RELATÓRIO DE GESTÃO AVONPREV

Documentos relacionados
A semana em revista. Relatório Semanal 08/06/2015

ITABIRAPREV - INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DE ITABIRA - MG. Relatório de Acompanhamento da Carteira de Investimentos Setembro De 2015

PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS DE MERCADO

Informativo de Mercado Mensal

Relatório de Mercado Semanal

Sexta-Feira, 21 de outubro de 2016

Relatório Econômico Mensal Julho de Turim Family Office & Investment Management

Relatório Conjuntura Econômica Brasileira 4º trimestre de 2013

COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO

Impactos da Crise Mundial sobre a Economia Brasileira

ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN COMIN - Nº 13/2015

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS

COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO

Relatório Econômico Mensal Fevereiro de Turim Family Office & Investment Management

PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS DE MERCADO

Inflação, nível de atividade e setor externo: o desempenho dos principais indicadores da economia brasileira

Informativo Mensal Investimentos

COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO

INDX apresenta alta de 2,67% em março

INFORME ECONÔMICO 22 de julho de 2016

Juros sobem acompanhando mercado americano, alta do dólar e fiscal ruim no Brasil;

Segunda-Feira, 02 de janeiro de 2017

Informativo de Mercado Mensal

PIB. PIB Trimestral 3,9% 2,6% 2,3% 2,3%

INDÚSTRIA BRASILEIRA DE BENS DE CAPITAL MECÂNICOS

COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO

Sexta-Feira, 06 de janeiro de 2017

Perspectivas Econômicas. Pesquisa Macroeconômica Itaú Unibanco

Consultoria. Conjuntura Econômica e Perspectivas Setembro/2016. Juan Jensen

Visão Mais Perto 2015 Perfil Investimentos 2015

Acomodação na renda fixa foi interrompida pela alta do dólar e dado forte de emprego nos EUA em junho.

RELATÓRIO MENSAL DE CONJUNTURA ECONÔMICA ABRIL 2005

COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO

2005: Prêmio de Risco; Cenário Externo e Convergência. Dany Rappaport Corecon, 27 de janeiro de 2005

Informativo de Mercado Mensal

PESQUISA FEBRABAN DE PROJEÇÕES MACROECONÔMICAS E EXPECTATIVAS DE MERCADO

Cenários. Plano Milênio. Justificativa da Rentabilidade Mensal

Carteira do SFN recua 3,5% em 2016

Renda Fixa: 88%[(78% [CDI+0,5%]+17% IMAB + 5%IMAB5)+12%(103%CDI)] Renda Variável Ativa = 100%(IBrx+6%) Inv. estruturados = IFM Inv. no exterior = BDRX

Brasil - PIB Trimestral 2010.IV 2010.II 2011.II 2010.III 2011.I

Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN COMIN - Nº 04/2014

COMPORTAMENTO SEMANAL DE MERCADO

IPCA atinge maior nível desde out Previsão é de Selic estável.

1 a 15 de janeiro de 2015

Relatório Mercatto OABPREV RJ Fundo Multimercado

Outubro Outubro/14 Icatu Vanguarda FIC OABPrev SP

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA MUNICIPAL DE NOVA PRATA RS RELATÓRIO BIMESTRAL 01/204 JANEIRO E FEVEREIRO DE 2014

SONDAGEM INDUSTRIAL DE SC Agosto de 2015

INFORME ECONÔMICO 28 de outubro de 2016

INFORME ECONÔMICO 23 de outubro de 2015

Extrato de Fundos de Investimento

NÍVEL DE ATIVIDADE, INFLAÇÃO E POLÍTICA MONETÁRIA Uma avaliação dos indicadores da economia brasileira em 2007

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Operações Crédito do SFN

CENÁRIO ECONÔMICO. Outubro 2016

INFORME ECONÔMICO 1 de julho de 2016

O perfil do endividamento das famílias brasileiras em 2016

CENÁRIO ECONÔMICO PLANO UNIFICADO 2º TRI/2015

Cenário Macro Semanal

PME registra menor taxa de desemprego da série histórica para o mês de fevereiro, mas indica acomodação no mercado de trabalho.

