OS CAMINHOS DA FEBRE AMARELA NO TEMPO E NO ESPAÇO
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- Alexandre Cordeiro Marreiro
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1 Universidade Federal da Bahia Instituto de Saúde Coletiva OS CAMINHOS DA FEBRE AMARELA NO TEMPO E NO ESPAÇO Maria da Glória Teixeira SETEMBRO 2008
2 FAS: série histórica de casos e taxa de letalidade. Brasil *
3 Número de casos de Febre Amarela Silvestre e número de doses de vacina aplicadas. Brasil 1930 a 2008*. Número de casos Milhões 2008 Doses aplicadas CASOS Ano de ocorrência Doses Aplicadas Fonte SVS/MS Dados até 24/ doses aplicadas
4 Os Caminhos da Febre Amarela Silvestre no Brasil A F E B R E M A R E L A
5 Os Caminhos da Febre Amarela Silvestre no Brasil : Grande onda do passado maior surto de FAS no Brasil (1.038 casos) 9 estados (MT, GO, MG, SP, PR, SC, RS, RJ, ES), Paraguai e Argentina (Missiones) AM F E B R E A R E L A 6 A N O S Provável rota da disseminação da onda epizoótico-epidêmica de febre amarela no Brasil, de 1934 a 1940 (Foto FR (SFA-EC) 12-5 de A. Fialho. Pesquisa no Arquivo da Casa de Oswaldo Cruz realizada por Rose Olyveira e Jean Maciel).
6 Os Caminhos da Febre Amarela Silvestre no Brasil : Onda anterior Saldo de 315 casos humanos e 171 notificações de mortes de PNH 7 estados (TO, GO, MG, BA, SP, PR, RS), mortes de macacos na Argentina (Provincia de Corrientes) AM F E B R E A R E L A Legenda: Área de ocorrência do evento Amazônia Legal Extra Amazônica Tipo do evento Casos humanos Epizootias Casos e epizootias Fonte: SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE/MS A N O S Provável Rota de difusão territorial do vírus da febre amarela no Brasil, de 1999 a 2003 (Costa, ZGA. Dissertação de Mestrado, ENSP/FIOCRUZ, 2005).
7 Febre Amarela Silvestre 1999 a 2003 Bacia do Rio Tocantins Bacia do Rio São Francisco Bacia do Rio Paraná Bacia do Rio Doce Legenda: Rios principais Limite dos focos Municípios com mais de hab. Fonte: Costa, ZGA. Dissertação de Mestrado, ENSP/FIOCRUZ, 2005
8 Os Caminhos da Febre Amarela Silvestre no Brasil Onda atual : 7 estados (TO, GO, DF, SP, MT, MS, PR) 5 estados com rumores epizoóticos não confirmados (MA, BA, MG, ES, PR) Paraguai e Argentina (Missiones) AM F E B R E A R E L A D f G O M S P R 11 M E S E S Disseminação territorial do vírus da febre amarela no Brasil, de abril de 2007 a março de Fonte: SVS/MS
9 Evolução temporal - Fevereiro / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
10 Evolução temporal Março / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
11 Evolução temporal Abril / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
12 Evolução temporal Maio / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
13 Evolução temporal Junho / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
14 Evolução temporal Julho / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
15 Evolução temporal Agosto / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
16 Evolução temporal Setembro / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
17 Evolução temporal Outubro / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
18 Evolução temporal Novembro / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
19 Evolução temporal Dezembro / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
20 Evolução temporal Janeiro / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Caso humano Morte de macaco Fonte: SVS/MS
21 Evolução temporal Fevereiro / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Caso humano Fevereiro Morte de macaco Fonte: SVS/MS
22 Evolução temporal Março / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Caso humano Fevereiro Março Morte de macaco Fonte: SVS/MS
23 Evolução temporal Abril / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Caso humano Morte de macaco Fevereiro Março Abril Fonte: SVS/MS
24 Evolução temporal Maio / Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Caso humano Morte de macaco Fevereiro Março Abril Maio Fonte: SVS/MS
25 Evolução temporal Junho / 2008* Mês Ano Mortes de macacos Casos humanos Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Caso humano Morte de macaco Fevereiro Março Abril Maio Junho Fonte: SVS/MS * Dados até 25/06/2008
26 Análise* preliminar de série histórica de casos 50 Serro - MG Casos observados Série sazonalmente ajustada Variação ciclica Ch. Veadeiros - GO Mean 20 Divinópolis - MG APR 1973 JUN 1977 AUG 1981 OCT 1985 DEC 1989 DATA FEB 1994 APR 1998 JUN 2002 AUG 2006 Fonte: SVS/MS e ISC/UFBA * Modelo de regressão linear robusto (GEE)
27 Fonte: SVS/MS Média mensal de ocorrência de casos,
