III - Desenho de Sistemas Interactivos. III.5 Prototipagem

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Transcrição:

III - Desenho de Sistemas Interactivos III.5 Prototipagem Prototyping for Tiny Fingers, Marc Rettig (Artigo de Interactions Abr 94) HCI, Cap. 5, Alan Dix Interaction Design, Cap. 8, J. Preece Melhor e Pior? Mistura metáforas (Tabs + Toolbar) Toolbars devem proporcionar acesso single-click à funcionalidade Propósito das toolbars é tornar visível a informação, não escondê-la III.2 Modelos Mentais e Conceptuais II 2 IPM 2007/2008 1

Resumo da Aula Anterior Desenho Visual Agrupamento Ordenação Decoração Alinhamento Espaços em branco Cor Contraste e Princípios Texto Tipos, Legibilidade, Cor, Tamanho, Espaçamento Escrita de Texto Mensagens, Pedidos de Informação, Instruções III.2 Modelos Mentais e Conceptuais II 3 Sumário O que são protótipos? Porquê prototipar? Tipos de protótipos Cenários de Interacção Storyboards PBFs e PAFs Wizard of Oz Como se testa um PBF? Vídeo III.2 Modelos Mentais e Conceptuais II 4 IPM 2007/2008 2

O Passo Seguinte? Análise de Requisitos -Análise de Tarefas -Cenários do Problema Avaliar Desenhar -Modelo Conceptual -Cenários de Actividade Prototipar 5 O que são protótipos? Protótipo: Implementação concreta mas parcial do desenho do sistema Componentes de uma IU Esboços de ecrãs Sequência de slides (PDF ou PPT por exemplo) Vídeo simulando o uso do sistema Físicos Modelo de madeira ou plasticina (p.ex. PalmPilot) Simulacro de cartão ou cartolina Funcionais Programa com funcionalidade limitada 6 IPM 2007/2008 3

Porquê Prototipar? Obter retorno sobre desenho mais depressa Avaliação + retorno centrais no desenho de IPM Poupa tempo de desenvolvimento e Experimentar alternativas de desenho Resolver problemas antes de escrever código Manter desenho centrado nos utilizadores 7 Tarefas vs Funcionalidade Como se poupa Cortando no Nº de tarefas Reduzindo o nível de funcionalidade das tarefas Tarefas Funcionalidade Protótipos Horizontais Protos Verticais Interfac e Complet a 8 IPM 2007/2008 4

Horizontais vs Verticais Protótipo Vertical (Corta nas tarefas) Muita funcionalidade para poucas tarefas Permite testar apenas uma pequena parte do sistema completo (ex. Usando uma BD real) Funcionalidade Protótipos Horizontais Protos Verticais Tarefas Interface Completa Protótipo Horizontal (Corta na funcionalidade) Inclui a IU para todo o sistema, mas sem funcionalidade por baixo É uma simulação do sistema Permite testar toda a interface Permite avaliar como é que a interface encaixa como um todo. 9 Fidelidade na Prototipagem Fidelidade refere-se ao nível de detalhe Alta fidelidade (PAF): Protótipo assemelha-se ao produto final Baixa fidelidade (PBF): Representação artística com muitos detalhes omissos 10 IPM 2007/2008 5

Cenários de Interacção São o protótipo minimalista Descrevem uma única sessão de interacção sem flexibilidade para o utilizador Combinam limitações de protótipos horizontais Não se pode interagir com dados reais (pouca funcionalidade) e protótipos verticais Utilizadores não se podem mover livremente pelo sistema (poucas tarefas) Tipos de Protótipos 11 Cenários de Interacção Tipos de Protótipos Podem ser usados para: Desenho da IU Perceber modo como utilizadores irão interagir com futuro sistema Avaliar o desenho inicial da IU sem custos de construir um protótipo Boas ferramentas nas fases iniciais do desenho Criados e editados antes de desenhar toda a Interface Utilizador 12 IPM 2007/2008 6

Cenários de Interacção (Ex.) Tipos de Protótipos O João dirigiu-se à máquina de vender bilhetes de comboio, escolheu o seu destino carregando no botão físico da máquina correspondente ao Porto, depois seleccionou um bilhete de ida e volta carregando na opção correspondente. Quando lhe apareceu um diálogo para confirmar a informação introduzida, o João carregou no botão <OK> e o sistema passou para o ecrã de pagamento, seleccionando o João a opção de pagar com multibanco. O João passou o multibanco na ranhura e introduziu o PIN correspondente. Finalmente, o João carregou no botão <Recibo> para receber um recibo da sua operação. 13 Storyboards Tipos de Protótipos Complementam Cenários de Interacção Origem: Filmes e Animação Sequência de ecrãs para dar a ideia de como uma pessoa realiza uma dada tarefa Série de esboços que ilustram os detalhes importantes Detalhes irrelevantes são suprimidos Interacções mais importantes 14 IPM 2007/2008 7

Storyboards no Cinema As setas ajudam a compreender a acção Texto complementa informação 15 Storyboards no Cinema Muito antes do início das filmagens... 16 IPM 2007/2008 8

Storyboards nas IU Muito antes do início da codificação... 17 Storyboards nas IU 18 IPM 2007/2008 9

Silk Vídeo James Landay http://www.cs.washington.edu/homes/landay/ 19 JavaSketchIt (TFC Leic) 20 IPM 2007/2008 10

