Modelos pedagógicos e grupos educativos. Kellem Vincha Doutoranda em Ciências da Saúde Nutrição em Saúde Pública Faculdade de Saúde Pública/USP

Documentos relacionados
ARAÚJO, Lindemberg Medeiros 1 BRASIL, Evi Clayton Lima 2 PAIVA, Maria Paula 3 RESUMO

O PROFISSIONAL DE SAÚDE E SUA RELAÇÃO COM AS PRÁTICAS EDUCATIVAS

SAÚDE E CIDADANIA TRANSFORMANDO A ESCOLA EM PROMOTORA DE SAÚDE DA COMUNIDADE

O JOGO COMO RECURSO METODOLÓGICO PARA O ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS

Cultive sua saúde através das plantas medicinais: uma experiência na Unidade de Saúde Monte Cristo/Florianópolis/SC

Facilidades e dificuldades no desenvolvimento da educação em saúde na Estratégia de Saúde da Família.

O CONSTRUTIVISMO NA SALA DE AULA PROFA. DRA. PATRICIA COLAVITTI BRAGA DISTASSI - DB CONSULTORIA EDUCACIONAL

Descrição dos Estágios do Núcleo 3-7º per./2019

NÚCLEO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO DISCENTE

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO

ESCOLA SONHO DE CRIANÇA PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA SONHO DE CRIANÇA

Uso do portfólio reflexivo como recurso didático

Ministério da Educação UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ. Câmpus Ponta Grossa PLANO DE ENSINO

O Apoio Matricial do Farmacêutico no NASF. Noemia Liege Maria da Cunha Bernardo

SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

Experiências de Formação de Nutricionistas para o Sistema Único de Saúde

SEXUALIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: CONCEPÇÕES DE PROFESSORAS NO MUNICÍPIO DE CAMPINA GRANDE-PB

PRINCÍPIOS DA FORMAÇÃO

EDUCAÇÃO POPULAR EM SAUDE E SEUS PROCESSOS EDUCATIVOS NO ENSINO E EXTENSÃO EM ENFERMAGEM.

O CUIDADO TERRITORIAL: UM OLHAR SOBRE A SAÚDE MENTAL E A ATENÇÃO BÁSICA 1

A disciplina apresenta os fundamentos teóricos das abordagens grupais e técnicas de intervenção psicológica nas diferentes modalidades de grupo.

TRABALHANDO COM AS POSSIBILIDADES ATRAVÉS DE UM CONVERSAR INTERDISCIPLINAR

FORMAÇÃO DO PEDAGOGO: VIVÊNCIAS EM AMBIENTES NÃO ESCOLARES NO ESTÁGIO CURRICULAR DO CURSO DE PEDAGOGIA/EAD.

O TRABALHO COM GÊNEROS TEXTUAIS NO ENSINO DE CIÊNCIAS Autores: Vanessa Martins Mussini 1 Taitiâny Kárita Bonzanini 1,2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM PLANO DE ENSINO

Curso: Pedagogia Componente Curricular: Psicologia da Educação Carga Horária: 50 horas. Semestre letivo/ Módulo. Professor(es):

Ensino Religioso área de conhecimento: uma proposta metodológica

Descrição dos Estágios do Núcleo 3-8º per./2017

OPÇÕES PEDAGÓGICAS DO PROCESSO EDUCATIVO

Transversalidade entre as Políticas de Saúde Mental e Saúde da Mulher: Uma nova abordagem da Pesquisa em Enfermagem

ROTEIRO DE OFICINA PARA A DISCIPLINA PATOLOGIA DA NUTRIÇÃO E DIETOTERAPIA PAULA ALVES LEONI DENISE CELESTE GODOY DE ANDRADE RODRIGUES

PALAVRAS-CHAVE: Currículo escolar. Desafios e potencialidades. Formação dos jovens.

v Conheça os cursos da CATÁLOGO

TECENDO A REDE: O DESAFIO DO EMPODERAMENTO DE USUÁRIOS E FAMILIARES NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL, EM CRICIÚMA (SC)

No entanto, não podemos esquecer que estes são espaços pedagógicos, onde o processo de ensino e aprendizagem é desenvolvido de uma forma mais lúdica,

A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL E ANOS INICIAS: DISCIPLINA PARA O DESENVOLVIMENTO DE HABILIDADES MENTAIS

Colégio Valsassina. Modelo pedagógico do jardim de infância

6 Considerações Finais

Refletir e orientar educadores sobre aspectos filosóficos na prática pedagógica na escola.

