EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

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Transcrição:

EFEITOS DA TAXA DE CÂMBIO SOBRE A INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO São Paulo, 06/Dez/2007 1 1

Entidades da Indústria vêem alertando sobre a gravidade da situação cambial Estudos Depecon-FIESP (www.fiesp.com.br) Indústria e Crescimento Econômico - Fórum FGV Set 2007 Indústria, taxa de câmbio e cenário internacional Ago 2007 Desempenho das exportações 2003 a 2006 Mar 2007 Indústria de Transformação e Taxa de Câmbio - Ago 2006 Desempenho Recente da Indústria e Perspectivas de Crescimento Jul 2006 Industrialização, desindustrialização e desenvolvimento Nov 2005 Regime de Metas para Inflação Out 2005 As Sete Quedas das Exportações Jun 2005 Sete Pecados Capitais da Política Econômica Maio 2005 Valorização do Câmbio Fev 2005 Volatilidade do Câmbio no Brasil Dez 2004 2

Entidades da Indústria vêem alertando sobre a gravidade da situação cambial Estudos IEDI (www.iedi.org.br) Taxa de Câmbio e Indústria Brasileira - Ago 2007 Estimando o Desalinhamento Cambial para a Economia Brasileira - Jun 2007 A Taxa de Câmbio na Economia Brasileira Está Fora de Equilíbrio? - Jun 2007 Importações, Câmbio e Indústria: A Marcha da Desindustrialização no Brasil - Março 2007 O Câmbio e o Intercâmbio por Intensidade Tecnológica - Jun 2006 O Colapso da Competitividade Exportadora - Maio 2006 3

Valorização cambial brasileira foi desproporcional comparativamente a outras moedas 4

Valorização do Real foi superior à variação da moeda de seus principais parceiros comerciais 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 Indice de Taxa de Câmbio frente ao Dólar: Brasil e principais parceiros comerciais (jul/2003=100) FONTE: MCM. Elaborado por FIESP mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 BRASIL CANADA MÉXICO EURO REINO UNIDO ARGENTINA URUGUAI CHILE VENEZUELA JAPÃO KOREA 5

Valorização do Real foi superior à variação da moeda dos principais países da América Latina Indice de Taxa de Câmbio frente ao Dólar: Brasil e países da América Latina (jul/2003 = 100) 180 160 140 120 100 80 60 jul/03 set/03 nov/03 jan/04 FONTE: MCM. Elaborado por FIESP mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 BRASIL Chile Colômbia Equador México Paraguai Peru Uruguai Venezuela nov/07 6

Valorização do Real foi superior à variação da moeda de alguns países asiáticos 170 160 150 140 130 120 110 100 90 80 70 jul/03 set/03 nov/03 Indice de Taxa de Câmbio frente ao Dólar: Brasil e países asiáticos (jul/2003=100) FONTE: MCM. Elaborado por FIESP jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 BRASIL Hong Kong Indonésia Malásia Tailândia Cingapura Filipinas China nov/07 7

Variação cambial real no período 2003-2007 no Brasil foi ainda mais forte que a valorização nominal Variação Cambial Nominal Real IPCs BRASIL -47.62% -53.50% 29.52% CANADA -36.65% -33.42% 9.41% MÉXICO 1.65% -2.76% 20.21% EURO -25.29% -22.23% 10.46% REINO UNIDO -20.87% -17.30% 10.03% ARGENTINA -2.96% -21.82% 42.72% URUGUAI -19.52% -34.27% 40.81% CHILE -30.84% -32.11% 17.15% VENEZUELA 25.14% -35.67% 123.69% JAPÃO -2.40% 11.78% 0.40% KOREA -22.26% -21.92% 14.48% FONTE: MCM. Elaborado por FIESP 8

