes em 31/12/2002 e o número de habitantes do município, no ano de 2002. novos e antigos de Hanseníase no ano População total residente no ano de 2002 de 2002 x 10. Situação atual de Hanseníase: O coeficiente de detecção de hanseníase no Brasil, em 2002, foi de 2,69 por 10. habitantes, o que corresponde a 47.026 casos novos detectados no ano. A macro região Norte apresentou o maior coeficiente do país, 7,73/10., seguida do Centro-Oeste, 6,61/10., situando-se, segundo parâmetros do Ministério da Saúde, em áreas hiperendêmicas para a hanseníase. O Nordeste, com um coeficiente de 3,23/10. e o Sudeste com 1,46/10. situam-se em área de alto risco e o Sul com 0,75/10. configura-se como área de média intensidade de transmissão. Observa-se que há uma concentração dos casos na região Norte com seus estados apresentando coeficientes quase três vezes maiores que os apresentados pelos outros estados do Brasil. Esta correlação não é apenas com a região Norte, mas com a Amazônia legal, visto que os estados de Mato Grosso e Maranhão que fazem parte desta região apresentam também altas taxas de detecção. Analisando-se o coeficiente de detecção novos por faixa etária, no ano de 2002, observa-se que para o Brasil o coeficiente de detecção em menores de 15 anos foi de 0.70/10. habitantes, apresentando por macro regiões variações que vão de 2.23/10. na região Norte a 0.07/10. habitantes na região Sul. A ocorrência em crianças é um indicador de alta endemicidade da doença. O coeficiente de prevalência da hanseníase que era ascendente na década de 80, apresentando uma taxa de 18.6/10. hab. em 1990, passou a decrescer a partir de 1991, com a utilização da poliquimioterapia (PQT) como esquema de tratamento oficial do país, atingindo um coeficiente de 4.42 casos para cada 10. habitantes, em 2002, o que representa 77.154 casos registrados nos serviços de saúde. O Brasil se propõe a eliminar a hanseníase, enquanto problema de saúde pública, até o ano 2005 em nível nacional, o que significa chegar a menos de 1 caso por 10. habitantes. No período de 2006 a 2010 espera-se a consolidação da eliminação e o alcance dessa meta em níveis estaduais e municipais. Para isto são necessários a integração das atividades de controle da hanseníase na rede básica de saúde e um esforço conjunto dos gestores, dos profissionais do Sistema Único de Saúde e da sociedade civil organizada. 7

6. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA Origem das informações: Os dados de Leishmaniose Tegumentar Americana, LTA, (CID-10, código B55.1) de 1997 a 2 foram obtidos das Coordenações Regionais da FUNASA e Secretarias Estaduais de Saúde e de 2001 e 2002 foram do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde. Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). 1) Casos de Leishmaniose Tegumentar Americana: Número novos autóctones confirmados de LTA no município, por ano, no período de 1997 a 2002. novos autóctones confirmados de Leishmaniose Tegumentar Americana no ano Quando o indicador se refere ao período de 1997 a 2001, foi usada a média dos casos. 2) Coeficiente de detecção de Leishmaniose Tegumentar Americana: Razão entre o número novos autóctones confirmados de LTA e o número de habitantes do município, por ano, no período de 1997 a 2002. novos autóctones confirmados de LTA detectados População total residente no ano no ano x 100. Quando o indicador se refere ao período de 1997 a 2001, o denominador usado foi a população da metade do período multiplicada pelo número de anos (1999 x 5). 3) Densidade de Leishmaniose Tegumentar Americana: Razão entre o número novos autóctones confirmados de LTA e a área do município em quilômetros quadrados, por ano, no período de 1997 a 2002. novos autótones confirmados de LTA no ano Área do município em km² x 1. Quando o indicador se refere ao período de 1997 a 2001, o numerador usado foi a soma dos casos no período dividido pelo número de anos (5) e o denominador foi a área do município. Distribuição espaço-temporal da Leishmaniose Tegumentar Americana: O Ministério da Saúde em parceria com o Departamento de Endemias Samuel Pessoa - ENSP/FIOCRUZ, desenvolveu um modelo de vigilância e monitoramento da LTA, para identificação de áreas prioritárias para prevenção e controle. Foram realizadas busca de LTA nos registros de dados das Coordenações Regionais da FUNASA e Secretarias de Estado de Saúde, e a consolidação de um banco de dados por município do período de 1994 a 2002 (*). Procedeu-se uma análise da distribuição espaço-temporal da endemia, utilizando-se, além do número e do coeficiente de detecção, a densidade por área. Também foram analisados dados ambientais, sociais e demográficos das áreas de relevância epidemiológica para este agravo. Foram identificados os principais circuitos e pólos de produção de LTA no Brasil para períodos de três anos. Definiu-se como Circuito Espacial de Produção de LTA, uma região extensa, complexa e contínua, definida a partir da elevada concentração em um período de 3 anos. Os circuitos são decorrentes de processos sócio-ambientais particulares e dinâmicos, podendo apresentar tendência à expansão ou retração, em função das características de seus determinantes. O pólo de leishmaniose tegumentar é uma unidade espacial de densidade intensa em contraste com áreas vizinhas, podendo ser um núcleo de atração e apresentar limites pouco definidos. O pólo mais que um circuito é uma unidade dinâmica, pulsátil, onde os limites e intensidade de transmissão variam a cada momento. Do ponto de vista epidemiológico, um pólo sinaliza uma área de transmissão intensa e freqüente. (*) Sabroza, P.C; Maia, A.N.S.; Soares, V.B. Vigilância e monitoramento da Leishmaniose Tegumentar Americana em unidades territoriais, Brasil, de 1994 a 2001. Boletim Epidemiológico. 2002. 05. Este documento pode ser acessado no site: http://dtr2001.saude.gov.br/svs/pub/boletim_eletronico_epi/boletim_eletronico_epi_0502.pdf (28/05/04) 8

7. LEISHMANIOSE VISCERAL Origem das informações: Os dados de Leishmaniose Visceral, LV, (CID-10, código B55.0) de 1998 a 2002 foram obtidos das Coordenações Regionais da FUNASA e Secretarias de Estaduais de Saúde. O número de óbitos foi extraído do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM). Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). 1) Casos de Leishmaniose Visceral: Número novos autóctones confirmados de LV no município, no período de 1998 a 2002. novos autóctones confirmados de LV no período 5 ( total de anos) 2) Taxa de incidência de Leishmaniose Visceral: Razão entre o número novos autóctones confirmados de LV e o número de habitantes do município, no período de 1998 a 2002. novos autóctones confirmados de LV no período x 100. População total residente no ano de 2 x 5 ( total de anos) 3) Taxa de letalidade por Leishmaniose Visceral: Razão entre o número de óbitos por LV e o número de casos novos autóctones confirmados de LV do município, no período de 2 a 2002. de óbitos por LV no período novos autóctones confirmados de LV no x 100 período 4) Classificação epidemiológica de áreas com transmissão de Leishmaniose Visceral: A classificação da transmissão é baseada na média novos autóctones confirmados de LV no município, no período de 1998 a 2002. novos autóctones confirmados de LV no período 5 ( total de anos) Classificação de áreas com transmissão de Leishmaniose Visceral: A monitorização da tendência da endemia da LV, permite a classificação de áreas para a vigilância e controle da doença como áreas com transmissão e das áreas sem transmissão desse agravo no país. O novo enfoque do programa incorpora estados e municípios silenciosos (sem ocorrência humanos ou caninos da doença), nas suas ações de vigilância e controle para minimizar a expansão para novas áreas. Os municípios foram agrupados em três classes de transmissão de LV, utilizando como critério de ponto de corte o percentil 90 (P90) da média. Os municípios abaixo do percentil 90 (P90), ou seja, com média menor que 2,4, foram classificados como de transmissão esporádica. Os municípios com a média 2,4 e < 4,4 foram classificados como de transmissão moderada e, aqueles que estão acima do percentil 90 (P90), ou seja com média 4,4 estão classificados como de transmissão intensa. A vigilância da LV permitiu caracterizar as seguintes áreas: Áreas de transmissão: entende-se como área de transmissão o setor, o conjunto de setores ou o município onde esteja ocorrendo a transmissão de LV. Onde o setor é a estratificação realizada quando implementado o Programa de Controle de Aedes aegypti PEAa; Área sem casos ou silenciosa: municípios sem registro autóctones de leishmaniose visceral humana ou canina; Áreas com transmissão esporádica: municípios cuja a média de LV nos últimos 5 anos é inferior ao percentil 90 ou seja < 2,4. Áreas com transmissão moderada: municípios cuja a média de LV nos últimos 5 anos constitui o percentil 90 ou seja 2,4 e < 4,4. Áreas com transmissão intensa: municípios cuja a média de LV nos últimos 5 anos está acima do percentil 90 ou seja 4,4. 9

