PROJETO CICLO DA CIDADANIA



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Sugestões e críticas podem ser encaminhadas para o nape@ufv.br CONSIDERAÇÕES INICIAIS:

Transcrição:

Marília SP CFP 9.27 PROJETO CICLO DA CIDADANIA 2008 / 2011 Página 1 de 22

Projeto Ciclo da Cidadania 2008/2011 2008 Projeto elaborado pela Pedagógica com a cooperação de funcionários e alunos. Pedagógica Emerson da Silva dos Santos Revisão Bibliográfica Elaine da Silva Revisão Gramatical Eliana de Lima Pastana Ciclo da Cidadania., SP, 2008. p. 1. Educação Ensino Formação de alunos I. Título - Centro Telefone/fax (14) 3413-4455 e-mail: senaimarília@sp.senai.br site: www.sp.senai.br/marília Página 2 de 22

SUMÁRIO Página 1 Introdução... 04 2 Justificativa... 05 3 Objetivos do Projeto... 05 4 Diretrizes... 06 4.1 Aprender a Conhecer Marketing Pessoal... 07 4.2 Aprender a Fazer Responsabilidade Social... 09 4.3 Aprender a Conviver Ética e Liderança... 11 4.4 Aprender a Ser Cidadania e Qualidade de Vida.. 12 5 Escola para a Cidadania... 14 6 Linhas de Ação Estratégica... 15 6.1 Palestras, atividades em sala... 15 6.2 Visitas de Complementação de Estudos... 16 6.3 Filmes com foto de evento realizado... 17 6.4 Imagens... 18 6.5 Filmes... 19 7 Avaliação do Projeto... 20 8 Conclusão... 21 9 Referências... 21 10 Controle de revisões... 22 Página 3 de 22

1 INTRODUÇÃO Este projeto Ciclo da Cidadania, cujo objetivo é aperfeiçoar a formação profissional, partiu de um repensar sobre a prática educativa desenvolvida e busca embasamento teórico e planejamento de ação educativa, considerando a especificidade da instituição e as características da comunidade em que está inserido. Para a construção deste projeto buscamos desenvolver identidade própria tendo como base a atuação pedagógica consistente e participativa. Trata-se de um trabalho efetivo que visa a construir um espaço de convivência para trocas de experiências, formação para a cidadania e qualificação para o trabalho. A concepção teórica que o alicerça se baseia na prática de construção de saberes, representada por Jacques Delors, preconizado na Proposta Pedagógica do SP, tendo em vista uma prática educativa de formação integral. Nesta perspectiva, a práxis educativa deve evoluir no dia-a-dia, impulsionada pelos educandos na busca de compreensão e significação do mundo. Essa prática exige um planejar e replanejar constantes, registrando as ações para que se consiga realizar uma leitura de mundo perspicaz. Isso permite aos educadores descobrir competências e saberes já desenvolvidos pelo educandos e os que ainda precisam ser desenvolvidos. Aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a viver juntos, aprender a conviver e, finalmente, aprender a ser são objetivos do projeto Ciclo da Cidadania a ser desenvolvido na escola. Página 4 de 22