Valorização do Real foi superior à variação de outras moedas cujos países também melhoraram seus termos de troca Indice de Taxa de Câmbio oficial média anual (2003=100) 150 145 140 141.45 135 130 125 120 115 110 123.51 116.11 111.68 105 100 2003 2004 2005 2006 Austrália Brasil Nova Zelândia Canadá África do Sul FONTE: FMI 9

Países Variação da exportação Variação do Câmbio Austrália 70,0% -5,2% Canadá 42,5% -9,8% Nova Zelândia 37,7% -7,9% África do Sul 63,8% 5,0% Brasil 87,7% -26,0% Fonte: WTO, FMI e SECEX Elaboração: FIESP Valorização do Real foi superior à variação de outras moedas cujos países também melhoraram seus termos de troca 2003-2006 Evolução do Câmbio e das Exportações 10

Taxa de Câmbio competitiva induz o crescimento econômico, o oposto também é verdadeiro 11

Câmbio real da Coréia do Sul observou desvalorização e estimulou crescimento econômico % ao ano de crescimento do PIB 14.00 12.00 10.00 8.00 6.00 4.00 2.00 0.00-2.00-4.00-6.00-8.00 Coréia 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Número ìndice 1966 = 100 Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp Crescimento econômico Câmbio Real 12

Câmbio real da Malásia observou desvalorização e estimulou crescimento econômico 12.0 10.0 Malásia 200 180 Crescimento do PIB (% aa) 8.0 6.0 4.0 2.0 0.0-2.0-4.0-6.0-8.0 160 140 120 100 80 60 40 20 0 1980 1982 1984 1986 1988 Cambio Real (Índice 2000 = 100) 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp Crescimento Econômico Câmbio Real 13

Câmbio real chinês observou forte desvalorização e estimulou crescimento econômico 16.0 China 350 14.0 300 Crescimento do PIB (% aa) 12.0 10.0 8.0 6.0 4.0 2.0 250 200 150 100 50 0.0 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 Cambio Real (Índice 2000 = 100) 2000 2002 2004 2006 0 Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp Crescimento Econômico Câmbio Real 14

Câmbio real chileno observou forte desvalorização e estimulou crescimento econômico 18.0 CHILE 200 Crescimento do PIB (% aa) 13.0 8.0 3.0-2.0-7.0 180 160 140 120 100 80 60 40 20-12.0 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 Cambio Real (Índice 2000 = 100) 1994 1996 1998 2000 2002 2004 2006 0 Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp Crescimento Econômico Taxa de Cambio 15

A queda no Câmbio real no Japão provocou crescimento econômico após anos de estagnação Japão Crescimento do PIB (% aa) 7.0 6.0 5.0 4.0 3.0 2.0 1.0 0.0-1.0 120.00 110.00 100.00 90.00 80.00 70.00 60.00 50.00 40.00-2.0 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 Câmbio Real (Índice 2000 = 100) 1996 1998 2000 2002 2004 2006 30.00 Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp Crescimento Econômico Câmbio Real 16

A desvalorização cambial em 2001/ 2002 possibilitou o crescimento nos anos posteriores Argentina 13.0 120.0 8.0 100.0 Crescimento do PIB (% aa) 3.0-2.0 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 80.0 60.0 40.0 Câmbio Real (Índice 2000 = 100) -7.0 20.0-12.0 0.0 Crescimento Econômico Câmbio Real Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp 17

A desvalorização entre 1995/2000 estimulou o crescimento entre 1997/2000 Alemanha 6.0 125.0 Crescimento do PIB (% aa) 5.0 4.0 3.0 2.0 1.0 0.0-1.0 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 120.0 115.0 110.0 105.0 100.0 95.0 Câmbio Real (Índice 2000 = 100) -2.0 90.0 Crescimento Econômico Câmbio Real Fonte: Banco Mundial - Elaboração: Fiesp 18

