PEDRO VAZ MENDES PACTA SUNT SERVANDA. e Interesse Público nos Contratos Administrativos

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Transcrição:

PEDRO VAZ MENDES PACTA SUNT SERVANDA e Interesse Público nos Contratos Administrativos UNIVERSIDADE CATÓLICA EDITORA Lisboa 2016

Resumo A exigência de a administração consensualizar a prossecução do interesse público com os respetivos cocontratantes conduz à necessidade de obter uma correta solução ao conflito entre, por um lado, a vinculação da administração à prossecução do interesse público e, por outro, os princípios da boa-fé e da concorrência, no sentido de a configuração das faculdades de direção do contrato, modificação e resolução unilaterais do contrato por imperativo de interesse público, da exceção de não cumprimento e da resolução por incumprimento, seja de forma a aproximar as posições das partes no sentido de aprofundar o respeito pela estabilidade do contrato. Quando a determinação do interesse público que justifica a atuação exorbitante da administração é precisa, uma vez verificado que os pressupostos para o seu exercício existem, deve considerar-se a subsistência de um interesse público idóneo para legitimar essa conduta da administração. Quando a determinação do interesse público é imprecisa, assume especial relevância o conteúdo do contrato na dupla dimensão de liberdade contratual e de suficiência do mesmo para a sua execução. Nestes casos, a administração, na sua atuação, está vinculada ao interesse público que o poder legislativo determina, sendo condições normativas desse interesse público os princípios gerais a que a atividade administrativa está sujeita, designadamente, os princípios da igualdade, proporcionalidade, justiça, imparcialidade e boa-fé, bem como o respeito pelo pactuado. É através do trabalho de interpretação do interesse público definido na lei, em cujo labor a administração tem de ter em conta as mencionadas condições normativas bem como os limites específicos à sua atuação, que esta define qual o meio de atuação próprio adequado para melhor prosseguir o interesse público em concreto, designadamente na execução do contrato. A interpretação do interesse público tem, neste caso, de ter em conta que a celebração do contrato ocorreu por se considerar ser a melhor forma de prosseguir o interesse público, colocando, dessa forma, o cocontratante na especial posição de agente prossecutor desse interesse público.

Índice Agradecimentos 5 Resumo 7 Abreviaturas 8 CAPÍTULO I A MUDANÇA DE PARADIGMA NA RELAÇÃO ENTRE ADMINISTRAÇÃO E PARTICULARES NA ATIVIDADE ADMINISTRATIVA E A SUA REPERCUSSÃO NA EXECUÇÃO DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Secção I Objeto do estudo: a estabilidade das relações contratuais administrativas 1. Objeto de estudo: as relações contratuais 9 2. Plano da exposição 12 Secção II A atividade negocial da administração e o direito administrativo 1. Da autoridade enquanto elemento caracterizador da relação jurídica estabelecida entre administração e particulares ao novo paradigma de relacionamento entre administração e particulares 14 2. Estabilidade do contrato administrativo e interesse público: elementos da dicotomia 16 2.1. Os contratos administrativos 16 2.2. O interesse público 23 3. Estabilidade do contrato administrativo e interesse público: a evolução histórica e doutrinária (em Portugal) 25 3.1. Enquadramento 25 3.2. O primeiro período: surgimento de indícios da prevalência da prossecução do interesse público sobre o princípio da pacta sunt servanda 31