8. LEPTOSPIROSE Origem das informações: Os dados de Leptospirose (CID-10, código A27) de 1999 a 2002 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde. 1) Casos de Leptospirose: Número novos confirmados de Leptospirose notificados no município, por ano, no período de 1999 a 2002. novos confirmados de Leptospirose em residentes no ano 2) Taxa de letalidade por Leptospirose: Razão entre o número de óbitos por Leptospirose e o número de casos novos confirmados de Leptospirose do município, do período de 1999 a 2002. de óbitos de residentes por Leptospirose no período novos confirmados de Leptospirose no período x 100 Morbidade e condições de saneamento: No período de 1999 a 2002 foi registrado uma média de 2887 casos e 366 óbitos, correspondendo a uma letalidade média de 12,7%. Neste período, o maior número ocorreu em 2 quando foram notificados 3487 casos, enquanto a maior letalidade foi de 16,8% e foi observada em 2002. A principal faixa etária dos indivíduos acometidos é de 20 aos 49 anos. No Brasil, a maior parte dos casos está ligada às condições de vida e infra-estrutura sanitária, principalmente em nível domiciliar. Ocorre em áreas urbanas e rurais, mas a maioria dos casos notificados provém das capitais e regiões metropolitanas. Enchentes e chuvas fortes contribuem para o contato do homem com água e lama contaminadas pela urina de roedores, favorecendo a infecção. Apesar de não ser tipicamente ocupacional em nosso país, algumas profissões facilitam o contato com as leptospiras como agricultores, trabalhadores em limpeza e desentupimento de esgotos, veterinários, tratadores de animais, pescadores, magarefes, laboratoristas e bombeiros, dentre outras. 10

9. MALÁRIA Origem das informações: Os dados de Malária (CID-10, código B50-B54) de 1999 a 2002 foram obtidos do Sistema de Informações do Programa Nacional de Controle da Malária (SISMAL) / Ministério da Saúde. Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). 1) Índice Parasitário Anual (IPA): Razão entre o número de exames positivos de Malária e o número de habitantes do município nos estados da Amazônia Legal, por ano, no período de 1999 a 2002. de exames positivos de Malária no ano População total residente no ano x 1. 2) Casos de Malária na região extra-amazônica: Número de Malária notificados em municípios da região extra-amazônica, por ano, no período de 1999 a 2002. novos autóctones confirmados de Malária no ano Índice Parasitário Anual e Malária da região da Amazônia Legal e extra amazônica: IPA = 0; baixo risco: quando IPA > 0 9,9; médio risco: IPA > 9,9 49,9 e alto risco: IPA > 49,9. No que se refere aos casos de malária autóctones dos municípios da região extra-amazônica, estes somente foram considerados quando notificados pelo próprio município provável de infecção. Não foram considerados casos autóctones para municípios de estados que sabidamente não tiveram transmissão de malária no período: Rio Grande do Norte, Paraíba, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Santa Catarina. Os municípios de Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Paulo (SP) e Teresina (PI) também tiveram os casos autóctones excluídos, por haver dúvidas sobre a transmissão da doença. 11