2 JUSTIFICATIVA O próximo século submeterá a educação a uma dura obrigação que pode parecer, à primeira vista, quase contraditória, em função da circulação e armazenamento de informações que estão disponíveis como nunca antes visto. A educação deve transmitir, de forma maciça e eficaz, cada vez mais saberes e saber-fazer evolutivos, adaptados à civilização cognitiva, pois são as bases das competências do futuro. Simultaneamente, compete-lhe encontrar e assinalar as referências que impeçam as pessoas de ficarem submergidas nas ondas de informações, mais ou menos efêmeras, que invadem os espaços públicos e privados e as levem a orientar-se para projetos de desenvolvimento individuais e coletivos. À educação cabe fornecer, de algum modo, os mapas de um mundo complexo e constantemente agitado e, ao mesmo tempo, a bússola que permita navegar por dele. Nessa visão prospectiva, uma resposta puramente quantitativa à necessidade insaciável de educação uma bagagem escolar cada vez mais pesada já não é possível nem mesmo adequada. Não basta, de fato, que cada um acumule no começo da vida uma determinada quantidade de conhecimentos de que possa abastecer-se indefinidamente. É, antes, necessário estar à altura de aproveitar e explorar, do começo ao fim da vida, todas as ocasiões de atualizar, aprofundar e enriquecer estes primeiros conhecimentos, e de se adaptar a um mundo de mudanças. Eis, então, o porquê deste projeto. 3 OBJETIVOS DO PROJETO Para poder dar resposta ao conjunto das suas missões, a educação deve organizar-se em torno de quatro aprendizagens fundamentais que, ao longo de toda a vida, serão de algum modo para cada indivíduo, os pilares do conhecimento: - aprender a conhecer, isto é adquirir os instrumentos da compreensão; - aprender a fazer, para poder agir sobre o meio envolvente; - aprender a viver juntos (conviver), a fim de participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; - aprender a ser, via essencial que integra os três precedentes. Esse projeto complementa as ações preconizadas na Proposta Pedagógica da Escola que tem como objetivo principal: Preparar o educando para o exercício pleno da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Página 5 de 22

4 DIRETRIZES DO PROJETO Este projeto, junto ao educando, visa a: - desenvolver capacidades: cognitiva, física, afetiva, de relação interpessoal, estética, ética, de inserção social, tendo como pilares aprender a conhecer, aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a ser, trabalho realizado por meio de discussões acerca dos temas: Marketing Pessoal (aprender a conhecer), Responsabilidade Social (aprender a fazer), Ética e Liderança Profissional (aprender a conviver) e Cidadania e Qualidade de Vida (aprender a ser). Como esse trabalho é cíclico não será determinado começo, meio ou fim, já que será desenvolvido durante dois anos nos Cursos e Técnico. Como são assuntos complementares, cada tema poderá ser tratado em qualquer termo, pois são amplos. A didática será interativa num clima de reflexão em que toda a comunidade escolar seja envolvida. Página 6 de 22

4.1 - APRENDER A CONHECER Marketing Pessoal Aprender para conhecer supõe, antes de tudo, aprender a aprender, exercitando atenção, a memória e o pensamento. Desde a infância, sobretudo nas sociedades dominadas pela imagem televisiva, o jovem deve aprender a prestar atenção às coisas e às pessoas. A sucessão muito rápida de informações mediatizadas, o zapping tão freqüente, prejudicam de fato o processo de descoberta, que implica duração e aprofundamento de apreensão. O exercício da reflexão necessário ao auto-conhecimento. Marketing Pessoal é a ferramenta mais eficiente de fazer com que pensamentos e atitudes, apresentação e comunicação trabalhem a favor do indivíduo no ambiente profissional. Além desses detalhes o cuidado com a ética e a capacidade de liderar, a habilidade de se auto-motivar e de motivar as pessoas à sua volta, também fazem parte do Marketing Pessoal. As empresas de hoje analisam muito mais que experiência profissional. A preocupação com o capital intelectual e a ética, são fundamentais na definição do perfil daqueles que serão parceiros/colaboradores. Sobre esse assunto, alguns detalhes merecem atenção especial: estar sempre pronto e capacitado para enfrentar mudanças; ter consciência da importância da atitude para a concretização de objetivos; saber focar os problemas e controlar a preocupação e os sentimentos de frustração e angústia; entender e acreditar a própria capacidade de realização e de superação de obstáculos; manter-se motivado; usar uma forma gentil e atenciosa de tratar as pessoas, de forma que ela trabalhe como seu diferencial; seja absolutamente pontual; Página 7 de 22

preocupe-se com a objetividade e a honestidade para que você não seja traído com detalhes de menor importância; observe com cuidado a roupa que vai usar, adequando-a cuidadosamente à situação e ambiente; ela pode abrir ou fechar portas; preocupe-se com o seu linguajar, seu gestual e com o tom da sua voz. Evite gírias ou expressões chulas, controle suas mãos e braços, fale baixo e devagar; controle suas emoções mas não as anule, elas são muito importantes para mostrar o seu envolvimento ou comprometimento com o tema que está sendo tratado; cuidado com o uso do celular; não fale demais nem de menos. Página 8 de 22