CHEGADA DO NATAL MARCA INTERRUPÇÃO DA SEQUÊNCIA DE ALTAS NA CONFIANÇA DO COMÉRCIO

RELATÓRIO DE INVESTIMENTOS. Outubro de 2015

Alteramos as expectativas para a taxa Selic em 2013 e 2014; Atividade econômica no Brasil poderá ser fraca também no 4º trimestre de 2013.

Conjuntura Econômica do Brasil Fevereiro de 2013

Outubro/2011. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos

Produto Interno Bruto Estado de São Paulo Fevereiro de 2016

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Cenário Macroeconômico 2006 Janeiro de 2006

ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN COMIN - Nº 01/2016

OPINIÃO A VARIAÇÃO NEGATIVA, APESAR DE INDESEJADA, PASSA AGORA A FAZER PARTE DA NOSSA REALIDADE.

Carta Mensal Novembro 2015

INFORME ECONÔMICO 19 de agosto de 2016

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

AGOSTO/2016 RELATÓRIO ECONÔMICO AGOSTO/2016

Clima econômico mundial melhora, mas continua piorando na América Latina. Momento ainda é de cautela

16 a 31 de dezembro de 2014

Carta ao Cotista Julho Ambiente Macroeconômico. Internacional

Boletim Informativo de Crédito Imobiliário e Poupança

Janeiro/2016 RADAR F8A INFLAÇÃO ACUMULADA É A MAIOR DESDE NOVEMBRO DE 2003

Relatório Econômico Mensal Março de 2013

ABRIL/2016 RELATÓRIO ECONÔMICO ABRIL/2016

2005: Cenários para o Mercado de Renda Fixa. Marcello Siniscalchi

Carta Econômica Trimestral

Volume de Vendas do Varejo Ampliado Acumulado em 12 meses em relação aos 12 meses anteriores. dez/14. set/16. mar/14. dez/13.

173/15 30/10/2015. Análise Setorial. Fabricação de artefatos de borracha Reforma de pneumáticos usados

O indicador do clima econômico melhora na América Latina, mas piora no Brasil

Relatório Econômico Mensal. Setembro

Os desafios da economia. Economista Ieda Vasconcelos Reunião CIC/FIEMG Outubro/2014

Luiz Augusto de Oliveira Candiota

Menor volatilidade de emergentes e dados mais fracos fazem juros ceder na semana;

Senhores Conselheiros, Gestores e Membros do Comitê de Investimentos,

Senhores Conselheiros, Gestores e Membros do Comitê de Investimentos,

Desemprego em São Paulo tem leve recuo e passa de 17,5% em setembro para 17,2% em outubro

Produto Interno Bruto por setor de atividade

Ambiente econômico nacional e internacional

Maio/2016 RADAR F8A 8ª MAIOR QUEDA DO ÍNDICE BOVESPA NOS ÚLTIMOS 12,5 ANOS RISCOS E OPORTUNIDADES

Economia Brasileira em Perspectiva

CARTA MENSAL: Janeiro/2012

Transcrição:

RELATÓRIO DE GESTÃO AVONPREV Março/2018

No Brasil, o Banco Central (BCB) cortou os juros em 25 p.b, levando a taxa Selic para 6,50% a.a., em linha com o consenso. No comunicado emitido após a reunião, o BCB deixou em aberto a possibilidade de um corte adicional na próxima reunião em maio. Nesse sentido, o documento corrobora a confiança da autoridade monetária na recuperação consistente da atividade doméstica e na continuidade do crescimento da economia global desde a última reunião. Por outro lado, as expectativas de inflação do mercado continuaram sendo revisadas levemente para baixo. As projeções do mercado para 2018 recuaram de 3,9% para 3,6%. E por sua vez, as expectativas para 2019 caíram de 4,25% para 4,2%. Dessa maneira, entendemos que a retomada ainda gradual da economia doméstica, combinado com um comportamento benigno da inflação, são favoráveis para um corte adicional de 0,25% na próxima reunião, com a taxa Selic alcançando 6,25% e mantendo-se nesse patamar até o fim deste ano. Segundo o BC, os riscos para esse cenário continuam sendo pautados pela possibilidade de frustração das reformas, assim como pela reversão do ambiente externo favorável aos países emergentes. Em termos de dados econômicos, a atividade moderou no início do ano, enquanto a inflação se manteve em patamar comedido. Enquanto a produção industrial (PIM) de janeiro reverteu parte da alta de dezembro, com contração de 2,4% no mês (ante alta de 3,1% em dezembro), o volume de vendas no comércio ampliado (inclui automóveis e material de construção) apresentou recuo de 0,1% na margem. Ao incluirmos a queda de 1,9% no volume de serviços transacionados, o Indicador Mensal de Atividade do Banco Central (IBC-Br) apontou contração de 0,6%, após alta de 1,4% em dezembro. Apesar das quedas na margem, é importante salientar que a tese de retomada da atividade se mantém. Nesse sentido, o IBC-Br cresceu 2,5% em relação ao mesmo período em 2017, ante crescimento de 2,1% em dezembro. Na questão da inflação, o IPCA-15 de março subiu 0,10%, levemente abaixo das expectativas de mercado de 0,11%. Em 12 meses, o IPCA-15 acumulou alta de 2,8%, permanecendo abaixo do piso do intervalo de tolerância do BC (3,0%). Analisando o IPCA sem a volatilidade de alimentos, o indicador de inflação continua mostrando uma composição benigna no curto prazo. Nos Estados Unidos, o Banco Central americano subiu a taxa de juros em 25 p.b para 1,75% a.a, conforme esperado pela maioria dos analistas. A mediana das projeções dos membros do comitê em relação aos juros permaneceu em 2,1% (duas altas adicionais) neste ano e subiu para 2,9% e 3,4% em 2019 e 2020, respectivamente. Esse movimento vem acompanhado de uma melhora no cenário de crescimento, que foi revisado para 2,7% em 2018 e 2,4% ano que vem. Assim como a taxa de desemprego recuou ainda mais nos anos que seguintes. Dessa maneira, acreditamos que o cenário favorável da atividade econômica, que recebeu um impulso adicional do pacote fiscal aprovado no começo do ano, deve seguir corroborando o ciclo gradual de aperto monetário. Nesse sentido, nosso cenário base continua projetando mais três altas adicionais em 2018. FONTE: BRAM 2

Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) manteve o escopo da política monetária, mas alterou o seu comunicado. Conforme o esperado, o BCE manteve a taxa principal de juros em zero e a taxa de depósito negativa em 0,4% a.a. Já a taxa de empréstimos segue em 0,25% a.a. Nessa mesma linha, o programa de compra de títulos foi mantido em 30 milhões de euros até setembro. A novidade ficou por conta do comunicado, o qual contou com a retirada da menção sobre a possibilidade de aumento do atual programa de compras de títulos, caso o cenário piore. Em sua coletiva após a reunião, o presidente do BCE, Mário Draghi, reforçou o quadro de melhora da atividade na região como justificativa para a alteração no comunicado, mas frisou que mudanças efetivas na condução da política monetária dependerão da evolução da inflação, o que exige cautela. Avaliamos que nos próximos meses o BCE irá anunciar que não prorrogará para além de setembro o atual programa de compra de títulos. Na China, a produção industrial e os investimentos intensificaram o ritmo de expansão no início do ano. A produção industrial avançou 7,2% no primeiro bimestre do ano, resultado acima da expectativa do mercado (6,2%) e acelerando frente a expansão de dezembro (6,6%). Os investimentos fixos também registraram ritmo mais intenso de crescimento no período. Eles avançaram 7,9% no primeiro bimestre após crescerem 7,2% em dezembro. O resultado também ficou acima da expectativa do mercado (7,0%). Por seu turno, as vendas no varejo apresentaram ligeira moderação no início do ano. O varejo apurou expansão de 9,7% frente crescimento de 10,2% em dezembro. Embora os indicadores de atividade tenham iniciado em ano em alta, acreditamos em gradual moderação ao longo do ano. Projetamos expansão de 6,5% para a economia chinesa em 2018 após avanço de 6,9% em 2017. FONTE: BRAM 3

