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Transcrição:

DESEMPENHO DA VALE EM 2015

www.vale.com rio@vale.com Tel.: (55 21) 3814-4540 Departamento de Relações com Investidores Rogério T. Nogueira André Figueiredo Carla Albano Miller Fernando Mascarenhas Andrea Gutman Bruno Siqueira Claudia Rodrigues Mariano Szachtman Renata Capanema BM&F BOVESPA: VALE3, VALE5 NYSE: VALE, VALE.P HKEx: 6210, 6230 EURONEXT PARIS: VALE3, VALE5 LATIBEX: XVALO, XVALE

Desempenho da Vale em 2015 Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2016 A Vale S.A. (Vale) obteve um sólido desempenho operacional, alcançando diversos recordes anuais de produção em 2015, tais como: (a) oferta anual de minério de ferro de 345,9 Mt; (b) produção de Carajás de 129,6 Mt; (c) produção de níquel de 291.000 t; (d) produção de cobre de 423.800 t. A receita bruta totalizou US$ 26,047 bilhões em 2015, significando uma redução de US$ 12,189 bilhões em comparação com 2014, em função de menores preços de finos de minério de ferro (US$ 8,614 bilhões), pelotas (US$ 2,030 bilhões), níquel (US$ 1,394 bilhões) e outros. A redução na receita em função da queda nos preços foi parcialmente mitigada por maiores volumes de venda (US$ 2,060 bilhões). A receita bruta trimestral totalizou US$ 5,986 bilhões no 4T15, uma redução de US$ 632 milhões em relação ao 3T15, como resultado de menores preços de finos de minério de ferro (US$ 739 milhões), níquel (US$ 112 milhões) e outros, parcialmente mitigados por maiores volumes de venda (US$ 325 milhões). Os custos e despesas, líquidos de depreciação, totalizaram US$ 18,846 bilhões em 2015, reduzindo em US$ 5,908 bilhões em relação a 2014. Ocorreram as seguintes reduções no ano de 2015 em comparação ao de 2014: (a) de custos em US$ 4,223 bilhões (20%); (b) de SG&A 1 e outras despesas em US$ 1,260 bilhão (65%); (c) de P&D 2 em US$ 257 milhões (35%); (d) de despesas pré-operacionais e de parada em US$ 168 milhões (19%). Os custos e despesas trimestrais, líquidos de depreciação, somaram US$ 4,595 bilhões no 4T15, praticamente em linha com os US$ 4,649 bilhões registrados no 3T15. Os custos foram elevados em US$ 65 milhões (2%), principalmente devido ao aumento de volumes de vendas dos segmentos de negócios de Ferrosos e Metais Básicos. SG&A e outras despesas reduziram-se em US$ 105 milhões (63%), principalmente devido ao efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos 3 (ARO) registrados no 4T15. P&D reduziu-se em US$ 2 milhões (2%) e as despesas pré-operacionais e de parada foram reduzidas em US$ 12 milhões (7%) no 4T15 em comparação 3T15. O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica para os finos de minério de ferro exroyalties alcançou o marco mais baixo da indústria de minério de ferro: US$ 11,9/t no 4T15 contra US$ 12,7/t no 3T15. A redução do custo caixa C1 foi alavancada principalmente pela depreciação do Real (BRL) e pelas iniciativas de redução de custos em curso. 1 Despesas gerais e administrativas 2 Pesquisa e Desenvolvimento 3 Provisão para fechamento de mina e de outros ativos 3

O EBITDA ajustado foi de US$ 7,081 bilhões em 2015, 47% inferior ao de 2014, principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o EBITDA negativamente em US$ 14,005 bilhões. Os maiores volumes de vendas e menores custos e despesas compensaram parcialmente o impacto dos menores preços no EBITDA em US$ 1,237 bilhão e US$ 6,746 bilhões, respectivamente. A margem EBITDA ajustada foi de 27,7% em 2015. O EBITDA ajustado trimestral foi de US$ 1,391 bilhão no 4T15, 26% inferior ao do 3T15, principalmente em função dos menores preços de venda que impactaram o EBITDA negativamente em US$ 943 milhões. Maiores volumes de vendas e menores custos 4 e despesas compensaram parcialmente o impacto dos menores preços no EBITDA em US$ 57 milhões e US$ 334 milhões, respectivamente. A margem EBITDA ajustada foi de 23,6% no 4T15. O EBITDA ajustado do trimestre foi positivamente impactado pelo efeito one-off do ARO mencionado acima (US$ 331 milhões) e negativamente impactado por decisões e/ou eventos registrados em trimestres anteriores com efeitos no 4T15, como: (a) hedge contábil de bunker oil nos finos de minério de ferro (US$ 134 milhões); (b) ajuste do preço provisório de cobre (US$ 60 milhões); (c) ajuste de preço provisório de minério de manganês (US$ 28 milhões); (d) pela baixa contábil de estoque de materiais de metais básicos (US$ 31 milhões). Os investimentos totalizaram US$ 2,193 bilhões no 4T15 e US$ 8,401 bilhões em 2015, significando uma redução de US$ 3,578 bilhões em comparação com 2014. Os investimentos na execução de projetos totalizaram US$ 1,366 bilhão e US$ 5,548 bilhões no 4T15 e em 2015, respectivamente, enquanto os investimentos na manutenção das operações existentes somaram US$ 827 milhões e US$ 2,853 bilhões no 4T15 e em 2015, respectivamente. Os investimentos totais no ano excederam a última previsão em US$ 200 milhões, em função da execução melhor do que esperada do projeto S11D e de sua logística associada. A venda de ativos totalizou US$ 3,525 bilhões em 2015: US$ 1,316 bilhão proveniente da venda de doze navios VLOCs (very large ore carriers) para armadores chineses; US$ 1,089 bilhão da venda de 36,4% das ações preferenciais da MBR; US$ 900 milhões de mais uma transação de goldstream; e US$ 97 milhões da venda de ativos de energia. No 4T15, a Vale vendeu quatro navios VLOCs com capacidade de 400.000 t para o ICBC Financial Leasing em uma transação de US$ 423 milhões. O prejuízo líquido foi de US$ 12,129 bilhões em 2015 contra um lucro líquido de US$ 657 milhões em 2014. A redução de US$ 12,786 bilhões no lucro líquido deveu-se principalmente 4 Efeito líquido em custos após ajustes para maiores volumes. 4

aos maiores impairments registrados em 2015 e ao efeito negativo nos resultados financeiros da depreciação ponta a ponta de 47% do real (BRL) contra o dólar norte-americano (USD) em 2015. O prejuízo básico recorrente foi de US$ 1,689 bilhão em 2015, contra um lucro básico recorrente de US$ 4,419 bilhões em 2014. Os impairments de ativos e de investimentos 5 e o reconhecimento de contratos onerosos totalizaram US$ 9,372 bilhões em 2015. O aumento no valor dos impairments de US$ 8,189 bilhões em relação a 2014 deveu-se principalmente à redução mais significativa nas premissas de preço usadas para os testes de impairment. O prejuízo líquido trimestral foi de US$ 8,569 bilhões no 4T15 comparado a um prejuízo líquido de US$ 2,117 bilhões no 3T15. A redução de US$ 6,452 bilhões deveu-se principalmente aos impairments, os quais foram parcialmente mitigados pelo efeito nos resultados financeiros de variação cambial. O prejuízo básico recorrente foi de US$ 1,032 bilhão no 4T15, contra um prejuízo básico recorrente de US$ 961 milhões no 3T15. A dívida bruta totalizou US$ 28,853 bilhões em 31 de dezembro de 2015, registrando um pequeno aumento em comparação aos US$ 28,675 bilhões de 30 de setembro de 2015, porém mantendo-se em linha com os US$ 28,807 bilhões de 31 de dezembro de 2014. Após o pagamento de dividendos no valor de US$ 1,5 bilhão em 2015, a dívida líquida totalizou US$ 25,234 bilhões contra US$ 24,685 bilhões em 31 de dezembro de 2014 e US$ 24,213 bilhões em 30 de setembro de 2015. A posição de caixa em 31 de dezembro de 2015 totalizou US$ 3,619 bilhões. O prazo médio da dívida foi de 8,1 anos com um custo médio de 4,47% por ano. O EBITDA do segmento de Minerais Ferrosos decresceu em 15% no 4T15 devido aos menores preços realizados, apesar dos maiores volumes e reduções em custos e despesas O EBITDA Ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 5,899 bilhões em 2015, 47,9% abaixo do registrado em 2014, principalmente como resultado de menores preços de vendas (-US$ 11,414 bilhões), que foram parcialmente compensados por aumento real de competitividade de US$ 3,477 bilhões tais como: (a) iniciativas comerciais e de marketing (US$ 680 milhões); (b) maiores volumes de vendas (US$ 1,599 bilhão); (c) favoráveis renegociações de contratos de afretamento (US$ 300 milhões); (d) iniciativas em andamento de corte de custos (US$ 898 milhões). O EBITDA ajustado de Minerais Ferrosos no 4T15 foi de US$ 1,409 bilhão, ficando US$ 243 milhões abaixo do US$ 1,652 bilhão alcançado no 3T15, principalmente como resultado dos menores preços realizados de venda (US$ 782 milhões), que 5 Em coligadas e joint ventures. 5

foram parcialmente compensados por maiores volumes de venda (US$ 62 milhões), menores despesas 6 (US$ 245 milhões) e menores custos 7 (US$ 188 milhões). O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da Vale, uma vez que toda exposição remanescente de bunker oil registrada neste programa foi liquidada no 4T15. O programa de hedge accounting da Vale para os finos de minério de ferro teve um impacto negativo de US$ 134 milhões no 4T15 e de US$ 412 milhões em 2015. O fluxo de caixa conforme mensurado pelo EBITDA ajustado 8 menos investimentos em projetos de capital e manutenção, foi de US$ 363 milhões no 4T15. O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex- ROM) reduziu-se em US$ 10,9/t, passando de US$ 56,0/t no 3T15 para US$ 45,1/t no 4T15, enquanto o preço CFR/FOB em base úmida (wmt) de finos de minério de ferro (ex-rom) foi reduzido em US$ 9,3/t, passando de US$ 46,5/t no 3T15 para US$ 37,2/t no 4T15, após o ajuste de umidade e o efeito do menor preço das vendas FOB em 32% do total do volume de vendas. A qualidade do produto medida pelo conteúdo de Fe melhorou de 63,5% no 3T15 para 63,7% no 4T15, principalmente devido aos ramp-ups das minas de N4WS e N5S e dos projetos Itabiritos. O custo unitário do frete de minério de ferro, excluindo o impacto do hedge accounting, foi de US$ 14,1/t no 4T15, ficando US$ 2,3/t abaixo dos US$ 16,4/t registrados no 3T15. Os custos caixa e despesas unitários de finos de minério de ferro entregues na China (ajustados pela qualidade e umidade e após excluir o efeito positivo nãorecorrente de ajustes de ARO) diminuíram de US$ 34,2/t no 3T15 para US$ 32,0/t no 4T15 em base seca. Os investimentos correntes de finos de minério de ferro foram de US$ 178 milhões (US$ 2,3/ wmt) no 4T15, ficando US$ 0,8/ wmt abaixo do 3T15. S11D alcançou 80% de avanço físico na mina e usina, 57% na ferrovia e porto, e 81% no ramal ferroviário. 6 A redução em despesas deveu-se, principalmente ao efeito positivo não-recorrente de ajustes de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO). 7 Efeito líquido em custos, após ajuste de impactos de volume. 8 Considera o EBITDA ajustado, excluindo o efeito positivo não-recorrente de ajustes de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO). 6

O EBITDA do segmento Metais Básicos diminuiu como resultado dos menores preços de níquel e cobre As receitas de venda alcançaram US$ 1,458 bilhão no 4T15, ficando US$ 103 milhões acima do 3T15, devido a maiores volumes que foram parcialmente compensados por menores preços da LME de níquel e cobre. Os preços realizados foram impactados negativamente em US$ 60 milhões por ajustes de preço provisório de cobre. O EBITDA ajustado foi de US$ 111 milhões no 4T15, ficando US$ 82 milhões abaixo do 3T15, principalmente como resultado: (a) de menores preços (US$ 158 milhões), incluindo o efeito negativo mencionado acima de ajustes de preço provisório de cobre; (b) do efeito negativo da baixa de estoques de materiais no 4T15 (US$ 31 milhões). O EBITDA ajustado foi impactado pelo EBITDA negativo de VNC de US$ 107 milhões no 4T15. O EBITDA de Salobo ficou em linha com o 3T15 em US$ 75 milhões, a despeito de menores preços de cobre como resultado do recorde de produção de 42.000 t no 4T15. Salobo deve atingir a sua capacidade nominal de produção no 2S16, à medida que a chuva diminua e que as frentes de lavra da mina com maior teor sejam acessadas. O EBITDA do segmento de Carvão diminuiu como resultado de efeitos não-recorrentes em custos e menores preços O EBITDA ajustado de carvão foi de -US$ 149 milhões no 4T15 contra -US$ 129 milhões no 3T15, principalmente como resultado de menores preços e maiores custos na Austrália. Os custos em Moçambique no 4T15 ficaram em linha com o 3T15, após o ajuste de efeitos para maiores volumes, enquanto os custos na Austrália aumentaram no 4T15 devido à baixa de custos no desenvolvimento de mina. Moatize II alcançou 99% de avanço físico com investimentos de US$ 196 milhões, enquanto o Corredor Logístico Nacala alcançou 97% de avanço físico com investimentos de US$ 259 milhões no 4T15. 7

O EBITDA do segmento de Fertilizantes apresentou melhoras em 2015 devido, principalmente, a menores custos e despesas O EBITDA ajustado de Fertilizantes aumentou para US$ 567 milhões em 2015 quando comparado aos US$ 278 milhões em 2014. O aumento de US$ 289 milhões deveu-se, principalmente ao efeito positivo de variações no câmbio e às iniciativas comerciais e de corte de custos. O EBITDA ajustado de Fertilizantes diminuiu para US$ 117 milhões no 4T15 contra os US$ 197 milhões registrados no 3T15, principalmente devido aos menores volumes de vendas (US$ 86 milhões) como resultado da sazonalidade do mercado. Em 2015, conseguimos com sucesso reduzir custos e despesas, progredimos com a implementação dos nossos projetos de capital essenciais e avançamos com o nosso plano de desinvestimentos mantendo nossa posição de dívida bruta estável. Apesar de todos os esforços, nossas realizações foram ofuscadas pela ruptura da barragem de rejeitos da Samarco no início de novembro de 2015. Temos trabalhado diligentemente com a Samarco desde o início e continuaremos totalmente comprometidos com o suporte às regiões e comunidades afetadas, bem como com a sua recuperação socioambiental. Reconhecemos os desafios adicionais trazidos pelo declínio dos preços das commodities e seu impacto direto na nossa geração de fluxo de caixa. No entanto, estamos confiantes na nossa habilidade de ultrapassar esses tempos mais difíceis com base em nossa disciplina operacional e na coragem para executar as ações estratégicas que se fizerem necessárias. Indicadores financeiros selecionados US$ milhões 2015 2014 2013 2012 2011 Receita operacional bruta 26.047 38.236 47.486 48.753 62.345 Receita operacional líquida 25.609 37.539 46.767 47.694 60.946 EBIT ajustado 2.734 8.497 17.576 14.430 28.748 Margem EBIT ajustado (%) 10,7 22,6 37,6 30,3 47,2 EBITDA ajustado 7.081 13.353 22.560 19.178 33.730 Margem EBITDA ajustado (%) 27,7 35,6 48,2 40,2 55,3 Lucro líquido (prejuízo) (12.129) 657 585 5.197 22.652 Lucro líquido básico (1.698) 4.419 12.269 10.365 23.015 Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) (0,33) 0,86 2,38 2,03 4,39 Dívida bruta total 28.853 28.807 29.655 30.546 23.143 Caixa e equivalente 3.619 4.122 5.324 6.078 3.531 Dívida líquida total 25.234 24.685 24.331 24.468 19.612 Dívida bruta/ebitda ajustado (x) 4,1 2,2 1,3 1,6 0,7 Investimentos 8.401 11.979 14.233 16.196 16.252 8

