O PNV 2012 no contexto internacional

Documentos relacionados
Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2016

Semana Europeia da Vacinação (24 Abril 1 Maio 2010)

séries Informação e análise

Programa Nacional de Vacinação (PNV) Avaliação 2013

Avaliação do Programa Regional de. Vacinação a 31/12/2017

Avaliação do Programa Regional de. Vacinação a 31/12/2018

Avaliação do Programa Regional de Vacinação a 31/12/2017

Vacinas numa perspectiva populacional

ANEXO I PLANO DE AVALIAÇÃO REGIÃO CENTRO

PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO DGS Graça Freitas Teresa Fernandes Ana Leça Etelvina Calé Paula Valente Carla Matos Francisco Mata

PROJETO DE RESOLUÇÃO N.º 821/XIII/2.ª MEDIDAS PARA AUMENTAR A COBERTURA VACINAL EM PORTUGAL

boletim editorial PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO ficha técnica nº1 maio 2018

REGIÃO CENTRO. PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL ANO 2008 e TRIÉNIO

CAPÍTULO 1 PLANO DE AVALIAÇÃO 2005

EXCELÊNCIA NA VACINAÇÃO

Em relação à atividade epidémica de sarampo, a Direção-Geral da Saúde esclarece:

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PEDRO DA ALDEIA SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Criança

2.ª ACTUALIZAÇÃO ADMINISTRAÇÃO REGIONAL DE SAÚDE DO CENTRO, IP. Ministério da Saúde. PROGRAMA VACINAÇÃO - Projecto A excelência na vacinação

boletim editorial PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO ficha técnica nº2 maio 2019

Doença meningocócica pelo serogrupo C e estratégia vacinal

Princípios e Recomendações Gerais

Projeto de Resolução n.º 2167/XIII/4ª. Garante o direito à proteção vacinal nas escolas públicas

I Dados epidemiológicos e de cobertura vacinal

Distribuição da taxa de notificação de casos de sarampo nos países EU/EEE, 1 de fevereiro de 2017 a 31 de janeiro de 2018

a) as Orientações Técnicas (Circular Normativa nº 08/DT, de 21 de Dezembro de 2005) e toda a informação complementar sobre o PNV;

VACINAÇÃO PRÉ E PÓS-TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS ADULTO

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO CRIANÇA ATÉ 6 ANOS DE IDADE

CALENDÁRIO VACINAL Superintendência de Vigilância em Saúde Gerência de Imunizações e Rede de Frio

VACINAÇÃO NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE

{ Idade } { Vacinas e respectivas doenças } { Outras Imunizações } 5 meses. Dieta e exercício. Dieta e exercício. Uso de substâncias nocivas

Porque devemos vacinar os nossos filhos sem hesitar

Coberturas vacinais e homogeneidade, crianças menores de 1 ano e com 1 ano de idade, Estado de São Paulo,

Calendário. ideal para Adolecentes

CONTRIBUTO PARA A SAÚDE PÚBLICA

SBP - Calendário ideal para a Criança SBP lança Calendário de Vacinação 2008

Atualização das medidas de controle: Sarampo/Rubéola

AVALIAÇÃO SITUACIONAL DA IMUNIZAÇÃO EM CRIANÇAS DO MUNICÍPIO DO SALTO DO JACUÍ-RS

RECOMENDAÇÕES SOBRE VACINAS: ACTUALIZAÇÃO 2010

Divulgação de Boas Práticas 13 e 14 de Dezembro de 2011 DOENÇAS ALVO DO PNV. Ana Leça, Direcção Geral da Saúde (DGS)

VACINAS ANTI-VIRAIS. Prof. Dr. Aripuanã Watanabe Depto. de Parasitologia, Microbiologia e Imunologia

CARTILHA DE VACINAÇÃO. Prevenção não tem idade. Vacine-se!

Dra. Tatiana C. Lawrence PEDIATRIA, ALERGIA E IMUNOLOGIA

UNIVERSIDADE DE SANTO AMARO Faculdade de Medicina. Acadêmicas do 2º ano Priscilla Maquinêz Veloso Renata Maia de Souza

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DA REDE PÚBLICA DE SANTA CATARINA Última atualização em 05 de janeiro de 2016

REVISÃO VACINAS 15/02/2013

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

Vacinas: breves considerações

Assunto: Atualização da investigação de caso suspeito de sarampo em João Pessoa/PB - 22 de outubro de 2010

Maria Etelvina de Sousa Calé

VOCÊ CONHECE A HISTÓRIA DA VACINA?