4.2 - APRENDER A FAZER Responsabilidade Social Aprender a conhecer e aprender a fazer são, em larga medida, indissociáveis. Mas a segunda aprendizagem está mais estreitamente ligada à questão da formação profissional: como ensinar o educando a pôr em prática os seus conhecimentos e, também, como adaptar a educação ao trabalho futuro quando não se pode prever qual será a sua evolução? Aprender a fazer não pode, pois, continuar a ter o significado simples de preparar alguém para uma tarefa material bem determinada, como fabricar alguma coisa. Como conseqüência, as aprendizagens devem evoluir e não podem mais ser consideradas como simples transmissão de práticas mais ou menos rotineiras, embora estas continuem a ter um valor formativo, que não podemos desprezar. O progresso técnico modifica, inevitavelmente, à medida que as qualificações são exigidas pelos novos processos de produção. As tarefas puramente físicas são substituídas por tarefas de produção mais intelectuais, mais mentais, como as de comando de máquinas, de estudo e de organização. Nesse contexto, a grande questão educacional será como proporcionar situações de aprendizagem no ambiente escolar para que o educando possa transcender os saberes e os conhecimentos para uma prática social justa, focada no bem estar da comunidade em que está inserido, deixando de lado gostos particulares e vontades pessoais, em busca de uma atitude voluntária da busca do bem e da ética. É preciso, portanto, que a escola demonstre qual é o seu papel na construção de uma sociedade mais humanitária e de responsabilidade social. As escolas precisam compreender que responsabilidade social não é simplesmente fazer doação de dinheiro ou bens materiais em favor de pessoas ou instituições que trabalhem com causas sociais. Não é dar aula de inglês para moradores Página 9 de 22

de favelas só porque se é dono de escolas de inglês; não é fazer campanhas para arrecadar roupas ou alimentos não perecíveis e entregá-los as instituições de pessoas carentes. Isso é filantropia. Responsabilidade Social é muito mais que isso, é o compromisso da escola em contribuir com o desenvolvimento, o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos seus alunos, suas famílias e a comunidade em que está inserida; começa com o respeito aos que trabalham e estudam na organização, aos seus valores, às culturas e às crenças. Com o respeito às condições de trabalho e estudo oferecidas pela própria organização. Continua com a preocupação em participar como membro da vida da comunidade local, da cidade, do país, do planeta. Não é tarefa simples, pois exige radical mudança de mentalidade das pessoas envolvidas na prática pedagógica. Página 10 de 22

4.3 - APRENDER A CONVIVER Ética e Liderança Profissional Sem dúvida, esta aprendizagem representa, hoje em dia, um dos maiores desafios da educação. O mundo atual é, muitas vezes, um mundo de violência que se opõe à esperança posta por alguns no progresso da humanidade. A história humana sempre foi conflituosa, mas há elementos novos que acentuam o problema e, especialmente, o extraordinário potencial de autodestruição criado pela humanidade no decorrer do século XX. Que fazer para mudar a situação? A experiência mostra que, para reduzir o risco, não basta pôr em contato e em comunicação membros de grupos de diferentes etnias ou religiões, por exemplo. Se, no seu espaço comum, estes diferentes grupos já entram em competição ou se o seu estatuto é desigual, um contato deste gênero, pode pelo contrário, agravar ainda mais as tensões latentes e degenerar conflitos. Pelo contrário, se este contato se fizer num contexto igualitário, e se existirem objetivos e projetos em comuns, os preconceitos e a hostilidade latente podem desaparecer e dar lugar a uma cooperação mais serena e ética. Partindo do pressuposto de que a convivência ética é um exercício de reflexão e ação, entendemos que ser ético é, entre outras coisas, agir com respeito, solidariedade, responsabilidade, justiça, não-violência; usar o diálogo nas mais diferentes situações e comprometer-se com o que acontece na vida coletiva da comunidade e do país. Esses valores e essas atitudes precisam ser aprendidos e desenvolvidos pelos estudantes e, portanto, podem e devem ser ensinados na escola. Página 11 de 22