Renda Fixa O fundo BRAM Renda Fixa Target rendeu 0,54% no mês de março, o equivalente a 101,22% do CDI (0,53%). O FI Avonprev apresentou retorno de 1,12%, acima do seu benchmark IMA-Geral que rendeu 0,96% no mês nos últimos 12 meses, o FI Avonprev acumula retorno de 11,32% enquanto o IMA-Geral apresentou retorno de 10,86%. A preocupação do potencial impacto das tensões comerciais entre China e Estados Unidos contribuiu para a continuidade do movimento de redução de risco dos investidores nos Estados Unidos com desvalorização da principal bolsa de valores, enquanto as expectativas de taxas de juros permaneceram estáveis. Esse movimento não comprometeu nosso cenário de crescimento forte, inflação comportada e gradualismo no processo de normalização da política monetária, num contexto de mercado de trabalho bastante aquecido. No mercado local, a gradual recuperação da economia, a inflação muito comportada e a ancoragem das expectativas deram espaço para o Banco Central realizar mais um corte na taxa de juros, indicando a possibilidade de um corte adicional na reunião de maio, encerrando o ciclo de afrouxamento monetário. As taxas de juros pré-fixadas de curto prazo incorporaram as expectativas de taxas mais baixas, enquanto as taxas de longo prazo mantiveram um elevado prêmio de risco. O resultado da estratégia de renda fixa no mês foi positivo, com destaque para as posições aplicadas em taxas de juros intermediárias e as de arbitragem na curva de juros dos vértices intermediários em relação aos longos. Após o aumento de risco realizado em janeiro e fevereiro, migramos parte das posições de vencimentos curtos para vencimentos mais longos, mantendo o mesmo nível de risco adotado em fevereiro. Acreditamos que os prêmios das curvas de juros permanecem razoavelmente atrativos, porém, acreditamos que é importante manter uma margem de liquidez nos portfólios para momentos de aversão ao risco. FONTE: BRAM 4

Renda Variável Mesmo com a queda dos demais índices pelo mundo, o Ibovespa se manteve praticamente estável no mês de março, o que demonstra certa resiliência da bolsa de valores brasileira, considerando ainda que o fluxo de saída de investidores estrangeiros foi significativo. Assim, o índice IBrX teve retorno de +0,08% no mês, mantendo valorização de +11,3% em 2018. O índice S&P 500 teve retorno negativo de -2,6% no mês, acumulando -0,9% de desvalorização em 2018 (em moeda original). O investidor estrangeiro reduziu sua exposição na Bovespa em R$ 5,3 bilhões no mês, anulando o saldo que era positivo no ano, enquanto o investidor institucional local aumentou sua exposição em R$ 4,1 bilhões no mês, passando a apresentar saldo positivo no ano de R$ 3,5 bilhões. No cenário externo, os fatores advindos dos EUA como, a preocupação com a dinâmica de aperto monetário, a queda expressiva de ações das empresas de tecnologia e novas notícias relacionadas a política comercial com a China foram os principais fatores que aumentaram a aversão ao risco dos investidores. Ainda é cedo para prever eventuais impactos provenientes destes eventos, assim, ao menos por enquanto, permanece nosso cenário base de otimismo com o crescimento dos Estados Unidos, sincronizado com as principais economias do mundo. No mercado local, o cenário eleitoral volta a trazer volatilidade, reforçando a necessidade de maior seletividade em nossos portfolios e de privilegiar empresas com resultados resilientes. O ambiente interno de taxas de juros baixas, inflação sob controle, recuperação gradual da economia, crescimento de lucros e a baixa exposição dos investidores locais ao segmento de renda variável, reforça nossa visão otimista para o mercado de ações. Em março, o setor de Papel & Celulose foi o grande destaque devido o anuncio da compra da Fibria pela Suzano, podendo se transformar na maior fabricante de papel e celulose do mundo. No lado negativo, podemos mencionar mais uma vez o setor de Alimentos & Agronegócio, devido, especialmente, à uma nova fase da Operação Carne Fraca que envolve a Brasil Foods. FONTE: BRAM 5