Indicadores financeiros selecionados US$ milhões 4T15 3T15 4T14 Receita operacional bruta 5.986 6.618 9.226 Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072 EBIT ajustado 320 834 856 Margem EBIT ajustado (%) 5,4 12,8 9,4 EBITDA ajustado 1.391 1.875 2.187 Margem EBITDA ajustado (%) 23,6 28,8 24,1 Lucro líquido (prejuízo) (8.569) (2.117) (1.849) Lucro líquido básico (1.032) (961) (251) Lucro líquido básico por ação diluído (US$/ação) (0,20) (0,19) (0,05) Investimentos 2.193 1.879 3.747 9

Receita Operacional A receita operacional bruta em 2015 totalizou US$ 26,047 bilhões, o que significou uma redução de 31,8% em comparação aos US$ 38,236 bilhões registrados em 2014. A diminuição na receita de vendas ocorreu, principalmente, devido a menores preços de venda de finos de minério de ferro (US$ 8,614 bilhões), pelotas (US$ 2,030 bilhões) e níquel (US$ 1,394 bilhão), os quais foram parcialmente mitigados por maiores volumes de venda de minério de ferro e pelotas (US$ 1,869 bilhão) e metais básicos (US$ 666 milhões). A receita operacional bruta no 4T15 totalizou US$ 5,986 bilhões, significando uma redução de 9,5% em comparação com o 3T15. A diminuição na receita de vendas ocorreu, principalmente, devido a menores preços de venda (US$ 956 milhões), que foram parcialmente mitigados por maiores volumes de venda (US$ 325 milhões). As tabelas abaixo mostram a receita operacional bruta por destino e por segmento de negócios, com os seguintes destaques: A receita operacional bruta por destino em 2015 permaneceu em linha com 2014 e as vendas para a Ásia representaram 51,3% do total de vendas. A contribuição na receita operacional bruta por segmento de negócios foi marcada por: (a) aumento da participação do segmento de metais básicos e fertilizantes para 23,7% e 9,2% em 2015 e de 20,1% e 6,8% em 2014, respectivamente; (b) diminuição da participação do segmento de ferrosos para 64,6% em 2015 em comparação com 68,4% em 2014. Receita operacional bruta por destino US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 % América do Norte 450 409 642 2.008 7,7 2.771 7,2 EUA 168 188 278 855 3,3 1.368 3,6 Canadá 279 206 361 1.123 4,3 1.393 3,6 México 3 15 3 31 0,1 10 - América do Sul 964 1.289 1.769 4.807 18,5 7.308 19,1 Brasil 871 1.191 1.645 4.396 16,9 6.624 17,3 Outros 93 98 124 411 1,6 684 1,8 Ásia 3.189 3.550 4.798 13.371 51,3 19.590 51,2 China 2.180 2.556 3.091 9.096 34,9 12.65 33,1 Japão 460 498 848 1.959 7,5 3.627 9,5 Coreia do Sul 186 171 300 790 3,0 1.555 4,1 Outros 363 325 559 1.526 5,9 1.751 4,6 Europa 1.144 1.114 1.556 4.663 17,9 6.697 17,5 Alemanha 355 332 442 1.437 5,5 2.111 5,5 Itália 111 104 130 461 1,8 849 2,2 Outros 678 678 985 2.765 10,6 3.737 9,8 Oriente Médio 170 227 288 969 3,7 1.266 3,3 Resto do mundo 69 29 173 230 0,9 605 1,6 Total 5.986 6.618 9.226 26.04 100,0 38.236 100,0 10

Receita operacional bruta por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 % Minerais ferrosos 3.883 4.367 6.213 16.82 64,6 26.14 68,4 Minério de ferro - finos 2.956 3.290 4.593 12.38 47,5 19.439 50,8 ROM 14 27 42 111 0,4 233 0,6 Pelotas 806 908 1.308 3.717 14,3 5.424 14,2 Manganês 4 24 92 101 0,4 226 0,6 Ferroligas 10 3 51 82 0,3 218 0,6 Outros 93 115 127 428 1,6 600 1,6 Carvão 108 127 201 526 2,0 739 1,9 Carvão Metalúrgico 98 115 181 480 1,8 661 1,7 Carvão Térmico 10 12 20 47 0,2 78 0,2 Metais básicos 1.458 1.355 1.948 6.172 23,7 7.694 20,1 Níquel 782 785 1.064 3.412 13,1 4.468 11,7 Cobre 413 368 556 1.728 6,6 2.122 5,5 PGMs 96 59 152 404 1,6 564 1,5 Ouro 122 115 115 477 1,8 418 1,1 Prata 8 7 11 31 0,1 37 0,1 Outros 37 22 50 119 0,5 85 0,2 Fertilizantes 513 747 607 2.386 9,2 2.585 6,8 Potássio 33 47 45 147 0,6 169 0,4 Fosfatados 387 588 432 1.818 7,0 1.904 5,0 Nitrogenados 76 92 108 355 1,4 411 1,1 Outros 17 20 22 66 0,3 101 0,3 Outros 24 22 257 143 0,5 1.078 2,8 Total 5.986 6.618 9.226 26.047 100,0 38.236 100,0 11

Custos e despesas DESEMPENHO ANUAL Os custos e despesas diminuíram para US$ 22,875 bilhões em 2015 contra US$ 29,042 bilhões registrados em 2014, principalmente devido: (a) ao impacto de variação cambial no CPV e no SG&A (US$ 4,9 bilhões); (b) a iniciativas de redução de custo (US$ 1,8 bilhão); (c) ao efeito positivo não recorrente da transação de goldstream registrado no 1T15 (US$ 0,2 bilhões) e ao efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) 9 registrado no 4T15 (US$ 0,3 bilhão); (d) à redução em despesas excluindo os efeitos positivos não recorrentes já mencionados acima (US$ 0,7 bilhão). Estas reduções foram parcialmente compensadas por maiores volumes realizados (US$ 1,0 bilhão) e pelo impacto negativo decorrente de perdas do programa de hegde accounting de bunker oil para finos de minério de ferro (US$ 0,4 bilhão). Os custos não serão mais impactados pelo programa de hedge accounting uma vez que os contratos de derivativos de bunker oil foram liquidados no 4T15. Após a dedução dos efeitos não recorrentes já mencionados acima e o impacto do programa de hedge accounting de bunker oil para finos de minério de ferro, os custos e despesas diminuíram em US$ 6.0 bilhões, representando uma redução de 20,7%. DESEMPENHO TRIMESTRAL Os custos e despesas diminuíram para US$ 5,579 bilhões no 4T15 em relação aos US$ 5,671 bilhões registrados no 3T15, principalmente devido: ao efeito positivo não recorrente do ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (US$ 331 milhões) e ao impacto da variação cambial no CPV e no SG&A (US$ 210 milhões). Tais reduções foram parcialmente compensadas por maiores volumes de venda (US$ 282 milhões) e pelo aumento em outras despesas operacionais (US$ 154 milhões). Custos e despesas US$ million 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Custos 5.119 5.040 6.892 20.513 25.064 Despesas 460 631 1.324 2.362 3.978 Custos e despesas totais 5.579 5.671 8.216 22.875 29.042 Depreciação 984 1.022 1.242 4.029 4.288 Custos e despesas sem depreciação 4.595 4.649 6.974 18.846 24.754 9 A revisão anual das provisões de fechamento de mina e de outros ativos gerou um impacto positivo, como resultado da vida útil de algumas minas e da revisão de escopo dos trabalhos necessários para o fechamento dos ativos. 12

CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS (CPV) DESEMPENHO ANUAL O CPV 10 foi de US$ 20,513 bilhões em 2015, significando uma redução de US$ 4,6 bilhões em comparação com os US$ 25,064 bilhões registrados em 2014, a despeito do aumento em volumes de venda de finos de minério de ferro, pelotas e metais básicos em 2015. No ano de 2015 em comparação com o de 2014, houve redução dos seguintes custos: de Minerais Ferrosos em US$ 3,041 bilhões, Fertilizantes em US$ 510 milhões, Metais Básicos em US$ 318 milhões e Carvão em US$ 214 milhões. Após ajustados pelos efeitos de volumes de venda, os custos caíram US$ 5,5 bilhões em 2015 contra 2014. As reduções de custos ocorreram principalmente devido à depreciação do BRL contra o USD (US$ 4,2 bilhões) e ao resultado positivo das iniciativas de redução de custos (US$ 1,8 bilhão), especialmente no segmento de Minerais Ferrosos, suportado pela redução do frete de finos de minério de ferro e pelotas, pelos ramp-ups da mina de N4WS, da extensão de N5S e dos projetos de Vargem Grande Itabiritos e de Conceição Itabiritos I e II. DESEMPENHO TRIMESTRAL O CPV 11 foi de US$ 5,119 bilhões no 4T15, aumentando US$ 79 milhões em comparação com os US$ 5,040 bilhões registrados no 3T15, devido ao aumento dos volumes de venda de finos de minério de ferro e de metais básicos no 4T15. Após ajustados pelos efeitos de volumes de venda, os custos caíram US$ 203 milhões no 4T15 em relação ao 3T15. As reduções de custo ocorreram, principalmente, devido à depreciação do BRL contra o USD (US$ 186 milhões) e ao resultado positivo das iniciativas de redução de custos em finos de minério de ferro (US$ 153 milhões), que foram parcialmente compensadas pelo aumento de custos em outros segmentos de negócios. Maiores detalhes no desempenho de custos podem ser encontrados na seção O desempenho dos segmentos de negócios. 10 A exposição cambial do CPV em 2015 foi composta por: 49% em reais, 34% em dólares americanos, 13% em dólares canadenses, 1% em dólares australianos e 3% em outras moedas. 11 A exposição cambial do CPV no 4T15 foi composta por: 45% em reais, 37% em dólares americanos, 13% em dólares canadenses, 2% em dólares australianos e 3% em outras moedas. 13

CPV por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 % Ferrosos 2.846 2.813 4.278 11.75 57,3 14.80 59,0 Metais básicos 1.551 1.406 1.718 5.863 28,6 6.181 24,7 Carvão 296 239 285 977 4,8 1.191 4,8 Fertilizantes 386 536 492 1.763 8,6 2.273 9,1 Outros 40 46 119 151 0,7 619 2,5 CPV total 5.119 5.040 6.892 20.51 100,0 25.064 100,0 Depreciação 875 861 1.122 3.529 3.857 CPV, sem depreciação 4.244 4.179 5.770 16.984 21.207 Despesas DESEMPENHO ANUAL As despesas totais diminuíram para US$ 2,362 bilhões em 2015 comparadas aos US$ 3,978 bilhões alcançados em 2014, principalmente devido a: (a) redução de outras despesas 12 (US$ 851 milhões); (b) SG&A (US$ 447 milhões); (c) P&D (US$ 257 milhões). Após deduzidos os efeitos da transação de goldstream no 1T15 e o efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) no valor de US$ 331 milhões registrado no 4T15, as despesas caíram em US$ 1,1 bilhão, representando uma redução de 26.5%. O SG&A foi de US$ 652 milhões em 2015, representando uma diminuição de 40,7% contra o US$ 1,099 bilhão alcançado em 2014. As despesas com SG&A, líquidas de depreciação, diminuíram US$ 357 milhões em 2015 em comparação com 2014, devido à depreciação do real (BRL) e do dólar canadense (US$ 179 milhões) e, também, à simplificação da estrutura corporativa (US$ 178 milhões). Despesas com P&D alcançaram US$ 477 milhões em 2015, representando uma redução de 35,0% em relação aos US$ 734 milhões registrados em 2014. Despesas com P&D foram concentradas, principalmente, em minério de ferro e pelotas (US$ 128 milhões) e níquel (US$ 103 milhões). Despesas pré-operacionais e de parada alcançaram US$ 1,027 bilhão em 2015, representando uma queda de 5,6% em relação ao US$ 1,088 bilhão registrado em 2014. A queda nas despesas pré-operacionais de VNC, S11D e Vargem Grande Itabiritos 13 foi parcialmente compensada pelo aumento de Long Harbour e Nacala. 12 Inclui os efeitos positivos não recorrentes de US$ 230 milhões da transação de goldstream registrada no 1T15 e de US$ 331 milhões do ajuste no ARO registrado no 4T15. 13 O projeto de Vargem Grande foi concluído em 2014. 14

Outras despesas operacionais 14 caíram para US$ 767 milhões em 2015, ficando 27,4% abaixo do US$ 1,057 bilhão em 2014. DESEMPENHO TRIMESTRAL As despesas totais caíram para US$ 460 milhões no 4T15 quando comparadas aos US$ 631 milhões alcançados em 3T15, principalmente devido ao efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) no valor de US$ 331 milhões, que foi parcialmente compensado pelo aumento verificado em outras despesas operacionais (US$ 154 milhões) e SG&A (US$ 36 milhões). O SG&A foi de US$ 167 milhões no 4T15, representando um aumento de 27,5% em relação aos US$ 131 milhões alcançados no 3T15 e uma diminuição de 45,4% em comparação com os US$ 306 milhões alcançados no 4T14. As despesas com SG&A, líquidas de depreciação, aumentaram US$ 29 milhões no 4T15 contra o 3T15, apesar do impacto positivo da depreciação do real (BRL) e do dólar canadense (US$ 5 milhões), principalmente devido: (a) ao ganho na reversão da provisão para devedores duvidosos no 3T15 (US$ 10 milhões); (b) ao impacto do acordo coletivo de trabalho nas funções corporativas e de vendas localizadas no Brasil (US$ 4 milhões); (c) maiores despesas nos contratos globais de serviços de TI (US$ 3 milhões); (d) à suspensão de contratos corporativos na Austrália (US$ 2 milhões). Despesas com P&D alcançaram US$ 119 milhões no 4T15, ficando em linha com os US$ 121 milhões do 3T15, e caíram 49,4% em relação aos US$ 235 milhões do 4T14. Despesas com P&D foram concentradas, principalmente, em minério de ferro e pelotas (US$ 27 milhões) e níquel (US$ 30 milhões). Despesas pré-operacionais e de parada alcançaram US$ 238 milhões no 4T15, ficando 10,5% abaixo dos US$ 266 milhões registrados no 3T15, e representando uma redução de 18,5% em relação aos US$ 292 milhões alcançados no 4T14. As menores despesas com VNC foram as principais responsáveis pela redução ocorrida no 4T15 em comparação com o 4T14. Outras despesas operacionais aumentaram para US$ 267 milhões no 4T15, ficando 136,3% acima dos US$ 113 milhões do 3T15, principalmente devido à baixa de ativos e liquidação de sinistros, e representando uma redução de 45,6% em relação aos US$ 491 milhões do 4T14. 14 Após deduzir os efeitos da transação de goldstream no 1T15 e o efeito positivo não recorrente de ajuste de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) no valor de US$ 331 milhões registrado no 4T15. 15

