Guião de Consulta Para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação

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1 Guião de Consulta Para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital... juntos pela boa governação!

2 Guião de Consulta Para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital... juntos pela boa governação!

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4 2 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Ficha Técnica Título: Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação-Âmbito Distrital Editor: MASC - Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil Propriedade: MASC Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil Layout: Zowona comunicação e eventos Concepção: MAP Consultores Revisão: Maura Martins e Danilo Parbato Impressão: Marimbique Conteúdo e Publicações, lda Tiragem: 500 Ano: 2011

5 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 3 Índice Parte I Introdução Contexto do guião Objectivos do guião Metodologia de elaboração Organização do guião...8 Parte II Como compreender a governação participativa, participação e sociedade civil? O que é participação? O que é governação participativa? Que importância tem a governação participativa? Que sinais indicam que o governo distrital está a governar de maneira participativa? O que é sociedade civil? Qual é o papel da sociedade civl na governação local?...12 Parte III Organização e Funcionamento do Governo Distrital Atribuições do governo distrital Estruturas, espaços e actores no processos de participação Os espaços formais de participação no distrito Actores formais e informais no processo de participação distrital Que valor tem a sociedade civil e os cidadãos de participarem na governação do distrito?...19

6 4 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Parte IV Sociedade Civil e as Oportunidades de Participação e Influência na Governação Local Os conselhos locais são os principais mecanismos de participação comunitária Participação no âmbito da planificação distrital Participação na elaboração do orçamento de estado a nível do distrito Monitoria e avaliação da implementação dos programas e planos distritais Advocacia de políticas Responsabilização e prestação de contas...33 Parte V Recomendações sobre o uso do guião Como garantir a eficácia no uso do guião O que pode ser feito O que não pode ser feito...37

7 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 5 PARTE I INTRODUÇÃO

8 6 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital

9 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 7 1. Introdução O MASC Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil, é um Programa financiado pelo DfID e Irish Aid que visa contribuir para a boa governação e uma melhor prestação de contas, através da provisão de Fundos, Capacitação e Partilha de Informação das Organizações da Sociedade Civil (OSC) de modo a: (I) (II) Consciencializarem, encorajarem e apoiarem a prática de boa governação a todos os níveis da sociedade; e Interagirem eficientemente em questões relativas à governação, incluindo a monitoria, advocacia, o diálogo e o desenvolvimento de políticas e de legislação. Uma parte significativa das acções apoiadas pelo MASC inserem-se no quadro dos processos de descentralização política e administrativa, os quais têm como objectivo final melhorar a prestação de serviços através de maior aproximação da Administração Pública aos cidadãos, bem como assegurar uma participação efectiva destes no processo de governação local. Este guião indica quais são as estruturas a nível do distrito, os principais actores da governação participativa e os espaços de participação. A ideia é de que este documento possa dar as pistas para identificar as estruturas, os actores e os espaços que podem estimular a participação da sociedade civil na governação local. Ao estimular a participação da sociedade civil na governação é possível gerar mudanças favoráveis ao bem-estar das comunidades locais, bem como, impulsionar o surgimento de uma cultura de cidadania capaz de contribuir para a criação de um ambiente de maior responsabilização e prestação de contas por parte dos governos distritais. O presente guião foi concebido para o nível distrital e tem a pretensão de servir, sempre que necessário, de instrumento de apoio à participação dos cidadãos e da sociedade civil nos espaços políticos. Com este guião esperase que os actores sociais que trabalham na promoção dos valores da boa governação encontrem nele algumas linhas indicativas sobre as oportunidades de participação na governação local Contexto do guião Nos últimos anos, Moçambique tem estado a criar mecanismos de participação da sociedade civil na governação local e com maior visibilidade a nível distrital. Esses mecanismos estão pouco-a-pouco a ajudar a sociedade civil a estar cada vez mais próxima dos governos, e ao mesmo tempo, a participarem na tomada de decisões sobre os assuntos que interessam às comunidades locais. Não obstante a criação de tais mecanismos de participação, o contributo da sociedade civil na monitoria da governação e exigência de prestação de contas aos governos distritais é ainda fraco. Em parte, isto se deve à falta de conhecimento sobre o funcionamento dos governos locais, mas também devido à falta de informação sobre os seus direitos e deveres. O presente guião serve de documento de base para a disseminação e promoção de informação sobre o funcionamento do governo distrital, quais os principais actores locais e os espaços existentes de participação, de modo a que as comunidades e a sociedade civil possam entender e interpretar as oportunidades existentes para melhorar o nível de sua participação na governação a nível distrital e também da sua actuação no âmbito da monitoria e advocacia da governação.

