Compreender a interligação entre o resultado contabilístico e o resultado fiscal;

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IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO II [12101] GERAL Regime: Semestre: OBJETIVOS A presente unidade curricular visa dotar o aluno de um conhecimento abrangente da tributação das pessoas coletivas no contexto do sistema fiscal português, através de uma abordagem equilibrada entre a perspetiva prática e a análise crítica da lei, da jurisprudência e da doutrina. A par das operações básicas de quantificação do imposto nos regimes gerais e especiais, pretende-se habilitar o aluno a entender a tributação das pessoas coletivas sob os princípios estruturantes da fiscalidade nacional, comunitária e internacional, e a aplicar os conhecimentos adquiridos num ambiente profissional exigente, aliando a capacidade de dar resposta a problemas concretos à de questionar posições arreigadas e de propor soluções alternativas. RESULTADOS DA APRENDIZAGEM Pretende-se que os alunos sejam capazes de: Compreender a interligação entre o resultado contabilístico e o resultado fiscal; Distinguir as regras de tributação aplicáveis aos residentes e aos não residentes; Reconhecer e quantificar as correções fiscais aos custos e proveitos contabilístico; Compreender as obrigações de retenção na fonte e de pagamento por conta e especial por conta; Relacionar a contabilidade e a fiscalidade; Conhecer as declarações fiscais e prazos das obrigações declarativas; Ter auto confiança na resolução de problemas fiscais, ao nível pessoal ou empresarial; Estar preparado para as futuras alterações da lei e interpretar as verdadeiras consequências destas alterações; Formular e resolver problemas relativos à tributação em Portugal, encontrando respostas técnica e Cientificamente adequadas à resolução de problemas concretos; Utilizar métodos de investigação em matéria de tributação, com uma perspetiva crítica; CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS 1. O IRC no contexto dos restantes impostos do sistema fiscal português 1.1. Origem do IRC antecedentes históricos

1.2. Caraterização do Imposto 1.3. Estrutura do IRC 2. Incidência Pessoal 3. Incidência real (base do imposto) 3.1. Residentes 3.1.1. Exercem a título principal uma atividade empresarial Lucro 3.1.2. Não exercem a título principal uma atividade empresarial Rendimento global 3.2. Não residentes 3.2.1. Com estabelecimento estável Lucro 3.2.2. Sem estabelecimento estável Taxas liberatórias 4. Extensão da obrigação de imposto (territorialidade) 4.1. Entidades residentes 4.2. Entidades não residentes 4.2.1. Rendimentos obtidos em território português (referência às taxas liberatórias) 4.2.2. Conceito de estabelecimento estável 5. Transparência fiscal 6. Período de tributação 7. Isenções 8. Definição da matéria coletável 8.1. Entidades residentes que exercem a título principal atividades empresariais 8.1.1. Esquema de cálculo do IRC do resultado contabilístico ao resultado fiscal 8.1.2. Determinação do lucro tributável 8.1.3. Correções fiscais 8.1.4. Dedução de prejuízos fiscais 8.2. Entidades residentes que não exercem a título principal uma atividade empresarial 8.2.1. Determinação do Rendimento Global 8.2.2. Imputação de Custos comuns e outros

8.3. Entidades não residentes 8.3.1. Com Estabelecimento Estável 8.3.2. Sem Estabelecimento Estável 9. Taxas 9.1. Taxas gerais 9.2. Taxas liberatórias 9.3. Tributação autónoma 10. Liquidação e deduções à coleta 11. Cálculo da Derrama 12. Retenção na fonte (dispensa de retenção) 13. Pagamento do imposto 13.1. Pagamento do imposto devido a final 13.2. Pagamentos por conta 13.3. Pagamento especial por conta 14. Obrigações acessórias 14.1. Dos sujeitos passivos (declarativas e de escrituração) 14.2. De entidades públicas e privadas 15. Fiscalização e garantias dos contribuintes 16. Situações e regimes especiais (preços de transferência, correções ao valor de transmissão dos direitos reais sobre imóveis, imputação de lucros de sociedades não residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado, subcapitalização, regime especial de tributação dos grupos de sociedades, transformação de sociedades, fusões, cisões e liquidação de sociedades). BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA Autoridade Tributária e Aduaneira (2015); IRC 2014 - Manual de Preenchimento do Quadro 07 da Declaração de Rendimentos Modelo 22 in http://info.portaldasfinancas.gov.pt/nr/rdonlyres/fb6cb26b-d8b3-44abaf99-157215322f09/0/manual_q_07_mod22.pdf Caiado, António C. Pires (2013) As obrigações das sociedades comerciais em sede de IRC. Carlos, Américo Brás; Abreu, Irene; Durão, João Ribeiro; Pimenta, Maria Emília (2009).

