SOCIOLOGIA UNIDADE 5: SOCIALIZAÇÃO

SOCIOLOGIA UNIDADE 5: SOCIALIZAÇÃO

CONTEÚDO DA UNIDADE # Socialização # Teorias de socialização infantil # Agentes de socialização #Ressocialização #Papéis Sociais # Socialização ao longo da vida

SOCIALIZAÇÃO Definição: Processos sociais pelos quais novos membros da sociedade tomam ciência das normas e valores sociais, contribuindo para que adquiram um senso distinto de si próprio (SELF). Os processos de socialização são contínuos ao longo da vida.

SOCIALIZAÇÃO Necessária para interação e integração social dos indivíduos É um processo de ensino e aprendizagem que ocorre ao longo de toda a vida Nesse processo aprendemos sobre a cultura da nossa sociedade e dos grupos sociais que integramos

Papel Social Um papel é o comportamento esperado de uma pessoa que ocupa uma determinada posição na sociedade. Para todo papel há um conjunto de pré-disposições por parte daqueles que ocupam a posição e expectativas por parte daqueles que se relacionam com o indivíduo. Um indivíduo pode exercer múltiplos papéis, pois os mesmos variam de acordo com uma série de fatores, entre eles, o ambiente social. A ideia de Papel Social provém da ideia de Peça Tetral: a sociedade é um palco onde uma série de peças estão sendo encenadas e papéis são distribuídos para os atores sociais.

TEORIAS DE SOCIALIZAÇÃO INFANTIL

TEORIAS DE SOCIALIZAÇÃO INFANTIL SIGMUND FREUD: As crianças ao nascerem choram para manifestar necessidades básicas e são satisfeitas quase imediatamente. De início elas não são capazes de distinguir a si mesmas dos cuidadores em função de terem demandas respondidas de forma imediata. A partir do momento que a criança passa a ter demandas negadas, se inicia a construção da autoimagem ou self começa a se formar a partir do convívio e se divide em 3 partes: id, superego e ego

TEORIAS DE SOCIALIZAÇÃO INFANTIL SIGMUND FREUD: Id: parte do self que exige gratificação imediata. Ao negar as demandas do id o indivíduos desenvolve a percepção que suas demandas e necessidades são diferentes das dos outros Superego: parte do self que guarda padrões culturais e as noções morais de certo e errado. Ele restringe as vontades do id. Ego: o equilíbrio entre as exigências de satisfação imediata do id e as restrições do superego. É a parte do self manifesta e observável.

TEORIAS DE SOCIALIZAÇÃO INFANTIL SIGMUND FREUD: Apesar dos limites e restrições da teoria freudiana, sua principal contribuição para a sociologia é perspectiva que a identidade pessoal (self) emerge a partir de interações sociais e que as experiências da primeira infância exercem impacto duradouro no desenvolvimento da personalidade dos indivíduos.

TEORIAS DE SOCIALIZAÇÃO INFANTIL

TEORIAS DE SOCIALIZAÇÃO INFANTIL George Mead Como Freud, Mead observou o aspecto subjetivo e impulsivo do self desde o nascimento. O componente do Self de aspecto subjeito e impulsivo foi chamado de EU e o componente social, que produz restrições, é chamado de MIM. A principal diferença entre as teorias de Freud e Mead é a empatia: segundo Mead, ao compreender a diferença entre o EU e o OUTRO, o indivíduo desenvolve capacidade de se colocar no lugar desse OUTRO, o que regula sua ação. Segundo sua teoria, a comunicação implica essa capacidade. O Self é construído portanto numa lógica comunicativa de símbolos e valores ensinados.

TEORIAS DE SOCIALIZAÇÃO INFANTIL Jean Piaget Estudou o desenvolvimento cognitivo (capacidade de pensar) das crianças. Segundo o psicólogo suíço, há 4 fases do desenvolvimento cognitivo

TEORIAS DE SOCIALIZAÇÃO INFANTIL Jean Piaget Estudou o desenvolvimento cognitivo (capacidade de pensar) das crianças. Segundo o psicólogo suíço, há 4 fases do desenvolvimento cognitivo: (1) Sensório Motor (de 0 a 2 anos): percepção imediata do mundo a partir dos sentidos (2) Pré-Operacional (2 a 7 anos): linguagem e imaginação desenvolvem, compreensão e símbolos. (3) Operacional concreto (7 a 12 anos): pensamento abstrato e percepção de causa e efeito. (4) Operacional formal (a partir dos 12 anos): pensamento mais abstrato e crítico, adquirindo certa independência.

TEORIAS DE SOCIALIZAÇÃO INFANTIL O que todas essas teorias possuem de comum? A necessidade do convívio com seres humanos adultos para desenvolvimento do self de maneira complexa e capaz de permitir a interação e integração social. O convívio social regula a vontade de preencher as necessidades de forma imediata.

AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO Os agentes de socialização são responsáveis pela transmissão cultural e pela reprodução social. A socialização primária acontece na Família e depois da primeira infância (até 2 anos), o indivíduo passa a ser socializado em outros grupos e ambientes. A forma que a estrutura social de uma sociedade se apresenta é extremamente importante para compreendermos o papel de cada agente. Sendo assim, há variações da importância de cada agente de sociedade para sociedade.

AGENTES DE SOCIALIZAÇÃO São 4 os principais agentes de socialização nas sociedades modernas (1) Família: é responsável pelo aprendizado inicial das formas básicas de comunicação e interação, necessárias para que o indivíduo possa conviver socialmente. (2) Escola: primeiro contato com grupo social onde as relações que predominam são impessoais e formais, diferente da família que é pessoal e afetiva. O indivíduo aprende as habilidades necessárias para o convívio e desenvolvimento de papéis sociais. (3) Grupos de Pares ou Redes Sociais: conjunto de relações sociais estabelecidas segundo afinidades. (4) Mídia de massa: responsável por transmitir valores e padrões de comportamento mais generalizados, além de transmitir informações relevantes para a sociedade.

Ressocialização Ressocialização acontece quando agentes de socialização provocam mudança nos valores, nos papéis e na autoconcepção das pessoas. Ritos de iniciação são cerimônias que encenam o procesos de ressocialização dos indivíduos, ocorrendo em 3 etapas: Negação do antigo status e identidade da pessoa (rejeição ritual) Degredação, desorientação e estresse (morte ritual) Aceitação do status e da cultura do novo grupo (renascimento ritual)

Ressocialização Maioria das vezes esse processo ocorre em o que é chamado de instituições totais: ambientes em que as pessoas são isoladas da sociedade mais ampla e submetidas a controle restrito e supervisão constante. As evidências sobre a ressocialização sugerem que: O self é flexível Papéis sociais não são fixos Mudança no ambiente social provoca mudanças em ambos

Socialização ao longo da vida A socialização é permanente ao longo da vida. Apesar de desenvolvermos uma personalidade, existem vários papéis sociais que podem ser exercidos. A socialização ao longo da vida adulta é necessária para a reprodução social pois: a. Papeís adultos são frequentemente descontínuos b. Muitos paéis adultos são invisíveis (para as crianças) c. Alguns papéis são imprevisíveis d. Papéis adultos mudam à medida que amadurecemos

Socialização ao longo da vida