REGIÃO CENTRO PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL ANO 2007 e TRIÉNIO

Vacinas e Programas de Imunização

Calendário de vacinação para o estado de São Paulo 2017

Mais da metade das crianças e dos adolescentes estão com carteira de vacinação desatualizada, diz governo

Conduta na gestação. Uma dose de dtpa (a partir da 20ª semana de gestação).

Vacinação em prematuros, crianças e adolescentes

Vacinas do Calendário de Imunização do Estado de São Paulo 2011 Vaccines included in the Immunization Schedule for the State of São Paulo 2011

CASO LINHA DOS IMIGRANTES: CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAS

Vacinas. Tem na Previnna? Ao nascer 1 mês. 24 meses 4 anos. 18 meses 2 anos/ 12 meses. 15 meses. 5 meses. 4 meses. 8 meses. 3 meses. 6 meses.

Resultados Campanha Nacional de Vacinação contra Influenza

Você conhece a história da vacina?

Vigilância e vacinas 2018

SARAMPO NA EUROPA. Resumo da atividade epidémica do. 30 de maio de Taxa de notificação de casos de sarampo, abril 2016 março de 2017

DA CRIANÇA. Calendário de Vacinação. Recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) / Adaptado DISPONIBILIZAÇÃO DE VACINAS

VACINAS A SEREM DISPONIBILIZADAS PARA AS CRIANÇAS MENORES DE CINCO ANOS DE IDADE NA CAMPANHA DE MULTIVACINAÇÃO 2016.

ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO

Vigilância e vacinas 2019

Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SINAVE)

Vacinação nos Locais de Trabalho

Prefeitura do Município de Bauru Secretaria Municipal de Saúde

Quadro de Avaliação e Responsabilização (QUAR) - SIADAP 1 - Ministério da Saúde

QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS DAS REDES PÚBLICA E PRIVADA?

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

6. DOENÇAS INFECCIOSAS

Programa Nacional de Eliminação do Sarampo

CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE TOSSE CONVULSA OCORRIDOS NA REGIÃO NORTE ENTRE 2004 e 2006

Vacinação na Saúde do Trabalhador Portuário

Atualização do PNV. Recomendações aprovadas. o Despacho ministerial 10441/2016 de 9 de agosto de o D.R. nº 159 2ª série, 19 de agosto de 2016

Epidemiologia de Doenças Transmissíveis. Manuel Carmo Gomes

Direcção-Geral da Saúde

Apostila. História da Vacina. Profª. Andrea Muniz Alves

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA

Registro de ações de imunização referente a projetos de extensão da UEPB: cobertura vacinal e fatores associados

Biologia II. Aula 3 Microbiologia e profilaxia

PROGRAMA NACIONAL DE VACINAÇÃO

O Programa Nacional de Vacinação e o Farmacêutico Comunitário na Educação para a Saúde. Ana Rita Cruz Rosa

VACINAR, SIM OU NÃO? Um guia fundamental GUIDO CARLOS LEVI MONICA LEVI GABRIEL OSELKA

Dilemas do cotidiano pediátrico: dos aspectos bioéticos aos aspectos jurídicos

Projeto de Resolução n.º 847/XIII/2.ª

Calendário de vacinação para o estado de São Paulo 2016

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO INFANTIL. Quais vacinas são essenciais para a criança?

As vacinas na prevenção das IACS

Especial Vacinação. Guia de Medicina Preventiva Tudo o que deve saber sobre a vacinação ao longo da vida GUIA DE MEDICINA PREVENTIVA 1

Introdução da segunda dose da vacina contra o sarampo aos 15 meses de idade.