No Brasil a alta volatilidade não permite estabelecer relação de causa-efeito entre câmbio e crescimento 11.0 9.0 BRASIL 180 160 Crescimento do PIB (% aa) 7.0 5.0 3.0 1.0-1.0-3.0 140 120 100 80 60 40 20 Câmbio Real ( Índice 2000 = 100) -5.0 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 0 Fonte: Banco Central. Elaboração: FIESP Crescimento Econômico Câmbio Real 19

Efeitos da valorização cambial sobre a atividade econômica doméstica 20

Indústria é um setor tradeable por natureza, e o que mais sofre efeitos da valorização Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP. Dados referentes à 2006 21

Vendas do Comércio se expandem mais rapidamente que produção industrial, e a diferença é ocupada por importações PIM-BR e PMC - Acumumulado 12 meses 10 8 6 4 8,92 5,29 2 0-2 -4 jan/04 mar/04 mai/04 jul/04 set/04 nov/04 jan/05 mar/05 mai/05 jul/05 set/05 nov/05 jan/06 mar/06 mai/06 jul/06 set/06 nov/06 jan/07 mar/07 mai/07 jul/07 set/07 PIM PMC - volume de vendas Fonte: PIM e PMC / IBGE Elaboração: FIESP 22

Após 2004, o crescimento do PIB da indústria de transformação tem ficado abaixo do PIB total Crescimento Geral e da Indústria de Transformação 12% 10% 8% 9.3% 8.1% 8.5% 6% 4% 2% 0% 4.7% 5.3% 4.9% 4.4% 0.1% 2.2% 2.5% 3.4% 0.0% 0.3% 5.7% 4.3% 1.3% 0.7% 2.4% 2.7% 1.9% 1.1% 5.7% 1.1% 3.2% 5.0%* 5.0%* 3.7% 1.6% -2% -0.5% -1.9% -4% -6% -4.2% -4.8% 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 PIB Indústria de Transformação PIB Fonte: IBGE. Elaboração: FIESP. * projeção 23

Efeitos da valorização cambial detectados na indústria 24

As importações de bens de consumo, duráveis e não duráveis são as que mais cresceram nos últimos 12 meses Importações - Crescimento Acumulado em 12 meses - out/2007 - Categorias de Uso 60% 53% 50% 40% 30% 28% 32% 27% 32% 23% 20% 10% 0% Total Capital Intermediários Duráveis Não Duráveis Combustível Fonte: FUNCEX. Elaboração: FIESP. 25

Bens Intermediários explicam 57,2% do crescimento das importações, sendo 92% deste crescimento explicado por produtos industriais Importações - Contribuição das Categorias de Uso para o Crescimento jan-out/07vs jan-out/06 120% 100% 100.0% 80% 60% 57.2% 40% 20% 15.4% 5.9% 7.1% 14.3% 0% Capital Intermediários Duráveis Não Duráveis Combustível Total Fonte: FUNCEX. Elaboração: FIESP. 26

Pesquisa com 1600 empresas aponta que exportações no faturamento caiu de 18% em 2005 para 16% em 2007 Fonte: Pesquisa Fiesp-Ipsos Médias Total Porte - Número de funcionários Até 50 De 51 até 300 Mais de 300 Percentual de participação das exportações no faturamento da empresa antes de 2005 18 16 13 22 Médias Total Porte - Número de funcionários Até 50 De 51 até 300 Mais de 300 Percentual de participação das exportações atual da empresa 16 10 12 21 Todas os portes de empresas reduziram as vendas externas As empresas pequenas foram as que mais diminuíram a participação das exportações em suas receitas Base: 608 Fonte: P9 27

Fonte: Pesquisa Fiesp-Ipsos Analise FIESP: As questões relacionadas ao câmbio foram as mais citadas como responsáveis pelas quedas nas vendas externas. Percentual (%) Total Porte - Número de funcionários Até 50 De 51 até 300 Mais de 300 Valorização do câmbio / Perda de competitividade 110 94 116 110 Desaquecimento/Aquesimento do mercado interno 20 18 14 24 Aumento/Queda de preços internacionais 28 33 23 30 Outros 7 6 9 7 NS/NR 34 42 36 29 BASE 189 33 69 87 (TODAS MENÇÕES) - P11A) Caso as exportações tenham DIMINUIDO, quais os dois principais motivos? Base: 189 Fonte: P11A 28