OFICINAS PEDAGÓGICAS SOBRE OS DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

OFÍCIO DE PROFESSOR E AS PROPOSTAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES ENSINO MÉDIO: MODALIDADE NORMAL 1. Aline Jessica Mainardi 2, Hedi Maria Luft 3.

Relatório Mensal de Setembro

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGO CENTRO DE REFERÊNCIA ASSISTÊNCIA SOCIAL VILA ROSA - PALMEIRA - PR

- estabelecer um ambiente de relações interpessoais que possibilitem e potencializem

VIVÊNCIA DE UM GRUPO DE SENTIMENTOS NO CAPS PRADO VEPPO- SM-RS.

Entendendo a estrutura da BNCC

MARIA RITA MENDONÇA VIEIRA MORCEGOS E EDUCAÇÃO AMBIENTAL: POSSIBILIDADES DE ENSINO DIALÓGICO/PROBLEMATIZADOR E A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA PERCEPÇÃO

PROJETO EDUCAÇÃO POPULAR E ATENÇÃO À SAÚDE DA FAMÍLIA: AÇÕES QUE CONTRIBUEM NA PROMOÇÃO DA SAÚDE

MEDICINA DE FAMÍLIA E COMUNIDADE I INTRODUÇÃO PROF. MS. ALEX MIRANDA RODRIGUES.

PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA PSICOLÓGICA A ESTUDANTES MIGRANTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CAMPUS I

Recurso lúdico no processo de educação em saúde em crianças de escolas públicas de Alagoas: relato de experiência

APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA EM UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR

CONSTRIBUIÇÕES DO PIBID NA FORMAÇÃO DOCENTE

Maternal Baby ao 7º Ano

PRECEPTORIA DE TERRITÓRIO: Trabalho de Natureza Pedagógica na Gestão e Atenção em Saúde da Família

Aula 2 Dimensões Didáticas e Transformação. Profª. M.e Cláudia Benedetti

Ar t e-e d u c a ç ã o

SISTEMATIZAÇÃO COLETIVA DO CONHECIMENTO COMO ALTERNATIVA METODOLÓGICA PARA O ENSINO DE FÍSICA DO ENSINO MÉDIO

CURSO: MÚSICA EMENTAS º PERÍODO

Nenhum de nós é tão bom quanto todos nós juntos

ISSN do Livro de Resumos:

PROJETO DE APOIO PSICOPEDAGÓGICO AO UNIVERSITÁRIO

Conhecimento Específico

IMPLANTAÇÃO DE UM GRUPO OPERATIVO COM PACIENTES DIABÉTICOS: RELATO DE UMA PRÁTICA Priscila Moura Serratte Elisabete Maldaner RESUMO

EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL POR MEIO DA HORTA ESCOLAR A HORTA ESCOLAR COMO FERRAMENTA PEDAGÓGICA. Edilene Simões Costa dos Santos

A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

Contribuições dos Mestrados Profissionais em ensino para a formação de professores em Física

ENFERMAGEM ATENÇÃO BÁSICA E SAÚDE DA FAMÍLIA. Parte 2. Profª. Lívia Bahia

O COTIDIANO DA SALA DE AULA E O PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM: PROFESSOR MEDIADOR, ALUNO PROTAGONISTA 1

PLANO GESTÃO Números de alunos da escola e sua distribuição por turno, ano e turma.

Cooperativa de Trabalho na Área da Saúde e Assistência Social.

Experiências de Formação de Nutricionistas para o Sistema Único de Saúde

EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE NA ATENÇÃO ÀS GESTANTES E PUÉRPERAS

Nutricionista em escolas da rede privada: perspectivas de atuação. Nutricionista Joseane Mancio CRN2 4510

ROTEIRO DE OFICINA PARA CAPACITAR PRECEPTORES DA RESIDENCIA EM SAÚDE DA FUNDAÇÃO HOSPITAL DE CLINICAS GASPAR VIANA

RELAÇÕES DE TRABALHO E SUBJETIVIDADE EM EQUIPES INTERDISCIPLINARES DE ATENÇÃO À SAÚDE 1 ELIANE MATOS 2 DENISE PIRES 3

Palavras-chave: Educação em saúde; informações em saúde; inclusão.

