Contagem de bactérias mesófilas aeróbias e características físico-químicas do leite humano armazenado em embalagem de polietileno

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Transcrição:

ARTIGO DOI: 10.22239/2317-269X.00733 Contagem de bactérias mesófilas aeróbias e características físico-químicas do leite humano armazenado em embalagem de polietileno Aerobic mesophilic bacteria count and physical and chemical characteristics of breast milk stored in polyethylene packages RESUMO Mayara de Simas Mesquita I,* Alexandra Anastácio Monteiro Silva II Ana Paula dos Santos Rocha Tavares II Antônio Eugênio Castro Cardoso de Almeida I Objetivo: Avaliar a contaminação por bactérias mesófilas aeróbias em leite humano ordenhado pasteurizado (LHOP) e a influência da embalagem de polietileno sobre as características físico-químicas do leite humano (LH) cru e pasteurizado. Metodologia: Foram analisadas 55 amostras de leite humano ordenhado (LHO), oriundas do Banco de Leite Humano (BLH) do Hospital Maternidade Herculano Pinheiro (HMHP) e do Instituto Fernandes Figueira (IFF). Na determinação das condições higiênico-sanitárias do LHOP, foi realizada contagem de bactérias mesófilas aeróbias. A acidez Dornic, o valor energético, gordura, lactose e proteínas em LH cru e pasteurizado foram realizados antes e após o armazenamento de 15 dias nas embalagens. Foram realizadas análises descritivas e da influência da embalagem sobre os parâmetros, segundo ANOVA. Valores p < 0,05 foram considerados significativos. Resultados: A ocorrência de mesófilos no LHOP variou de 0 a 12%. O LH cru e pasteurizado apresentaram acidez < 8 o Dornic, indicando boas práticas de manejo e condições higiênico-sanitárias adequadas. Gordura, valor energético, lactose e proteínas do LH nas embalagens de polietileno e vidro variaram, respectivamente, 3,2 3,5%, 65 68 Kcal/dL, 6,0% e 0,9 1,3%. Não foram observadas diferenças significativas nas características físico-químicas do LH entre as embalagens. Conclusão: A embalagem de polietileno pode ser uma alternativa viável para uso em BLH. PALAVRAS-CHAVE: Leite Humano; Banco de Leite Humano; Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano; Embalagem Plástica para Armazenamento de LH; Embalagem de Vidro ABSTRACT I II Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (INCQS / Fiocruz), Rio de Janeiro, RJ, Brasil Universidade Federal Fluminense (UFF), Niterói, RJ, Brasil * E-mail: mayarasimas@yahoo.com.br Objective: To determine the aerobic mesophilic bacteria count in pasteurized human milk and to evaluate the influence of polyethylene bags on the physicochemical characteristics of raw and pasteurized human milk. Methods: 55 samples of human milk coming from the Human Milk Bank of Herculano Pinheiro Hospital and Fernandes Figueira Institute were analyzed. An aerobic mesophilic bacteria count was performed when determining the sanitary hygienic quality of pasteurized human milk. Dornic acidity, energy, fat, lactose and proteins in raw and pasteurized human milk were taken before and after 15-day storage in the packages. The influence of the package was analyzed using ANOVA. Values of p < 0.05 were considered significant. Results: The occurrence of mesophiles in pasteurized human milk ranged from 0 to 12%. The raw and pasteurized human milk had < 8 o D acidity, indicating good handling practices and appropriate sanitary hygienic conditions. The fat, energy, protein and lactose of human milk in the polyethylene bag and glass were averaged: 3.2 3,5%, 65 68 kcal/dl, 6.0% and 0.9 1.3%, respectively. No significant differences were observed in the physicochemical characteristics of human milk among the packages. Conclusion: Polyethylene packaging for human milk storage can be a viable alternative to milk banks. Recebido: 02 fev 2016 Aprovado: 14 jul 2016 KEYWORDS: Human Milk; Human Milk Bank; Brazilian Network of Human Milk Banks; Bag for Storage of Human Milk; Glass Bottle http://visaemdebate.incqs.fiocruz.br/ Vigil. sanit. debate 2016;4(3):51-56 51