Dos dois motivos principais motivos para queda da exportação a taxa de câmbio é a mais citada Fonte: Pesquisa Fiesp-Ipsos Percentual (%) Total Açucar e Alcool Alimentos e Bebidas Componentes eletrônicos/ informatica Couros Fumo/ madeira/ moveis/ reciclagem e diversos Máquinas e equipamentos Setor Metalurgica basica/ estruturas metalicas e obras de caldeirar Minerais não metalalicos Papel Celulose/ Edição e Impressão Produtos quimicos, borracha e plasticos Texteis e vestuário Veiculos/ outros equipamentos de transporte Valorização do câmbio / Perda de competitividade 75 20 73 76 86 88 82 62 80 60 80 78 67 Desaquecimento/Aquecimento do mercado interno 7 20 10 5 6 15 5 20 10 4 10 Aumento/Queda de preços internacionais 11 40 9 10 9 6 12 15 10 10 13 10 Outros 5 20 18 6 8 5 10 10 10 NS/NR 1 4 5 BASE 189 5 11 21 22 16 17 13 20 10 10 23 21 Couros e Fumo/Madeira/Móveis/Diversas apontam o câmbio como principal motivo. Açúcar e Álcool apontam a queda de preços internacionais Celulose/Papel/Gráfica e Açúcar e Álcool apontam o aquecimento do mercado interno como motivo para diminuição das exportações (TODAS MENÇÕES) - P11A) Caso as exportações tenham DIMINUIDO, quais os dois principais motivos? 29 Base: 189 Fonte: P11A

Atualmente, 24% dos insumos utilizados pelos entrevistados é importado Fonte: Pesquisa Fiesp-Ipsos Médias Total Porte - Número de funcionários Até 50 De 51 até 300 Mais de 300 Percentual de insumos importados, em relação ao total de insumos utilizados atualmente na empresa 24,0 29,0 23,2 22,4 P13) E qual é o percentual de insumos importados, em relação ao total de insumos utilizados atualmente na empresa? Base: 530 Fonte: P13 30

Expectativa de forte crescimento para o próximo ano no uso de insumos importados Fonte: Pesquisa Fiesp-Ipsos Percentual (%) Total Porte - Número de funcionários Até 50 De 51 até 300 Mais de 300 Mais 41 44 39 41 O mesmo 48 43 49 49 Menos 11 12 12 9 Não sabe 1 2 0 1 BASE 607 117 202 288 A pesquisa aponta para aumento no uso de insumos importados pelas indústrias em geral. P14) Em relação a utilização de insumos importados, a expectativa é que no próximo ano a empresa importe mais ou menos insumos? Base: 607 Fonte: P14 31

Expectativa de crescimento do uso de insumos importados: Fonte: Pesquisa Fiesp-Ipsos Médias Total Porte - Número de funcionários Até 50 De 51 até 300 Mais de 300 Percentual de crescimento que imagina para essas importações de insumos nos próximos dois anos 17,5 18,4 16,9 17,5 A pesquisa aponta para forte crescimento no uso de insumos importados pelas indústrias em geral nos próximos dois anos. SE MAIS: P14A) Qual o percentual de crescimento que imagina para essas importações de insumos nos próximos dois anos? Base: 219 Fonte: P14A 32

Aumento de indústrias importadoras de bens finais para distribuição no mercado interno Fonte: Pesquisa Fiesp-Ipsos Porte - Número de funcionários Percentual (%) De 51 Mais de Total Até 50 até 300 300 Não 71 70 73 70 Sim 29 30 27 30 BASE 717 158 237 322 Cresceu de 208 para 717 (245%) o número de empresas que importam produtos finais de 2005 para cá. P15) A empresa importava produtos finais para serem distribuidos no Brasil antes de 2005? Base: 717 Fonte: P15 33