Descrição dos Estágios do Núcleo 3-8º per./2019

Educomunicação: um campo essencial na construção de uma nova sociedade. Érica Daiane da Costa Silva 1. Resumo:

TÍTULO: A IMPORTÂNCIA DO ENSINO E APRENDIZAGEM DA LINGUAGEM DE ARTES VISUAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Lev Semenovitch Vygotsky VYGOTSKY. Vygotsky. Aprendizagem. Teoria. Vygotsky 30/04/2014

Gilmara Teixeira Costa Professora da Educação Básica- Barra de São Miguel/PB )

ACONSELHAMENTO NUTRICIONAL X PRESCRIÇÃO. Prof. ª Karina d Almeida

O processo de aprendizagem das pessoas com deficência visual Ma. Lavine R. Cardoso Ferreira ÁREA EDUCAÇÃO ESPECIAL/ESEBA/UFU)

DESENVOLVIMENTO SOCIAL

SAÚDE MENTAL E EDUCAÇÃO: CONSTRUINDO DIÁLOGOS CHRISTIANE MARIA RIBEIRO DE OLIVEIRA IRLA PAULA ANDRADE AMARAL ISADORA EDUARDA BARROS BRAZ DE CARVALHO

INTRODUÇÃO OBJETIVO METODOLOGIA

o que fazemos? para quem?

ALICE ROMÃO DA SILVA

A CONCEPÇÃO DO BOM PROFESSOR PARA OS BOLSISTAS DO PIBID SUBPROJETO EDUCAÇÃO FÍSICA

ALIANDO A TEORIA E A PRÁTICA DOCENTE NO COTIDIANO DA ESCOLA ATRAVÉS DO PIBID

Prof.ª Me. Vívia Camila Côrtes Porto 6.º Período / Pedagogia

Alana de Paiva Nogueira Fornereto Gozzi Março/2018

A BNCC E SUA APLICAÇÃO. Ghisleine Trigo Silveira 23/11/ 2017

AÇÕES COMPARTILHADAS NA ESCOLA

SANTOS, Louise Gabrielle Cardoso dos 1 ; ARAÚJO, Nathália Thays Jatobá 2 ; COSTA, Giuliana de Lima 3 ; ROCHA-MADRUGA, Renata Cardoso 4.

Termo de Referência - Oficina 1. Diretrizes curriculares nacionais e níveis de atenção à saúde: como compatibilizar?

FORMAÇÃO CONTINUADA EM SERVIÇO: ressignificar a pesquisa na escola numa abordagem da relação de saberes LUCIANA VIEIRA DEMERY

Itinerários Formativos

Projeto: Brincando Eu também Aprendo.

Transcrição:

Modelos pedagógicos e grupos educativos Kellem Vincha Doutoranda em Ciências da Saúde Nutrição em Saúde Pública Faculdade de Saúde Pública/USP

Introdução Apresentação; Conhecimento e/ou vivência em grupos educativos como coordenador ou como participante; Aula: discussão de alguns modelos pedagógicos, especialmente, pensando em grupos e para isto entrevistas realizadas com nutricionistas serão apresentadas.

O que entendemos por modelo pedagógico? Modelo... é uma dada forma de combinar técnicas e tecnologias (leves abordagem) para resolver problemas e atender necessidades de saúde individuais e coletivas. É uma espécie de lógica que orienta a ação. Teoria Concepção Prática Desenvolvemos a nossa prática de acordo com o que temos de concepção de educação e de experiências.

Modelos pedagógicos Modelo tradicional de educação; Modelo dialógico; Modelo comportamental; Modelo humanista; Modelo de educação problematizadora. A princípio será focado nas duas primeiras dado que elas influenciaram o surgimento das outras.

Modelo Tradicional de Educação Esse modelo iniciou no século XIX por uma questão de necessidade da época; Devido ao processo de industrialização, havia uma necessidade de domínio de epidemias nos grandes centros urbanos para se garantir mão de obra (impacto na economia e ameaça às classes dominantes); Práticas autoritárias de educação em saúde; Do usuário: esperava-se uma assimilação passiva das prescrições normativas dos profissionais de saúde; Relação entre o educando e o educador assimétrica.