Guia dos Impostos em Portugal, Edição Quid Juris. Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (CIRC). Estatuto dos Benefícios Fiscais (EBF). Ferreira, Lurdes (2008); IRC manual prático; Lidl. Morais Rui Duarte (2007). Apontamentos ao IRC, Almedina, Coimbra. PWC (2015); Coletânia Tributária anotada; Texto Ed. Regime das Depreciações e Amortizações (RDA). DEMONSTRAÇÃO DA COERÊNCIA DOS CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS COM OS OBJETIVOS DA UC A análise dos diplomas fiscais, quer do ponto de vista teórico quer vista numa perspetiva prática de resolução de situações das empresas, promovendo o espírito crítico, potencia o objectivo de formação de profissionais com sólida formação teórica aliada a uma capacidade de resolução dos problemas reais das empresas. Como futuros profissionais da área da Contabilidade e da Fiscalidade, os alunos deverão conhecer aprofundadamente o regime de tributação das pessoas coletivas e sua aplicação num contexto nacional e internacional. Neste contexto, os conteúdos programáticos foram definidos tendo por base, os objectivos que se pretendem alcançar, bem como as competências a serem adquiridas pelos estudantes. Existindo já alguma harmonização da tributação do rendimento a nível da EU, a abordagem terá que incidir também nas relações transnacionais, tendo em conta as operações realizadas pelas entidades e onde exercerão a sua actividade, conhecendo os seus direitos e deveres, os prazos e formalidade associados ao seu cumprimento bem como os meios para reagir em caso de discordância com a actuação das entidades fiscais. Em cada um dos domínios de abordagem se tem como objectivo o desenvolvimento de um espírito crítico e de iniciativa para que os alunos que exerçam ou venham a exercer actividade na área contabilístico-fiscal sejam capazes de identificar as melhores práticas e, com autonomia, saber aplicá-las à realidade própria de cada entidade. METODOLOGIAS DE APRENDIZAGEM A análise dos diplomas fiscais, quer do ponto de vista teórico quer vista numa perspetiva prática de resolução de situações das empresas, promovendo o espírito crítico, potencia o objectivo de formação de profissionais com sólida formação teórica aliada a uma capacidade de resolução dos problemas reais das empresas. Como futuros profissionais da área da Contabilidade e da Fiscalidade, os alunos deverão conhecer aprofundadamente o regime de tributação das pessoas coletivas e sua aplicação num contexto nacional e internacional. Neste contexto, os conteúdos programáticos foram definidos tendo por base, os objectivos que se pretendem alcançar, bem como as competências a serem adquiridas pelos estudantes. Existindo já alguma harmonização da tributação do rendimento a nível da EU, a abordagem terá que incidir também nas relações transnacionais, tendo em conta as operações realizadas pelas entidades e onde exercerão a sua actividade, conhecendo os seus direitos e deveres, os prazos e formalidade associados ao seu cumprimento bem como os meios para reagir em caso de discordância com a actuação das entidades fiscais. Em cada um dos domínios de abordagem se tem como objectivo o desenvolvimento de um espírito crítico e de iniciativa para que os alunos que exerçam ou venham a exercer actividade na área contabilístico-fiscal sejam capazes de identificar as melhores práticas e, com autonomia, saber aplicá-las à realidade própria de cada entidade. DEMONSTRAÇÃO DA COERÊNCIA DAS METODOLOGIAS DE APRENDIZAGEM COM OS OBJETIVOS DE ENSINO/APRENDIZAGEM DA UC Serão desenvolvidos esforços no sentido de preparar e incentivar os alunos a desenvolver e aplicarmecanismos de consulta e de pesquisa que permitam, de um modo consciente e rigoroso, encarar as questões fiscais de forma adequada. Desta forma, será proposta aos alunos a realização de exercícios práticos à medida que as matérias vão sendo desenvolvidas. Será aplicado, nesta disciplina, o sistema de aulas teórico-práticas, em que, numa primeira fase, se optará por dar primazia ao magistério do docente, o

qual será sempre permeável a sugestões dos alunos, incentivando a sua participação. Sempre que possível, a apresentação teórica será complementada por exemplos pra?ticos que ajudem a melhor compreensão da mate?ria tratada. Num segundo momento serão tratadas situações práticas relacionadas com a matéria leccionada, promovendo-se a intervenção dos alunos, sob a forma de resolução de exercícios práticos, esclarecimentos e diálogo com os alunos. Os alunos são estimulados a participar activamente no decorrer das aulas.