INTRODUÇÃO O aleitamento materno é recomendado exclusivamente para os recém-nascidos até os seis meses de vida e de forma complementar até os dois anos de idade, pois contempla todos os requisitos nutricionais essenciais ao seu crescimento e desenvolvimento saudáveis 1, atuando como um excelente agente imunizador 2. Entretanto, recém-nascidos com idade gestacional abaixo de 34 semanas (pré-termo) são incapazes de sugar, deglutir e respirar coordenadamente 3 e por isto dependem da oferta de leite humano (LH) do Banco de Leite Humano (BLH). A literatura é quase unânime em recomendar leite materno para os recém-nascidos prematuros, incluindo os de muito baixo peso, e isso se deve ao crescente número de evidências epidemiológicas que mostram a importância do LH para esses recém-nascidos, não só para a sua sobrevivência, mas para a sua qualidade de vida, proteção contra enterocolite necrotizante e infecções em geral 4. De acordo com a RDC nº 171, de 4 de setembro de 2006 5, o BLH deve: registrar, recepcionar e realizar uma triagem das mães doadoras. Ao receber o leite ordenhado, ele deve seguir o fluxograma ilustrado na Figura 1. A oferta de LH para recém-nascidos pré-termo, internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI), constitui parte do tratamento e envolve a participação do BLH cujo modelo de controle de qualidade preventivo e dinâmico assegura um produto com condições higiênico-sanitárias adequadas 7. A qualidade do Leite Humano Ordenhado (LHO) pode ser definida como uma grandeza que resulta da avaliação conjunta de parâmetros que incluem as características nutricionais, imunológicas, químicas e microbiológicas 8. Do ponto de vista de qualidade, fatores como a embalagem, a temperatura de transporte e armazenamento, o processamento térmico, entre outros podem influenciar o conteúdo nutricional 9,10,11 e as características microbiológicas do LH 12,13. A embalagem de acondicionamento do LH, de acordo com a RDC n o 171 5, deve ser constituída de material inerte e inócuo ao LHO, em temperaturas na faixa de -25ºC a 128ºC, e preservar o valor biológico do LHO. Além disso, as embalagens devem ser esterilizadas e necessitam proporcionar vedamento perfeito para que a integridade do produto seja mantida. Atualmente, os frascos de vidro são os utilizados no BLH, entretanto, a migração de produtos que antes eram acondicionados em vidro para as embalagens plásticas 14 limita a doação de frascos de vidro. No mercado brasileiro, existe uma embalagem plástica para o armazenamento do LH que é composta de polietileno de baixa densidade (PEBD) e polietileno linear de baixa densidade (PELBD), de acordo com a legislação para embalagens e equipamentos plásticos 15, livre de plastificantes e Bisfenol A (BPA), estéril e transparente. Apenas dois estudos avaliaram a influência da embalagem sobre os constituintes do LH. O estudo de Lawrence 10 avaliou a influência da embalagem de polietileno sobre os constituintes imunológicos celulares, tais como leucócitos, macrófagos, células T, neutrófilos, seus produtos, incluindo a lactoferrina, lisozima, fibronectina, IgA secretória, mucinas, oligossacarídeos e nutrientes como lipídios, vitaminas lipossolúveis e hidrossolúveis. Este estudo observou que a maioria dos constituintes imunológicos e nutrientes presentes no LH não são afetados pelo armazenamento, de até 24 horas, na embalagem de polietileno, entretanto, o estudo apontou uma pequena redução da função celular e da concentração de lisozima. No estudo de Chang et al. 11, foi analisada a influência do armazenamento do LH, durante 48 horas, em nove tipos de embalagens (plástico e vidro). A concentração total de carboidratos e proteínas não foi afetada, entretanto, observou-se uma redução de até 9% no teor de lipídios em várias embalagens. Não existem estudos avaliando a influência do armazenamento do LHO cru e pasteurizado (LHOC e LHOP) em embalagem de polietileno durante período superior a 48 horas. Assim, considerando a importância do LH coletado em BLH para a saúde dos recém-nascidos internados em UTI neonatais, o presente estudo teve como objetivo determinar a contagem de bactérias mesófilas aeróbias em LHOP e Xxxxxxxxxxxxxx Recepção Degelo Seleção Pasteurização Reenvase Classificação Controle microbiológico Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2008 6. Figura 1. Fluxograma de processamento do Leite Humano Ordenhado. http://visaemdebate.incqs.fiocruz.br/ Vigil. sanit. debate 2016;4(3):51-56 52