28 Conclusão Modelo de regressão linear robusto (GEE) Presença de sazonalidade (dez-maio) Média mensal de dez 2007 maio 2008 inferior ao período anterior Taxas de incidência (2007/2008) inferiores às registradas em Chapada dos Veadeiros (2000), Divinópolis (2001) e Serro (2003)
29 Casos confirmados e status vacinal, 2008 Variável Casos confirmados n=45 Status vacinal Sem vacina Mais de 10 anos Vacinado próximo a 10 anos Ignorado 82,2% (37/45) 4,4% (2/45) 4,4% (2/45) 9,0% (4/45) * Dados até 11/07/2008
30 Descrição dos casos confirmados Variável Casos confirmados n=45 Sexo masculino 78,0% (35/45) Idade mediana 39 (11-69) anos Internação 91% (41/45) Evolução para óbito 55,6% (25/45) Mediana 7,5 (02-17) dias * Dados até 11/07/2008
31 Morte de macaco X Epizootia por FA Classificação das notificações de ocorrências de óbitos de macacos e epizootias por febre amarela silvestre: Morte de macaco: toda notificação de autoridade sanitária ou de qualquer cidadão sobre ocorrência de morte de macaco, sem causa esclarecida. Epizootia por Febre Amarela: notificação de morte de macaco realizada pela Secretaria de Saúde ao Ministério da Saúde, sendo: Confirmada laboratorialmente: isolamento do vírus ou outra evidência laboratorial em macacos. Confirmada por critério clínico-epidemiológico: quando houver evidência de circulação do vírus da febre amarela (isolamento em mosquito e/ou caso humano confirmado) na região ou em área geograficamente próxima e com características ambientais semelhantes.
32 Distribuição das epizootias e morte de macacos de acordo com a UF de ocorrência* * Dados até 11/07/2008
33 Classificação de áreas risco para Febre Amarela Silvestre, Endêmica: -A circulação do vírus é constante -Mantém o ciclo natural, sazonal - Casos humanos esporádicos em função das altas coberturas vacinais Transição: - A circulação do vírus é de baixa intensidade - Epizootias em PNH (macacos) - Surtos epidêmicos ocasionais Indene: mas com risco potencial: - Ainda não apresenta circulação de vírus, mas é vulnerável por similaridade ecológica a áreas com circulação de vírus e proximidade da zona de transição Indene: - Ausência de circulação do vírus e sem proximidade com áreas de circulação viral Fonte: SVS/MS
34 O que houve de diferente em 2007/2008? Velocidade de circulação do virus Maior área de circulação viral - 9 estados, ARG e PAR Apresentou-se como febre silvestre em ambiente urbano (DF e Goiânia) Ocorrência de dois casos humanos de FAS em São Paulo (50 km da área de transição) Ocorrência de dois casos humanos de FAS no Paraná (70 km da área de transição) Ocorrência de epizootia por FAS na divisa Salvador/Lauro de Freitas
35 Localização Geográfica do Campus II-UFG e área de Goiânia
36 Localização Geográfica do Campus II-UFG e área de Goiânia
37 O que houve de diferente em 2007/2008? Velocidade de circulação do virus Maior área de circulação viral - 9 estados, ARG e PAR Apresentou-se como febre silvestre em ambiente urbano (DF e Goiânia) Ocorrência de dois casos humanos de FAS em São Paulo (50 km da área de transição) Ocorrência de dois casos humanos de FAS no Paraná (70 km da área de transição) Ocorrência de epizootia por FAS na divisa Salvador/Lauro de Freitas
38 Houve algo de diferente em ? Na Incidência? Na Distribuição Espacial? Macacos morrendo em Brasília Morte de PNH próximo ao Torto FAZ em ambiente urbano A situação foi politizada???? Risco de FAU??? - Conceito AM F E B R E A R E L A Influência da Mídia Comprometeu o estoque estratégico de vacinas
39 Vacina e efeitos adversos doses aplicadas de jan/2007 a abril/ notificações de casos suspeitos eventos adversos 23 hospitalizações 7 possíveis eventos adversos graves (5 óbitos, sendo 1 doença viscerotrópica) Classificação final: 1 óbito confirmado e 2 prováveis de EAPV Taxa de 1 a 3 por pessoas vacinadas (0,06 a 0,18/ pessoas vacinadas) *
40 FEBRE AMARELA Imunidade Individual X Imunidade de Grupo
41
42 Qual o nosso caminho? concluindo municípios registraram morte de PNH Oito municípios apresentaram caso humano em concomitância com morte de PNH (8/21) AM F E B R E A R E L A A vigilância de epizootias em PNH importante instrumento para focalização das ações de controle
43 Qual o nosso caminho? concluindo... Manter a vigilância de epizootias de PNH Evento sentinela de detecção precoce de circulação do vírus amarílico no ciclo natural Importante instrumento para focalização das ações de controle Adoção imediata de ações de controle Padrão de Bio segurança Evitar a ocorrência de casos humanos de FAS e pela vacina Impedir a re-urbanização
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