Comentários sobre os Indicadores de Mortalidade
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- Juan Santana Festas
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1 C.9 Taxa de mortalidade por causas externas O indicador mede o número de óbitos por causas externas (conjunto de acidentes e violências) por 1. habitantes, estimando o risco de morrer por essas causas. É calculado pela relação Número de óbitos de residentes, por causas externas População total residente ajustada para o meio do ano x 1. Os óbitos por causas externas correspondem ao capitulo XX da CID-1 (códigos V1 a Y98) (em vigor de 1996 até o presente) e aos códigos E8 a E999 da Classificação Suplementar de Causas Externas da CID-9, que esteve vigente até As fontes de dados são as seguintes: No numerador óbitos por causas externas informados ao Sistema de Informação sobre Mortalidade No denominador população total residente, estimada pelo IBGE Apresenta as limitações inerentes a essas fontes, tais como: Cobertura do SIM: 88% em 25 (com tendência à elevação) com importantes variações regionais (ver indicador F.11) e Qualidade: 8,3% de causas mal definidas em 26 (com tendência à diminuição), também com importantes variações regionais (ver indicador C.5) BRASIL: análise da série histórica (Gráficos 9.1 a 9.6) Taxa em 199, igual a 69,9 por cem mil habitantes, eleva-se até 1996 (75,9 por cem mil habitantes). A partir daí, declina até o ano 2, voltando ao valor de 1998 e, a partir de 23, mostrando ligeira tendência ao declínio. Taxas mais elevadas estão nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Análise no tempo mostra taxas decrescentes na região Sudeste, estáveis no Sul e crescentes no Centro-Oeste, em 24, com valor elevado (82, por cem mil habitantes) Sugere-se calcular o indicador segundo sexo visto que a razão entre as taxas masculinas e femininas é bastante elevada Razão taxas M/F 4,5 (ver distribuição segundo sexo indicador C.9) Folha 1 // 13
2 NOTA IMPORTANTE O indicador Taxa de Mortalidade por Causas Externas apresenta-se subdividido segundo os principais tipos de acidentes e violências: (Gráfico 9.7) C.9.1 Taxa de Mortalidade por acidentes de transporte C.9.2 Taxa de Mortalidade por Agressões e intervenções legais (homicídios) C.9.3 Taxa de Mortalidade por lesões autoinfligidas (suicídios) C.9.4 Taxa de Mortalidade por todas as demais causas externas C.9.5 Taxa de Mortalidade por lesões em que se ignora se foram acidental ou intencionalmente infligidas No Brasil, essa distribuição mostra predominância das causas intencionais (homicídios), seguidos dos acidentes de transporte. O peso das causas externas em que se ignora se foram acidentais ou intencionais é pequeno, graças a esforços levados a efeito pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, no sentido da melhoria da qualidade da informação (investigação de causas detalhadas junto aos laudos de necropsia nos Institutos de Medicina Legal). Acidentes de transporte (incluem acidentes de transporte terrestre, aéreos e por água, sendo que os primeiros correspondem a cerca de 98% ao total): em 199, a taxa foi de 2,2; eleva-se em 1995, 1996, 1997 declina até 2, provavelmente em conseqüência à entrada em vigor do novo Código de Trânsito Brasileiro (com maior fiscalização, multas mais elevadas, perda de pontos em carteira e possibilidade da perda da própria Carteira de Habilitação) e torna a elevar-se mantendo-se em platô até 26 (19,9 por cem mil habitantes). Homicídios: em 199, taxa de 22,2 por cem mil habitantes. Platô até 1993 (com leve tendência ao declínio) e, em seguida, elevação contínua de 1994 a 23, quando atinge 29,1 por cem mil habitantes. Declínio para 26,9 em 24 e certo equilíbrio, após. Os declínios podem ser atribuídos, provavelmente, à campanha do desarmamento, já que a maior parte dessas mortes foi devida à arma de fogo. Suicídios: em 199, taxa de 3,4 por cem mil habitantes, eleva-se até 4,34 em 1997, declina até 3,98 em 1998 e eleva-se novamente, mantendo-se em platô de 21 a 24 (4,4 por cem mil habitantes). É preciso lembrar que o número de óbitos por suicídio é habitualmente subenumerado (em todos os países do mundo), representando, portanto, essa taxa, um valor mínimo para a estimativa do risco de morrer por essas causas. Causas Externas em que se ignora se foram acidentes ou intencionalmente infligidas: são definidas como os casos em que, apesar de Folha 2 // 13