avaliar a influência da embalagem de polietileno nas características físico-químicas do LHOC e LHOP. METODOLOGIA Foram coletadas 55 amostras de leite humano, provenientes do Banco de Leite Humano do Hospital Maternidade Herculano Pinheiro (HMHP) e do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF), situados na cidade do Rio de Janeiro, no período de agosto de 2013 a dezembro de 2014. As análises de acidez, crematócrito, lactose e proteína foram realizadas em amostras de leite humano cru e, no pasteurizado, após 15 dias de congelamento em embalagem plástica e embalagem de vidro. O parâmetro utilizado para o controle da acidez em LHO é a medida da acidez Dornic, expressa em graus Dornic (ºD). A determinação do grau de acidez Dornic foi realizada titulando-se o leite com soda N/9 (solução Dornic) na presença do indicador fenolftaleína. Cada 0,01 ml de solução Dornic gasto para neutralizar 1,0 ml de LHO corresponde a 1ºD 16. A Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (RBLH) recomenda que o LHO com acidez Dornic acima de 8ºD seja considerado impróprio para o consumo e descartado antes do processamento 6. A análise de crematócrito foi realizada segundo a metodologia indicada pela RBLH que consiste na centrifugação do LH por 15 minutos para a separação do creme e do soro do leite. Com auxílio de uma régua milimetrada, mediu-se o comprimento da coluna de creme (mm) e da coluna total do produto (coluna de creme + coluna de soro, expressos em mm). De posse destes valores obtém-se o teor de creme, de gordura e valor energético, segundo Lucas et al. 17. A análise de lactose foi realizada pelo método de Fehling 18 que se baseia na redução dos íons cúpricos a íons cuprosos, pela lactose (açúcar redutor), em meio alcalino. A determinação da proteína total foi feita pelo método de Bradford, utilizando-se o kit comercial Genese 19. Este método se baseia na utilização do corante Comassie Brilliant Blue que reage com as proteínas do LH e adquire coloração azul. Em seguida, as respectivas absorbâncias foram determinadas em espectrofotômetro (comprimento de onda de 595 nm), e a concentração foi obtida mediante a comparação com uma curva padrão. A concentração de macronutrientes no LH é amplamente difundida em diferentes estudos e sofre variações intraindividuais e interindividuais. De maneira geral, os teores variam de 3,2 4,9% para gordura, 6,0 7,2% para lactose e 0,8 1% para proteína, nos estudos observados 1,3,7,11. A determinação dos bactérias mesófilas aeróbias viáveis no LHOP foi realizada empregando-se a técnica Pour Plate em placas de Petri, usando Plate Count Agar e incubação a 37ºC por 48 horas 20. A legislação brasileira não estabelece limites para a contagem global de bactérias mesófilas em LH, entretanto, já se sabe que contagens entre 10 2 e 10 5 UFC (Unidades Formadoras de Colônias)/mL estão associadas a valores de acidez entre 2 e 7ºD 13,21. A partir destes resultados, convencionamos em nossa pesquisa, adotar como ponto de corte o limite de 10 2 UFC/mL para a contagem de bactérias mesófilas em LH pasteurizado. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Federal Fluminense (UFF) sob o número 35028114600005243. A influência do tipo de embalagem sobre os parâmetros do leite foi determinada por análise de variância (Anova) utilizando o pacote estatístico SPSS versão 12 para Windows. O nível de significância foi considerado p < 0,05. RESULTADOS E DISCUSSÃO A ocorrência de bactérias mesófilas aeróbias em LHOP é apresentada na Tabela 1. Os resultados do presente estudo demonstram que a obtenção e manipulação do LH se deram sob boas condições higiênico-sanitárias no processamento do LH, visto que não foi observada contagem de bactérias mesófilas aeróbias acima de 10 2 UFC/mL 22 nos leites com e sem diluição. Podemos dizer que a qualidade do LHO resulta da avaliação de um conjunto de parâmetros, sendo um deles, as características microbiológicas. Como a população de bactérias mesófilas aeróbias inclui a maioria dos contaminantes presentes no LHO, dentre eles os patogênicos, e permite uma visão geral sobre a carga microbiana existente 11, a contagem de bactérias mesófilas aeróbias é um parâmetro fundamental das condições higiênico-sanitárias do LH que será oferecido ao lactente 23. Em estudo conduzido em um hospital público do Distrito Federal, Pontes et al. 24 demonstraram que, em 13 das 27 amostras de LHOP analisadas, 48% apresentaram contagem de mesófilos aeróbios superior a 10 UFC/ml. Este resultado pode indicar um insatisfatório processamento do LH 25. No estudo de Souza e Silva 26, foram analisadas 20 amostras quanto à contagem de mesófilos aeróbios, sendo observados valores médios de 73 UFC/mL. Em nosso estudo, menos de 15% das amostras apresentaram contagem de mesófilos aeróbios superior a 10 UFC/mL. Tabela 1. Ocorrência de bactérias mesófilas aeróbias nas amostras de leite humano ordenhado pasteurizado. Ocorrência Percentual de Mesófilos (%) Amostra UFC/mL % < 10 1 12 LHOP sem diluição 10 1 10 2 0 > 10 2 0 LHOP diluído 10-1 10 1 10 2 0 < 101 7 > 10 2 0 LHOP diluído 10-2 10 1 10 2 0 < 101 3 > 10 2 0 http://visaemdebate.incqs.fiocruz.br/ Vigil. sanit. debate 2016;4(3):51-56 53

A composição nutricional média obtida para o LH armazenado nas embalagens plásticas de polietileno e de vidro é apresentada na Tabela 2. No presente estudo, a acidez do LHOC e LHOP, em ambas as embalagens, apresentou-se abaixo de 8ºD, como preconiza a RDC nº 171, 2006 5, portanto, houve controle rigoroso das etapas de ordenha e processamento do LH. Os resultados do presente estudo foram semelhantes ao trabalho de Sousa e Silva 26, que encontraram teores de acidez de 2,8ºD a 3,6ºD nas amostras de LHOC antes do congelamento e LHOP, respectivamente. Entretanto, este mesmo estudo apresentou teores de acidez de 7,8ºD para LHOC após congelamento. A elevação da acidez é resultado da proliferação de micro-organismos que promovem o desdobramento da lactose em ácido láctico 27. Entre as causas de elevação da quantidade de micro-organismos no LHO estão relatadas as técnicas inadequadas de coleta, a higiene precária da doadora e dos utensílios e a manutenção do leite fora da cadeia de frio. O crescimento bacteriano produz fermentação e acidificação do leite, podendo levar à redução dos componentes nutricionais e imunológicos e desqualificar sua utilização 21, colocando também em risco a saúde e até mesmo a vida de pacientes tão vulneráveis. O LHO acidificado pode não suprir as necessidades nutricionais específicas dos recém-nascidos prematuros, principalmente de baixo peso. A acidificação desestabiliza proteínas solúveis e micelas de caseína, favorece a coagulação, aumenta a osmolaridade e altera o flavor (sabor e odor). Os carboidratos fonte de energia das bactérias são transformados em ácido lático, que se ioniza em meio aquoso, liberando prótons (H+), desestabilizando a caseína e indisponibilizando o cálcio e o fósforo 21. Portanto, quanto maior a produção de ácido lático, menor a biodisponibilidade do cálcio e do fósforo no leite 28. Silva e Almeida 16 analisaram a relação entre a acidez Dornic e o crescimento bacteriano no LHOC a 37ºC. Os resultados revelaram que, após 4 horas, o crescimento de mesófilos no leite maduro permitiu a elevação progressiva da acidez Dornic. Uma associação positiva entre a acidez Dornic e a contagem de mesófilos aeróbios foi observada no estudo de Novak e Cordeiro 21. Em nosso estudo, a baixa contagem de bactérias mesófilas aeróbias refletiu-se em baixos valores de acidez Dornic. Na Tabela 2, os LHOC e LHOP, em ambas as embalagens, apresentaram teor de gordura e o valor energético variando, em média, de 3,2 a 3,5% e 65 a 68 Kcal/dL. Nossos resultados são consistentes com o valor energético