10. MENINGITE POR Haemophilus influenzae Origem das informações: Os dados de Meningite por Haemophilus influenzae (CID-10, código G00.0) de 1999 a 2002 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde. 1) Casos de Meningite por Haemophilus influenzae: Número novos confirmados de Meningite por Haemophilus influenzae no município, por ano, no período de 1999 a 2002. novos confirmados de Meningite por Haemophilus influenzae no ano Impacto da vacinação na redução : Até o final dos anos 90 as meningites por Haemophilus influenzae contribuíam com uma proporção importante dos casos de meningite bacteriana identificados no país, afetando principalmente os menores de 2 anos de idade. Em 1998, as meningites por essa causa ocupavam o segundo lugar dentre as meningites bacterianas especificadas, com uma taxa de incidência de 1,2 casos por 100. habitantes na população em geral e de 26,1 casos por 100. habitantes nos menores de 1 ano. Em 1999 o Ministério da Saúde introduziu a vacina contra o Haemophilus influenzae tipo b (Hib) no calendário de vacinação infantil, para os menores de 1 ano, verificando-se uma queda de 90% na incidência de meningites por essa causa nesse grupo etário, quando comparados os períodos pré (1998) e pós (2002) introdução da vacina. 12

11. RUBÉOLA Origem das informações: Os dados de Rubéola (CID-10, código B06) de 1999 a 2002 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde. 1) Casos de Rubéola: Número novos confirmados de Rubéola notificados no município, por ano, no período de 1999 a 2002. novos confirmados de Rubéola no ano Situação Epidemiológica da Rubéola: Em 1997, ano em que o país enfrentou a última epidemia de sarampo, cerca de 30. casos de rubéola foram identificados entre os casos descartados de sarampo. A partir de 1999, observa-se uma intensa circulação do vírus da rubéola no país, com surtos de grande magnitude, ocorrendo principalmente nas capitais dos estados do Amazonas, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e Goiás. Em 2, os surtos propagaram-se para os municípios do interior desses estados, e também para outros estados: Acre, Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba e São Paulo. A partir de 2001, observa-se uma redução progressiva no número de rubéola no país que provavelmente resulta das campanhas de vacinação em massa de crianças e de mulheres em idade fértil no período. 13

12. TUBERCULOSE Origem das informações: Os dados de Tuberculose (todas as formas; CID-10, código A15 - A19) de 1998 a 2002 foram obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) da Secretaria de Vigilância em Saúde / Ministério da Saúde. O número de tuberculose do Acre e de Minas Gerais obtidos do SINAN estão incompletos nos anos de 2 e 2001. Os dados populacionais foram obtidos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). 1) Taxa de incidência de Tuberculose todas as formas: Razão entre o número de Tuberculose (todas as formas) e o número de habitantes do município por ano, no período de 2 a 2002. novos de Tuberculose ( todas as formas) no ano População total residente no ano x 100. Carga de morbidade da Tuberculose: A Tuberculose é um problema de saúde prioritário no Brasil e juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, alberga 80% dos casos mundiais da doença. Estima-se que, cerca de um terço da população mundial, está infectada com o Mycobacterium tuberculosis, estando sob risco de desenvolver a enfermidade. Em torno de oito milhões novos e quase 3 milhões de mortes por tuberculose ocorrem anualmente no mundo. Nos países desenvolvidos é mais freqüente entre as pessoas idosas, nas minorias étnicas e imigrantes estrangeiros. Nos países em desenvolvimento, estima-se que ocorram 95% dos casos e 98% das mortes causadas pela doença, ou seja, mais de 2,8 milhões de mortes por tuberculose e 7,5 milhões novos, atingindo a todos os grupos etários, com maior predomínio nos indivíduos economicamente ativos (15-54 anos) da sociedade. Os homens adoecem duas vezes mais do que as mulheres. Vários são os estados que merecem atenção, principalmente os que possuem incidência acima da nacional (48 casos/100. habitantes). Atualmente, 290 municípios concentram aproximadamente 70% dos casos da doença. Os dados de tuberculose do SINAN estão consolidados até o presente momento em todos os estados para o ano de 2002 e em 25 dos 27 estados para os anos de 2 e 2001. 14