3 investigações, não foi possível chegar a uma causa definida, ou seja, é possível saber que a morte sobreveio em conseqüência a uma lesão, mas, desconhecem-se as circunstâncias do evento causa da lesão. Seu número, maior ou menor, vai influenciar, portanto, as taxas dos tipos bem definidos. Os números encontram-se, em declínio devido ao investimento em melhoria da qualidade da informação. Gráfico Taxa de mortalidade por causas externas. Brasil e Grandes Regiões, Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil Folha 3 // 13
4 Gráfico Taxa de mortalidade por causas externas. Região Norte, Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Gráfico Taxa de mortalidade por causas externas. Região Nordeste, Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Folha 4 // 13
5 Gráfico Taxa de mortalidade por causas externas. Região Sudeste, Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Gráfico Taxa de mortalidade por causas externas. Região Sul, Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Folha 5 // 13
6 Gráfico 9.6- Taxa de mortalidade por causas externas. Região Centro- Oeste, Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Gráfico 9.7- Taxa de mortalidade por causas externas, segundo tipos, Brasil Acidentes de transporte Homicídios Suicídios Causas Externas Intenção Indeterminada Demais causas C.9.1 Taxa de mortalidade por acidentes de transporte Folha 6 // 13
7 O indicador mede a estimativa do risco de morrer por acidentes de transporte*, para cada 1. habitantes. Os acidentes de transporte, segundo definição internacional incluem acidentes de transporte terrestre, acidentes de transporte aéreo e acidentes de transporte por água É calculado pela relação Número de óbitos de residentes, por acidentes de transporte* População total residente ajustada para o meio do ano x 1. * Códigos V1 a V99 da CID-1, a partir de 1996 As fontes de dados são as mesmas já referidas para as causas externas em geral e, além das limitações citadas para o indicador Taxa de Mortalidade por causas externas, pode estar subestimado em razão do número de óbitos por causas externas em que se ignora se as lesões foram acidentais ou intencionais, já referido. O indicador apresenta valores ao redor de 19 por cem mil habitantes (gráficos 9.8 a 9.13), com algumas oscilações: queda no início da década de 9; aumento na segunda metade da década; novo declínio em 1998 até 2 (provável reflexo da entrada em vigor do Código de Trânsito Brasileiro) e manutenção em 19 por cem mil habitantes até 26. Os dados mais elevados estão nas Regiões Sul e Centro-Oeste, destacandose os Estados de Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. C.9.2 Taxa de mortalidade por homicídios O indicador engloba, no numerador, os óbitos por agressões acrescido daqueles motivos por intervenção legal. As taxas são as mais elevadas dentre todos os tipos de causas externas. No país, excluídos os anos de 199 e 1991, os valores apresentam-se em ascensão até 23 (29,1 por cem mil habitantes), após o que declinam para o patamar 26/27 por cem mil. Esse declínio, talvez possa ser explicado em razão das Campanhas do Desarmamento, levadas a efeito, já que a maioria das mortes decorre do uso de arma de fogo. Os valores mais baixos ocorrem na Região Sul (Gráficos 9.14 a 9.19) Folha 7 // 13
8 Gráfico Taxa de mortalidade por acidente de transporte. Brasil e Grandes Regiões, Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil Grafico Taxa de mortalidade por acidente de transporte. Região Norte, Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Folha 8 // 13
9 Gráfico Taxa de mortalidade por acidente de transporte. Região Nordeste, Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Gráfico Taxa de mortalidade por acidente de transporte. Região Sudeste, Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Folha 9 // 13
10 6 Gráfico Taxa de mortalidade por acidente de transporte. Região Sul, Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Gráfico Taxa de mortalidade por acidente de transporte. Região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Folha 1 // 13
11 Gráfico Taxa de homicídios Brasil e grande Regiões, Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Brasil Gráfico Taxa de Homicídios. Região Norte, Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Folha 11 // 13
12 Gráfico Taxa de Homicídios. Região Nordeste, Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Gráfico Taxa de Homicídios. Região Sudeste, Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Folha 12 // 13
13 Gráfico Taxa de Homicídios. Região Sul, Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul Gráfico Taxa de Homicídios. Região Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Folha 13 // 13
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