A PREVENÇÃO faz a diferença

Notificação obrigatória de doenças transmissíveis: Notificação laboratorial

DOENÇAS DE DECLARAÇÃO OBRIGATÓRIA Volume I - Portugal

Transcrição:

O PNV 2012 no contexto internacional Direcção-Geral da Saúde Disciplina de Introdução www.dgs.pt à Medicina da Criança e da Família Maria da Graça Freitas gracafreitas@dgsaude.min-saude.pt 12 de Dezembro de 2011

O PNV 2012 no contexto internacional Introdução Tomada de decisão Diferentes Programas Resultados Ensinamentos DGS Maria da Graça Freitas

Introdução Ingenuity, knowledge and organization alter but cannot cancel humanity's vulnerability to invasion by parasitic forms of life. Infectious diseases, which antedated the emergence of human kind will last as long as humanity itself, and will surely remain, as it has been hitherto, one of the fundamental parameters and determinants of human history. William H. McNeill in Plagues and People DGS Maria da Graça Freitas

Introdução Vaccination as a deliberate attempt to protect humans against disease has a short history when measured against the centuries during which man has sought desperately to rid himself of various plagues and pestilences. much remains to be done, however. Plotkin S, Orenstein W, Offit P in Vaccines DGS Maria da Graça Freitas

Introdução O PNV 2012 no contexto internacional much remains to be done, however. A maior parte dos países do Mundo tem Programas nacionais de vacinação seguindo uma recomendação da OMS no inicío da década de 70. O programa português foi criado em 1965, é universal (pessoas presentes em Portugal), gratuíto para o utilizador (financiado pelo OE), aplicado sobretudo pela rede pública de serviços e por enfermeiros que seguem esquemas aconselhados que são receitas universais. DGS Maria da Graça Freitas

Introdução O PNV 2012 no contexto internacional much remains to be done, however. Não há uniformidade nos diversos programas. Cada País tem um programa especifíco, quer nos seus principios quer nos esquemas vacinais, mas a finalidade é a mesma em todo o Mundo: controlar as doenças alvo de vacinação. As vacinas seleccionadas para integrarem os programas devem, além do beneficío individual, constituir uma mais valia para a Saúde Publica e ser custo-efectivas. DGS Maria da Graça Freitas

Introdução O PNV 2012 no contexto internacional much remains to be done, however. Os programas de vacinação são dinâmicos e precedidos de um processo de tomada de decisão, que tem em atenção diversos parâmetros entre os quais os que resultam de estudos e programas de outros países e respectivos resultados. Atendendo a que as realidades epidemiológicas e sócio-económicas são importantes para os ensinamentos que se pretendem colher, em Portugal priviligiam-se os programas europeus, principalmente os da UE, e ainda os de outros países ocidentais, como o Canadá, os Estados Unidos ou a Austrália. Os dados europeus são portanto, a mais importante referência para a vacinação em Portugal. Mesmo o licenciamento e a comercialização das nossas vacinas é autorizado pela Agência Europeia do Medicamento. DGS Maria da Graça Freitas

Tomada de decisão Decisões empíricas Processo de tomada de decisão Decisões baseadas na evidência Diferentes estratégias/ diferentes programas de vacinação DGS Maria da Graça Freitas

Tomada de decisão. Decisões Empíricas Decisões empiricas: a protecção contra a varíola 1721: Lady Mary Wortley Montagu introduziu a variolização em Inglaterra 1774: Benjamim Jesty, inoculou a mulher e dois filhos com cowpox 1796/98: Edward Jenner implementou a inoculação com cowpox em larga escala. Jenner chamou a este processo vaccination, derivado de vaccinia (cowpox), ambas as palavras derivadas de vaccus a palavra latina para cow. 1816: Portugal, Instituição Vacínica da Real Academia das Ciências de Lisboa (17 000 inoculações) Decisões baseadas na evidência DGS Maria da Graça Freitas

Tomada de decisão 1721: Lady Mary Wortley Montagu introduziu a variolização em Inglaterra (observou noutro País e experimentou) 1774: Benjamim Jesty inoculou a mulher e dois filhos com cowpox ( andaram 2 milhas até ao gado infectado ) (observou in loco e experimentou) 1796/98: Edward Jenner aplicou a inoculação com cowpox em larga escala. Foi o primeiro cientista que tentou controlar uma doença infecciosa por outros métodos que não a transmissão natural (observou, estudou, experimentou, publicou ) Em 1805, 30 anos depois, Jesty foi convidado para ir a Londres ao Original Vacccine Pock Institute para contar a história da sua experiência aos examinadores do Instituto. Depois da visita fizeram uma declaração pública no Edinburgh Medical & Surgical Journal reconhecendo a sua vacinação e o seu retrato foi colocado no Instituto. DGS Maria da Graça Freitas