Foco na doença e no curativo fundamentado no referencial biologicista do processo saúde-doença. Objetivo de mudar atitudes e comportamentos individuais por meio da informação. Suas estratégias incluem informações de comportamentos. Pressupõe-se que a partir da informação os indivíduo mudarão seus hábitos e condutas. Estudos mostram que não gera mudança definitivas, mas reação de um estímulo temporário. Vantagem: proporcionar para a população conhecimento produzido cientificamente. Aplicação: pode ser aplicado com grupos com um alto n de participantes, que necessitam ser sensibilizados. Vivências neste modelo educativo?

Mudanças nas práticas educativas em saúde Anos 60 e 70: Começam a ser observadas mudanças nas práticas educativas; Verificou-se que o modelo tradicional era insuficiente para resolver os problemas de saúde da população; Surgiram questionamentos sobre as práticas autoritárias; Organização de movimentos sociais que reuniram intelectuais e populares - proposta pedagógicas de Paulo Freire e interlocução com teorias das ciências humanas, resultando em um novo projeto em saúde.

Modelo Dialógico O cuidado vai além da doença; Busca-se apreender necessidades mais abrangentes do sujeito; Rompe com a verticalidade da relação profissional-usuário; Valorizam-se trocas interpessoais, incluindo entre profissional e usuário; Usuário: reconhecido como portador de um saber, sendo capaz de estabelecer uma relação dialógica e desenvolver uma visão crítica sobre os fatos. Parte-se de 2 princípios: é necessário conhecer os indivíduos, incluindo suas crenças, hábitos, e as condições em que vivem. E é preciso envolve-los nas ações.

Objetivo: promoção da autonomia em saúde e da responsabilidade dos indivíduos no cuidado com a saúde. Vantagem: construção coletiva do conhecimento, proporcionando aos indivíduos uma visão crítica da sua realidade, coresponsabilizando-o e capacitando-o para a tomada de decisões. Tem sido associado a mudanças duradouras de comportamentos, visto que há uma construção de novos sentidos e significados. Desvantagem: processo longo e indica-se utilização para grupos com menor n de participantes. Vivências neste modelo educativo?

MODELO TRADICIONAL Vantagens: Proporciona à população conhecimento científico; Amplia conhecimentos; Desvantagens: Não aplicado à realidade do conhecimento ensinado; Proporciona menor autonomia ao educando. Aplicação: Grupos com alto número de pessoas; Finalidade de sensibilização; Prevenção de doenças. MODELO DIALÓGICO Vantagens: Construção coletiva do conhecimento; Educando visão crítica e reflexiva da realidade; Mudanças douradoras. Desvantagens: Processo longitudinal. Aplicação: Grupos com menor número de participantes; Intenção da promoção da saúde; Finalidade de produzir autonomia em saúde. A escolha do modelo irá depender do objetivo do grupo e do contexto. Modelos que foram surgindo a partir do tradicional e do dialógico

Modelo de estratégias comportamentais O objetivo é implementar novos padrões de comportamento. Foco em como o paciente come. Como o paciente vivência o seu comportamento (autopercepção) Entende o indivíduo como um produto do meio, que vivência, em todas as etapas da vida, três eventos: estímulo, resposta e reforço Plano de ação individualizado, que evolui com o tempo. Usa o auto monitoramento (diário) e controle dos estímulos (programar as compras no supermercado) Este modelo respalda as intervenções que procuram modificar o ambiente para que o comportamento se modifique em função dos estímulos ambientais. Usa o emprego de reforço positivo, elogios, prêmios, recompensas. https://www.youtube.com/watch?v=reobks5ur3q

Modelo de educação humanista Há uma ênfase nas relações interpessoais, proporcionado pelas relações grupais; O foco é a troca de experiências. No grupo há acolhimento para as dificuldades, bem como estímulo mútuo para o enfrentamento dos problemas e modificações de condutas; A principal função do educador é facilitar e apoiar. Valorizar todas as experiências e o uso pleno das potencialidades e capacidades; Assinala-se a importância de uma escuta qualificada.