médio de 70 Kcal/dL observado em amostras de LH 29. Sousa e Silva 26 analisaram 20 amostras de LH do BLH do município de João Pessoa, PB, e obtiveram médias dos teores de gordura de 4,1%, 2,5% e 2% e valor energético de 73, 56 e 56 Kcal/dL no LHOC antes do congelamento, LHOC após o congelamento e LHOP, respectivamente. Diferenças nos resultados podem ser explicadas pelos processos de congelamento e descongelamento que propiciam rompimento das membranas dos glóbulos de gordura, facilitando sua coalescência e aderência às paredes dos frascos armazenadores, resultando em valores lipídicos reduzidos devido à lipólise do LH 29. Os teores de lactose se apresentaram em média 6,0% no LHOC e LHOP, em ambas as embalagens (Tabela 2). Nossos resultados são comparáveis ao estudo de Abranches et al. 3 no qual o conteúdo de lactose foi, em média, 6,5%. Braga e Palhares 30 também não encontraram diferenças entre a lactose nas amostras de LHOC e LHOP, quando analisaram 12 amostras provenientes de pool de leite maduro. Esses resultados são consistentes com a estabilidade da lactose mediante o processo de congelamento, pasteurização e descongelamento, já observado em diferentes estudos 12,13. Os valores de proteína no LHOC e LHOP, em ambas as embalagens, variaram, em média, de 0,9% a 1,3%. Nossos resultados são comparáveis ao estudo de Abranches et al. 3 ; Chang et al. 11 ; Silva et al. 29 e Braga e Palhares 31, que reportaram valores médios de proteínas variando de 0,9 a 1,1%. Semelhante ao estudo de Chang et al. 11, não foram observadas diferenças significativas na concentração de proteínas entre as embalagens de plástico e vidro. O aumento aparente, mas não significativo, da concentração de proteínas do LH na embalagem plástica comparada à embalagem de vidro, pode estar associado à maior perda de água (volatilização) associada aos processos de congelamento e descongelamento. CONCLUSÃO O índice de acidez se apresentou dentro dos valores preconizados pela legislação, resultando possivelmente em um leite humano com menor precipitação de caseína, maior biodisponibilidade de cálcio e fósforo e melhor valor imunológico. Esses resultados são consistentes com a qualidade microbiológica observada em nossas amostras, visto Tabela 2. Teores de acidez, gordura, energia, lactose e proteína do LH nas embalagens de vidro e plástico. Análises LHOC Fresco LHOC Vidro LHOC Plástico LHOP Vidro LHOP Plástico Acidez (ºD) 2,9 + 0,9 3,1 + 1,4 3,1 + 1,2 3,0 + 0,8 3,2 + 1,1 Gordura (%) 3,4 + 1,1 3,2 + 1,5 3,3 + 1,2 3,4 + 1,4 3,5 + 1,6 Energia (kcal/100 ml) 65,0 + 1,7 64 + 1,5 65 + 1,2 65 + 1,4 68 + 1,6 Lactose (%) * 6,0 + 0,9 6,0 + 1,4 6,0 + 1,3 6,0 + 1,3 Proteínas (%) * 1,0 + 0,7 1,3 + 0,7 0,9 + 0,6 1,2 + 0,6 LH: Leite Humano; LHOC: Leite Humano Ordenhado Cru; LHOP: Leite Humano Ordenhado Pasteurizado. Os resultados estão expressos como Média ± Desvio Padrão. *As análises de lactose e proteína não foram realizadas no LHOC fresco. http://visaemdebate.incqs.fiocruz.br/ Vigil. sanit. debate 2016;4(3):51-56 54

que em uma condição de contaminação microbiológica a elevação da acidez promove o desdobramento da lactose em ácido láctico e pode causar a degradação dos nutrientes presentes no LH. O valor energético, gordura, proteína e lactose se mostraram dentro dos valores esperados e semelhantes entre as amostras armazenadas nas embalagens de polietileno e de vidro. Concluímos que a embalagem de polietileno se mostrou como alternativa viável para armazenamento do LH, visto que não influenciou o valor energético, gordura, proteínas e lactose das amostras estudadas. A continuidade deste estudo é necessária para se verificar a influência da embalagem de polietileno sobre outros nutrientes e componentes bioativos do LH, tais como células, enzimas, imunoglobulinas e hormônios. REFERÊNCIAS 1. Anastácio AS, Silveira CLP, MIekeley N, Donangelo CM. Distribution of lead in human milk fractions. Biol Trace Elem Res. 2004;102(1-3):27-37. doi:10.1385/bter:102:1-3:027 2. Veloso FL, Almeida JA. 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