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Transcrição:

CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS. DECISÃO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL QUE SUSPENDEU, EM CARÁTER LIMINAR, A EMANCIPAÇÃO DO MUNICÍPIO DE PINTO BANDEIRA (ADIN N O 2.381-1) REGINA MARIA GROBA BANDEIRA Consultora Legislativa da Área I Direito Constitucional, Eleitoral, Municipal, Administrativo, Processo Legislativo e Poder Judiciário JUNHO/2001

2 2001 Câmara dos Deputados. Todos os direitos reservados. Este trabalho poderá ser reproduzido ou transmitido na íntegra, desde que citados o(s) autor(es) e a Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados. São vedadas a venda, a reprodução parcial e a tradução, sem autorização prévia por escrito da Câmara dos Deputados. Câmara dos Deputados Praça dos 3 Poderes Consultoria Legislativa Anexo III - Térreo Brasília - DF 2

3 Apresente nota técnica aborda o tema relativo à criação de Municípios, que recentemente foi objeto de notícias publicadas em periódicos a propósito da decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender a criação do Município gaúcho de PINTO BANDEIRA, ao conceder liminar na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.381-1. Cumpre esclarecer, preliminarmente, que ainda não foi editada a lei complementar federal mencionada no 4º do art. 18 da Constituição Federal, com a redação conferida pela Emenda Constitucional nº 15, de 1996. Diante disso, o Poder Judiciário vem se manifestando no sentido da inviabilidade de criação de Municípios enquanto não editada a lei complementar federal a que se refere o artigo 18, 4º da Constituição, considerando o dispositivo constitucional, portanto, dependente de integração legislativa ou de eficácia limitada. Relacionamos, a seguir, sínteses de decisões do Eg. Tribunal Superior Eleitoral, nesse sentido, disponíveis no site daquela Corte na Internet: 3

4 Número do Processo 2812A Tipo do Processo MS MANDADO DE SEGURANCA Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data 3 DESPACHO Relator EDSON CARVALHO VIDIGAL BARREIRAS - BA Relator designado 16/03/2000 Publicação DJ - Diário de Justiça, Data 23/03/2000, Página 43 Ementa De Barreiras, exatamente a partir do povoado Mimoso do Oeste, sairá para o mapa um novo Município, na Bahia. Esta a vontade do Tribunal Regional Eleitoral daquele Estado, cuja decisão é contestada aqui, neste Mandado de Segurança pelo PSDB - Partido da Social Democracia Brasileira. Argumento do PSDB para que não se realize a vontade dos dignos Juizes do Tribunal baiano o desmembramento e emancipação de Mimoso do Oeste depende de estudos prévios de viabilidade antes mesmo da consulta plebiscitária, ab ovo viciada, porquanto só alcançaria os eleitores mimosenses. Isso tudo, portanto, de forma ignorante aos preceitos constitucionais. (CF, Art.18, 4º com a redação da Emenda 15/96). Pede liminar para que se ordene, de pronto, a suspensão do plebiscito programado pelo Egrégio baiano. Decido. A Constituição Federal, Art.18, 4º, com a redação da Emenda 15/96, é taxativa ao determinar que " a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por lei complementar federal e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos estudos de viabilidade municipal, apresentados e publicados na forma da lei. (grifei) Ora, é público e notório que essa lei complementar federal não existe, ainda, na ordem jurídica do País. Nesse sentido, 'RECURSO ESPECIA L EMANCIPAÇÃO DE DISTRITO DEFERIMENTO DE CONSULTA PLEBISCITÁRIA AUSÊNCIA DE REGULAMENTAÇÃO FEDERAL VIOLAÇÃO DO ART. 18, PARÁGRAFO 4º DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL COM A REDAÇÃO DADA PELA EM ENDA N. 15/96 R ECURSO ESPEC IA L CONHEC IDO E PROVIDO' (Resp 16.174, Rel. Min. Eduardo Alckmin, DJ de 23.11.1999) 'Município. Emancipação. Consulta. Não se viabiliza o procedimento, tendente à criação de município, enquanto não editada a lei complementar a que se refere o artigo 18, 4º da Constituição' ( Resp 16.164, Rel. Min. Eduardo Ribeiro, DJ de 14.12.1999).. No mesmo sentido, sob minha relatoria a decisão desta Corte no Proc.A dm. nº 18.399-PA. (Julg. Em 03.02.2000) Assim, presentes o fumus boni juris, bem como o periculum in mora, ante a clara possibilidade de danos ao erário e à segurança política e administrativa do Município de Barreiras, concedo a liminar, determinando, de imediato, a suspensão do plebiscito marcado para o dia 19 de março próximo, no Distrito de Mimoso do Oeste, Município de Barreira, Estado da Bahia, suspendendo, por conseguinte, a eficácia da Resolução nº 33/2000, de 14 de março último, editada pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, até a decisão final neste Mandado de Segurança. Comunique-se.com urgência ao Exmo. Sr. Presidente do TRE-BA e ao Exmo. Sr. Deputado Presidente da Assembléia Legislativa do Estado da Bahia. Peçam-se as informações atualizadas. Após, juntadas, sigam os autos à Procuradoria Geral Eleitoral. 4