Protótipos de Alta-Fidelidade Detalhes são importantes (produto final) Percepções dos reviewers / testers? Apresentação formal sugere produto acabado Comentários sobre cores, tipos, arranjo gráfico etc. Em vez de fluxo de conversação, terminologia, etc. Tempo? Ênfase na precisão Definição de detalhes leva demasiado tempo. Criatividade? Perde-se a imagem de conjunto Tipos de Protótipos 21 Protótipos de Baixa-Fidelidade Construídos em papel Podem ser testados com utilizadores reais Permitem demonstrar comportamento da IU muito cedo no desenvolvimento Podem aumentar a qualidade das IUs Várias iterações em pouco tempo Obrigam utilizadores a pensar no conteúdo em vez da aparência Tipos de Protótipos 22 IPM 2007/2008 11

PBFs vs PAFs Interacção tem duas partes Look & Feel Elementos gráficos Sequência - Comportamento Tipo Protótipo Factor + positivo Aplicação no ciclo desenv. Custo de alterar Look&Feel Custo de alterar Sequência PBF Flexibilidade, facilidade de alterar sequência, comportamento geral Início Quase nenhum Baixo PAF Fidelidade do Look&Feel Final Baixo Alto 23 Porquê PBFs? Métodos tradicionais tomam muito tempo Esboços -> protótipo -> Avaliar -> refazer Pode simular-se o protótipo Esboços -> Avaliação -> refazer Esboços funcionam como protótipos Vocês fazem de computador Outros membros da equipa observam e registam Jogar ao faz-de-conta Mesmo não-programadores podem participar 24 IPM 2007/2008 12

Materiais Básicos p/ PBF Cartolina Papel branco Cartões pequenos Fita cola, cola branca, corrector Marcadores de várias cores Acetatos Tesouras, X-actos, etc... 25 Construir o PBF Definam prazos Não pensem muito Façam! (2h: tempo típico) Desenhem uma janela em cartolina Usem cartões para representar elementos dinâmicos (menus, caixas de diálogo, etc.) Cada cartão representa um ecrã ou janela Antecipem as respostas do utilizador Criem vários ecrãs, menus, diálogos, etc Usem fotocópias (várias versões) Não se preocupem muito com os detalhes 26 IPM 2007/2008 13

27 28 IPM 2007/2008 14

29 30 IPM 2007/2008 15

PBF Físico (Gadgets) Usem modelos físicos (esferovite, plasticina, cartolina) Dimensões e aspecto importantes Cabe na mão? Leve? Pesado? Aspectos dinâmicos simulados tb com cartolina 31 32 IPM 2007/2008 16

33 34 IPM 2007/2008 17

35 36 IPM 2007/2008 18

PBFs 37 PBF 38 IPM 2007/2008 19

Vantagens dos PBFs Toma apenas algumas horas Não requer equipamento dispendioso Podem testar múltiplas alternativas Iterações rápidas Quantas mais melhor Melhora qualidade final Praticamente qualquer interacção pode ser simulada 39 Wizard of Oz Tipos de Protótipos Sistema Faz-de-conta Do filme O feiticeiro de Oz O Homem atrás da cortina Método para testar sistemas que não existem Muito importante para características difíceis de realizar Reconhecimento de escrita, e reconhecimento de fala 40 IPM 2007/2008 20

Wizard of Oz Wizard humano simula as respostas do sistema Interpreta as entradas do utilizador de acordo com um algoritmo Controla o computador para similar as saídas apropriadas Usa IU reais ou protótipos O que o utilizador vê O Wizard 41 Preparação do Teste c/ PBF Escolher potenciais utilizadores Usem questionário para identificar características público alvo Preparar cenários de utilização Criar cenários realistas Fazer protótipo para suportar as 3 tarefas Ensaiar para evitar gatos Executar o protótipo várias vezes p/ treinar Verificar se não falta nenhum componente Quem faz de computador não deve ter dúvidas 42 IPM 2007/2008 21

Realização do teste Quatro (três) participantes desejável Mestre-de-cerimónias (opcional) Recebe utilizadores e coloca-os à vontade Facilitador Explica a interface e Conduz os testes É o único que pode falar livremente Computador Conhece o programa Simula respostas sem dar explicações Observador Anota reacções, recomendações 43 Partes do Teste Início Boas vindas, preenchimento de formulários, explicações iniciais, assegurar confidencialidade, etc. Teste Facilitador instruções claras e precisas por escrito entregues ao utilizador Facilitador extrai output do utilizador O que está a pensar agora? Pense em voz alta, etc. Observador anota reacções, sugestões, etc. (não intervém) 44 IPM 2007/2008 22

Partes do Teste Conclusão Preencher questionário pós-avaliação Façam perguntas sobre partes que deram problemas Obtenham impressões Agradeçam aos participantes Duração da sessão Cerca de uma hora Início + Teste + Conclusão 45 Avaliação dos resultados Ordenem e prioritizem observações Observações importantes? Muitos problemas na mesma área? Escrevam um relatório sobre os resultados Ordem de trabalhos para reunião sobre alterações ao desenho Alterem o desenho e repitam a experiência Até estarem satisfeitos Ou até não disporem de mais tempo... 46 IPM 2007/2008 23

Storyboards vs PBFs Storyboards <> PBFs!! Storyboard não tem flexibilidade Obriga sempre a seguir um caminho pré-definido 47 PBF 48 IPM 2007/2008 24

Conclusões Protótipos de baixa fidelidade É Fácil, É Barato,... Experimentem múltiplas alternativas Materiais simples Resultados ricos de informação ZERO linhas de código ZERO Bugs para corrigir Wizard-of-Oz para novas modalidades 49 Vídeo 50 IPM 2007/2008 25

Próxima Aula Avaliação de Usabilidade Avaliação Heurística O que é? Nº de Avaliadores Heurísticas de Usabilidade Fases da Av. Heurística Como relatar resultados da Av. Heur. Ler HCI, Cap. 9, Alan Dix 51 IPM 2007/2008 26