402 PACTA SUNT SERVANDA 3.3. O segundo período: afirmação dos indícios da prevalência da prossecução do interesse público sobre o princípio da pacta sunt servanda 39 3.4. O terceiro período: a afirmação plena da prevalência da prossecução do interesse público sobre o princípio da pacta sunt servanda 50 3.5. O quarto período: atenuação do carácter tendencialmente absoluto da prevalência da prossecução do interesse público sobre o princípio da pacta sunt servanda nos contratos administrativos 59 4. Em busca de uma releitura do regime da estabilidade do contrato administrativo em face do interesse público (fundamentalmente remissivo) 63 CAPÍTULO II O PODER DE DIREÇÃO DO CONTRATO 1. Enquadramento e razão de ordem 65 2. Função do contrato na relação entre as partes e prossecução das atribuições da administração, norteada pelo interesse público, como fundamentos do poder de direção dos contratos 69 3. Limites ao poder de direção da execução das prestações nos contratos administrativos e conteúdo do respetivo exercício 78 3.1. Limites ao exercício do poder de direção da execução do contrato 78 3.2. Âmbito, finalidade e faculdades incluídas no poder de direção da execução do contrato 86 4. Efetividade e limites das declarações de exercício do poder de direção da execução das prestações nos contratos administrativos 112 CAPÍTULO III O PODER DE MODIFICAÇÃO UNILATERAL DO CONTRATO POR IMPERATIVO DE INTERESSE PÚBLICO 1. Enquadramento e razão de ordem 117 2. Da admissibilidade, em e por princípio, do poder de modificação unilateral do contrato administrativo 118 3. A modificação unilateral do contrato e o direito civil 126 3.1. Enquadramento 126 3.2. Breve análise de direito comparado sobre a interpenetrabilidade entre direito civil e direito administrativo na adaptação do contrato às vicissitudes ocorridas na sua execução 127 3.3. A alteração de circunstâncias no direito civil 132 3.4. A prerrogativa de modificação do contrato e a modificação do contrato por alteração das circunstâncias 135 4. Procura do fundamento da modificação unilateral do contrato por imperativo de interesse público (no direito português) 138

ÍNDICE 403 4.1. Procura do fundamento da modificação unilateral do contrato administrativo por imperativo de interesse público 138 4.2. A especialidade do contrato de concessão de obras públicas e de serviços públicos 143 4.3. A especialidade do contrato de empreitada de obras públicas 147 5. Os limites ao exercício do poder de modificação unilateral do contrato pelas entidades públicas portuguesas 152 5.1. Enquadramento 152 5.2. Identificação dos limites ao poder de modificação unilateral 153 5.3. Limites comunitários ao poder de modificação unilateral 154 5.4. Limites nacionais ao poder de modificação unilateral 164 5.5. Limites contratuais ao poder de modificação unilateral 166 5.6. O caso especial do contrato de concessão de obras públicas e de serviços públicos 173 6. O exercício e conteúdo da prerrogativa de modificação do contrato, em especial a previsão contratual 175 6.1. O contrato, o interesse público e a ponderação de interesses na modificação unilateral do contrato 175 6.2. Âmbito da modificação unilateral do contrato 178 6.3. Renunciabilidade do poder de modificação unilateral do contrato 179 6.4. Audiência dos interessados no exercício do poder de modificação unilateral do contrato 180 7. A compensação pelo exercício da prerrogativa de modificação do contrato 181 7.1. Enquadramento 181 7.2. Mecanismo de garantia do equilíbrio económico e financeiro em caso de modificação do contrato administrativo 186 7.3. A solução, subsidiária ou alternativa à da compensação, de resolução do contrato 188 7.4. A compensação pela modificação do contrato de concessão de obras públicas e de serviços públicos 189 7.5. A compensação pela modificação do contrato de empreitada de obras públicas 196 CAPÍTULO IV O PODER DE RESOLUÇÃO POR IMPERATIVO DE INTERESSE PÚBLICO 1. Enquadramento e razão de ordem 201 2. Fundamento do poder de resolução do contrato por motivos de interesse público 202