Modelo de educação humanista Com frequência, empregam-se estratégias que contribuem para fazer aflorar sentimentos e dificuldades sobre as quais as pessoas espontaneamente não falam aos profissionais. O trabalho com música, poesia e as atividades de sensibilização constituem estratégias úteis para trabalhos deste tipo. Terapia comunitária oferece qualidade de vida moradores de Itanhaém, em SP http://g1.globo.com/bemestar/videos/t/edic oes/v/terapia-comunitaria-oferecequalidade-de-vida-moradores-de-itanhaemem-sp/4467864/

Modelo de educação problematizada Abordagem interacionista, dialógica, que põe ênfase sobre o sujeito histórico vivendo em um contexto sócio-econômico-cultural e político. Construtivista Dialógica Humanista 1 - Leitura do mundo: consiste em criar situações por meio das quais o educando possa olhar para a sua própria realidade e para si nesta realidade, de forma que se sinta instigado a refletir sobre as constatações e a compreender a dinâmica que envolve sua própria vida e a vida na sociedade na qual está inserido. 2 - Compartilhar a leitura do mundo: tem por conceito chave o diálogo, no qual se compartilha a leitura do mundo. É um diálogo que não exclui o conflito. 3 - A educação como ato de produção e de reconstrução do saber: há a construção de um novo conhecimento. Aprendendo a aprender - https://www.youtube.com/watch?v=t5cxb9qb5be

Por que trabalhar em grupo? Nascemos, nos criamos e nos constituímos adultos nos grupos Os grupos passam a ser o nosso cotidiano Grupo é o espaço onde nos conhecemos e reafirmamos a nossa identidade.

Por que trabalhar em grupo? Os grupos tem sido incentivados na saúde pois favorecem a troca de saberes e de experiências, e o apoio mútuo entre os participantes ampliação do cuidado em saúde. Ao ter que se relacionar nos grupos é dado ao indivíduo a possibilidade de conhecer os outros e, em contrapartida, dele receber informações que contribuam para o seu autoconhecimento e, assim, poder compará-las à percepção que tem de si próprio. Os grupos favorecem o fortalecimento da própria identidade. Quando o indivíduo estiver diante de uma situação que exija uma tomada de atitude, como a mudança de alimentação, esta só ocorrerá a partir de uma transformação do seu modo de lidar com a alimentação.

O desafio de trabalhar em grupo educativo é interagir, comunicar e envolver as diferenças (sentimentos, histórias...) Características N de participantes População homogenia ou heterogenia Formato aberto ou fechado Temas/estratégias educativas Abordagem educativa As características irão depender de cada contexto. Mas, propõe-se primeiramente nos questionar: qual é o objetivo do grupo? Qual modelo pedagógico irei optar para alcançar o objetivo? Porque se temos isso claro o trabalho tem maior possibilidade de dar certo.

Referencias ALVES, VS. Um modelo de educação em saúde para o Programa Saúde da Família: pela integralidade da atenção e reorientação do modelo assistencial. Interface, Botucatu, v. 9, n. 16, p. 39-52, Feb. 2005. FIGUEIREDO MFS, RODRIGUES-NETO JF, LEITE MTS. Modelos aplicados às atividades de educação em saúde Modelos aplicados às atividades de educação em saúde. Rev Bras Enferm, Brasília, v.63, n.1, p.117-21, jan-fev. 2010. VINCHA, KRR et al. Grupos de educação nutricional em dois contextos da América Latina: São Paulo e Bogotá. Interface, Botucatu, v. 18, n. 50, Sept. 2014. BOOG MCF. Educação em Nutrição: integrando experiências. Campinas, SP: Komedi, 2013. p. 115-130. AFONSO, ML (Org). Oficinas em dinâmicas de grupo na área da saúde. 2 ed. São Paulo: Casa do psicólogo, 2010. AFONSO, ML (Org.) Oficinas em dinâmica de grupo: um método de intervenção psicossocial. São Paulo: Casa do psicólogo, 2013. CUNHA, CHL da; Lemos, DV da S. Grupos: o poder da construção coletiva. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2010. GAYOTTO, MLC; Domingues, I. Liderança: aprender a mudar em grupo. Petrópolis: Vozes, 1996. PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.