Perspectiva Quadridimensional. Denis Mandarino. São Paulo



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Transcrição:

Perspectiva Quadridimensional Denis Mandarino São Paulo

SUMÁRIO Introdução... 02 Apresentação do sistema... 03 Casos de Perspectiva Quadridimensional... 13 Conclusão... 19 Conheça também... 20 Bibliografia... 21

2 INTRODUÇÃO Este artigo traz uma breve exposição conceitual e histórica do sistema de perspectiva quadridimensional, o qual foi usado pela primeira vez em 1997, e tem entre suas principais características: 1. a representação de cenas panorâmicas que contêm a síntese do que foi visto por um observador em movimento; 2. a possibilidade de que seus desenhos sejam feitos em superfícies planas ou curvilíneas. Uma apresentação audiovisual deste conteúdo, com legendas em outros idiomas, pode ser acessada pela internet no endereço eletrônico http://youtu.be/iggfznct1vo, intitulada de: Perspectiva Quadridimensional / Four-Dimensional Perspective.

3 1. APRESENTAÇÃO DO SISTEMA O quadríptico intitulado Observação no Tempo, pintado em agosto de 1997, foi o primeiro trabalho em tela baseado nos fundamentos desse tipo de perspectiva. Feito a princípio com um quarto do tamanho final, o desenho instigava a ampliação do que poderia ser visto na paisagem fictícia (fig. 1). Fig. 1. Observação no Tempo, acrílico sobre tela, 240 x 160 cm.

Medições geométricas com o auxílio do computador revelaram as distâncias que o observador havia percorrido lateralmente, comprovando que a imagem tinha sido composta a partir de momentos e locais diferentes (fig. 2). 4 Fig. 2. Diferentes localizações do observador. O esquema geométrico revela a posição de 9 pontos de fuga (fig. 3). O nono ponto de fuga se encontra fora dos limites da tela. Além disso, nota-se que observador ergueu e abaixou a cabeça, mudando a sua altura ao longo do processo. A análise ainda mostra que o desenho foi construído com pelo menos quatro linhas do horizonte. Ao se mudar a altura do observador são criadas novas linhas do horizonte, onde estão situados os pontos de fuga.

Desde o Renascimento diversos sistemas de perspectiva com pontos de fuga foram elaborados. 5 Fig. 3. Cena com 9 pontos de fuga e diferentes linhas do horizonte. Extrapolando-se uma possível interpretação dessa paisagem pelo processo renascentista, com um ponto de fuga, chegar-se-ia a uma cena de aspecto muito diferente (fig. 4). Fig. 4. Parte da cena interpretada com um ponto de fuga.

A frontalidade dos planos, característica comum dos desenhos feitos com um único ponto de fuga, não combina, neste caso, com a liberdade da construção esboçada no quadríptico. Isso não significa que o trabalho feito com um único ponto de fuga ficaria ruim, ele apenas seria diferente. O mais importante em um estudo comparativo é entender a diversidade entre os processos e não a pretensa superioridade de um sobre o outro. Em outra comparação, agora com o processo de Brook Taylor, de 1715, com dois pontos de fuga, existiria uma única linha do horizonte, a qual traria para o desenho um forte senso de estabilidade e limpeza (fig. 5). 6 Fig. 5. Cena interpretada com dois pontos de fuga.

Para um artista que estivesse mais interessado, no entanto, com a qualidade expressiva, em vez de precisão, essa assepsia visual poderia não ser satisfatória. Em um desenho técnico a padronização é desejável, para um desenho artístico, que queira provocar ou expressar sentimentos, poderia perderse a gestualidade que o traçado à mão livre tem a oferecer. Num esforço didático a construção fictícia da paisagem foi modelada no computador. Isso ajudou na simulação do que poderia ser visto por um observador fixo, o qual é a base das perspectivas cônicas e curvilíneas tradicionais (fig. 6). 7 Fig. 6. Modelagem digital da cena.

No desenho com dois pontos de fuga, as ruas laterais da cena praticamente desaparecem. O processo de perspectiva quadridimensional mostrase mais invasivo quanto a isso. A figura 7 mostra que quando se olha diretamente para a rua da esquerda, todo o lado direito da cena não pode ser visto. 8 Fig. 7. Ao se olhar para o lado esquerdo, o lado direito desaparece. Analogamente, quando se olha para a rua da direita, todo o lado esquerdo da paisagem sai do plano de visão (fig. 8). No processo quadridimensional é possível abranger a totalidade da cena, sem as limitações de uma tomada panorâmica tradicional.

9 Fig. 8. Ao se olhar para a rua da direita, o lado esquerdo some. A confrontação dos resultados mostra que a tomada panorâmica, produzida por câmeras, filmadoras ou softwares, oferece resultado diferente de um desenho organizado na mente do artista (fig. 9). Fig. 9. Possíveis diferenças entre as abordagens panorâmicas.

Cabe salientar que muitas interpretações panorâmicas podem ser encontradas na História da Arte sem a presença de pontos de fuga posicionados geometricamente. Na arte chinesa era comum a apresentação de imensas paisagens panorâmicas (fig. 10). Claude Monet também produziu telas que evocavam a percepção humana como contínua ao pintar O Jardim das Ninféias, em 1916. Aliás, panorama é um termo utilizado pelas linguagens artísticas de significado parecido, mas com sutis diferenças estéticas entre si. 10 Fig. 10. Paisagem panorâmica chinesa. Embora o aprofundamento dos estudos projetivos tenha se dado depois da criação da perspectiva com um ponto de fuga, foi justamente o estudo crítico dos seus entes primitivos que permitiu chegar-se ao observador móvel, elemento primordial do desenho quadridimensional.