Despesas US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 % SG&A sem depreciação 129 100 247 519 876 SG&A 167 131 306 652 27,6 1.099 27,6 Administrativas 150 132 292 603 25,5 1.019 25,6 Pessoal 55 56 118 267 11,3 436 11,0 Serviços 33 26 53 113 4,8 196 4,9 Depreciação 38 31 59 133 5,6 223 5,6 Outros 24 19 62 90 3,8 164 4,1 Vendas 17 (1) 14 49 2,1 80 2,0 P&D 119 121 235 477 20,2 734 18,5 Despesas pré-operacionais e de parada¹ 238 266 292 1.027 43,5 1.088 27,4 VNC 93 97 141 394 16,7 549 13,8 Long Harbour 47 65 42 278 11,8 125 3,1 S11D 14 11 15 52 2,2 29 0,7 Moatize 14 25 10 62 2,6 16 0,4 Outros 70 68 84 241 10,2 369 9,3 Outras despesas operacionais² (64) 113 491 206 8,7 1.057 26,6 Despesas totais 460 631 1.324 2.362 100,0 3.978 100,0 Depreciação 110 161 120 501 431 Despesas sem depreciação 350 470 1.204 1.861 3.547 ¹ Inclui US$ 67 milhões de depreciação no 4T15, US$ 83 milhões no 3T15, US$ 61 milhões no 4T14, US$ 314 milhões em 2015 e US$ 209 milhões em 2014. 2 Inclui os efeitos positivos não recorrentes de US$ 230 milhões da transação de goldstream registrada no 1T15 e de US$ 331 milhões do ajuste de ARO registrado no 4T15. 16

Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização 15 DESEMPENHO ANUAL O EBITDA ajustado foi de US$ 7,081 bilhões em 2015, 47% menor do que os US$ 13,353 bilhões registrados em 2014, principalmente em função de menores preços de vendas de minerais ferrosos (-US$ 10,734 bilhões) e dos metais básicos (-US$ 2,195 bilhões). Menores custos e despesas compensaram parcialmente o impacto de menores preços em US$ 6,746 bilhões. A margem do EBITDA ajustado foi de 27,7% em 2015. O EBITDA ajustado foi impactado pelos seguintes efeitos one-off: (a) ganhos na transação de goldstream registrada no 1T15 (US$ 230 milhões); (b) o ajuste nas Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) 16 que reduziu despesas no 4T15 (US$ 331 milhões); (b) o hedge accounting relacionado a custo de frete que aumentou os custos de finos de minério de ferro (-US$ 412 milhões). O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting já que todos os contratos de combustível de navio (bunker oil) registrados em tal programa foram concluídos no 4T15. O EBIT ajustado foi de US$ 2,734 bilhões em 2015, 67,8% menor do que em 2014. DESEMPENHO TRIMESTRAL O EBITDA ajustado foi de US$ 1,391 bilhão no 4T15, 25,8% menor do que no 3T15, principalmente como resultado de menores preços de venda na maioria de nossas commodities o que impactou o EBITDA negativamente em US$ 943 milhões. Menores custos e despesas compensaram parcialmente o impacto de menores preços em US$ 334 milhões. A margem do EBITDA ajustado foi de 23,6% no 4T15. O EBITDA ajustado do trimestre foi positivamente impactado pelo efeito one-off do ARO mencionado acima (US$ 331 milhões) e negativamente impactado por decisões e/ou eventos registrados em trimestres anteriores com efeitos no 4T15, como: (a) hedge contábil de bunker oil nos finos de minério de ferro (US$ 134 milhões); (b) ajuste do preço provisório de cobre (US$ 60 milhões); (c) ajuste de preço provisório de minério de manganês (US$ 28 15 Receita líquida menos custos e despesas, líquidos de depreciação, mais dividendos recebidos. 16 A revisão anual para a provisão de fechamento de minas e outros ativos gerou um impacto positivo como resultado da extensão do tempo de vida de algumas minas e uma revis ão no escopo dos trabalhos necessários para o fechamento de ativos. 17

milhões); (d) pela baixa contábil de estoque de materiais de metais básicos (US$ 31 milhões). O EBIT ajustado foi de US$ 320 milhões no 4T15, ficando 61,6% menor do que no 3T15. EBITDA ajustado US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Receita operacional bruta 5.986 6.618 9.226 26.047 38.236 Receita operacional líquida 5.899 6.505 9.072 25.609 37.539 CPV (5.119) (5.040) (6.892) (20.513) (25.064) Despesas com vendas, gerais e administrativas (167) (131) (306) (652) (1.099) Pesquisa e desenvolvimento (119) (121) (235) (477) (734) Despesas pré-operacionais e de parada (238) (266) (292) (1.027) (1.088) Outras despesas operacionais 64 (113) (491) (206) (1.057) EBIT ajustado 320 834 856 2.734 8.497 Depreciação, amortização e exaustão 984 1.022 1.242 4.029 4.288 Dividendos recebidos 87 19 89 318 568 EBITDA ajustado 1.391 1.875 2.187 7.081 13.353 EBITDA ajustado por segmento US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2.015 2.014 Minerais ferrosos 1.409 1.652 1.702 5.899 11.321 Carvão (149) (129) (204) (508) (669) Metais básicos 111 193 582 1.388 2.521 Fertilizantes 117 197 75 567 278 Outros (97) (38) 32 (265) (98) Total 1.391 1.875 2.187 7.081 13.353 18

Lucro líquido DESEMPENHO ANUAL A Vale reportou um prejuízo líquido de US$ 12,129 bilhões em 2015 contra um lucro líquido de US$ 657 milhões em 2014. A queda de US$ 12,786 bilhões foi causada principalmente por: (a) menor EBITDA (-US$ 6,272 bilhões); (b) maior impairment em ativos, contratos onerosos e investimentos 17 (-US$ 8,189 bilhões) e (c) maiores perdas em variações monetárias e cambiais (-US$5,280 bilhões). Esta redução foi parcialmente compensada por impostos diferidos maiores (US$ 5,638 bilhões) e menores despesas financeiras (US$ 1,681 bilhão). O lucro líquido básico ficou negativo em US$ 1,698 bilhão em 2015 devido: (a) ao impacto de um EBITDA menor (-US$ 6,272 bilhões); (b) as perdas financeiras em derivativos 18 (-US$ 975 milhões) e (c) a perda em equivalência patrimonial das empresas coligadas (-US$ 439 milhões). Os impactos negativos no lucro líquido básico foram parcialmente compensados pelos impostos diferidos (US$ 5,489 bilhões). Os impairments de ativos e de investimentos 19 e o reconhecimento de contratos onerosos totalizaram US$ 9,372 bilhões em 2015. O aumento no valor dos impairments foi principalmente devido à redução mais significativa nas premissas de preço usadas para os testes de impairment. Os impairments em ativos e o reconhecimento de contratos onerosos (excluindo impairments em investimentos) totalizaram US$ 8,926 bilhões em 2015 e foram principalmente causados pelo impacto: (a) da queda no preço de minério de ferro no Sistema Centro-Oeste e a consequente revisão do plano de produção (US$ 522 milhões em ativos e US$ 357 milhões em contratos onerosos); (b) da decisão de não se reiniciar as plantas de pelotização no Sistema Norte (US$ 55 milhões); (c) dos menores preços de carvão e da revisão de planos de mineração nas minas de carvão na Austrália (US$ 635 milhões); (d) dos menores preços de carvão e do aumento nos custos de logística em Moçambique (US$ 2,403 bilhões); (e) menores preços de níquel Nova Caledônia (US$ 1,462 bilhão) e em Newfoundland e Labrador (US$ 3,460 bilhões); (f) das menores expectativas na recuperação dos valores investidos no projeto de potássio de Rio Colorado (US$ 548 milhões). Estes valores de impairment foram parcialmente compensados por reversões de impairments, causadas pelo impacto de: (a) uma recuperação da produção de níquel de Onça Puma (US$ 252 milhões); (b) uma depreciação do BRL contra o USD que beneficiou as operações de fosfatados no Brasil (US$ 391 milhões). 17 De subsidiárias e joint ventures 18 Composto principalmente de commodities e bunker oil 19 De subsidiárias e joint ventures 19

Impairment de ativos US$ milhões Total de impairments em 2015 (US$ milhões) Reconhecimento de contratos onerosos em 2015 Valor do ativo depois do impairments Dez 31, 2015 Minerais ferrosos Minério de ferro Sistema Centro- Oeste 522 357 - Plantas de pelotização 55 - - Outros 58 - - Carvão Ativos em Moçambique 2.403-1.729 Ativos na Austrália¹ 635-74 Metais básicos Vale Nova Caledônia (VNC) 1.462-3,725 Vale Newfoundland e Labrador - 3.460 (VNL) 2.353 Onça Puma (252) - 2,331 Outros 62 - - Fertilizantes Ativos de fosfato (391) - 3.842 Projeto Rio Colorado (PRC) 548-20 Outros 7 - - Total 8.569 357 14.000 1 Incluindo ativos intangíveis de US$ 81 milhões. Os impairments em investimentos de subsidiárias e joint ventures totalizaram US$ 446 milhões, composto por US$ 132 milhões relacionados à Samarco e US$ 314 milhões relacionados à Teal Minerals, uma joint venture da Vale e ARM, com participação na operação de cobre de Lubambe. Os impairments nos investimentos da Samarco mencionado acima se referem à parte da Vale nos dividendos e royalties já declarados, mas não pagos. Impairment em investimentos US$ milhões Minério de ferro Total de impairments em 2015 (US$ milhões) Valor depois do impairments Dez 31, 2015 Samarco 132 - Metais básicos Teal Minerals 314 - Total 446 0 O resultado financeiro líquido registrou uma perda de US$ 10,801 bilhões em 2015 contra uma perda de US$ 6,069 bilhões em 2014. Os principais componentes do resultado financeiro líquido foram: (a) despesas financeiras (-US$ 1,112 bilhão); (b) receita financeira (US$ 268 milhões); (c) perdas nas variações monetárias e cambiais (-US$ 7,480 bilhões); (d) perdas nos swaps de moeda e taxa de juros (-US$ 1,502 bilhão); (e) perdas com outros derivativos (-US$ 975 milhões), composto principalmente de perdas com derivativos de bunker oil de US$ 742 milhões. 20

Em 2015, a depreciação de 47% do BRL em relação ao USD levou a uma perda de US$ 8,666 bilhões dos quais US$ 7,164 bilhões vieram da exposição da posição líquida de US$ 16,720 bilhões de passivos denominados em USD no e de ativos denominados em USD registrados principalmente no balanço da Vale S.A. (empresa controladora), e a uma perda de US$ 1,502 bilhão da marcação a mercado de transações de swap implementadas para converter instrumentos de dívida em USD. Em 2014, a depreciação do BRL em relação ao USD, da ordem de 13%, causou uma perda de US$ 2,802 bilhões. No final de 2014, a legislação fiscal brasileira foi alterada pela Lei n o 12.973/13, que entrou em vigor em 2015. Nos termos da legislação alterada, as receitas de controladas no exterior passaram a ser reconhecidas pelo regime de competência para fins tributários brasileiros. Impostos adicionais serão aplicáveis no Brasil até a taxa societária brasileira padrão de imposto de 34%. Em conformidade com a legislação brasileira, com base nos prejuízos fiscais sofridos em controladas no exterior e em projeções econômicas e financeiras, US$ 2,952 bilhões foram registrados como ativos fiscais diferidos no 3T15. DESEMPENHO TRIMESTRAL A Vale reportou um prejuízo líquido de US$ 8.569 bilhões no 4T15 contra um prejuízo líquido de US$ 2,117 bilhões no 3T15. O aumento da perda de US$ 6,452 bilhões foi ocasionado principalmente pelos impairments em ativos, contratos onerosos e investimentos citados anteriormente de US$ 9,372 bilhões, que foi parcialmente compensado por ganhos na variação cambial e monetária de US$ 5,290 bilhões. O lucro líquido básico ficou negativo em US$ 1,032 bilhão no 4T15 depois de excluídos os efeitos one-off, devido principalmente a um menor resultado de despesas financeiras de US$ 246 milhões e as perdas financeiras em derivativos 20 de US$ 289 milhões. O resultado financeiro líquido registrou um ganho de US$ 353 milhões no 4T15 contra uma perda de US$ 7,176 bilhões no 3T15. Os principais componentes do resultado financeiro líquido foram: (a) despesas financeiras (-US$ 326 milhões); (b) receitas financeiras (US$ 80 milhões); (c) ganhos nas variações monetárias e cambiais sobre a dívida denominada em USD (US$ 173 milhões); (d) ganhos nos swaps de moeda e taxa de juros (US$ 715 milhões) como resultado da marcação a mercado do total de dívida da Vale causado pelo aumento no Credit Default Swap (CDS) da Vale; (e) perdas em outros derivativos (-US$ 289 milhões), compostas principalmente de perdas com derivativos de bunker oil no total de US$ 212 milhões. Diferentemente da depreciação de 28% do BRL em relação ao USD no 3T15 que causou uma perda de US$ 6,221 bilhões, a apreciação de 2% do BRL contra o USD no 4T15 levou a um ganho de US$ 970 milhões. Deste total, US$ 255 milhões vieram da diferença de US$ 20 Composta principalmente de bunker oil e commodities 21