Tomada de decisão 1721: Lady Mary Wortley Montagu 1774: Benjamim Jesty 1796: Edward Jenner Decisões baseadas na evidência Do antigénio ao custo-efectividade Decisões baseadas na evidência Ciências básicas (microbiologia, imunologia, genética, farmacologia, biologia molecular) Tecnologia (tipos vacinas, eficácia, segurança e qualidade) Epidemiologia (dinâmicas do microrganismo e da doença) Modelação Impacte estimado Custo-efectividade Aceitabilidade Aplicabilidade Impacte verificado DGS Maria da Graça Freitas

Tomada de decisão Ciências básicas (microbiologia, imunologia, genética, farmacologia, biologia molecular) Tecnologia (diferentes vacinas, eficazes, seguras, de qualidade) Epidemiologia (dinâmicas do microrganismo e da doença) Modelação Impacte estimado Custo-efectividade Aceitabilidade Aplicabilidade Impacte verificado.. Os dados disponíveis são analisados e apoiam os processos de tomada de decisão que incluem ainda outras dimensões como a tradição, a cultura e juízos de valor Diferentes programas de vacinação Diferenças na estrutura e nos processos Diferentes esquemas, financiamento, acessibilidade, vacinadores, obrigatoriedade,. Tentativas de harmonização. Na UE as diferenças nos esquemas não são muito grandes DGS Maria da Graça Freitas

Diferentes Programas, a mesma finalidade Semelhanças e diferenças nos parâmetros e nos processos de tomada de decisão Em 2011 a DGS/CTV/Peritos reviram o PNV Tutela PNV 2012 OPTIMIZAÇÃO: ganhos de eficiência, custoefectividade e impacte Diferentes programas de vacinação a mesma finalidade SUSTENTABILIDADE do Programa e dos seus resultados Nada pode ser dado como adquirido DGS Maria da Graça Freitas

Diferentes Programas, a mesma finalidade DGS/CTV/Peritos Tutela Vacina contra: 0 Nascimento 2 meses PNV 2012 4 meses 6 meses Idades 12 meses 18 meses 5-6 anos 10-13 anos Toda a vida 10/10 anos Tuberculose BCG Hepatite B VHB 1 VHB 2 VHB 3 PNV 2012 Haemophilus influenzae b Hib 1 Hib 2 Hib 3 Hib 4 Dos mais abrangentes/adequados e com melhores resultados na Região Europeia da OMS Difteria -Tétano - Tosse Convulsa Poliomielite Meningococo C (a) DTP a 1 VIP 1 DTP a 2 VIP 2 DTP a 3 VIP 3 MenC 1 DTP a 4 DTP a 5 VIP 4 Td Td Sarampo - Parotidite epidémica - Rubéola VASPR 1 VASPR 2 Infecções por vírus do papiloma humano (b) HPV 1,2,3 DGS Maria da Graça Freitas (a)à data de entrada em vigor do PNV 2012, apenas se recomenda 1 dose de MenC aos 12 meses. No período de transição, as crianças que já tenham 1 dose de MenC no 1º ano de vida, necessitam apenas da dose aos 12 meses. (b)aplicável apenas a raparigas.

Diferentes Programas, a mesma finalidade Hep B VASPR MenC HPV 0 Nascimento 2 meses PNV 2012 6 meses 12 meses 5-6 anos 13 anos AUSTRIA 2,4,6, 12-24(?) meses I: 12-24 meses II: <15 anos >9 anos Pago Hepatite B MenC BELGICA 2,3,4, 15 (?) meses 10-13 anos I: 12 meses II: 5-7 ou 10-13 ou 15-16 anos 15 meses 10-13 anos Pago VASPR HPV 1 2 1,2,3 BULGÁRIA DINAMARCA FINLÂNDIA 0,1,6, meses De risco I: 13 meses II: 12 anos I: 15 meses II: 4 anos I: 14-18 meses II: 6 anos 12 anos FRANÇA 0 risco 2,4,16-18 meses I: 12 meses II: < 24 meses 12-24 meses 14 anos ALEMANHA 0,2,4 meses 11-14 anos I: 11-14 meses II: 15-23 meses 11-23 meses 12-17 anos SUÉCIA De risco I: 18 meses II: 6-8 ou 12 anos 10-12 anos HOLANDA De risco I: 14 meses II: 9 anos 14 meses DGS Maria da Graça Freitas UK De risco I: >12-13 meses II: 3-5 anos 3,4,12-13 meses 12-13 anos

