RELATÓRIO DA MESA-REDONDA SOBRE CASAMENTOS PREMATUROS NA PROVÍNCIA DE NAMPULA

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Transcrição:

RELATÓRIO DA MESA-REDONDA SOBRE CASAMENTOS PREMATUROS NA PROVÍNCIA DE NAMPULA Nampula, Julho de 2017

1. Introdução Decorreu no dia 28 de Junho, na cidade de Nampula, a Mesa Redonda sobre Casamentos Prematuros, com o objectivo de reflectir sobre a dinâmica dos casamentos prematuros na província de Nampula e os mecanismos usados pelo Governo, Organizações da Sociedade Civil (OSC s) e Parceiros de Cooperação na prevenção e combate a este fenómeno. Especificamente pretendia-se: (1) Apresentar dados desagregados a nível distrital sobre a prevalência dos Casamentos Prematuros na Província de Nampula; (2) Auscultar sobre o ponto de situação da implementação da Estratégia Nacional de prevenção e combate aos casamentos prematuros a nível de Nampula; (3) Partilhar as intervenções que são realizadas pelos sectores de Saúde, Educação e Justiça em detrimento dos casamentos prematuros; (4) Partilhar experiências de acções levadas a cabo pelas Organizações da Sociedade civil e lideranças comunitárias que visam contribuir na prevenção e combate aos casamentos prematuros a nível de Nampula; e (5) Advogar sobre a importância de uso de informação desagregada na elaboração dos planos distritais de actividade com vista a orientar as intervenções para os locais mais efectuados. O evento surge na sequência de um estudo realizado pelo Centro de Pesquisa em População e Saúde (CEPSA), em parceria com a Fundação MASC, com base nos dados do Censo da População e Habitação de 1997 e 2007 segundo o qual a maior parte dos distritos com situação crítica de casamentos prematuros estão localizados na província de Nampula nomeadamente, Mecubúri, Mogovolas, Lalaua, Namapa-Eráti e Muecate, Mongicual, Moma, Morrupula, e Angoche, onde a idade média ao primeiro casamento das mulheres é inferior a idade legal excepcional de 16 anos. Este evento foi organizado pela Fundação MASC-Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil, ROSC e CECAP-Coligação para Eliminação dos Casamentos Prematuros. Fórum da Sociedade Civil para os Direitos da Criança, CEPSA- Centro de Pesquisa em População e Saúde e o Fórum Mulher. 2. Participantes Participaram da mesa-redonda 55 participantes, conforme a tabela que se segue: Participantes Proveniência H M Governo Provincial Direcção Provincial de Saúde, Mulher Género e Acção Social, Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos; Educação e IPAJ 2 2 Governo Distrital Directores dos Serviços distritais de Género Mulher e Acção Social 3 e Educação de Moma e Mongicual Administração de Distrito Administradores e representantes dos distritos de Moma, Mongucual, Muecati, Lalaua, Mogovolas, Angoche, Mecuburi, Erati-Nampala e Morrupula. 6 2 OSC Girl Move, Plan International, Coalizão, Hopem, Parlamento 18 16 Infantil, UTAF-AFC, FHI360, Rede da Criança, Unicef, Reprocrina, Fórum Mulher, AIRDAS, FDC, Nweti, forcom, Solidade-Zambezia, Nugena, Academia e Media Universidade Mussa Bin bique, Jornal Txopela, Jornal Wampula 3 Comunidades Líder comunitário, Matrona, Rapariga de casada prematuramente 1 2 Total 33 22