404 PACTA SUNT SERVANDA 2.1. O interesse público no centro da prerrogativa em análise 202 2.2. Repercussão da duração da relação contratual no fundamento da prerrogativa em análise 207 3. Da declaração de vontade emitida em exercício do poder de resolução do contrato por motivos de interesse público 208 3.1. Nos contratos administrativos em geral 208 3.2. A especialidade dos contratos de concessão de obras públicas ou serviços públicos 211 3.3. Renunciabilidade do exercício da faculdade de modificação unilateral do contrato 212 4. Razões de interesse público que podem justificar o exercício do poder de resolução do contrato 213 4.1. A problemática nos contratos administrativos em geral 213 4.2. A especificidade do contrato de concessão de obras públicas ou serviços públicos 218 5. Efeitos do exercício do poder de resolução do contrato 219 6. A indemnização devida pelo exercício do poder de resolução do contrato por motivos de interesse público 221 CAPÍTULO V EXCEÇÃO DE NÃO CUMPRIMENTO 1. Enquadramento 227 1.1. Origem do instituto 227 1.2. Função do instituto 229 2. O fundamento da exceção de não cumprimento 230 2.1. O direito civil português 230 2.2. O princípio da boa-fé enquanto fundamento da exceção de não cumprimento (também) nos contratos administrativos 245 2.3. Os principais argumentos avançados pela doutrina contra a admissibilidade da exceção de não cumprimento nos contratos administrativos 258 3. Os pressupostos do exercício da exceção de não cumprimento 269 3.1. Enquadramento 269 3.2. A existência de um contrato bilateral, sinalagmático 271 3.3. A inexistência da obrigação de cumprimento prévio por parte do contratante que invoca a exceção 278 3.4. O não cumprimento, ou não oferecimento do cumprimento simultâneo, da contraprestação 281 3.5. A não contrariedade à boa-fé 288

ÍNDICE 405 3.6. Pressupostos procedimentais para a efetivação do exercício da exceptio 291 4. Admissibilidade da exceptio e requisitos para o seu exercício nos contratos de concessão de obras públicas ou serviços públicos 296 4.1. Admissibilidade do exercício da exceptio nos contratos plurilaterais 296 4.2. Admissibilidade do recurso à exceptio e a continuidade do serviço público 301 4.3. Admissibilidade do recurso à exceptio e os utentes ou beneficiários do serviço público ou da obra pública 302 4.4. Admissibilidade do recurso à exceptio e a relação duradoura constituída pelo contrato de concessão de obras públicas ou serviços públicos 302 5. Os efeitos do exercício da exceção de não cumprimento (nos contratos subordinados ao direito civil e ao direito administrativo) 303 5.1. No âmbito da relação contratual 303 5.2. Relativamente a terceiros 307 5.3. Conclusão 308 6. Confirmação do exposto em alguns contratos administrativos especiais 308 6.1. Da ausência de especificidade no contrato de empreitada de obras públicas 308 6.2. Da ausência de especificidade no contrato de fornecimento de bens e prestação de serviços 314 CAPÍTULO VI RESOLUÇÃO DO CONTRATO ADMINISTRATIVO POR INCUMPRIMENTO 1. Enquadramento 319 2. Unidade ou dualidade de regime quanto à resolução do contrato administrativo por incumprimento 321 3. Adstrição das obrigações do contrato administrativo a um programa negocial que visa a prossecução do interesse público 322 4. Fundamentos da resolução por incumprimento nos contratos administrativos 324 4.1. Enquadramento 324 4.2. A resolução do contrato no direito civil 324 4.3. Do incumprimento definitivo 326 4.4. Da cláusula resolutiva expressa e da cláusula antirresolutiva 346 4.5. Do incumprimento por causa não imputável ao devedor 347 5. Forma de exercício do direito de resolução do contrato por não cumprimento definitivo 351 5.1. A problemática nos contratos administrativos em geral 351

406 PACTA SUNT SERVANDA 5.2. Especificidades do contrato de concessão de obras públicas ou de serviços públicos 359 5.3. Sequestro da concessão 361 CAPÍTULO VII SÍNTESE CONCLUSIVA: PACTA SUNT SERVANDA, INTERESSE PÚBLICO E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS SOB O PARADIGMA DA ADMINISTRAÇÃO PARITÁRIA 1. Aproximação entre o direito civil e o direito administrativo como normativo de regulamentação da atividade contratual da administração 365 2. Tensão entre o interesse público e a boa-fé na atuação da administração 369 3. Pacta sunt servanda, interesse público e contrato administrativo 373 3.1. Justa composição entre a prossecução do interesse público e a estabilidade do contrato administrativo 373 3.2. Papel do cocontratante da administração na prossecução do interesse público 377 3.3. Forma de resolução da tensão existente entre interesse público e boa-fé nos contratos administrativos 379 3.4. O âmbito ainda atual do contrato administrativo 383 Bibliografia 385