Diferentes Programas, a mesma finalidade WHO, Bona, Dezembro 2012

Resultados Semelhanças e diferenças nos parâmetros e nos processos de tomada de decisão Coberturas (internacionais, nacionais, regionais, locais), imunogenicidade (vacinas, processo, vacinados), efectividade/impacte nas doenças alvo (erradicação, eliminação, controlo, reemergência casos esporádicos, surtos, epidemias, endémicas ) Diferentes programas de vacinação a mesma finalidade Nada pode ser dado como adquirido

Resultados A título de exemplo O sarampo Fonte: MS França DGS Maria da Graça Freitas

SARAMPO OMS - Região Europeia

VASPR 2 doses Elevadas coberturas Eliminação >2015 Portugal tem critérios para eliminação

40 dos 53 países da Região Europeia da OMS afectados

e está a disseminar-se para fora da Região Europeia

Aproximadamente 700 000 crianças nascidas por ano na Região Europeia não estão correctamente vacinadas Desde 2000 alguns países tradicionalmente com elevadas taxas de cobertura vacinal apresentam valores abaixo dos 95% recomendados pela OMS

Reforçar os programas de vacinação nacionais Reforçar a vigilância epidemiológica, incluindo as redes laboratoriais Aumentar a procura pela vacinação

Portugal reúne critérios para eliminação Estratégias de eliminação Evidência da interrupção da transmissão Comissões de verificação

SARAMPO UE Países

Downloadinhighresolution: NotificationrateofreportedmeaslescasesininEUandEAcountries,JanuarytoOctober201 ReportedcasesofmeaslesinEUandEAcountriesandtwodosesvacinecoverage(CISID),JanuarytoOctober201Lastupdateofthispage:8December201 SARAMPO: casos notificados. Janeiro a Outubro 2011 Fonte: ECDC

Downloadinhighresolution: NotificationrateofreportedmeaslescasesininEUandEAcountries,JanuarytoOctober201 ReportedcasesofmeaslesinEUandEAcountriesandtwodosesvacinecoverage(CISID),JanuarytoOctober201Lastupdateofthispage:8December201 SARAMPO: taxa de notificação. Janeiro a Outubro 2011 ew map Measles maps Select map Fonte: ECDC

França

Espanha

Espanha

Portugal Ano Casos Obrigada pela atenção 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 45 27 8 8 0 6 0 0 1 3 5 1 (1;1) 1 importado Roménia c/ 5 secundários 1 importado UK 1 importado França, 1 importado Etiópia c/ 1 secundário 1 importado UK/festival, 1 importado A. Sul c/ 3 secundários HCW 1 importado França.

Ensinamentos A maior descoberta de sempre em Medicina, que deu o maior benefício aos seres humanos, provavelmente desde sempre John Snow London, 1853 Com excepção da água potável, nenhuma outra medida, nem sequer os antibióticos, teve tão grande efeito na redução da mortalidade e no crescimento da população Stanley Plotkin Philadelphia, 2004 As vacinas, na sua complexidade, salvam vidas de uma forma simples e acessível, com uma condição: têm de ser administradas. Os profissionais de saúde têm a obrigação de advogar, promover e vacinar de acordo com a evidência científica disponível e com as boas práticas da sua profissão. Não podem ser neutros nesta matéria, não prevenir equivale a não tratar. DGS Maria da Graça Freitas

Ensinamentos As doenças cujas vacinas fazem parte do PNV estão controladas mas isso significa também que podemos estar à beira do próximo surto, da próxima epidemia. Não é uma situação confortável, exige ser contrariada com dedicação, flexibilidade, colaboração e muito trabalho. Afinal as doenças podem reemergir constituindo um retrocesso em relação aos ganhos alcançados anteriormente. DGS Maria da Graça Freitas