Pesquisa aponta tendência de crescimento das importações de bens finais para distribuição no mercado interno pelas empresas industriais Fonte: Pesquisa Fiesp-Ipsos Percentual (%) Total Porte - Número de funcionários Até 50 De 51 até 300 Mais 35 48 34 30 O mesmo 49 39 50 54 Menos 15 12 17 14 NS/NR 1 2 Mais de 300 BASE 398 89 121 188 P17) Pensando no proximo ano o(a) sr.(a) acredita que a tendência é a empresa importar mais ou menos produtos finais para serem distribuidos no Brasil? Base: 398 Fonte: P17 34

Pequena empresa é a que mais espera aumentar as importações de bens finais Fonte: Pesquisa Fiesp-Ipsos Médias Total Até 50 Porte - Número de funcionários De 51 até 300 Mais de 300 Percentual de crescimento que imagina para essas importações de produtos finais no próximos ano 19,9 24,4 20,5 15,6 Essa tendência é mais acentuada na pequena empresa. SE MAIS: P17A) Qual o percentual de crescimento que imagina para essas importações de produtos finais no próximos ano? Base: 115 Fonte: P17A 35

Brasil passou a ter déficit comercial com a China a partir desse ano 2007 14.00 Balança Comercial Brasileira com a China entre 2000 e 2007 12.00 10.00 8.6 10.5 11.7 8.00 7.4 6.00 4.00 2.00 0.00-2.00 1.9 1.4 0.5 11/2000 a 10/2001 2.3 1.5 0.8 11/2001 a 10/2002 4.3 2.0 11/2002 a 10/2003 2.3 5.3 3.4 2.0 11/2003 a 10/2004 6.1 5.1 11/2004 a 10/2005 1.0 1.2 11/2005 a 10/2006 11/2006 a 10/2007-1.2 Exportações Brasileiras para a China Importações Brasileiras da China Saldo Comercial com a China Fonte: ALICEWEB/MDIC. Elaboração: FIESP. Base: 115 Fonte: P17A 36

Porém o saldo do setor industrial já é negativo ou próximo de zero desde 2001 Balança Comercial do Setor Industrial e não-industrial Brasileiro com a China entre 2000 e 2007 US$ bilhões 10.00 8.00 6.00 4.00 2.00 0.00-2.00-4.00 1.07 1.29-0.5-0.4 11/2000 a 11/2001 a 10/2001 10/2002 0.2 2.10 11/2002 a 10/2003 3.12 11/2003 a -1.2 10/2004 3.93 11/2004 a 10/2005-2.9 6.43 11/2005 a 10/2006 7.61 11/2006 a 10/2007-6.00-8.00-5.3-10.00-8.8 Saldo Comercial do Setor Industrial Brasileiro com a China Saldo Comercial do Setor não-industrial Brasileiro com a China Fonte: ALICEWEB/MDIC. Elaboração: FIESP. Base: 115 Fonte: P17A 37

A falta de padrão cambial dificulta a montagem de um estratégia de longo prazo, e tem como conseqüência a perda de participação da industria brasileira em relação a outros países emergentes 38

Estratégia de industrialização de baixo valor agregado e posteriormente em setores de alta tecnologia, déficit no setor de média tecnologia Coréia do Sul: composição do saldo comercial distribuído por nível tecnológico Coréia do Sul - Baixa intensidade Coréia do Sul - Média Baixa intensidade US$ Bilhões 50 40 30 20 10 0-10 -20-30 -40-50 1992 1996 1999 2003 2005 US$ Bilhões 50 40 30 20 10 0-10 -20-30 -40-50 1992 1996 1999 2003 2005 Coréia do Sul - Média Alta intensidade Coréia do Sul - Alta intensidade US$ Bilhões 50 40 30 20 10 0-10 -20-30 -40-50 1992 1996 1999 2003 2005 US$ Bilhões 50 40 30 20 10 0-10 -20-30 -40-50 1992 1996 1999 2003 2005 Fonte: Comtrade. Elaboração: FIESP. 39