10 8 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 1.2. Objectivos do guião Este guião pretende responder aos seguintes objectivos: (a) Apresentação dos processos, estruturas e espaços que o cidadão e as Organizações da Sociedade Civil (OSC) podem utilizar para influenciar os Governos Distritais; (b) Apresentação do papel da Sociedade Civil (SC) no processo de governação democrática, através da sua participação nos fóruns formais e informais a nível distrital; e (c) Apresentação das estruturas, espaços e os passos ou etapas que as OSC devem seguir para influenciar os processos de Planificação e Orçamentação a nível distrital Metodologia de elaboração Foram seguidas as seguintes etapas para a elaboração do guião: y A revisão de literatura relevante sobre participação, governação e prestação de contas; y Revisão da legislação relativa a organização e funcionamento dos órgãos locais do Estado; y Revisão de documentos e relatórios sobre processos de desenvolvimento local, incluindo documentos de planificação distrital; y Foram realizados encontros com diversos grupos (membros do governo; de associações; de Organizações Não Governamentais; membros dos Conselhos Consultivos Locais; e membros das redes sociais); y Os encontros com os diversos entrevistados foram realizados nas Províncias de Maputo (Cidade e Província de Maputo); em Sofala (Beira e Distrito de Dondo); e Nampula (Cidade de Nampula e Distrito de Mogovolas); e y Consulta durante a disseminação do guião preliminar realizado em 10 distritos, aos membros da sociedade civil e dos governos distritais Organização do guião O guião tem cinco partes. A primeira corresponde à parte introdutória na qual temos a nota introdutória, aspectos contextuais do processo de participação na monitoria e prestação de contas, os objectivos e a metodologia. A segunda parte do guião apresenta algumas ideias chave sobre governação, participação e sociedade civil; a terceira parte se ocupa da apresentação das estruturas, actores, e espaços de participação. A quarta parte do guião apresenta elementos sobre processos de governação participativa com foco na planificação participativa e indica oportunidades de que os cidadãos e a sociedade civil dispõem para influenciar políticas públicas e estimular a emergência de um ambiente de responsabilização e prestação de contas por parte dos governos distritais; e por último, a quinta parte apresenta recomendações sobre o uso do guião.

11 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 9 PARTE II COMO COMPREENDER A GOVERNAÇÃO PARTICIPATIVA, PARTICIPAÇÃO E SOCIEDADE CIVIL?

12 10 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital

13 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Como compreender a governação participativa, participação e sociedade civil? Em estados democráticos os cidadãos não são meros receptores das decisões tomadas pelos seus governantes. Os cidadãos são também parte activa do processo de participação na governação. É da responsabilidade do governo distrital garantir a criação das condições para a participação das comunidades e da sociedade civil na busca de soluções para o bem-estar das comunidades locais (número 3, do artigo 4, artigo 100, 102, 103, e 117 do Decreto 11/2005). Quando as comunidades locais, as associações comunitárias, a sociedade civil entre outros grupos participam na governação local, há mais possibilidades de se desenvolver confiança entre aqueles e os governos distritais, fortalecer a qualidade da democracia e também de se aumentar a capacidade cívica local O que é participação? Participação corresponde às diversas formas de envolvimento das comunidades locais e dos demais grupos de interesse e da sociedade civil nos processos de governação com o objectivo de estimular mudanças nas decisões políticas do governo distrital de modo a que essas decisões não estejam afastadas dos interesses das comunidades locais O que é governação participativa? À governação corresponde a articulação e cooperação entre o governo distrital e os diferentes segmentos da sociedade a nível do distrito (que inclui comunidades locais, líderes tradicionais e comunitários, líderes religiosos, actores sociais e políticos, grupos e/ou associações formais ou informais), na gestão dos bens e interesses económicos, sociais, políticos e culturais das comunidades locais a nível distrital Que importância tem a governação participativa? A governação participativa é indispensável porque promove: y Prestação de contas e responsabilização do governo distrital assim como da sociedade civil; y Eficiência e eficácia na provisão de bens públicos e melhoria na qualidade dos serviços públicos prestados às comunidades locais a nível distrital; y Transparência na gestão dos bens públicos e comunitários; y Aumenta o controlo social das decisões e acções do governo distrital por parte das comunidades locais e da sociedade civil; e y Apropriação das comunidades locais dos processos públicos a nível distrital.