17.402 bilhões de passivos denominados em USD e de ativos denominados em USD 21 no balanço financeiro da Vale (empresa controladora) e US$ 715 milhões da marcação a mercado de transações de swap implementadas para converter instrumentos de dívida em USD. Resultado de equivalência patrimonial DESEMPENHO ANUAL O resultado de equivalência patrimonial registrou uma perda de US$ 439 milhões em 2015, contra um resultado positivo de US$ 505 milhões obtido em 2014. As principais contribuições para o resultado de equivalência patrimonial negativo foram dadas pela CSP (US$ 307 milhões) e pela Samarco (US$ 167 milhões) devido ao impacto da depreciação do BRL na dívida denominada em USD dessas empresas, e pela Teal Minerals (US$ 129 milhões). Contribuições positivas para a equivalência patrimonial vieram das usinas de pelotização em Tubarão (US$ 106 milhões), da Aliança Geração Energia (US$ 50 milhões), VLI (US$ 46 milhões), MRS (US$ 43 milhões) e da MRN (US$ 40 milhões). DESEMPENHO TRIMESTRAL O resultado de equivalência patrimonial registrou uma perda de US$ 37 milhões no 4T15 contra um resultado negativo de US$ 349 milhões no 3T15. As principais contribuições negativas para a equivalência patrimonial foram provenientes da Teal Minerals (-US$ 99 milhões) e da CSA (-US$ 20 milhões). As contribuições para o resultado de equivalência patrimonial vieram das usinas de pelotização de Tubarão (US$ 26 milhões), da Aliança Geração Energia (US$ 24 milhões), da MRN (US$ 20 milhões), da VLI (US$ 14 milhões) e da MRS (US$ 11 milhões). 21 O ganho de US$ 216 milhões incluiu o impacto da apreciaç ão do BRL em: (a) a dívida denominada em USD registrada como resultado financeiro (US$ 134 milhões); (b) outros ativos e passivos (US$ 82 milhões). 22

Lucro líquido básico milhões de US$ 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Lucro líquido básico (1.032) (961) (251) (1.698) 4.419 Itens excluidos do lucro líquido básico Impairment em ativos e investimentos (9.372) - (378) (9.372) (1.152) Ganho (perda) no valor justo dos ativos de longo prazo (29) (48) (167) 61 (167) Imposto de renda diferido - Subsidiárias no exterior - 2.990-2.990 - Debêntures participativas 252 75 62 963 (315) Variação cambial 255 (5.025) (1.186) (7.164) (2.119) Variação monetária (82) (92) (71) (316) (81) Swaps de moedas e taxas de juros 715 (1.196) (524) (1.502) (683) Fair value de instrumentos financeiros (80) 29 17 (69) (115) Ganho (perda) na venda de investimentos - - - 97 (61) Ganho (perda) de variação cambial na equivalência patrimonial - - - - (159) Efeitos no imposto sobre impairments 1.164-70 1.164 (57) Imposto sobre os itens excluídos (360) 2.111 579 2.716 1.147 Lucro líquido (prejuízo) (8.569) (2.117) (1.849) (12.129) 657 Resultado financeiro US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Despesas financeiras (326) (352) (502) (1.112) (2.936) Juros brutos¹ (229) (239) (259) (891) (1.148) Contingências fiscais e trabalhistas (19) 10 (22) (59) (91) Outros² 43 15 (56) 386 (1.014) Despesas financeiras (REFIS) (121) (138) (165) (547) (683) Receitas financeiras 80 92 55 268 401 Derivativos 426 (1.799) (1.087) (2.477) (1.334) Swaps de moedas e taxas de juros 715 (1.196) (524) (1.502) (683) Outros (bunker oil, commodities, etc) (289) (603) (563) (975) (651) Variação cambial 255 (5.025) (1.186) (7.164) (2.119) Variação monetária (82) (92) (71) (316) (81) Resultado financeiro líquido 353 (7.176) (2.791) (10.801) (6.069) ¹ A capitalização de juros sobre o imobilizado em construção totalizou US$ 193 milhões no 4T15, US$ 195 milhões no 3T15, US$ 96 milhões no 4T14, US$ 761 milhões em 2015 e US$ 588 milhões em 2014. ² Outras despesas financeiras incluem a marcação a mercado das debêntures participativas que foi de US$ 253 milhões no 4T15, US$ 75 milhões no 3T15, US$ 62 milhões no 4T14, US$ 964 milhões em 2015 e -US$ 315 milhões em 2014. 23

Efeitos da volatilidade do câmbio no desempenho financeiro da Vale DESEMPENHO ANUAL Em 2015, o real (BRL), de ponta a ponta, depreciou 47% em relação ao dólar Americano (USD) passando de BRL 2,66/USD, em 30 de dezembro de 2014, para BRL 3,90/USD, em 30 de dezembro de 2015. Considerando a média trimestral, a taxa de câmbio foi depreciada em 42%, de uma média de BRL 2,35/USD em 2014, para uma média de BRL 3,34/USD em 2015. Apesar da Vale informar seu desempenho financeiro em USD, a depreciação do BRL impacta seus resultados, pois a moeda funcional da empresa controladora Vale S.A. é o BRL. A depreciação, de ponta a ponta, do BRL em relação ao USD e a outras moedas produziu principalmente perdas não caixa de US$ 8,666 bilhões no nosso lucro antes do imposto de renda em 2015, causadas pelos seguintes impactos. Da diferença nos passivos denominados em USD e outras moedas e nos ativos denominados em USD e outras moedas (contas a receber, caixa etc) a qual sofreu uma perda de US$ 7,164 bilhões em 2015, registrada nas demonstrações financeiras como Variações monetárias e cambiais. Dos derivativos de forward e swaps usados para reduzir a volatilidade do nosso fluxo de caixa em USD. Em 2015, as mudanças na marcação a mercado do valor e liquidação dos swaps cambiais de BRL e outras moedas para USD causaram uma perda não recorrente de US$ 1,502 bilhão. A depreciação média anual do BRL também gerou efeitos positivos nos nosso fluxo de caixa. Em 2015, a maioria de nossas receitas foi denominada em USD, enquanto o nosso CPV foi 49% denominado em BRL, 34% em USD e 13% em dólares canadenses (CAD). Cabe lembrar ainda que cerca de 75% dos nossos investimentos foram denominados em BRL. A depreciação do BRL e de outras moedas em 2015 diminuiu o nosso CPV e despesas em US$ 4,862 bilhões. DESEMPENHO TRIMESTRAL No 4T15, o real (BRL), de ponta a ponta, apreciou 1,7% em relação ao dólar americano (USD) passando de BRL 3,97/USD, em 30 de setembro de 2015, para BRL 3,90/USD, em 30 de dezembro de 2015. Considerando a média trimestral, a taxa de câmbio foi depreciada 24

em 8,7%, de uma média de BRL 3,54/USD no 3T15, para uma média de BRL 3,84/USD no 4T15. A apreciação, de ponta a ponta, do BRL em relação ao USD e a outras moedas produziu principalmente ganhos não caixa de US$ 970 milhões no nosso lucro antes do imposto de renda no 4T15, causadas pelos seguintes impactos: Da diferença nos passivos denominados em USD e outras moedas e os ativos denominados em USD e outras moedas (contas a receber, caixa etc) a qual sofreu um ganho de US$ 255 milhões no 4T15, registrada nas demonstrações financeiras como Variações monetárias e cambiais. Dos derivativos de forward e swaps usados para reduzir a volatilidade do nosso fluxo de caixa em USD. No 4T15, as mudanças na marcação a mercado do valor e liquidação dos swaps cambiais de BRL e outras moedas para USD causaram um ganho não recorrente de US$ 715 milhões. A depreciação média trimestral do BRL também gerou efeitos positivos nos nosso fluxo de caixa. No 4T15, a maioria de nossas receitas foi denominada em USD, enquanto o nosso CPV foi 45% denominado em BRL, 37% em USD e 13% em dólares canadenses (CAD). Cabe lembrar ainda que cerca de 75% dos nossos investimentos foram denominados em BRL. A depreciação do BRL e de outras moedas no 4T15 diminuiu o nosso CPV e despesas em US$ 210 milhões. 25

Investimentos Os investimentos totalizaram US$ 8,401 bilhões em 2015, sendo compostos por US$ 5,548 bilhões em execução de projetos e US$ 2,853 bilhões em investimentos correntes na manutenção das operações. Os investimentos foram reduzidos em US$ 3,578 bilhões em 2015 quando comparados aos US$ 11,979 bilhões gastos em 2014. O investimento anual excedeu o guidance anteriormente dado por US$ 200 milhões, como resultado de uma execução melhor do que esperada do projeto S11D e de sua logística associada. No 4T15, os investimentos realizados pela Vale totalizaram US$ 2,193 bilhões compostos por US$ 1,366 bilhão em execução de projetos e US$ 827 milhões em investimentos correntes. Investimento total por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 % Minerais ferrosos 1.087 1.099 2.382 4.946 58,9 7.140 59,6 Carvão 464 333 555 1.539 18,3 2.336 19,5 Metais básicos 533 370 608 1.556 18,5 1.604 13,4 Fertilizantes 97 55 122 257 3,1 320 2,7 Energia 10 16 59 78 0,9 160 1,3 Aço 3 6 15 22 0,3 222 1,8 Outros - - 8 3-195 1,6 Total 2.193 1.879 3.749 8.401 100,0 11.979 100,0 Execução de projetos Os investimentos da Vale em execução de projetos foram reduzidos de US$ 7,920 bilhões em 2014 para US$ 5,548 bilhões em 2015, com a conclusão de projetos, a otimização de escopo e o impacto positivo da depreciação do BRL. Os segmentos de minerais ferrosos e de carvão representaram, respectivamente, cerca de 65% e 32%,do total investido na execução de projetos no 4T15. Execução de projetos por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 % Minerais ferrosos 894 878 1.523 3.878 69,9 4.836 61,1 Carvão 431 311 510 1.472 26,5 2.184 27,6 Metais básicos 16 10 149 54 1,0 462 5,8 Fertilizantes 13 11 27 45 0,8 63 0,8 Energia 9 16 56 77 1,4 155 2,0 Aço 3 6 15 22 0,4 222 2,8 Total 1.366 1.232 2.279 5.548 100,0 7.920 100,0 26

MINERAIS FERROSOS Cerca de 85% dos US$ 894 milhões investidos no segmento de minerais ferrosos no 4T15 referem-se às iniciativas de crescimento no negócio de minério de ferro, especificamente ao projeto S11D e sua expansão de logística associada (US$ 760 milhões). Área de montagem entre o Sistema 4 e a casa de transferência 01 O projeto S11D (incluindo mina, usina e logística associada CLN S11D) alcançou 67% de avanço físico consolidado no 4T15, sendo composto por 80% de avanço físico na mina e 57% na logística. O ramal ferroviário alcançou 81% de avanço físico e as obras civis de fundação na expansão do porto alcançaram 99% de avanço físico. A capacidade da ferrovia existente aumentou para 147 Mtpa com a duplicação de 59 km e a conclusão de 8 segmentos. EFC (Estrada de Ferro Carajás) expansão da ferrovia - Ponte sobre o rio Cajuapara O projeto Cauê Itabiritos, com capacidade nominal de 7 Mtpa de sinter feed e 16 Mtpa de pellet feed está em processo de ramp-up e com os tie-ins em estágio final. O projeto foi 27

entregue dentro do prazo e do orçamento, com investimentos totais de US$ 926 milhões e avanço físico de 95% até o fim do trimestre. A 5ª linha de Brucutu concluiu seu ramp-up no 3T15, as plantas de Conceição I e Vargem Grande Itabiritos concluíram seus ramp-ups no 4T15. Conceição Itabiritos II teve seu start-up no 2T15, progredindo conforme planejado. CARVÃO A Vale investiu US$ 196 milhões no projeto de Moatize II e US$ 259 milhões em sua logística associada o Corredor Nacala no 4T15. O projeto de Moatize II alcançou 99% de avanço físico no 4T15 com o comissionamento do handling system e os testes com carga em uma linha da CPP (Coal Preparation Plant) iniciados. As duas linhas estão programadas para completar os testes com carga até março. A revitalização das seções brownfield da ferrovia foi concluída no 4T15. Já o Corredor Logístico de Nacala (CLN) transportou e embarcou com sucesso 523.000 toneladas de carvão no porto de Nacala e realizou quatro embarques até janeiro de 2016. Descrição e status dos principais projetos Projeto Descrição Projetos de minerais ferrosos Capacidade (Mtpa) Status Carajás Serra Sul S11D CLN S11D CSP b Desenvolvimento da mina e usina de processamento, localizadas na Serra Sul de Carajás, Pará Duplicação de 570 km da estrada de ferro, incluindo a construção de um ramal ferroviário com 101 km. Aquisição de vagões, locomotivas e expansões on-shore e off-shore no terminal marítimo da Ponta da Madeira. Desenvolvimento de uma planta de placas de aço em parceria com Dongkuk e Posco, localizada no Ceará. 90 Entrega dos eletrocentros da mina e da planta em andamento Linha de transmissão que liga Carajás a Canaã foi energizada (80) a Obras civis de fundação da ampliação do porto em andamento estaqueamento no berço norte offshore 99% concluído. Duplicação da ferrovia alcançou 41% de avanço físico Ramal ferroviário alcançou 81% de avanço físico 1.5 Montagem das estruturas metálicas alcançou 97% de avanço físico Obras civis alcançaram 99% de avanço físico Projetos de carvão Moatize II Nova mina e duplicação da CHPP de Moatize, assim como da infraestrutura relacionada, localizadas em Tete, Moçambique. 11 Montagem eletromecânica alcançou 99% de avanço físico Comissionamento das correias transportadoras foi iniciado Testes na linha da CHPP foram iniciados 28

a Capacidade líquida adicional. b Relativo à participação da Vale no projeto. Indicadores de progresso 22 Projeto Capacidade (Mtpa) Projetos de minerais ferrosos Carajás Serra Sul S11D Data de start-up estimada CLN S11D 230 (80) b 1S14 a 2S18 Capex realizado (US$ milhões) Capex estimado (US$ milhões) 2015 Total 2016 Total Avanço físico 90 2S16 1.163 4.655 921 6.405 c 80% 1.814 4.467 1.372 7.850 d 57% CSP a 1,5 1S16-1.055 188 1.224 e 97% Projetos de carvão Moatize II 11 1S16 558 1.942 105 2.068 f 99% a Relativo à participação da Vale no projeto. b Capacidade líquida adicional. c Capex original orçado de US$ 8,089 bilhões. d Capex original orçado de US$ 11,582 bilhões. e Capex original orçado de US$ 2,734 bilhões; Do capex original - US$ 1,491 bilhão será financiado diretamente pelo projeto CSP. f Capex original de US$ 2,068 bilhões somados de US$ 0,45 bilhões de material rodante Capex de manutenção das operações existentes Os investimentos na manutenção das operações foram reduzidos de US$ 4,059 bilhões em 2014 para US$ 2,853 bilhões em 2015. Em uma comparação trimestral, os investimentos na manutenção das operações aumentaram devido à sazonalidade. Os investimentos somaram US$ 827 milhões no 4T15, aumentando US$ 180 milhões quando comparados com o 3T15. Os segmentos de metais básicos e de minerais ferrosos somaram 62% e 23%, respectivamente, do total investido na manutenção das operações no 4T15. Os investimentos correntes das operações do segmento de minerais ferrosos incluíram, entre outros: (a) substituição e aquisição de novos equipamentos (US$ 94 milhões); (b) melhorias nos padrões atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 23 milhões); (c) manutenção, melhorias e expansão das barragens de rejeitos (US$ 17 milhões); (d) melhoria 22 Na tabela a seguir, não incluímos as despesas pr é-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex do ano é revisada a penas uma vez por ano. 29

operacional (US$ 20 milhões). Manutenção de ferrovias e portos que servem nossas operações de mineração no Brasil e na Malásia totalizou US$ 65 milhões. Os investimentos correntes em finos de minério de ferro, excluindo investimentos correntes em plantas de pelotização, somaram US$ 178 milhões no 4T15, equivalentes a US$ 2,3/wmt de volume vendido no 4T15, representando uma redução de 25,8% em relação aos US$ 3,1/wmt no 3T15 refletindo otimizações no escopo, impacto positivo da depreciação do BRL e efeito de maiores volumes. Os investimentos correntes das operações de metais básicos foram dedicados principalmente: (a) à melhoria operacional (US$ 371 milhões); (b) a melhorias nos padrões atuais de saúde e segurança e proteção ambiental (US$ 69 milhões); (c) à substituição e aquisição de novos equipamentos (US$ 48 milhões); (d) à manutenção, melhoria e expansão das barragens de rejeitos (US$ 21 milhões). Os investimentos correntes no segmento de metais básicos referentes à melhoria operacional ficaram 52,9% acima do 3T15. Este aumento resultou, principalmente, de maiores pagamentos de serviços realizados em Long Harbour no 4T15, de acordo com a sazonalidade típica e com o orçamento de 2015. Long Harbour alcançou um marco importante no 4Q15, quando começou a operar exclusivamente com o feed de Voisey s Bay. Para 2016, o orçamento de investimentos correntes do segmento de metais básicos ficou aproximadamente 25% abaixo do orçamento do ano de 2015. Investimento realizado por tipo - 4T15 US$ milhões Minerais Ferrosos Carvão Metais Básicos Fertilizant es TOTAL Operações 114 14 419 54 601 Pilhas e Barragens de Rejeitos 17 3 21 7 48 Saúde & Segurança 19 1 65 8 92 Responsabilidade Social Corporativa 10-5 10 25 Administrativo & Outros 35 15 7 4 61 Total 194 33 517 83 827 Investimento em manutenção realizado por área de negócio US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 % Minerais ferrosos 193 221 859 1.068 37,4 2.305 56,7 Carvão 33 22 46 67 2,3 153 3,8 Metais básicos 517 360 459 1.502 52,6 1.144 28,2 Fertilizantes 83 44 95 212 7,4 258 6,4 Energia 1-3 1 0,1 5 0,1 Outros - - 8 3 0,1 197 4,8 Total 827 647 1.470 2.853 100,0 4.061 100,0 30