3. Principais Apresentações Estudo do CEPSA Apresentou dados desagregados sobre a problemática dos casamentos prematuros ao nível da província de Nampula, referindo que no geral houve uma redução da prevalência dos casamentos prematuros de 1997 a 2007, no entanto as províncias do norte continuam a ter maior incidência de casamentos prematuros relativamente as províncias do centro e sul. Particulamente em Nampula, os distritos com maior incidência de casamentos prematuros são Morrupula, Mecubúri, Lalaua, Eráti, Angoche, Muecati, Mongicual, Mogovolas e Moma, onde mais de 20% das raparigas menores de 16 anos já estao casadas e a idade média ao primeiro casamento é inferir a 16 anos, alertando que estes distritos deveriam ser prioritários nas acções do governo e sociedade civil. A Direcção Provincial de Mulher Género e Acção Social, fez a apresentação do ponto de situação da implementação da Estratégia Nacional de Casamentos Prematuros aprovado em Dezembro de 2015, apontado com um dos constrangimentos a falta de recursos para sua massificação. As direcções de Saúde e Educação ao nível provincial e distrital apresentaram dados ligados a incidência de gravidezes precoces e desistência escolar, respectivamente, mostrando uma pequena redução entre os dados de 2016-2017, sendo que as intervenções passam por palestras, sensibilizações entre outros. A Direcção Provincial de Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos mostrouse preocupada com os poucos casos de denúncia desta prática, mostrando que existe interferência/encobrimento dos casos ao nível da família e da comunidade o que dificulta a tomada de medidas adequadas aos perpetradores. Estas apresentações indicaram a necessidade de intervenções mais coordenadas para fazer face a esta problemática. A Reprocrina, a Girl Move e Rede Hopem, apresentaram as intervenções que estão a ser implementadas, assim como, acções de advocacia junto ao governo para implementação, treinamentos, palestras capacitações sempre com o envolvimento das lideranças comunitárias dos locais onde intervém.

4. Reflexão em Plenário Os administradores foram convidados a partilhar o ponto de situação dos seus distritos, com particular enfâse para as causas. No geral os principais factores apresentados foram as questões sociais, nomeadamente a pobreza, os ritos de iniciação e o Aruci, considerando por isso importante as continuar com as acções de sensibilização, palestras e educação comunitária para o abandono desta prática. Igualmente, as OSC partilharam as suas experiências de intervenção comunitária, que incluem acções de educação comunitária, sensibilização. Também foi reiterada a necessidade de maior coordenação entre a sociedade civil e governo. Uma experiência de destacar foi a do distrito de Monapo, que apresenta um dos índices mais baixos da província (13%) em que existem actores sociais e governamentais que possuem um plano de intervenção comum, onde a planificação e monitoria são trimestrais com definição clara de tarefas e responsabilidades. Nestas planificações são discutidas entre outros assuntos as mensagens que devem ser disseminadas e o período em que se deve fazer, coordenado entre os sectores de Saúde, Educação, Mulher, Género e Acção Social e Administração do distrito, Rádio comunitária, OSC locais. 5. Principais Constatações e Desafios 5.1. Constatações No geral os participantes reiteraram o impacto negativo dos casamentos prematuros para a rapariga, por retirar a oportunidade de progredir com os seus estudos por um lado e, por outro constituir uma ameaça a saúde da rapariga, perpetuando, deste modo, a pobreza. Importa criar sinergias para reforçar as acções/ intervenções que já vem sendo realizadas pelo governo e pelas organizações da sociedade civil de modo a que informação chegue as comunidades de forma efectiva. O enfoque deve ser dado a instrumentos legais que permitam reduzir esta prática, bem como a acções que indicam sobre a mudança de atitude e comportamentos. Todos têm a responsabilidade de proteger os direitos da criança. 5.2. Constatações Governo (a) Orçamentar as actividades previstas na Estratégia Nacional de Prevenção e Combate aos Casamentos Prematuros nos seus PES e criar mecanismos interinstitucionais de coordenação (provincial, distrital) das acções e intervenções contra os Casamentos prematuros. (b) Rever o Despacho Ministerial 39/2003, no que refere a transferência de alunas

grávidas para o curso nocturno; (c) promover encontros de planificação conjunta com OSC; (d) direccionar as acções considerando os dados desagregados por distrito;(e) Revisão da lei da Família (2004) para que retire a excepção do casamento ao 16 anos, mantendo-se somente aos 18 anos de idade. Criar mecanismos de denuncia de casos de violência e/ou casamentos prematuros e assegurar a integridade dos denunciantes OSC e Comunidades (a)envolver as lideranças comunitárias, tradicionais e religiosas nas suas acções; (b) promover a troca de experiências entre os diferentes actores comunitários envolvidos na prevenção e combate aos casamentos prematuros por forma a replicar as boas práticas; (c) e apoiar na disseminação de informação ao nível das comunidades sobre os potenciais riscos dos Casamentos Prematuros.