5 Número do Processo Tipo do Processo 1480 MS MANDADO DE SEGURANCA Tipo do Documento Nº Decisão Município - UF Origem Data 1 Acórdão 1480 CABREÚVA - SP 13/04/2000 Relator NELSON JOBIM Relator designado Publicação DJ - Diário de Justiça, Data 12/05/2000, Página 89 Ementa MUNICIPIO. DESMEMBRAMENTO. PLEBISCITO. E IMPOSSIVEL A CRIACAO, A INCORPORACAO, A FUSAO E O DESMEMBRAMENTO DE MUNICIPIOS ANTES DA EDICAO DA LEI COMPLEMENTAR FEDERAL A QUE SE REFERE O ART. 18, PARAGRAFO 4 DA CONSTITUICAO FEDERAL. Catálogo EL0054 : ELEIÇÕES PLEBISCITO Indexação SUSPENSAO, MARCACAO, DATA, PLEBISCITO, DESMEMBRAMENTO, DISTRITO, IMPOSSIBILIDADE, VIABILIDADE, PROCEDIMENTO, ANTERIORIDADE, EDICAO, LEI COMPLEMENTAR, PREVISAO, CONSTITUICAO FEDERAL. (ISO) Referência Leg.: FEDERAL CONSTITUICAO FEDERAL Nº.: 1988 Ano: 1988 (CFD Legislativa CONSTITUICAO FEDERAL DEMOCRATICA) Art.: 18 - Par.: 4 Leg.: FEDERAL EMENDA CONSTITUCIONAL Nº.: 15 Ano: 1996 Precedentes/ Sucessivos (Prec.) MS Nº:2798 (MS) - PA, Rel.: GARCIA VIEIRA (Prec.) RESP Nº:16164 (RES) - RO, Rel.: EDUARDO RIBEIRO Decisão POR UNANIMIDADE, O TRIBUNAL DEFERIU O MANDADO DE SEGURANCA NOS TERMOS DO VOTO DO RELATOR. JURISPRUDÊNCIA DO TSE Quando da elaboração do presente estudo ainda não era possível tomar conhecimento das peças que compõem os autos da ADIn retromencionada, cuja medida cautelar teria sido concedida para suspender a criação do Município de Pinto Bandeira. Há que se aguardar a publicação do acórdão proferido, com o que poderemos tomar ciência dos efeitos da decisão prolatada. Parece-nos oportuno, contudo, fazer alguns esclarecimentos acerca da natureza jurídica do provimento cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade. A medida cautelar, em ADIn, reveste-se, ordinariamente, de eficácia ex nunc, operando, portanto, a partir do momento em que o Supremo Tribunal Federal a defere (RTJ 124/ 80). Excepcionalmente, para que não se frustrem os seus objetivos, a medida cautelar poderá projetar-se com eficácia ex tunc, em caráter retroativo, com repercussão sobre situações pretéritas (RTJ 138/86). 5

6 Para que se outorgue eficácia ex tunc ao provimento cautelar, em sede de ADIn, impõese que o Supremo Tribunal Federal assim o determine, expressamente, na decisão que conceder essa medida extraordinária (RTJ 164/506-509, 508, Rel. Min. CELSO DE MELLO). Assim, ordinariamente, o STF, diante da presença da relevância da argüição de inconstitucionalidade e da conveniência da suspensão da norma impugnada pode deferir medida cautelar para suspender, com efeito ex nunc, a eficácia da Lei impugnada, até o julgamento final da ação, por aparente vício de inconstitucionalidade. No caso em tela, há evidências de que a ADIn se enquadra nessa hipótese. O Supremo Tribunal Federal concedeu liminar que susta tão-somente a eficácia da lei estadual que instituiu o Município de Pinto Bandeira. Essa decisão, de caráter temporário, opera efeitos ex nunc, ou seja, para o futuro, não afetando situações jurídicas pretéritas. Com tal decisão o STF sinaliza a plausabilidade jurídica da argüição de inconstitucionalidade da citada lei estadual. A tendência é que o STF tenha o mesmo posicionamento em processos semelhantes. Contudo, em não sendo definitivo o pronunciamento do Pretório Excelso, há que se aguardar o julgamento do mérito da ação, com o que, então, ficará firmado o entendimento daquela Corte sobre a matéria. No campo legislativo, a iminência de manifestação do STF sobre o tema contribuirá, certamente, para a reabertura de discussões sobre a Lei complementar federal que regulamentará a Emenda Constitucional nº 15, de 1996. 107729 6