Gestão de portfólio A Vale vendeu quatro navios VLOCs (very large ore carriers) com capacidade de 400.000 toneladas para a ICBC Financial Leasing no 4T15. A transação totalizou US$ 423 milhões. As vendas de ativos somaram US$ 3,525 bilhões em 2015, com US$ 1,316 bilhão proveniente da venda de 12 navios VLOCs para empresas chinesas, US$ 1,089 bilhão da venda de 36,4% das ações preferenciais MBR, US$ 900 milhões de outra transação de goldstream e US$ 97 milhões da venda de ativos de energia. Responsabilidade social corporativa Os investimentos em responsabilidade social corporativa totalizaram US$ 366 milhões no 4T15, dos quais US$ 269 milhões foram destinados à proteção e conservação ambiental e US$ 97 milhões dedicados a projetos sociais. 31

Indicadores de Endividamento A dívida bruta totalizou US$ 28,853 bilhões em 31 de dezembro de 2015, ficando levemente superior aos US$ 28,675 bilhões em 30 de setembro de 2015, principalmente em função: (a) da distribuição de dividendos no montante de US$ 500 milhões em outubro; (b) do impacto na variação cambial do BRL na dívida denominada em USD 23. Estes impactos foram compensados parcialmente pelos recursos de caixa no valor de US$ 423 milhões oriundos da venda de navios no 4T15. A dívida bruta permaneceu em linha com os US$ 28,807 bilhões em 31 de dezembro de 2014. A dívida líquida aumentou em US$ 1,021 bilhão se comparado ao 3T15, totalizando US$ 25,234 bilhões, baseada numa posição de caixa de US$ 3,619 bilhões em 31 de dezembro de 2015. Posição da dívida Após transações de swap de moedas e juros, a dívida bruta da Vale em 31 de dezembro de 2015 foi composta por 24% de dívidas a taxas de juros flutuantes e 76% a taxas de juros fixas, sendo que 93% de nossa dívida estavam denominados em dólares norte-americanos. O prazo médio da dívida foi reduzido ligeiramente para 8,1 anos. O custo médio da dívida, após as operações de hedge mencionadas anteriormente, aumentou para 4,47% ao ano em 31 de dezembro de 2015 em relação a 4,37% em 30 de setembro de 2015. 23 No 4T15, do início ao final do período o BRL apreciou 1,7% em relação ao dólar (USD). 32

O índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM 24 EBITDA ajustado/ltm pagamento de juros, foi de 4,8x em 31 de dezembro de 2015 contra 5,3x em 30 de setembro de 2015. A alavancagem, medida pela relação da dívida bruta/ltm EBITDA ajustado, foi de 4,1x em 31 de dezembro de 2015. Embora a maior parte dos nossos acordos de financiamento não contenham covenants financeiros, a Vale tem 21% do total da dívida no final de 2015 com esta medida de alavancagem como um covenant financeiro em contratos com o BNDES e outras agências de exportação e desenvolvimento. Como medida preventiva, a Vale concretizou acordos, durante o último trimestre, para aumentar o limite superior do covenant financeiro de dívida bruta por EBITDA ajustado de 4,5x para 5,5x até o final de 2016. Este tipo de medida garante mais flexibilidade durante o período no qual a Vale finaliza seu ciclo de investimento. Indicadores de endividamento US$ milhões 4T15 3T15 4T14 Dívida bruta 28.853 28.675 28.807 Dívida líquida 25.234 24.213 24.685 Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 4,1 3,6 2,2 LTM EBITDA ajustado/ LTM pagamento de juros (x) 4,8 5,3 8,6 24 Últimos 12 meses. 33

O desempenho dos segmentos de negócios O EBITDA ajustado do segmento de minerais ferrosos diminuiu para 83.3% em 2015 contra 84,8% em 2014, enquanto o do segmento de metais básicos aumentou para 19,6% em comparação com os 18,9% do ano anterior. A parcela do segmento de fertilizantes aumentou para 8,0% se comparada à contribuição de 2,1% em 2014. A contribuição dos segmentos de Carvão e Outros passou de -5,0% em 2014 para -7,2% em 2015 e de -0,7% em 2014 para - 3,7% em 2015, respectivamente. A contribuição do segmento de minerais ferrosos no EBITDA ajustado foi de 101,3% no 4T15, seguido pelo segmento de fertilizantes, que contribuiu com 8,4%. O EBITDA ajustado do segmento de metais básicos representou 8,0% do total, enquanto os segmentos de Carvão e Outros contribuíram negativamente com -10,7% e -7,0% do EBITDA ajustado total, respectivamente. Informações dos segmentos 2015, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis Receita operacional Despesas US$ milhões Bruta Líquida Custos SG&A e outras P&D Préoperacional e de parada Dividendos EBITDA Ajustado¹ Minerais ferrosos 16.821 16.562 (10.241) (380) (128) (169) 255 5.899 Minério de ferro - finos 12.382 12.330 (7.604) (398) (121) (124) 22 4.105 ROM 111 102 (50) 0 0 0 0 52 Pelotas 3.717 3.600 (2.121) 9 (4) (24) 225 1.685 Outros 428 368 (291) 8 (3) (2) 8 88 Mn & ferroligas 183 162 (175) 1 0 (19) 0 (31) Carvão 526 526 (839) (140) (22) (61) 28 (508) Metais básicos 6.170 6.163 (4.296) 44 (111) (412) 0 1.388 Níquel 2 4.693 4.693 (3.393) (154) (103) (411) 0 632 Cobre 3 1.478 1.470 (903) 198 (8) (1) 0 756 Fertilizantes 2.386 2.225 (1.469) (37) (82) (70) 0 567 Outros 143 133 (139) (160) (134) 0 35 (265) Total 26.047 25.609 (16.984) (673) (477) (712) 318 7.081 ¹ Excluindo efeitos não-recorrentes. ² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel 3 Incluindo subprodutos das operações de cobre Informações dos segmentos 2015, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis. 34

Informações dos segmentos 4T15, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis Receita operacional Despesas US$ milhões Bruta Líquida Custos SG&A e outras P&D¹ Préoperacional e de parada Dividendos EBITDA Ajustado¹ Minerais ferrosos 3.883 3.830 (2.497) 120 (27) (61) 44 1.409 Minério de ferro - finos 2.956 2.945 (1.924) 128 (26) (50) 22 1.095 ROM 14 13 (4) - - - - 9 Pelotas 806 780 (453) (7) (1) (5) 22 336 Outros 93 79 (71) (4) - (1) - 3 Mn & ferroligas 14 13 (45) 3 - (5) - (34) Carvão 108 108 (260) (9) (4) (12) 28 (149) Metais básicos 1.458 1.458 (1.131) (95) (32) (89) - 111 Níquel 2 1.107 1.107 (892) (74) (30) (89) - 22 Cobre 3 351 351 (239) (21) (2) - - 89 Fertilizantes 513 481 (319) (14) (22) (9) - 117 Outros 24 22 (37) (63) (34) - 15 (97) Total 5.986 5.899 (4.244) (61) (119) (171) 87 1.391 1 Excluindo efeitos não-recorrentes. ² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel 3 Incluindo subprodutos das operações de cobre Informações dos segmentos 4T15, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis. 35

Minerais ferrosos O EBITDA Ajustado de Minerais Ferrosos totalizou US$ 5,899 bilhões em 2015, 47,9% abaixo do registrado em 2014, principalmente como resultado de menores preços de vendas (-US$ 11,414 bilhões), que foram parcialmente compensados por aumento real de competitividade de US$ 3,477 bilhões tais como: (a) iniciativas comerciais e de marketing (US$ 680 milhões); (b) maiores volumes de vendas (US$ 1,599 bilhão); (c) favoráveis renegociações de contratos de afretamento (US$ 300 milhões); (d) iniciativas em andamento de corte de custos (US$ 898 milhões). Iniciativas comerciais, de marketing e operacionais atingiram US$ 680 milhões, impactando positivamente as vendas em 2015. As iniciativas foram principalmente: (a) o incremento na média do prêmio negociado de finos de minério de ferro; (b) o incremento no preço realizado dos contratos de vendas FOB realizados; (c) a mudança no portfólio de produtos; (d) o incremento na qualidade dos produtos. Variação EBITDA 36

Minério de ferro DESEMPENHO ANUAL EBITDA O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro foi de US$ 4,105 bilhões em 2015, ficando 49,2% menor do que em 2014 e impactando negativamente o EBITDA ajustado em US$ 3,971 bilhões, principalmente em razão de menores preços de vendas. O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da Vale uma vez que a exposição a contratos de bunker oil foi liquidada no 4T15. O programa de hedge accounting teve um impacto negativo de US$ 412 milhões no EBITDA ajustado de 2015. RECEITA E VOLUMES DE VENDAS A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e Run of Mine (ROM), totalizou US$ 12,330 bilhões em 2015, ficando 36,1% abaixo de 2014. A queda se deve, sobretudo, aos preços menores de venda de minério de ferro (US$ 8,549 bilhões), em parte compensados pelos maiores volumes de vendas, os quais contribuíram com US$ 1,578 bilhão na receita em comparação com 2014. Os principais fatores que contribuíram para o aumento do volume de vendas de finos de minério de ferro de 255,9 Mt em 2014 para 276,4 Mt em 2015 foram a oferta anual recorde de 345,9 Mt de finos de minério de ferro (incluindo compra de terceiros) e o aumento da aquisição de minério de ferro de terceiros (12,5 Mt). As vendas de ROM atingiram 14,1 Mt em 2014. O preço 25 médio realizado CFR/FOB do minério de ferro foi de US$ 44,6 por tonelada métrica em 2015, significativamente menor do que os US$ 75,4 realizados em 2014. CUSTOS E DESPESAS Os custos dos finos de minério de ferro alcançaram US$ 7,604 bilhões (ou US$ 8,720 bilhões incluindo depreciação) em 2015 contra US$ 9,532 bilhões em 2014. Após deduzidos os efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 1,023 bilhão) e variação cambial (-US$ 1,442 bilhões), os custos reduziram-se em US$ 1,510 bilhão na comparação com 2014. Isto ocorreu, principalmente devido às iniciativas recorrentes de redução de custos e ao ramp-up das minas de N4WS e extensão N5S, Conceição Itabiritos II e Vargem Grande Itabiritos. 25 O preço realizado CFR/FOB wmt é o preço médio ponderado das vendas CFR e FOB da Vale. 37

O custo operacional total no porto (mina, planta, ferrovia e porto, excluindo royalties) foi de US$ 3.825 bilhões. O custo caixa foi apurado descontando do CPV: (a) os custos do frete de minério de ferro (US$ 2.825 bilhões); (b) depreciação (US$ 1,116 bilhão); (c) minério de ferro adquirido de terceiros (US$ 210 milhões); (d) hedge de bunker oil contabilizado como hedge accounting (US$ 412 milhões). O custo operacional por tonelada métrica (excluindo ROM e royalties) em 2015 foi de US$ 14,4/t, significativamente inferior aos US$ 20,8/t de 2014. SG&A 26 e outras despesas diminuíram significativamente para US$ 398 milhões, ficando 68,4% menor do que em 2014, após o ajuste para os efeitos não recorrentes de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) de US$ 322 milhões. Despesas pré-operacionais² diminuíram para US$ 124 milhões, ficando 25,5% abaixo de 2014, como resultado do ramp-up N4WS, extensão N5S, Conceição itabiritos II e Vargem Grande. A margem EBITDA ajustado dos finos de minério de ferro (excluindo ROM e minério de terceiros) foi de US$ 14,7/t em 2015 DESEMPENHO TRIMESTRAL EBITDA O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro no 4T15 foi de US$ 1,095 bilhão, ficando US$ 127 milhões abaixo do US$ 1,222 bilhão alcançado no 3T15, principalmente em função de menores preços de vendas (-US$ 738 milhões), os quais foram parcialmente compensados por maiores volumes de vendas (US$ 125 milhões), menores custos de SG&A (US$ 258 milhões) e, ainda, em decorrência do impacto dos efeitos não recorrentes de Obrigações para Desmobilização de Ativos (ARO) de US$ 322 milhões em outras despesas. O EBITDA ajustado não será mais impactado pelo programa de hedge accounting da Vale, uma vez que toda a exposição aos contratos de bunker oil foi liquidada no 4T15. O programa de hedge accounting teve impacto negativo de US$ 134 milhões no EBITDA ajustado de 2015. RECEITA E VOLUMES DE VENDAS A receita líquida das vendas de finos de minério de ferro totalizou US$ 2,945 bilhões no 4T15, ficando 10,1% abaixo do 3T15 devido aos menores preços de vendas. A receita de venda de Run of Mine (ROM) foi de US$ 13 milhões no 4T15. A produção própria de minério de ferro da Vale, excluindo o minério de ferro adquirido de terceiros e a produção atribuível à Samarco, foi de 85,4 Mt no 4T15, ficando 2,4Mt acima do 26 Líquido de depreciação. 38