Estratégia de industrialização de baixo valor agregado e posteriormente em setores de alta tecnologia, déficit no setor de média tecnologia China: composição do saldo comercial distribuído por nível tecnológico China - Baixa intensidade China - Média Baixa intensidade US$ Bilhões 150 125 100 75 50 25 0-25 -50-75 -100-125 -150 1992 1996 1999 2003 2005 US$ Bilhões 150 125 100 75 50 25 0-25 -50-75 -100-125 -150 1992 1996 1999 2003 2005 China - Média Alta intensidade China - Alta intensidade US$ Bilhões US$ Bilhões 150 125 150 100 75 50 25 0-25 -50-75 -100-125 -150 1992 1996 1999 2003 2005 100 50 0-50 -100-150 1992 1996 1999 2003 2005 Fonte: Comtrade. Elaboração: FIESP. 40

Não apresenta estratégia clara de industrialização, crescimento dos setores baixa e alta tecnologia oscila México: composição do saldo comercial distribuído por nível tecnológico México - Baixa intensidade México - Média Baixa intensidade US$ Bilhões 20 15 10 US$ Bilhões 20 15 10 5 5 0 0-5 -5-10 -10-15 -15-20 -20-25 1992 1996 1999 2003 2005-25 1992 1996 1999 2003 2005 México - Media Alta intensidade México - Alta intensidade US$ Bilhões 20 15 10 5 0-5 -10-15 -20-25 1992 1996 1999 2003 2005 US$ Bilhões 20 15 10 5 0-5 -10-15 -20-25 1992 1996 1999 2003 2005 Fonte: Comtrade. Elaboração: FIESP. 41

Estratégia de especialização em setores de baixa e média-baixa, e déficits no setores de alta e média alta tecnologia. Tendência à estagnação do saldo Brasil: composição do saldo comercial distribuído por nível tecnológico Brasil - Baixa intensidade Brasil - Média Baixa intensidade US$ Bilhões 40 35 30 25 20 15 10 5 0-5 -10-15 1992 1996 1999 2003 2005 2006 2007 US$ Bilhões 40 35 30 25 20 15 10 5 0-5 -10-15 1992 1996 1999 2003 2005 2006 2007 Brasil - Média Alta intensidade Brasil - Alta intensidade US$ Bilhões 40 35 30 25 20 15 10 5 0-5 -10-15 1992 1996 1999 2003 2005 2006 2007 US$ Bilhões 40 35 30 25 20 15 10 5 0-5 -10-15 1992 1996 1999 2003 2005 2006 2007 Fonte: Comtrade. Elaboração: FIESP. 42

A produção de bens com alta intensidade tecnológica vem perdendo participação na produção doméstica Variação da produção industrial conforme grau de intensidade tecnológica 40% 35% 30% 25% 35% 30% 29% 35% 32% 29% (0%) (10%) (-3%) 20% 15% 10% 5% 0% 7% 4% 2000 2005 Baixa Média Baixa Media Alta Alta (-40%) Fonte: PIA-Empresas. Elaboração: FIESP. 43

Brasil vem perdendo espaço no PIB industrial mundial Declínio da participação do PIB industrial brasileiro em relação a um grupo de países em desenvolvimento 16% 14% 12% 10% 8% 6% 4% 2% 15.10% 12.93% 11.80% 0% 1990 2000 2005 China, India, Coréia do Sul, México, Turquia, Tailândia, Indonésia, Argentina e Polônia. Fonte: Banco Mundial, Elaboração: FIESP. 44