4.4 - APRENDER A SER Qualidade de Vida e Cidadania A comissão que definiu os Quatro Pilares da Educação reafirmou um princípio fundamental: a educação deve contribuir para o desenvolvimento total da pessoa corpo, inteligência, sensibilidade, sentido estético, ético e responsabilidade pessoal e profissional. Todo ser humano deve ser preparado, especialmente pela educação que recebe na juventude, para elaborar pensamentos autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de modo a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida. Mais do que nunca o papel essencial da educação é conferir a todos seres humanos liberdade de pensamento, discernimento, sentimentos e imaginação de que necessitam para desenvolver talentos e permanecerem, tanto quanto o possível, dono do próprio destino. Para isso, convém, pois, oferecer aos jovens em todas as ocasiões descoberta e experimentação sobre estética, ética, artística, desportiva, ambiental, científica, cultural e social para que eles desenvolvam a imaginação e a criatividade. A educação deveria, também, revalorizar a cultura oral e os conhecimentos do povo retirados pelo poder mediático, onde veio acentuar as diferenças sociais e ideológicas atuais, onde a globalização tem um papel de disseminar uma cultura reinante, única e verdadeira para todo o mundo. Os Parâmetros Curriculares Nacionais sinalizam que a educação escolar deve possibilitar que os alunos sejam capazes de: compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos, civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si o mesmo respeito; Página 12 de 22

posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas. A formação integral do cidadão não diz respeito apenas a atitudes e valores, mas também a conteúdos, considerados na sua totalidade. Na verdade, fatos, conceitos, procedimentos de todas as áreas de ensino estão intimamente ligados aos valores e atitudes humanas. Desse modo, a vida da escola, seja ela na sala de aula, nas reuniões de professores, nos encontros com os pais, seja nos trabalhos feitos pelos alunos respira ética, mesmo se a escola tem atitudes pouco éticas, ou até quando o grupo não tem consciência desse fato. Página 13 de 22

5 ESCOLA PARA CIDADANIA A escola optou por uma educação para a ética a fim de preparar o educando para o equilíbrio de aceitar que não devem prevalecer as vontades individuais e que o bom senso determinará o ponto consensual. Isso é ética um código, uma opção comum, um interesse de todos para que o que é de todos seja preservado, que o bem seja buscado e cada um entenda que acima de seus caprichos há uma humanidade. O cidadão consciente sabe como usar e se comportar em lugares públicos ou privados. É preciso respeitar os espaços e as pessoas. A cidadania não é um direito solitário, é arte da convivência social. Acreditamos que o acesso à informação e à educação conduz a uma forma de viver mais harmônica. O grande desafio é convencer o educando a deixar de lado os prazeres e gostos individuais em benefício do bem comum, da boa convivência, da responsabilidade partilhada, na esperança de um mundo cada vez melhor para esta e para as gerações que virão. A ganância, em qualquer profissão ou ocupação, é obstáculo para o exercício da cidadania. Quem tudo quer não se preocupa com o outro, acaba se trancafiando em seus interesses e fazendo mal a si e ao semelhante porque também não foi educado para viver eticamente. A garantia do futuro ou da vida não se dá apenas com o dinheiro, se dá com a dignidade, a tranqüilidade de não ter feito mal a outrem e de poder olhar para os filhos, para os pais ou para os amigos sem baixar os olhos, pois se está com a consciência em paz. Eis os princípios básicos da construção da cidadania: - educar para a convivência pacífica, harmônica e feliz; - educar para o respeito, a troca de experiências, o exemplo no trato com o outro e consigo mesmo; - educar para que todas as dificuldades sejam enfrentadas com determinação. Página 14 de 22

6 LINHAS DE AÇÃO ESTRATÉGICA As linhas de ação contidas neste projeto estão divididas em áreas específicas, dentre elas constam: 6.1 Palestras e atividades em sala Realizadas na escola semestralmente, em todo início de período letivo, abordando os temas relacionados aos Quatro Pilares, por meio de apresentações, textos, músicas, filmes, documentários, jornais. Uma leitura do mundo feita com a ajuda de atividades diferenciadas, desenvolvidas durante o semestre letivo, com todas as turmas. Aprender a Conhecer Aprender a Fazer Aprender a Conviver Aprender a Ser Página 15 de 22