14 12 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 2.4. Que sinais indicam que o governo distrital está a governar de maneira participativa? Pode- dizer-se que o Governo Distrital está a governar participativamente quando há: y Envolvimento das comunidades locais e da sociedade civil no processo de identificação dos problemas locais; y Envolvimento das comunidades locais e da sociedade civil na definição das prioridades e necessidades; y Envolvimento das comunidades locais e da sociedade civil na tomada de decisão; y Envolvimento das comunidades locais e da sociedade civil na implementação das soluções aprovadas; y Envolvimento das comunidades locais e da sociedade civil na monitoria do cumprimento das decisões; y Envolvimento das comunidades locais e da sociedade civil na avaliação dos resultados alcançados; e y Envolvimento das comunidades locais e da sociedade civil na responsabilização e prestação de contas O que é sociedade civil? Sociedade civil compreende um conjunto de organizações e instituições cívicas voluntarias devidamente organizadas e estruturadas que agregam, articulam, representam e advogam interesses de uma dada comunidade relativamente a questões sociais, económicas, culturais, políticas e etc. A sociedade civil embora seja considerada como sendo organizações, ela não se pode confundir com partidos políticos, nem mesmo com empresas. Sendo assim, as Organizações da Sociedade Civil (OSC) são os canais através dos quais as pessoas participam na vida política, social, económica e cultural da sua comunidade Qual é o papel da sociedade civil na governação local? O papel da sociedade civil na governação a nível do distrito vai ser o seguinte: y Envolver-se no diálogo político e na negociação com o governo distrital; y Implementar conjuntamente com o governo distrital os planos e programas de desenvolvimento comunitário; y Fazer lobby e advocacia com vista a mudança de políticas para favorecer interesses das comunidades locais (por exemplo em questões como de acesso a terra, água, educação, saúde e etc.); y Monitorar e avaliar o processo de implementação de planos e programas de desenvolvimento distrital; y Apresentar e defender os interesses e os direitos dos cidadãos junto do governo distrital; e y Mobilizar a participação cívica e comunitária nos processos de desenvolvimento local.

15 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 13 PARTE III ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO DO GOVERNO DISTRITAL

16 14 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital

17 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Organização e Funcionamento do Governo Distrital 3.1. Atribuições do Governo distrital A Lei 8/2003, de 19 de Maio, determina que os órgãos locais do Estado, que incluem para além do Governo Provincial, também o Governo Distrital, têm a função, para além de outras, de garantir a realização de tarefas e programas económicos, sociais e culturais de interesse local e nacional a nível do distrito (n.º 3, do artigo 2). O Governo do Distrito é o órgão local do Estado responsável pela realização do Programa do Governo e o plano económico e social, e com poder de decisão, e controlo das actividades previstas a nível distrital (artigo 36 da Lei 8/2003). São competências do Governo Distrital, entre outras, as seguintes: I. Aprovar as propostas do plano de desenvolvimento, planos de actividade e orçamento do distrito; II. Aprovar o balanço e conta de execução do plano de actividades, plano de desenvolvimento local e do orçamento distrital; III. Definir o modo e os meios de recolha, transporte, e depósito e tratamento de resíduos sólidos; IV. Prestar serviços e realizar investimentos de interesse público; V. Fixar as taxas e tarifas de receitas não fiscais e zelar pela cobrança de receitas fiscais e não fiscais da área do distrito; VI. VII Promover e apoiar as iniciativas de desenvolvimento local com a participação das comunidades e dos cidadãos na solução dos seus problemas; Elaborar propostas e pareceres sobre acções ou programas de promoção e apoio à actividade económica no distrito Estruturas, espaços e actores nos processos de participação A sociedade civil para poder influenciar as decisões que lhes dizem respeito depende muito das estruturas e das modalidades de organização da esfera política, bem como das oportunidades de participação que os governos distritais criam Estruturas do Governo distrital A estrutura da Administração Pública do distrito é constituída pelo: I. Administrador Distrital; e II. Governo Distrital. O Governo Distrital é constituído pelo: I. Administrador Distrital;

