XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

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Transcrição:

AVALIAÇAO DA PRODUTIVIDADE DO MILHO (Zea mays L.) SOB DIFERENTES LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO E DOSES DE ADUBAÇÃO NITROGENADA NA REGIÃO DOS COCAIS MARANHENSE 1 K. F. de Almeida 2 ; W. L. Castro Júnior 3 ; E. B. Santos 4 ; Y. N. M. Silva 4 ; C. L. Sousa 4 RESUMO: A cultura do milho (Zea mays L.) é vastamente cultivada, sendo um dos segmentos econômicos mais importantes do agronegócio brasileiro. Nas últimas décadas os padrões de cultivo têm mudado, exigindo-se maiores índices produtivos para a gramínea. Diante do exposto, este trabalho teve por objetivo avaliar a produtividade do milho sob diferentes lâminas de irrigação e doses de adubação nitrogenada na região dos cocais maranhense. O experimento foi instalado em parcelas subdivididas, no delineamento em blocos casualizados e no esquema fatorial 4x5, com 20 tratamentos e quatro repetições. O sistema de irrigação utilizado foi o de aspersão em linha e o manejo da irrigação baseou-se no teor de água do solo. As características avaliadas foram: Altura de planta (AP), Comprimento de Espigas (CE), Massa de 100 Grãos e, Produtividade. A máxima produtividade foi alcançada com as lâminas de 100% e 125% em relação ao teor de água do solo, 5012,22 e 4498,74 kg ha - ¹, respectivamente. A melhor AP foi alcançada com as lâminas de 100% e 125%. O CE máximo foi alcançado com as lâminas de 100% e 125%. O melhor peso de 100 grãos foi atingido com a aplicação da lâmina de 150%. PALAVRAS-CHAVE: Zea mays L. Adubação nitrogenada. Lâminas de irrigação. 1 Artigo extraído de Monografia. 2 Licenciada em Ciências Agrárias, IFMA/Campus Codó, CEP 65400-000, Codó, MA. Fone (98) 981932145. Email: karlene_lenika@hotmail.com. 3 Professor Dr., IFMA/ Campus Codó, Codó, Ma. 4 Graduandos em Agronomia, IFMA/Campus Codó, Codó, MA. 486

1 INTRODUÇÃO Dados do acompanhamento da safra de milho 2014/15, CÉLERES (2015), indicam a posição de destaque para o estado do Maranhão, em relação aos três maiores estados produtores de milho do Nordeste. Todavia, a agricultura do estado, baseia-se muito nos métodos tradicionais de cultivo, como afirma MEC (s/d). Dados da AGERP (2006) mostram que é a agricultura familiar fator preponderante para que o Maranhão e, a própria região dos cocais maranhense, alcancem bons índices produtivos, pois, segundo os dados do Censo Agropecuário de 2006 (AGERP, 2006) a agricultura familiar participa com 78% da produção de milho em grãos no estado. A irrigação é uma técnica que viabiliza lavouras em regiões com regime de chuvas irregular, possibilita a produção na entressafra, aumenta os lucros do produtor, permiti aproveitar e melhorar as práticas agrícolas já existentes na propriedade, diminui os riscos de perdas da produção, seja parcial ou total, em função das estiagens, dentre outros (Oliveira & Ramos, 2007). Efeitos positivos da adubação nitrogenada na cultura do milho têm sido encontrados na literatura (MAR et al., 2003; SHIOGA et al., 2004). Muitos estudos têm sido conduzidos em milho avaliando os efeitos da interação entre lâminas de irrigação e níveis de nitrogênio sobre os componentes de produção e rendimento (SILVA et al., 1981; MONTEIRO et al., 1989). Não foram realizadas, até o momento, pesquisas com irrigação, adubação nitrogenada e a interação entre estes dois fatores de produção, para a região onde se pretende realizar este estudo. 3 MATERIAIS E MÉTODOS O estudo foi conduzido no campo experimental do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão, Campus Codó, localizado no município de Codó - MA, com coordenadas geográficas de 4º 26 51 S, 43º 52 57 O e com altitude de 48 m. No experimento, utilizou-se o delineamento em blocos casualizados, no esquema fatorial 4x5, com parcelas subdivididas, com vinte tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos por quatro doses de adubação nitrogenada (N1, N2, N3 e N4 respectivamente, 30, 60, 90 e 120 kg ha -1 ) e, cinco lâminas de irrigação: 50%, 487

