CFEM: o PLV nº 38/2017 (Parecer da Comissão Mista) Paulo Honório de Castro Júnior

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Transcrição:

: o PLV nº 38/2017 (Parecer da Comissão Mista) Paulo Honório de Castro Júnior

Regra de Incidência Atual MP 789 Incide: (i) Saída por venda. (ii) Consumo (Decreto). Incide: (i) Saída por venda*. (ii) Consumo (MP). Base de cálculo: (i) Faturamento líquido. (ii) Custo de produção. Base de cálculo: (i) Receita bruta*. (ii) Valor de mercado *. Alíquotas em Lei: 0,2% a 3%. Alíquotas: 0,2% a 4%, com regime próprio para ferro.

0,2% Ouro e diamante, quando extraídos sob o regime de permissão de lavra garimpeira, demais pedras preciosas e pedras coradas lapidáveis. 1,5% Rochas, areias, cascalhos, saibros e demais substâncias minerais quando destinadas para uso imediato na construção civil. 2% Ouro e demais substâncias minerais, exceto minério de ferro, cuja alíquota será definida com base na cotação internacional do produto, conforme Tabela b. 3% Bauxita, manganês, diamante, nióbio, potássio e salgema. 0,2% Ouro e diamante em PLG; demais pedras preciosas e pedras coradas lapidáveis; e calcário para uso como corretivo de solo. 1,0% Rochas, areias, cascalhos, saibros e demais substâncias minerais quando destinadas para uso imediato na construção civil; rochas ornamentais; águas minerais e termais; potássio; e fosfato. 2% Ouro, diamante e demais substâncias minerais. 3% Bauxita, manganês, nióbio e sal gema. 4% Ferro, observadas as alíneas b e c deste Anexo.

Conceito de beneficiamento incluía pelotização, sinterização, coqueifação e calcinação. Também havia expressa menção ao critério de presunção do IPI encerrar a fase do beneficiamento. Manteve apenas a pelotização no conceito de beneficiamento. Excluiu a menção ao critério do IPI. Consumo era a transformação do minério pelo detentor do Direito Minerário. Passa a ser praticado também pelo arrendatário ou empresas coligadas/controladas/controladoras. Comercialização ou consumo de rejeitos e estéreis configuram fato gerador. "Venda" ou consumo; e redução da em 50% para rejeitos e estéreis "de minerais associados utilizados em outras cadeias produtivas." Na venda, incidia sobre a receita bruta, deduzidos os tributos "pagos ou compensados". Excluiu-se a locução "pagos ou compensados".

No consumo, incidia sobre o "valor de mercado", conforme metodologia determinada no 6º, mediante consulta pública. Isto é: sobre o valor no mercado local, regional, nacional ou internacional, para o minério ou seu similar, ou sobre o preço de referência. Agora, para apuração do "valor de referência", deve-se considerar (i) o valor do "concentrado final obtido após a conclusão do respectivo processo de beneficiamento"; (ii) o "desconto pelo fato de a venda de produto de maior valor agregado ocorrer no mercado interno"; e (iii) o "teor da substância". O valor de referência será definido pela ANM, a partir de consulta pública e conforme metodologia determinada por Decreto, de forma que o valor de referência aumente conforme o teor da jazida. Agora, qualquer exportação será testada por PECEX Nas exportações para vinculadas ou paraísos fiscais, ou valor de referência, sendo que o recolhimento incidiria sobre a receita calculada conforme o PECEX ou o ocorrerá no mínimo por esse valor (ou seja, recolhe-se preço de referência. pelo maior valor - NF, PECEX ou valor de referência).

Vendas intragrupo não configuram fato gerador. Venda intragrupo PODE ser fato gerador, hipótese na qual a deve ser paga no mínimo sobre o preço corrente no mercado local, regional ou nacional; CASO a operação NÃO SEJA caracterizada como venda, o fato gerador ocorrerá conforme MP 789 já dispunha. Utilização, doação ou bonificação são fatos geradores, mesmo que não haja aproveitamento econômico. N/A (sem correspondência) Foi excluída a expressão relativa à ausência de aproveitamento econômico e esclareceu-se que doação a ente público não é fato gerador. Beneficiamento em estabelecimento de terceiros (ou seja, industrialização por encomenda) é fato gerador por consumo.

No arrendamento, há responsabilidade solidária. O arrendante passa a responder apenas subsidiariamente. Mantinha-se os critérios de repartição da (65% para M; 23% para E; e 12% para União) 60% para M; 20% para E; 7% para ANM; 1% para FNCT; 1,8% para CETEM; 0,2% para IBAMA; 10% para DF ou M afetados, conforme critérios do projeto de conversão e de Decreto Presidencial.

paulo@williamfreire.com.br