6.2 Visitas de Complementação de Estudos Tais atividades devem proporcionar ao educando uma visão mais próxima da realidade profissional e social em que está inserido. Se a essência do aprendizado de valores está na discussão de situações reais para o desenvolvimento de competências, as visitas geram o ponto inicial para alguns processos interessantes, criando a visão de primeira mão que dará origem a um processo de discussão e elaboração conceptual. Mas note bem, não é a visita que ensina. A visita é apenas o início para criar um clima de discussão aberta em torno do tema. As visitas serão direcionadas com os objetivos de observação: - profissional empresa do ramo ligada à formação do educando; - social creche, asilo ou associação beneficente que visam a estimular a solidariedade e o respeito ao próximo; - ambiental reserva ambiental, bosque, zoológico, tratamento de saneamento básico, com intuito de estimular a percepção de crescimento global e sustentável na cadeia produtiva. Página 16 de 22

6.3 Fotos de eventos realizados "Fotografia é imagem. Mas não apenas. Ela é o tempo detido, é a memória. É a evidência da luz que incidiu sobre um objeto específico, num lugar específico, num momento específico. Se por um lado isso soa como uma limitação, por outro é o próprio mistério da fotografia. Aquilo que vemos numa foto aconteceu. Às vezes de uma maneira que não sabemos como ou por que - a fotografia não explica. Mas aqueles objetos e pessoas que se gravaram sobre o filme e hoje são imagens, ontem existiram. É isso que estimula nossa imaginação." Clóvis Loureiro (s.d). A linguagem da fotografia. São Paulo NIGRO ALUMÍNIO CASA ABERTA MARÍLIA ATIVIDADES ESCOLA BRÁS PROADE BOSQUE MUNICIPAL MARÍLIA Página 17 de 22

6.4 Imagens Em momentos oportunos serão apresentadas imagens e feitas reflexões juntamente com os alunos, pois, cada uma traz consigo, princípios, valores, objetivos, idéias que serão ponto de partida e apoio para o desenvolvimento do Projeto Ciclo da Cidadania. As imagens não são armazenadas sob forma de coisas, acontecimentos ou palavras. O nosso cérebro não arquiva fotografias de pessoas nem armazena filmes de nossa vida. O nosso cérebro faz, antes, uma interpretação, uma nova versão reconstruída do original. Temos, no entanto a sensação de que podemos evocar nos olhos ou ouvidos de nossa mente, imagens aproximadas daquilo que tivemos como experiência anterior. Elas podem ser sonoras ou visuais, gustativas, olfativas, mas predominantemente visuais. CIDADÃO QUALIFICADO PROFISSIONALMENTE SLIDE PROJETO Sintetiza todo o trabalho de maneira simples e objetiva. CAMINHO Representa o caminho da educação a ser trilhado. OBJETIVO Objetivo geral da Escola, formar o cidadão qualificado profissionalmente VALORES Esses valores estarão em reflexão constante nos trabalhos e no dia-a-dia das atividades escolares com o intuito de o aluno apropriar-se deles para seu crescimento pessoal e profissional. Página 18 de 22

6.5 Filmes Em momentos oportunos serão apresentados filmes em cada termo buscando complementar as reflexões realizadas em sala de aula. TERMOS FILMES TEMAS 1º TERMO WALL E Meio Ambiente O DIABO VESTE PRADA Marketing Pessoal CHICO XAVIER 2º TERMO LILO & STITCH Responsabilidade Social e Bullying ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS 3º TERMO A FUGA DAS GALINHAS Ética e Liderança O PODER ALÉM DA VIDA 4º TERMO VIDA DE INSETO Cidadania e Qualidade de Vida Página 19 de 22