75%, 100%, 125% e 150% em relação ao teor de água do solo. Dentre os vários sistemas de irrigação por aspersão utilizados, neste estudo, trabalhou-se com o sistema de irrigação por aspersão em linha (line source sprinkler system). O manejo da irrigação baseou-se na metodologia de Tavares et al. (2008), baseados no teor de água no solo. A determinação do teor de água do solo foi feita com auxílio de forno elétrico. A colheita do milho foi realizada aos 85 dias após o plantio (DAP). As características utilizadas para a as análises estatísticas foram as seguintes: Altura de plantas (AP); Comprimento de espiga (CE); Massa de grãos (Produtividade); Massa de 100 grãos. Os dados foram analisados por meio de análise de variância e regressão em que os modelos foram escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão, utilizandose o teste F a 5% de probabilidade, e no coeficiente de determinação (R²). 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO De acordo com a análise da variância, no teste F a 5% de probabilidade, têm-se resultados significativos para a fonte de variação Lâminas (Fator A), para as características: AP, CE, Massa de 100 Grãos e Produtividade. 4.1 Altura de plantas A curva de resposta para o componente AP é apresentado na Figura 01. Em análise a Figura 01, foi observado efeitos quadráticos para a variável em questão. As lâminas que melhor responderam à altura de plantas foram as de 100% e 125% em relação ao teor de água do solo. O alcance médio de altura para a lâmina de 100% foi de 2,21m e, para a lâmina de 125% foi de 2,18m. 488

Resultados semelhantes foram obtidos por Santos Neto (2012) que trabalhando com cultivares de milho e lâminas de irrigação para a produção de minimilho, observou efeitos significativos na fonte de variação lâminas (L) para a característica altura de plantas (AP). 4.2 Comprimento de Espigas (CE) A curva de resposta para o componente CE é apresentado na Figura abaixo. Em análise a figura acima, para o componente CE, foi observado acréscimos no comprimento de espigas com o aumento gradativo das lâminas. As lâminas que melhor responderam ao comprimento de espigas foram as de 100% e 125% em relação ao teor de água do solo. O alcance médio de comprimento de espiga para a lâmina de 100% foi de 12,83 cm e, para a lâmina de 125% foi de 12,63 cm. Blanco et al. (2011) trabalhando com milho verde e feijão-caupi sob diferentes lâminas de irrigação e doses de fósforo, também encontraram efeitos significativos da fonte de variação lâminas (L) para a característica comprimentos de espigas (CE), sendo que o comprimento máximo obtido de 24,8 cm se deu para as lâminas de 544 e 494 mm. Esses resultados diferem dos encontrados neste estudo. 4.3 Massa de 100 Grãos A curva de resposta para o componente Massa de 100 grãos é apresentado na figura abaixo 489