4T14 e representando um recorde de produção para um quarto trimestre. O bom desempenho operacional ocorreu em razão dos ramp-ups de N4WS e da extensão da mina de N5S, de Conceição Itabiritos II e de Vargem Grande Itabiritos. O volume de vendas de finos de minério de ferro alcançou 79,2 Mt no 4T15, ficando 12,3% acima do 3T15 e 6,2% acima do 4T14, suportado: (a) pela produção de 85,4 Mt; (b) pela aquisição de 3,1 Mt de minério de ferro de terceiros; (c) pela dedução de 11,6 Mt de finos de minério de ferro utilizado na produção de pelotas; (d) pelo consumo de 3,9 Mt do estoque; (e) pela dedução de 1,6 Mt de vendas de ROM. As vendas CFR de finos de minério de ferro aumentaram de 44,9 Mt no 3T15 para 53.6 Mt no 4T15, representando 68% das vendas no 4T15. Este aumento pode ser explicado pelo maior volume de vendas para a China, que são principalmente negociadas em base CFR. Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Minério de ferro - finos 2.945 3.278 4.568 12.330 19.301 ROM 13 24 42 102 215 Pelotas 780 883 1.270 3.600 5.263 Manganês e Ferroligas 13 26 131 162 392 Outros 79 101 105 368 526 Total 3.830 4.312 6.116 16.562 25.697 Volume vendido mil toneladas 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Minério de ferro - finos 79.213 70.530 74.603 276.393 255.877 ROM 1.627 3.546 3.552 12.269 14.075 Pelotas 10.837 11.961 12.686 46.284 43.682 Manganês 568 448 828 1.764 1.879 Ferroligas 12 3 36 69 150 PREÇOS REALIZADOS As vendas de minério de ferro no 4T15 foram distribuídas em três sistemas de precificação: (a) 47% baseadas nos preços trimestrais, mensais e diários correntes, incluindo as vendas a preços provisórios que foram liquidadas dentro do trimestre; (b) 42% baseadas em preços provisionados com liquidação pelo preço no momento da entrega (que ainda não tinham sido liquidadas no final do trimestre); (c) 11% relacionadas a preços passados (trimestre defasado). O preço CFR referência em base seca (dmt) de finos de minério de ferro da Vale (ex-rom) caiu em US$ 10,9/t, passando de US$ 56,0/t no 3T15 para US$ 45,1/t no 4T15 e ficando US$ 1,6/t menor do que a média do índice Platts IODEX 62% de US$ 46,7/t no 3T15. 39

O preço CFR/FOB wmt de finos de minério de ferro da Vale (ex-rom), caiu em US$ 9,3/t passando de US$ 46,5/t no 3T15 para US$ 37,2/t no 4T15 após o ajuste pelo efeito das vendas FOB, que somaram 32% do total de vendas e de umidade. A realização de preço no 4T15 foi impactada pelos seguintes motivos: Preços provisórios no final do 3T15 de US$ 51,5/t, que mais tarde foram reajustados com base no preço de entrega do 4T15, impactaram negativamente os preços do 4T15 em US$ 1,0/t contra um negativo de US$ 0,7/t no 3T15 curva do IODEX com tendência de queda no 4T15. Preços provisórios estabelecidos no final do 4T15 de US$ 41,0/t contra a média IODEX de US$ 46,7/t no 4T15, impactaram negativamente os preços no 4T15 em US$ 2,4/t contra um impacto negativo de US$ 1,1/t no 3T15. Contratos com preços defasados (lagged) no trimestre, precificados a US$ 56,6/t, baseados nos preços médios de jun-jul-ago, impactaram positivamente os preços no 4T15 em US$ 1,1/t contra o impacto positivo de US$ 0,2/t no 3T15. No 4T15, as vendas de minério de ferro de 33,3 Mt, ou 42% do mix de vendas da Vale, foram registradas sob o sistema de preços provisional, fixado no final do 4T15 em US$ 41/t. Os preços finais destas vendas serão determinados e registrados no 1T16. A diminuição no preço do bunker oil reduziu os custos de frete, logo impactando positivamente a liquidação dos preços FOB no 4T15 em US$ 1,0/t contra uma redução de US$ 1,3/t no 3T15. Os preços do bunker oil impactaram os preços de venda FOB, uma vez que a diminuição nos preços do bunker oil levou a uma dedução inferior ao preço de referência IODEX CFR usado para determinar o preço FOB. 40

Realização de preços finos de minério de ferro Preço médio de vendas US$ por tonelada 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Minério de ferro - Metal Bulletin 65% index 50,09 62,11 82,90 62,12 105,82 Minério de ferro - Platts's 62% IODEX 46,65 54,90 74,28 55,50 96,70 Preço de referência de finos de minério de ferro CFR (dmt) 45,10 56,00 75,50 54,60 92,70 Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB 37,18 46,48 61,21 44,61 75,43 ROM 7,99 6,77 11,82 8,31 15,28 Pelotas CFR/FOB 71,98 73,80 100,11 77,78 120,48 Manganês 7,04 52,14 111,11 56,44 118,15 Ferroligas 750,00 836,67 1.083,33 904,16 1.125,83 CUSTOS E DESPESAS Os custos de minério de ferro totalizaram US$ 1,924 bilhão (ou US$ 2,183 bilhões incluindo depreciação) no 4T15. Os custos reduziram-se em US$ 131 milhões quando comparados com os do 3T15 após a dedução dos efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 280 milhões) e das variações cambiais (-US$ 63 milhões). O decréscimo foi causado, principalmente, por menores custos de frete (-US$ 122 milhões), menores custos de materiais (-US$ 17 milhões) e menores custos de energia (-US$ 9 milhões). Os custos de energia (eletricidade, óleo diesel e gás) das nossas operações atingiram US$ 118 milhões no 4T15 contra US$ 112 milhões no 3T15. Custos com combustível, mais 41

especificamente, na forma de óleo diesel totalizaram US$ 108 milhões no 4T15 em relação aos US$ 92 milhões do 3T15. A realização de custos aumentou US$ 13 milhões no 4T15, após a exclusão dos efeitos de maiores volumes (US$ 10 milhões) e variação cambial (-US$ 7 milhões). A queda dos preços de petróleo teve um impacto positivo limitado nos custos com combustíveis, uma vez que os preços do diesel no Brasil não estão diretamente correlacionados aos preços internacionais do petróleo. Os custos de frete marítimo, que foram integralmente contabilizados como custos dos produtos vendidos, atingiram US$ 757 milhões no 4T15, demonstrando uma queda de US$ 122 milhões quando comparados com os do 3T15 após o ajuste pelos maiores volumes de vendas (US$ 143 milhões), em função de menores taxas de afretamento e menores preços de bunker oil. O custo unitário de frete de minério de ferro por tonelada métrica foi de US$ 14,1/t no 4T15, ficando US$ 2,3/t abaixo dos US$ 16,4/t registrados no 3T15. A redução de US$ 2,3/t está explicada pelo impacto positivo de menores preços de bunker oil em nossos contratos de afretamento e maior exposição ao mercado spot. A variação nos preços de bunker oil foi de US$ 296.6/t no 3T15 para US$ 235,0/t no 4T15. O impacto das posições abertas de hedge de bunker oil contabilizadas como hedge accounting no custo unitário de frete da Vale foi de US$ 2,5/t, com a execução de contratos derivativos de bunker oil de 472.500 toneladas de um total de 472.500 toneladas em contratos que estavam em aberto no final de setembro de 2015, totalizando um impacto no EBITDA de US$ 134 milhões. O EBITDA deve aumentar no próximo ano sendo que não haverá impactos do hedge accounting em 2016. Para maiores detalhes, consultar a seção O impacto de Hedging do Bunker Oil no Desempenho Financeiro da Vale na página 53. O custo do minério de ferro de terceiros alcançou US$ 44 milhões nos 2,8 Mt vendidos no 4T15. Em uma base por tonelada métrica, o custo do minério de ferro adquirido de terceiros caiu de US$ 17,7/t no 3T15 para US$ 15,9/t no 4T15. Outros custos operacionais totalizaram US$ 160 milhões, uma redução dos US$ 177 milhões registrados no 3T15. 42

CPV MINÉRIO DE FERRO - 3T15 x 4T15 US$ milhões 3T15 Volume Principais variações Variação Cambial Outros Variação total 3T15 x 4T15 Pessoal 185 20 (14) 4 10 195 Serviços contratados e materiais 4Q15 274 31 (17) (8) 6 280 Energia (Eletricidade, diesel & gás) 112 12 (9) 3 6 118 Aquisição de produtos 40 9 - (5) 4 44 Manutenção 205 22 (19) 28 31 236 Frete martiimo 736 143 - (122) 21 757 Bunker oil hedge 109 21-4 25 134 Outros operacionais 177 22 (4) (35) (17) 160 Custos totais antes de depreciação e amortização 1.838 280 (63) (131) 86 1.924 Depreciação 269 30 (18) (22) (10) 259 Total 2.107 310 (81) (153) 76 2.183 CUSTO CAIXA C1 O custo caixa total C1 FOB no porto (mina, planta, ferrovia e porto, após royalties) foi de US$ 906 milhões após a exclusão da depreciação de US$ 259 milhões. O custo de minério de ferro adquirido de terceiros foi de US$ 44 milhões, o custo com frete foi de US$ 757 milhões e o efeito do bunker oil hedge accounting foi de US$ 134 milhões. O custo caixa C1 FOB no porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro excluindo ROM e royalties foi de US$ 11,9/t no 4T15 contra US$ 12,7/t no 3T15, representando uma redução de US$ 0,8/t impulsionada pela depreciação do BRL em relação ao USD. O custo caixa C1 FOB porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro foi reduzido passando de R$ 45,2/t no 3T15 para R$ 45,6/t no 4T15 (ou R$ 44,9/t após a exclusão do efeito negativo de R$ 55,5 milhões do Acordo Coletivo de Trabalho assinado com os nossos empregados no Brasil). As despesas com minério de ferro, excluindo depreciação e o efeito positivo do ARO (Obrigações para Desmobilização de Ativos) de US$ 322 milhões, foram de US$ 270 milhões no 4T15 contra os US$ 218 milhões registrados no 3T15. As despesas aumentaram em US$ 62 milhões quando comparadas com o 3T15, após o ajuste dos efeitos de variação cambial (- US$ 10 milhões). As despesas com P&D foram de US$ 26 milhões, mesmo valor do 3T15. As despesas pré-operacionais e de parada, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 50 milhões, ficando US$ 27 milhões acima do dos US$ 23 milhões gastos no 3T15, devido principalmente às despesas de parada no sistema sudeste em função do acidente na barragem da Samarco. 43

O custo caixa unitário (ajustado por qualidade e umidade, excluindo minério de terceiros, ROM e o efeito positivo do ARO) entregue na China foi reduzido de US$ 34.2/t no 3T15 para US$ 32,0/t no 4T15. Evolução do custo caixa de finos de minério de ferro, frete e despesas Custos e despesas de finos de minério de ferro entregues na China 44

Custo unitário de finos de minério de ferro e frete 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Custos (US$ milhões) Custos, sem depreciação e amortização 1.924 1.838 2.831 7.604 9.532 Custos de minério adquirido de terceiros 44 40 89 210 443 Custos de frete marítimo 757 736 1.037 2.825 3.325 Bunker oil hedge 134 109-412 - Itens não recorrentes - - 48-48 Custos FOB no porto (ex-rom e adquirido de terceiros)¹ Custos FOB no porto (ex-rom, adquirido de terceiros e royalties) 989 953 1.657 4.157 5.716 906 868 1.534 3.825 5.079 Volumes de vendas (Mt) Volume total de minério de ferro vendido 80,8 74,1 78,2 288,7 270,0 Volume adquirido de terceiros 2,8 2,3 3,2 11,1 12,2 Volume total de ROM vendido 1,6 3,5 3,6 12,3 14,1 Volume vendido de minério próprio da Vale (ex- ROM) 76,4 68,3 71,4 265,3 243,7 % de Vendas CFR 68,0% 64,0% 64,2% 64,1% 57,4% % de Vendas FOB 32,0% 38,0% 35,8% 35,9% 42,6% Custo unitário de minério de ferro (ex-rom, exroyalties), FOB (US$/t) 11,9 12,7 21,5 14,4 20,8 Frete Volume CFR (Mt) 53,6 44,9 47,9 177,1 146,9 Custo unitário de frete de minério de ferro (US$/t) 16,6 18,8 21,7 18,3 22,6 Custo unitário de frete de minério de ferro (exbunker oil hedge) (US$/t) 14,1 16,4 21,7 16,0 22,6 Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro ajustados por qualidade entregue na China US$/t 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Custo unitário de minério de ferro (ex-rom, exroyalties), FOB (US$/t) 11,9 12,7 21,5 14,4 20,8 Custo de frete de finos de minério de ferro (exbunker oil hedge) 14,1 16,4 21,7 16,0 22,6 Despesa¹ & royalties de finos de minério de ferro 4,6 4,4 11,0 4,9 9,7 Ajuste de umidade de minério de ferro 2,6 2,8 4,7 3,0 4,8 Ajuste de qualidade de minério de ferro -1,1-2,1 0,9-1,9 0,9 Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro entregue na China (US$/dmt) ¹ Líquido de depreciação, excluindo o efeito positivo não-recorrente do ARO Custos e despesas de finos de minério de ferro em Reais 32,0 34,2 59,8 36,4 58,9 R$/t 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Custos 45,6 45,2 54,5 47,9 50,1 Despesas¹ 12,9 10,8 16,0 12,2 22,6 Total 58,5 56,0 70,5 60,1 72,7 ¹ Líquido de depreciação 45

Pelotas DESEMPENHO ANUAL O EBITDA ajustado das pelotas em 2015 foi de US$ 1,685 bilhão, ficando 43,5% menor do que os US$ 2,981 bilhões em 2014. A redução de US$ 1,296 bilhão deveu-se, principalmente, a menores preços de vendas (US$ 1,986 bilhão) os quais foram parcialmente mitigados por maiores volumes de vendas (US$ 204 milhões), menores custos (US$ 163 milhões) e variação cambial (US$ 551 milhões). A receita líquida das vendas das pelotas foi de US$ 3,600 bilhões em 2015, representando uma redução de 31% em relação a 2014, principalmente devido à queda nos preços de vendas, que passaram de US$ 124,48/t em 2014 para US$ 77,80 em 2015. Os preços de vendas impactaram negativamente em 2015 a receita em US$ 1,986 bilhão em comparação com 2014. Os volumes de vendas aumentaram para 46,28 Mt contra 43,68 Mt em 2014, como resultado do ramp-up da planta de Tubarão VIII. Os custos de pelotas atingiram US$ 2,121 bilhões em 2015 (ou US$ 2,436 bilhões com encargos de depreciação). Após o ajuste para os efeitos de volumes (US$ 119 milhões) e variação cambial (-US$ 540 milhões), os custos reduziram-se em US$ 162 milhões em comparação com 2014. A queda deveu-se, principalmente, a menores custos de arrendamento (-US$ 63 milhões), menores custos de combustíveis (-US$ 57 milhões) e menores custos de materiais (-US$ 45 milhões). DESEMPENHO TRIMESTRAL O EBITDA ajustado de pelotas no 4T15 foi de US$ 336 milhões, contra os US$ 382 milhões no 3T15. O EBITDA ajustado foi impactado negativamente pelos preços de venda (-US$ 18 milhões), menores volumes de vendas (-US$ 32 milhões) e os maiores custos (-US$ 20 milhões) no 4T15 quando comparado ao 3T15. Os impactos negativos foram parcialmente compensados pela variação cambial (US$ 22 milhões) e dividendos recebidos das plantas pelotizadoras (US$ 22 milhões). A receita líquida de pelotas alcançou US$ 780 milhões no 4T15, reduzindo-se em US$ 103 milhões contra US$ 883 milhões registrados no 3T15. A redução deveu-se, principalmente, a menores preços de vendas (que diminuíram de US$ 73,8 por tonelada no 3T15 para US$ 72,0 por tonelada no 4T15) e à queda de 1,2 Mt no volume de vendas para 10,8 Mt no 4T15 de um total de 12,0 Mt no 3T15. O volume de vendas foi reduzido em 1,8 Mt no 4T15 quando comparado ao 4T14. 46