7 AVALIAÇÃO DO PROJETO A escola deve estar em consonância com as demandas atuais da sociedade, assim sendo, é necessário que trate de questões que interfiram na vida dos alunos e com as quais se vêem confrontados no seu dia-a-dia. Os objetivos do Projeto Ciclo da Cidadania, por se tratar de Temas Transversais, comportam uma primeira parte em que se discute a sua necessidade para que a escola possa cumprir sua função social. Os valores mais gerais e unificadores que definem todo o posicionamento relativo às questões sociais serão tratados no desenvolvimento dos temas (ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde, orientação sexual, valorização da vida). Assim, o objetivo da avaliação não é a atribuição de notas ou menções e sim uma avaliação qualitativa que visa a verificar pelos trabalhos expostos, relatórios, seminários, teatros, produção de textos, filmes, reflexões, atitudes em que perceberemos se os alunos são capazes de: - compreender a cidadania como participação social e política, assim como exercício de direitos e deveres políticos e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade e cooperação, respeitando o outro; - posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões; - perceber-se integrante, dependente e agente transformador do ambiente, identificando seus elementos e as interações entre eles, contribuindo ativamente para a melhoria do meio ambiente; - desenvolver o conhecimento ajustado de si mesmo e o sentimento de confiança em suas capacidades afetiva, física, cognitiva, ética, de inter-relação pessoal e agir com perseverança na busca de conhecimento e no exercício da cidadania; - conhecer o próprio corpo e dele cuidar, valorizando e adotando hábitos saudáveis como um dos aspectos básicos da qualidade de vida e agindo com responsabilidade em relação à sua saúde e à saúde coletiva; - utilizar as diferentes linguagens verbal, matemática, gráfica, plástica e corporal como meio para produzir, expressar e comunicar suas idéias, interpretar e usufruir as produções culturais; - estimular a criatividade e a liderança; Página 20 de 22

- compreender o processo de envelhecimento, ao respeito e à valorização do idoso, de forma a eliminar o preconceito e a produzir conhecimentos sobre a matéria. 8 - CONCLUSÃO Queremos desenvolver ética, moral e civismo na escola. Há suficientes evidências que tais valores se aprendem na escola pelo que ela é, pratica no seu funcionamento cotidiano. Portanto, civismo e comportamento ético são assuntos da escola como um todo, não de disciplinas estanques que tentam ensiná-las especificamente. Para desenvolver valores como respeito, auto-conhecimento, responsabilidade, amizade, justiça e solidariedade, a literatura torna-se uma boa aliada para o desenvolvimento do projeto Ciclo da Cidadania. Sendo assim, esta proposta educativa respeita e valoriza a diversidade como fonte de crescimento, difundindo o diálogo, o intercâmbio, a tolerância, a solidariedade, a esperança e o compromisso com a construção de um mundo e de uma escola onde toda pessoa possa desenvolver seus saberes e suas competências na construção de sua identidade e na busca de uma sociedade mais justa e humana. 9 REFERÊNCIAS DELORS, Jacques Educação, um tesouro a descobrir: Jacques Delors. São Paulo, UNESCO/MEC/Cortez, 1998, capítulo 4. GOOGLE Internet,Ilustrações do Projeto Ciclo da Cidadania. LEI Nº 9394 de 20 de Dezembro de educação Nacional. 1996. Estabelece as diretrizes e base da MEIER, Marcos, 1961 Mediação da aprendizagem: contribuições de Feuerstein e de Vygotsky / Marcos Méier, Sandra Garcia. Curitiba: Edição do autor, 2007. PARECERES do Conselho Nacional de Educação: Parecer CNE/CEB Nº 3/97. Os Parâmetros Curriculares Nacionais. PERRENOUD, Philippe Dez novas competências para ensinar / Philippe Perrenoud; trad. Patrícia Chittoni Ramos. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000. PERRENOUD, Philippe Ensinar: agir na urgência, decidir na incerteza / Philippe Perrenoud; trad. Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2001. REGIMENTO Comum das unidades escolares Senai Parecer CEE Nº 528/98 (DOE Nº 188, 02/10/98 p.13). RESOLUÇÃO RE 40/00, de 22 de dezembro de 2000. Página 21 de 22

10 CONTROLE DE REVISÕES VERSÃO DATA NATUREZA DA ALTERAÇÃO 01 01/11/2008 Projeto Ciclo da Cidadania 02 01/01/2011 Inserção de filmes no Projeto A arte de bem ensinar, precisa ser inspirada por uma fé apaixonada na necessidade de se lutar para criar um mundo melhor Henry Giroux Página 22 de 22