Mais uma vez, ao longo da História da Arte, é possível encontrar trabalhos que se basearam na representação de objetos em movimento, como: 11 Nu Descendo a Escada de Marcel Duchamp, de 1912; as pinturas dos artistas futuristas e também as fotografias que se utilizam de um maior tempo de exposição, entre outros casos.

12 2. CASOS DE PERSPECTIVA QUADRIDIMENSIONAL A pintura MASP-Trianon foi construída com três pontos de fuga projetados sobre um plano reto a partir do movimento de rotação dos olhos e do pescoço, como consequência, aquele que olha para a tela é convidado a repetir os movimentos do desenhista. Neste exemplo, os três pontos de fuga são colineares e estão posicionados na linha do horizonte (fig. 11-12). Fig. 11. Estudo geométrico da tela MASP-TRIANON. Fig. 12. MASP-Trianon, acrílico sobre tela, 90 x 20 cm.

Em Os Chalés tem-se uma trama de quatro pontos de fuga dispostos ao longo de diferentes linhas do horizonte (fig. 13-14). 13 Fig. 13. Estudo geométrico da tela Os Chalés. Fig. 14. Os Chalés, acrílico sobre tela, 90 x 20 cm.

O desenho do Pavilhão Virtual foi elaborado também com quatro pontos de fuga, mas numa abordagem completamente diferente da do exemplo anterior. Nele são encontrados dois sistemas de perspectiva com dois pontos de fuga cada um, conforme um observador que se deslocou lateralmente, ou seja, no sistema de perspectiva quadridimensional além de se rotacionar o corpo, os olhos e o pescoço, existe a possibilidade do deslocamento lateral do desenhista (fig. 15). 14 Fig. 15. Pavilhão Virtual, digigravura sobre canvas. A sequência de retas diagonais e a sugestão de um quinto ponto de fuga contribuem para o aumento da sensação de profundidade (fig. 16).

15 Fig. 16. Estudo geométrico do Pavilhão Virtual. Na tela O Cruzamento pode-se ver a rua da esquerda, a continuação da rua em frente e a rua da direita. Trechos com um e dois pontos de fuga intercalam-se durante a fruição da obra (fig. 17). Os suportes pictóricos planos ou curvilíneos têm sido construídos pelo artista plástico e designer Paulo Lai Werneck, em formato reversível (reto ou curvado). Fig. 17. O Cruzamento, acrílico sobre laminado melamínico,

O chassi permite que os quadros sejam expostos retos ou com a curvatura sugerida pelo pintor sem prejuízo para a tela (fig. 18). 16 Fig. 18. O Cruzamento, tela curvada. Levando-se em conta os múltiplos pontos de vista de um observador que enxerga no espaçotempo, o plano curvo, seja ele uma superfície cilíndrica ou uma calota esférica, pode ser um meio de enfatizar a influência do tempo na percepção humana. Isso pode ser conseguido também com o registro das sombras criadas pelo Sol ao longo do dia, por exemplo (fig. 19).

17 Fig. 19. O Sol ao longo do dia, acrílico sobre laminado melamínico. No modelo cilíndrico vê-se que o projeto foi criado com cinco pontos de fuga permitindo que a tela seja vista em 360 graus (fig. 20-21). Fig. 20. Pintura cilíndrica com 5 pontos de fuga. Essas e inúmeras outras variações encontram-se à disposição da criatividade (fig. 22).

18 Fig. 21. Projeto para a pintura cilíndrica com 5 pontos de fuga. Fig. 22. Projeto de exposição com diversos suportes pictóricos.

19 CONCLUSÃO Vimos que do ponto-de-vista geométrico, projetivo, o que caracteriza a perspectiva quadridimensional é o fato de se ter um observador em movimento e a possibilidade de o desenhista utilizar suportes curvilíneos, mais apropriados em dadas situações de acordo com a conveniência artística. O processo tem a ambição de representar o espaço-tempo com uma abrangência maior do que a conseguida por uma grande angular, sem as curvaturas peculiares desse tipo de lente numa espécie de realidade aumentada. É claro que se trata de um processo artificial como todos os outros também o são. Sempre que o homem decide representar o espaço-tempo no plano bidimensional ele se utiliza de artifícios, o que não desmerece a produção, mas a caracteriza.

20 CONHEÇA TAMBÉM... A Teoria da Percepção Quadridimensional, escrita entre os anos de 1992 e 1995, foi a origem dos conceitos que desenvolveram o sistema de perspectiva quadridimensional. Há uma apresentação audiovisual dessa teoria, com legendas em outros idiomas, que pode ser acessada pela internet no endereço eletrônico http://youtu.be/eacgomavijq, com o título: Percepção Quadridimensional / Four-Dimensional Perception.

21 BIBLIOGRAFIA Mandarino, Denis - O Tempo na Arte Pictórica. Tese de doutorado. Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo: 1995. (base conceitual do artigo)., O Processo no Desenho Projetivo. Dissertação de mestrado. Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo: 1995. (estudo da teoria das projeções e de suas aplicações em diversos processos de perspectiva). Pais, Abraham, Sutil é o Senhor. São Paulo: Ed. Polígono, 1995. (ciência e vida de Albert Einstein). Panofsky, Erwin - A Perspectiva Como Forma Simbólica. Ed. Martins Fontes, São Paulo: 1994 (análise conceitual da perspectiva, versão original de 1927). Poncelet, Jean Victor - Traité des Propriétés Projectives des Figures. Paris: Ed. Gauthier Villar & Fils, 1867. (Geometria projetiva) Roubaudi, C. - Traité de Geométrie Descriptive. Paris: Ed. Masson et Cia, 1926 (fundamentos da teoria das projeções).