A Lei das Finanças Locais
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- Vítor Gabriel Aldeia Paiva
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1 A Lei das Finanças Locais (António Américo Pinto Coelho) KPMG EM PORTUGAL 1 Na vigência da Lei n.º 42/98 (artigo 18.º): Redacção do artigo 18.º: Os municípios podem lançar anualmente uma derrama, até ao limite máximo de 10% sobre a colecta do IRC, que proporcionalmente corresponda ao rendimento gerado na sua área geográfica por sujeitos passivos que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola. Princípios gerais de tributação Taxa de derrama: até 10% Base de incidência: colecta do IRC do grupo (após dedução de prejuízos fiscais reportáveis) Critério de repartição: proporção da massa salarial de cada município (com referência a todas as sociedades que pertencem ao Grupo). 2
2 Na vigência da Lei n.º 42/98 (artigo 18.º): Exemplo: Lucro tributável / (Prejuízo fiscal): (A) e -200 (B) Lucro tributável do Grupo: 800 ( ) Derrama total: 0 Derrama Lisboa: 0 Derrama Beja: 0 3 Redacção do artigo 14.º: Os municípios podem deliberar lançar anualmente uma derrama, até ao limite máximo de 1,5% (10%) sobre o lucro tributável sujeito e não isento de (a colecta do) IRC, que (proporcionalmente) corresponda à proporção do (ao) rendimento gerado na sua área geográfica por sujeitos passivos residentes em território português que exerçam, a título principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agrícola e não residentes com estabelecimento estável nesse território. Objectivos da alteração do regime de tributação: Evitar que a derrama deixasse de ser liquidada quando existissem prejuízos fiscais reportáveis de exercícios anteriores Esclarecer que os não residentes com estabelecimento estável em território português se encontram sujeitos a derrama 4
3 Princípios gerais de tributação Taxa de derrama: até 1,5% (até 10%) Base de incidência: lucro tributável (colecta) do IRC do grupo antes da (após) dedução de prejuízos fiscais reportáveis Critério de repartição: proporção da massa salarial de cada município (com referência a todas as sociedades que pertencem ao Grupo). 5 Exemplo: Lucro tributável / (Prejuízo fiscal): (A) e -200 (B) Lucro tributável do Grupo: 800 ( ) Derrama total: 12 (1,5% 800) Derrama Lisboa: 3 (25% 12) Derrama Beja: 9 (75% 12) 6
4 Ofício-circulado n.º : Redacção: Se é verdade que nas declarações periódicas individuais não há um verdadeiro apuramento de colecta, o mesmo já não se pode dizer relativamente ao lucro tributável. Com efeito, cada sociedade apura um lucro tributável na sua declaração individual. Assim, para as sociedades que integram o perímetro do grupo abrangido pelo regime especial de tributação de grupos de sociedades, a derrama deverá ser calculada e indicada individualmente por cada uma sociedades na sua declaração, sendo preenchido, também individualmente, o Anexo A, se for caso disso. 7 Princípios gerais de tributação Taxa de derrama: até 1,5% (até 10%) Base de incidência: lucro tributável de cada sociedade (colecta) do grupo antes da (após) dedução de prejuízos fiscais reportáveis Critério de repartição: proporção da massa salarial de cada município (com referência a cada sociedade (a todas as sociedades) que pertence(m) ao Grupo). 8
5 Exemplo 1: Lucro tributável / (Prejuízo fiscal): (A) e -200 (B) Lucro tributável do Grupo: 800 ( ) Derrama total: 15 (aumento de 3) Derrama Lisboa: 15 (aumento de 12) Derrama Beja: 0 (redução de 12) 9 Exemplo 2: Lucro tributável / (Prejuízo fiscal): (A) e (B) Lucro tributável do Grupo: ( ) Derrama total: 30 (aumento de 0) Derrama Lisboa: 15 (aumento de 7,5) Derrama Beja: 15 (redução de 7,5) 10
6 Objectivos da alteração: Evitar que a derrama deixasse de ser liquidada quando existissem prejuízos fiscais reportáveis de exercícios anteriores Esclarecer que os não residentes com estabelecimento estável em território português se encontram sujeitos a derrama?acabar com a repartição da receita da derrama pelos municípios de todas sociedades que integram um grupo sujeito ao RETGS??Afastar a forma de apuramento da derrama do cálculo do IRC no seio dos grupos sujeitos ao RETGS? 11 Lei n.º 2/2007(artigo 14.º): Aspectos a ponderar: O princípio subjacente à alteração da forma de cálculo da derrama (em função da massa salarial de cada município ao invés do critério da sede) Preâmbulo do Decreto-Lei n.º 37/93, de 13 de Fevereiro: a alteração teve por objectivo uma mais justa distribuição dos recursos financeiros entre municípios A derrama enquanto imposto acessório do IRC O artigo 14.º da Lei n.º 2/2007, ao criar uma nova regra de incidência que conduz à liquidação da derrama mesmo na ausência de IRC a pagar, pretendeu acabar com a acessoriedade da derrama face ao IRC? 12
7 Lei n.º 2/2007(artigo 14.º): Aspectos a ponderar: A Derrama incide sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC O lucro tributável individual pode não corresponder igualmente a um verdadeiro apuramento do lucro tributável já que, o mesmo pode contemplar rendimentos isentos de IRC na esfera do Grupo (dividendos de sociedades do Grupo não abrangidos pelo n.º 1 do artigo 46.º do Código do IRC) 13 A informação contida neste documento é de natureza geral e não se aplica a nenhuma entidade ou situação particular. Apesar de fazermos todos os possíveis para fornecer informação precisa e actual, não podemos garantir que tal informação seja precisa na data em que for recebida/conhecida ou que continuará a ser precisa no futuro. Ninguém deve actuar de acordo com essa informação sem aconselhamento profissional apropriado para cada situação específica KPMG & Associados - S.R.O.C., S.A., a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG Internacional, uma cooperativa suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal. A KPMG e o logótipo da KPMG são marcas registadas da KPMG Internacional. ANO (inserir empresa*), a firma portuguesa membro da rede KPMG, composta por firmas independentes afiliadas da KPMG Internacional, uma cooperativa suíça. Todos os direitos reservados. Impresso em Portugal. A KPMG e o logótipo da KPMG são marcas registadas da KPMG Internacional.
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