Em análise a figura acima, para o componente Massa de 100 grãos (g), foi observado efeito decrescente para o fator lâminas (A). A lâmina que melhor respondeu ao peso de 100 grãos foi a de 150% em relação ao teor de água do solo. Pegorare et al. (2009) trabalhando com irrigação suplementar no ciclo do milho safrinha sob plantio direto, também verificaram resultados significativos para a característica massa de 100 grãos, ocorrendo uma redução da massa de 100 grãos com a diminuição da lâmina de água aplicada. Sousa (2012) verificou que sob condições de déficit hídrico, observa-se redução na massa de 100 grãos secos. 4.4 Produtividade A curva de resposta para o componente Produtividade é apresentado na figura abaixo. Em análise a figura acima, para o componente Produtividade (kg ha -1 ) foi observado um acréscimo para o Fator A, conforme aumentou-se a lâmina de irrigação. As lâminas que proporcionaram maior valor de produtividade foram as de 100% e 125% em relação ao teor de água do solo, respectivamente, tendo uma produtividade de 5012,22 kg ha ¹ e 4498,74 kg ha ¹, simultaneamente. Resultados semelhantes foram encontrados por Araújo et al. (1999) que conseguiu alcançar um rendimento de 4900 kg ha ¹ com a aplicação de lâmina de 125% da ET 0. 5 CONCLUSÕES As lâminas que melhor responderam a AP foram as de 100% e 125% em relação ao teor de água do solo. Em relação ao CE as lâminas mais indicadas também foram as de 100% e 125%. Já em relação a Massa de 100 Grãos a lâmina de 150% foi a mais indicada. E, em relação à produtividade, as lâminas mais favoráveis à cultura foram as lâminas de 100% e 125% do teor de água do solo. 490

REFERÊNCIAS AGERP. Dados da agricultura familiar e segmentos no Maranhão: Codó. São Luís MA, 2006. Disponível em: https://docs.google.com/file/d/0bxomz1cnyhv4v2e5bjnzwhnmbu0/edit?pli=. Acesso em: 23 de fevereiro de 2015; ARAÚJO W. F.; SAMPAIO, R. A.; MEDEIROS, R. D. Irrigação e adubação nitrogenada em milho. Sci. Agric. V. 56, n. 4. Piracicaba, dez, 1999; BLANCO, F. F. et al. Milho verde e feijão-caupi cultivados em consórcio sob diferentes lâminas de irrigação e doses de fósforo. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.46, n.5, p.524-530, maio 2011; CÉLERES. Informativo Céleres: milho. Uberlândia MG, 2015. Disponível em: http://www.celeres.com.br/docs/ic1502.pdf. Acesso em: 09 de março de 2015; MAR, G. D. et al. Produção do milho safrinha em função de doses e épocas de aplicação de nitrogênio. Bragantia, Campinas, v. 62, n. 2, p. 267-274, 2003; MEC. A agropecuária do estado do maranhão. S/D. http://portal.mec.gov.br/setec/arquivos/pdf/agropec_ma.pdf. Acesso em: 22 de fevereiro de 2015; MONTEIRO, M. A. R. et al. Níveis de nitrogênio e lâminas de irrigação no rendimento do milho verde. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.24, n.6, p.741-749, 1989; OLIVEIRA, R. A; RAMOS, M. M. Irrigação em pequenas e médias propriedades. Viçosa: CPT, 2007; PEGORARE, A. B. et al. Irrigação suplementar no ciclo do milho "safrinha" sob plantio direto. Rev. bras. eng. agríc. ambient. vol.13 no.3 Campina Grande May/June 2009; SANTOS NETO, I. J. Cultivares de milho e lâminas de irrigação para produção de minimilho em vitória da conquista BA. Dissertação. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia. Vitória da Conquista, 2012; SHIOGA, P. S.; OLIVEIRA, E. L.; GERAGE, A. C. Densidade de plantas e adubação nitrogenada em milho cultivado na safrinha. Revista Brasileira de Milho e Sorgo, Sete Lagoas, v. 3, n. 3, p. 381-390, 2004; SILVA, M. A. et al. Efeito da lâmina de irrigação e da adubação nitrogenada na produção de grãos de milho. In: EMBRAPA. Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Semi-Árido. Pesquisa em irrigação no Trópico Semi-Árido: solo, água, planta. Petrolina; EMBRAPA, CPATSA, 1981. p.45-57(boletim de Pesquisa,4); SOUSA, R. S. Fenotipagem em milho para identificação de genótipos tolerantes à deficiência hídrica. Dissertação. Universidade Federal do Piauí: Teresina - PI, 2012. 491