A produção de pelotas alcançou 10,4 Mt no 4T15, ficando 1,8 Mt abaixo do 3T15 devido a paradas por manutenção planejadas. Os preços CFR/FOB de pelotas foram reduzidos em US$ 1,8/t, passando de US$ 73,8 /t no 3T15 para US$ 72,0/t no 4T15 por tonelada métrica, enquanto o preço de referência de minério de ferro Platts IODEX (CFR China) diminuiu em US$ 8,3/t no trimestre. A queda do preço realizado da Vale foi menor do que a queda do Platts IODEX médio devido ao maior prêmio de pelotas e ao impacto positivo do sistema de precificação. As vendas CFR de 2,4 Mt no 4T15, representaram 23% do total das vendas de pelotas, ficando 0,7 Mt menores do que as do 3T15. Vendas em base FOB diminuíram de 8,9 Mt no 2T15 para 8,5 Mt no 4T15. O custo de pelotas totalizou US$ 453 milhões (ou US$ 524 milhões, considerando a depreciação) no 4T15. Os custos aumentaram em US$ 20 milhões quando comparados ao 3T15 após serem ajustados pelos efeitos de menores volumes (-US$ 53 milhões) e variação cambial (-US$ 22 milhões). O aumento nos custos de pelotas deve-se, principalmente, a maiores custos de manutenção (US$ 9 milhões) e maiores custos de arrendamento (US$ 7 milhões). Despesas préoperacionais e de parada totalizaram US$ 5 milhões no 4T15, ficando em linha com o 3T15. A margem EBITDA de pelotas ex-samarco foi de US$ 31,0/t no 4T15, ficando US$ 0,9/t abaixo do 3T15, principalmente devido aos menores preços de vendas (-US$ 18 milhões). Pellets - EBITDA ex-samarco US$ million US$/wmt US$ million US$/wmt Receita Bruta / Preço Realizado 806 74,4 908 75,9 Receita Líquida / Preço Realizado 780 72,0 883 73,8 Dividendos recebidos (plantas de pelotização arrendadas) ex-samarco Custo (Minério de ferro, arrendamento, frete, suporte, energia e outros) 4T15 3T15 22 2,0 - - (453) -41,8 (508) -42,5 Despesas (SG&A, P&D e outros) (13) -1,2 7 0,6 EBITDA ex-samarco 336 31,0 382 31,9 47

Manganês e ferroligas DESEMPENHO ANUAL O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas em 2015 foi de US$ 31 milhões, ficando US$ 126 milhões menor do que em 2014, principalmente em função de menores preços (US$ 98 milhões), menores volumes (US$ 73 milhões) e maiores custos (US$ 46 milhões) que foram parcialmente compensados por variações cambiais (US$ 82 milhões) e reduções de despesas (US$ 9 milhões). A receita líquida de manganês diminuiu de US$ 222 milhões, em 2014, para US$ 100 milhões, em 2015, em função de menores preços (US$ 108 milhões) e menores volumes de vendas (US$ 14 milhões). Em 2015, a produção de minério de manganês totalizou 2,441 Mt, ficando acima do valor de 2014. A receita líquida de ferroligas diminuiu em 2015 para US$ 62 milhões, em relação aos US$ 170 milhões de 2014, principalmente devido ao efeito de menores volumes vendidos (US$ 118 milhões) e menores preços. Em 2015, a produção de ferroligas foi de 99.000 t, ficando significativamente abaixo de 2014. DESEMPENHO TRIMESTRAL O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas no 4T15 foi negativo em US$ 34 milhões, ficando US$ 23 milhões abaixo dos US$ 11 milhões negativos no 3T15, principalmente devido ao impacto do preço provisionado de outros trimestres (-US$ 28 milhões) sendo parcialmente compensado pela variação cambial (US$ 2 milhões) e por maiores volumes de vendas (US$ 1 milhão). A receita líquida de manganês diminuiu para US$ 4 milhões em comparação com os US$ 23 milhões no 3T15 devido aos menores preços de venda. No 4T15, a produção de manganês alcançou 651.000 t, contra 644.000 t no 3T15 e 723.000 t no 4T14. A receita líquida de ferroligas foi de US$ 9 milhões, aumentando US$ 6 milhões em comparação com os US$ 3 milhões registrados no 3T15, devido aos maiores volumes. A produção de ferroligas diminuiu para 20.000 t no 4T15 dos 21.000 t registrados no 3T15. Perspectiva de mercado Minério de ferro Os preços de minério de ferro ficaram em média de US$ 55/t em 2015, 42% abaixo do que em 2014. A redução de preços deveu-se, principalmente, a uma sobre oferta de minério de ferro em meio a uma produção de aço mais baixa do que esperada na China e no resto do mundo. 48

O preço de minério de ferro diminuiu 15% dos US$ 54,90/t do 3T15 para US$ 46,65/t do 4T15, dado que a produção de aço diminuiu enquanto a oferta de minério de ferro aumentou dada a sazonalidade típica. De acordo com a World Steel Association (WSA), a produção mundial de aço totalizou 1.622 Mt em 2015, uma diminuição de 2,8% em relação a 2014. A produção chinesa totalizou 803,8 Mt, uma diminuição de 2,3% ano-a-ano. Esta foi a primeira diminuição da produção anual desde 1981, como o país continua sua transição para uma economia mais dependente de consumo e serviços domésticos. O PIB da China cresceu 6,9% em 2015, desacelerando principalmente como resultado do declínio nos investimentos em ativos fixos, que cresceu apenas 10% em 2015 em relação a um crescimento de 15,7% em 2014. A demanda por aço chinês diminuiu, levando as siderúrgicas a confiarem mais no mercado externo para manter seus níveis de produção. As exportações líquidas de aço acabado atingiu um recorde de 100 Mt, subindo 25,5% ano-aano em 2015. As exportações crescentes da China impactaram a produção de aço em outras regiões como o Oriente Médio, o Sudeste Asiático e a Europa, onde a produção contraiu-se 0,5%, 3,6% e 1,8% ano-a-ano, respectivamente, e, em certa medida Índia. O excesso de oferta com os elevados volumes de exportação da China levou a preços mais baixos de aço em todo o mundo. A oferta transoceânica de minério de ferro totalizou aproximadamente 1.410 Mt em 2015, um aumento de 30 milhões de toneladas, ou cerca de 2% ano-a-ano, como resultado da produção adicional das grandes mineradoras de minério de ferro, especialmente do Brasil e da Austrália. Brasil, Austrália, África do Sul e Peru aumentaram as suas exportações para a China, enquanto todas as outras regiões em conjunto exportações reduzidas em 62 milhões de toneladas, representando uma redução de 39% ano-a-ano. 2016 ainda deve ser um ano desafiador para os produtores de minério de ferro como nenhum grande estímulo se espera do governo chinês para estimular investimentos. A demanda por aço e produção deve permanecer estável, apresentando desafios adicionais para os produtores de minério de ferro de custo mais alto. 49

Volume de vendas de minério de ferro e pelotas por destino mil toneladas métricas 4T15 3T15 4T14 2015 % 2014 % Américas 8.549 10.760 11.590 41.187 12,3 44.071 14,1 Brasil 7.346 9.363 10.078 35.665 10,6 37.623 12,0 Outros 1.203 1.397 1.512 5.522 1,6 6.448 2,1 Ásia 65.574 59.597 62.563 229.28 68,4 208.536 66,5 China 52.898 46.512 46.411 179.470 53,6 156.692 50,0 Japão 7.782 8.548 7.505 29.499 8,8 27.229 8,7 Outros 4.894 4.537 8.648 20.299 6,1 24.615 7,8 Europa 15.006 13.014 13.209 53.385 15,9 49.042 15,6 Alemanha 5.471 5.219 4.660 21.991 6,6 19.075 6,1 França 1.474 1.497 2.103 5.814 1,7 6.242 2,0 Outros 8.061 6.298 6.446 25.580 7,6 23.725 7,6 Oriente Médio 2.095 2.401 2.337 9.745 2,9 8.694 2,8 Resto do mundo 453 265 1.141 1.360 0,4 3.291 1,0 Total 91.677 86.037 90.841 334.946 100,0 313.634 100,0 Indicadores financeiros selecionados - Minerais ferrosos US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Receita líquida 3.830 4.312 6.116 16.562 25.697 Custos¹ (2.497) (2.447) (3.792) (10.241) (13.063) Despesas¹ 120 (153) (504) (380) (1.289) Despesas pré-operacionais e de parada¹ (61) (32) (48) (169) (221) Despesas com P&D (27) (28) (117) (128) (329) Dividendos recebidos 44-47 255 526 EBITDA ajustado 1.409 1.652 1.702 5.899 11.321 Depreciação e amortização (388) (402) (548) (1.669) (1.930) EBIT ajustado 977 1.250 1.107 3.975 8.865 Margem EBIT ajustado (%) 25,5 29,0 18,1 24,0 34,5 ¹ Excluindo depreciação e amortização Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro (excluindo minérios de terceiros) 4T15 3T15 4T14 2015 2014 EBITDA ajustado (US$ milhões) 1.040 1.180 1.060 3.912 7.759 Volume vendido (Mt) 76,432 68,261 71,394 265,313 243,650 EBITDA ajustado (US$/t) 13,61 17,29 14,84 14,75 31,85 Indicadores financeiros selecionados - Pelotas (excluindo Samarco) 4T15 3T15 4T14 2015 2014 EBITDA ajustado (US$ milhões) 336 382 526 1.539 2.579 Volume vendido (Mt) 10,837 11,961 12,686 46,284 43,682 EBITDA ajustado (US$/t) 31,00 31,94 41,46 33,24 59,04 Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro e pelotas 4T15 3T15 4T14 2015 2014 EBITDA ajustado (US$ milhões) 1.376 1.562 1.586 5.451 10.338 Volume vendido (Mt) 87,269 80,222 84,080 311,598 287,332 EBITDA ajustado (US$/t) 15,77 19,47 18,86 17,49 35,98 50

A Vale promoverá mudanças em seus critérios de alocação a partir de 2016. Estas mudanças não modificarão os níveis absolutos dos números, mas irão alterar a alocação de custos e despesas por natureza ou segmento de negócios. O principal impacto dessas mudanças será na alocação dos custos entre (a) no SG&A; (b) no ICMS; e (c) nos custos de distribuição dentro das unidades de negócio. A seguir estão os impactos: a) SG&A Atualmente uma quantidade desproporcional de despesas de SG&A da Vale no Brasil é atribuída à divisão de minerais ferrosos, principalmente para os finos de minério de ferro. Após a reavaliação da alocação do SG&A em todos os segmentos de negócios, foi tomada a decisão da utilização de diferentes critérios de alocação a partir do 1Q16. b) ICMS O ICMS é um imposto de valor agregado do Brasil. A Vale está exposta a diferentes regimes fiscais de ICMS nos estados onde as operações estão localizadas. Geralmente, o ICMS é creditado na aquisição de bens e serviços e é realizado com base nas vendas de produtos para o mercado interno. As negociações de créditos são feitas com os governos e terceiros. Historicamente, a Vale tem acumulado créditos de ICMS sem poder usá-los totalmente, dado que as exportações do Brasil estão isentas da taxa de ICMS. Em vista da acumulação contínua de ICMS sem uso, a Vale prejudica periodicamente os créditos fiscais excessivos e registra as perdas em outras despesas. A fim de refletir o caráter regular dos impairments créditos fiscais do ICMS, a Vale irá alocálos em Custo dos Produtos Vendidos (CPV) em uma base regular a partir do 1T16, aumentando o CPV, porém, ao mesmo tempo, diminuindo o montante de outras despesas. As mudanças mencionadas acima não irão alterar os níveis absolutos de custos e despesas para os finos de minério de ferro (ou pelotas), sendo apenas uma realocação de montantes absolutos das despesas para custos. 51

c) CUSTOS DE DISTRIBUIÇÃO Atualmente, a Vale informa todos os custos de distribuição como custos caixa C1 FOB no Brasil. No entanto, uma maior percentagem destes custos de distribuição está sendo incorrida no exterior com a implantação da usina de pelotização em Omã, com o centro de distribuição na Malásia e a utilização cada vez mais frequente dos portos na China para a blendagem de minério de ferro. De forma a ajustar essas mudanças recentes em sua cadeia de suprimentos, a Vale reclassificará os custos de distribuição incorridos em Omã, Malásia, China e em outras instalações fora do Brasil, alocando-os como um item separado, sob a designação de custos de distribuição. Os custos de frete e de distribuição serão reportados separadamente. Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro ajustado por qualidade entregue na China Após as mudanças de alocação na contabilidade gerencial US$/t 1T15 2T15 3T15 4T15 2015 Custo unitário de minério de ferro (ex-rom, exroyalties), FOB (US$/t) 12,1 18,6 16,1 13,1 14,6 Custo de frete de finos de minério de ferro (exbunker oil hedge) 16,4 14,1 17,2 16,8 16,0 Custos de distribuição 0,4 0,5 0,3 0,5 0,4 Despesa¹ & royalties de finos de minério de ferro 4,6 4,2 3,6 3,9 4,1 Ajuste de umidade de minério de ferro 3,4 3,1 2,8 2,5 2,9 Ajuste de qualidade e condições comerciais de minério de ferro 2 (1,3) (2,0) (2,1) (1,1) (1,6) Custo unitário + despesas de finos de minério de ferro entregue na China (US$/dmt) 42,9 38,7 34,1 32,0 36,3 ¹ Líquido de depreciação. 52

IMPACTO DO HEDGE DE BUNKER OIL NO DESEMPENHO FINANCEIRO DA VALE O efeito total dos preços de bunker oil no desempenho financeiro da Vale depende do hedge de bunker oil feito pela Vale. Tão logo ficou clara a queda estrutural nos preços de petróleo, a Vale interrompeu a contratação de novos contratos de hedge de bunker oil, mas ainda é impactada pelas posições em aberto de hedge. Entretanto, os custos não serão mais impactados em 2016 já que todas as posições em aberto de bunker oil registradas como hedge accounting foram encerradas. Os hedges de bunker oil são contabilizados da seguinte maneira: a) O hedge relativo à exposição de bunker oil de nossas vendas FOB e domésticas é contabilizado como despesa financeira, marcado a mercado a cada trimestre e registrado como resultado financeiro. b) O hedge relativo à exposição de bunker oil de nossas vendas CFR é registrado como hedge accounting, sendo marcado a mercado a cada trimestre e registrado em Outros resultados abrangentes e, por conseguinte, afeta o CPV somente na data real de encerramento do derivativo. Impacto do hedge oil no desempenho financeiro da Vale Conceito Impacto Atual Drivers do impacto futuro Tipo de contrato de frete Hedge accounting Impacto das posições de derivativos abertas no DRE CFR Sim Impacto no CPV Impacto incorrido na DRE do 1T15 US$ 2,5/t (US$ 134 milhões) de aumento do CPV do minério de ferro Tipo de instrumento Posições abertas de derivativos bunker oil (milhões toneladas) Preço de exercício (US$/t) NA 0 NA FOB Não Impacto nas despesas financeiras US$ 242 milhões de diminuição nos resultados financeiros Forward 2.206 508 Zero Cost Collar 2.042 314-385 Mais especificamente, o impacto das posições de hedge no resultado da Vale pode ser sumarizado conforme abaixo: a) Impacto nas demonstrações de resultado (DRE) relacionado à parcela do programa de hedge accounting: 53

No 4T15: Os custos de frete aumentaram US$ 2,5/t devido ao encerramento dos contratos de derivativos no 4T15, ocasionando o aumento do CPV. Não haverá impacto no EBITDA 1T16 e nos trimestres subsequentes. b) Impacto nas demonstrações de resultado (DRE) da parcela do programa que não é hedge accounting: No 4T15: foi reconhecido, no resultado financeiro do 4T15, um impacto negativo de US$ 242 milhões, decorrente das perdas realizadas nos contratos encerrados no período e da marcação a mercado das posições de derivativos em aberto em 31 de dezembro de 2015. No 1Q16 e nos trimestres subsequentes: os resultados financeiros serão impactados pelas variações das marcações a mercado das posições de derivativos em aberto ao final de cada trimestre e pelos ganhos ou perdas relativos aos contratos de derivativos encerrados no trimestre. 54

Ruptura da barragem de rejeitos da Samarco Em 5 de novembro de 2015, uma das barragens da Samarco (Fundão) colapsou inesperadamente, lançando 32 Mm3 de rejeitos arenosos e atingindo várias comunidades, incluindo a comunidade do distrito de Bento Rodrigues, onde viviam cerca de 600 pessoas. A ruptura da barragem resultou em 17 fatalidades, com duas pessoas ainda desaparecidas, e causou extenso dano às propriedades e ao meio ambiente das regiões afetadas nos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Imediatamente após a ruptura da barragem de rejeitos, junto com a Defesa Civil, o Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar e outras autoridades, a Samarco providenciou primeiros socorros, comida, água, estadia, assistência social e suporte financeiro para centenas de famílias e indivíduos afetados. Até o presente momento, a Samarco: (a) finalizou a recuperação de todas as sete pontes impactadas pela ruptura da barragem; (b) acomodou todas as 369 famílias que perderam suas casas; (c) distribuiu 2.907 cartões de suporte financeiro para os residentes das cidades afetadas (75% do total das famílias afetadas); (d) providenciou atendimento psicossocial para 1.185 famílias; (e) distribuiu 553 milhões de litros de água potável e 59 milhões de litros de água mineral. Tanto a Vale quanto a BHP Billiton, acionistas da Samarco, têm se envolvido ativamente no suporte à Samarco durante esta crise. Além das ações civis, a Samarco tem monitorado a região afetada e realizado trabalhos de emergência para conter movimentos adicionais de rejeitos, reforçando as estruturas das barragens para garantir a segurança da região. Além de cooperar com as investigações conduzidas pela Polícia Civil, Polícia Federal e Ministério Público Federal, a Samarco, em conjunto com seus acionistas, também contratou uma firma especializada para conduzir uma investigação externa. Dada a complexidade do evento, ainda não é possível definir uma data para a divulgação. Com o fim de avaliar os impactos ambientais e socioeconômicos da ruptura da barragem e auxiliar no desenvolvimento de um plano de remediação, a Samarco contratou duas empresas externas: uma consultoria de classe mundial em engenharia, meio ambiente e emergências ambientais e outra empresa de reputação internacional especializada em serviços ambientais, de saúde e segurança e sociais. O plano de remediação elaborado também incluirá ações para recuperação da atividade econômica regional. Os impactos da ruptura da barragem nas atividades da Samarco levaram à imediata 55

paralisação de suas atividades de mineração no Estado de Minas Gerais. A operação da Vale no Complexo de Mariana, próximo à área de mineração da Samarco, também foi impactada negativamente pela destruição da principal correia transportadora. Consequentemente, a produção da Vale na região de Mariana foi 3 Mt menor no 4T15 (cujas perdas foram parcialmente compensadas pelo aumento de produção em outras minas) e, provavelmente, será 9 Mt menor em 2016 (cujas perdas serão parcialmente compensadas pelo aumento de produção em outras minas). A Vale também interrompeu as vendas de ROM para a planta de processamento da Samarco em Minas Gerais. Como consequência do rompimento da barragem de Fundão, a Samarco incorreu em despesas, baixa de ativos e reconheceu provisões para remediação, que afetou seu balanço patrimonial e demonstração de resultado. A Vale reconhece os resultados da Samarco pelo método de equivalência patrimonial e, portanto, os impactos do rompimento da barragem da Samarco no balanço patrimonial e na demonstração de resultado estão limitados à participação da Companhia no capital social da Samarco, de acordo com a legislação societária brasileira. O investimento da Vale na Samarco foi reduzido para zero e nenhum passivo foi registrado nas demonstrações contábeis da Vale. O rompimento da barragem não teve efeito no fluxo de caixa da Vale no exercício findo em 31 de dezembro de 2015 27. Em função do evento, a Vale S.A foi citada na ação civil pública ajuizada na 12ª Vara Federal de Belo Horizonte pela União, pelos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo e outras instituições. A ação, contra a Samarco S.A ( Samarco ) e seus acionistas, BHP Billiton Brasil Ltda. ( BHP ) e Vale requisitou: (a) a indisponibilidade das licenças das três rés para a lavra de minério, sem contudo limitar as suas atividades de produção e comercialização e (b) a remediação dos danos causados pela ruptura da barragem. Foi atribuído à causa o valor de R$ 20,2 bilhões. A Vale tem adotado as medidas necessárias para assegurar seu direito de defesa. Para mais detalhes sobre efeitos contábeis favor recorrer às Demonstrações Financeiras da Vale de 31 de dezembro de 2015, nota 4. 56

Metais Básicos DESEMPENHO ANUAL O EBITDA ajustado de metais básicos foi de US$ 1,388 bilhão em 2015, representando uma redução de US$ 1,133 bilhão dos US$ 2,521 bilhões registrados em 2014. A redução deveuse, principalmente, aos menores preços dos metais básicos (US$ 2,195 bilhões) e maiores custos (US$ 137 milhões), que foram parcialmente compensados por variações cambiais favoráveis (US$ 594 milhões) e maiores volumes (US$ 498 milhões). RECEITA E VOLUMES DE VENDA A receita bruta de metais básicos e seus subprodutos totalizaram US$ 6,172 bilhões em 2015 contra os US$ 7,694 bilhões em 2014. A redução foi ocasionada, principalmente, por menores preços de níquel (US$ 1,394 bilhão) e de cobre (US$ 641 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores volumes de venda de níquel (US$ 338 milhões) e de cobre (US$ 246 milhões). A produção de níquel atingiu novo recorde anual de 291.000 t, ficando 16.000 t acima de 2014, como resultado da maior produção em VNC e Onça Puma. A produção de cobre, devido ao ramp-up de Salobo, atingiu 423.800 t, ficando 44.100 t acima de 2014 e batendo um novo recorde anual. A produção de ouro atingiu uma produção recorde de 420.100 onças troy (oz) em 2015, representando um recorde histórico, com o avanço do ramp-up de Salobo. CUSTOS E DESPESAS Os custos de metais básicos foram de US$ 4,296 bilhões (ou US$ 5,863 bilhões incluindo depreciação). Após o ajuste pelos efeitos de volume (US$ 168 milhões) e variações cambiais (-US$ 594 milhões), os custos aumentaram US$ 137 milhões em relação a 2014. A principal razão do aumento de custo foi a crescente alocação de despesas pré-operacionais de VNC ao CPV. SG&A e outras despesas, excluindo depreciação, apresentaram resultado positivo em US$ 44 milhões em 2015 devido ao efeito positivo de US$ 230 milhões da transação de goldstream registrada no 1T15. SG&A e outras despesas, excluindo os efeitos positivos de seguros em 2014 (US$ 276 milhões) e da transação de goldstream no 1T15, ficaram estáveis em 2015 se comparadas a 2014. Despesas pré-operacionais e de parada, excluindo depreciação, totalizaram US$ 412 milhões, ficando US$ 117 milhões abaixo de 2014, principalmente como reflexo de menores despesas em VNC (US$ 129 milhões) e em Salobo (US$ 15 milhões), que foram parcialmente mitigadas por maiores despesas em Long Harbour (US$ 26 milhões). 57

DESEMPENHO TRIMESTRAL O EBTIDA ajustado foi de US$ 111 milhões no 4T15, diminuindo US$ 82 milhões em relação ao 3T15, principalmente como resultado dos menores preços (US$ 158 milhões), pela baixa contábil de materiais relacionados com a construção inicial de Onça Puma e Salobo de -US$ 31 milhões que foram parcialmente compensados por maiores volumes de vendas (US$ 93 milhões) e variação cambial favorável (US$ 30 milhões) no 4T15. O EBITDA ajustado foi impactado negativamente pelo EBITDA de VNC de -US$ 107 milhões e pelos ajustes de preço provisório de cobre de -US$ 60 milhões. RECEITAS E VOLUMES DE VENDAS A receita bruta das vendas de níquel totalizou US$ 782 milhões no 4T15, ficando em linha com o 3T15. O impacto negativo de menor preço realizado de níquel no 4T15 (US$ 112 milhões) foi compensado por maiores volumes de vendas (US$ 109 milhões). Os volumes de vendas foram de 84 kt no 4T15, ficando 12 kt acima do 3T15. A receita bruta das vendas de cobre totalizou US$ 413 milhões no 4T15, aumentando 12,2% em relação ao 3T15, principalmente como resultado de maiores volumes (US$ 54 milhões). Os volumes de vendas totalizaram 108 kt no 4T15 em relação às 94 kt no 3T15. A receita bruta das vendas de PGMs (metais do grupo da platina) totalizou US$ 96 milhões no 4T15, aumentando 65,5% em relação ao 3T15, em função dos maiores volumes de vendas de 140 koz no 4T15 contra 83 koz no 3T15. Os volumes de vendas de PGMs aumentaram com Sudbury operando sem a grande parada de manutenção ocorrida no terceiro trimestre. A receita bruta das vendas de ouro totalizou US$ 122 milhões no 4T15, ficando 6,1% acima do 3T15 como resultado dos maiores volumes de 114 koz no 4T15, contra 105 koz no 3T15. Receita operacional líquida por produto US$ milhões 4T15 3T15 4T14 2015 2014 Níquel 782 785 1.064 3.412 4.468 Cobre 413 368 556 1.728 2.122 PGMs 96 59 152 404 564 Ouro 122 115 115 477 418 Prata 8 7 11 31 37 Outros 37 22 50 120 85 Total 1.458 1.355 1.948 6.172 7.694 PREÇO REALIZADO DE NÍQUEL O preço realizado de níquel foi de US$ 9.310/t, ficando US$ 127/t abaixo da média do preço de níquel na LME de US$ 9.437 no 4T15. 58

Os produtos de níquel da Vale são divididos em duas categorias, níquel refinado (pelotas, powders, catodos, FeNi, Utility Nickel e Tonimet ) e intermediários (concentrados, matte, NiO e NHC). Os produtos refinados de níquel possuem mais níquel contido, obtendo tipicamente um prêmio sobre a média do preço LME, enquanto os produtos intermediários de níquel apresentam menos pureza já que eles são apenas parcialmente processados. Por essa diferença, os produtos intermediários são vendidos com desconto. O montante do desconto irá variar de acordo com a quantidade de processamento que ainda se faz necessária, a forma do produto e o nível de impurezas. O mix de produtos vendidos também é um importante fator na realização de preço do níquel. As vendas de níquel refinado representaram 87% do total de vendas de níquel no 4T15; com vendas de intermediários representando o restante. Essa foi a mesma proporção do 3T15. O preço realizado de níquel diferiu da média do preço LME no 4T15 baseado nos seguintes impactos: Prêmio para produtos acabados de níquel refinado com média de US$ 313/t, com um impacto agregado no preço realizado de US$ 270/t; Desconto para produtos intermediários de níquel com média de US$ 2.943/t, com um impacto agregado no preço realizado de -US$ 397/t. Realização de preço - níquel PREÇO REALIZADO DE COBRE O preço realizado de cobre foi de US$ 3.824/t, ficando US$ 1.068/t abaixo da média do preço de cobre na LME de US$ 4.892/t no 4T15. Os produtos de cobre da Vale são formas 59

intermediárias de cobre, predominantemente na forma de concentrado que é vendido com desconto em relação ao preço LME. Estes produtos são vendidos a preços provisórios durante o trimestre, sendo os preços finais determinados em um período futuro, geralmente de um a quatro meses adiante 28. O preço realizado de cobre diferiu da média do preço LME no 4T15 baseado nos seguintes impactos: Ajustes de precificação do período atual: marcação a mercado das faturas ainda em aberto no trimestre baseada em preços de cobre na curva de preço futuro 29 ao fim do trimestre (-US$ 317/t). Ajustes de preço de períodos anteriores: variação entre o preço utilizado nas faturas finais (e na marcação a mercado das faturas de trimestres anteriores ainda em aberto ao final do trimestre atual) e os preços provisórios usados nas vendas dos trimestres anteriores (US$ -239/t). TC/RCs, penalidades, prêmios e descontos para produtos intermediários (-US$ 512/t). Realização de preço cobre O impacto total do sistema de preço provisório (marcação a mercado de faturas em aberto e diferenças entre preços provisórios e finais) nas receitas das vendas foi de US$ 60 milhões como resultado líquido de: (a) ajuste de preço do período atual para a marcação a mercado 28 Em 31 de dezembro de 2015 a Vale tinha 81.229 toneladas de cobre precificado provisoriamente baseado na curva de preço futuro da LME de US$ 4.710/t, sujeito a precificação final nos próximos meses. 29 Inclui um pequeno montante de faturas finais que foram precificadas provisionalmente e finalizadas no próprio trimestre. 60