18 16 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital II. III. Secretário Permanente Distrital; e Directores de serviços distritais. O Aparelho do Estado no distrito, é constituído por: I. Secretaria Distrital; II. III. Gabinete do Administrador Distrital; e Serviços distritais. A máquina do aparelho do Estado no Distrito é composta actualmente por um mínimo de 4 serviços distritais (podendo crescer até um total de 6), mais a Secretaria Distrital e o Gabinete do Administrador. Sendo a seguinte estrutura do aparelho do Estado no distrito: a) Secretaria Distrital; b) Serviço Distrital de Planeamento e Infra-estruturas (SDPI); c) Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia (SDEJT); d) Serviço Distrital de Saúde, Mulher e Acção Social (SDSMAS); e) Serviço Distrital de Actividades Económicas (SDAE); e f) Gabinete do Administrador Distrital (GAD). A nível mais abaixo dos governos distritais estão os Postos Administrativos e, abaixo destes, as Localidades seguindo-se as Povoações Quais são as funções das estruturas de Governo Distrital na relação com os cidadãos? Secretaria Distrital garantir que as petições, reclamações e sugestões dos cidadãos sejam devidamente tratadas e respondidas; Funções gerais dos Serviços promover a participação das organizações e associações na materialização das políticas e planos aprovados; Gabinete do Administrador Distrital Garantir o exercício da gestão participativa Os espaços formais de participação no distrito Os espaços criados com vista a garantir a participação da sociedade civil ao nível distrital são os Conselhos Consultivos Locais. Os Conselhos Consultivos Locais estão criados nos quatro níveis da estrutura do território do Distrito, nomeadamente: a) Distrito, b) Posto Administrativo, c) Localidade, e d) Povoação

19 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Quais são os espaços de participação da sociedade civil no distrito? Espaços formais Os espaços de participação foram criados no âmbito da Lei dos Órgãos Locais do Estado (Lei 8/2003 e Decreto 11/2005). As formas como as comunidades se devem organizar para participarem nos processos de governação local, são os seguintes: Conselho Local órgão de consulta das autoridades da administração Local, na busca de soluções para questões fundamentais que afectam a vida das populações. Fórum Local uma instituição da sociedade civil que tem como objectivo organizar os representantes das comunidades e dos grupos de interesse locais para permitir que eles definam as suas prioridades. Comités Comunitários - formas de organização das populações para permitir que as comunidades se mobilizem na identificação e procura de soluções dos seus problemas, podendo encaminhar outras preocupações às estruturas pertinentes do sector público. Podem ser constituídos em função de áreas que interessam às comunidades (saúde, educação, água, estradas, segurança alimentar etc.) Fundos Comunitários são as iniciativas que as comunidades podem estabelecer para criar fundos de desenvolvimento virados para responder a interesses próprios das comunidades. Estes fundos podem receber financiamento de entidades nacionais e estrangeiras, podem também vir das contribuições das próprias comunidades. Caixa 1. Como se organizar para a constituição de um Conselho Local forte? A forma como as comunidades e a sociedade civil se organiza para a constituição do Conselho Local é crucial para que elas sejam mais actuantes. Antes da constituição dos Conselhos Locais, a sociedade civil deveria apoiar as comunidades na identificação dos principais grupos de interesse social, económico e cultural. A sociedade civil, nesse âmbito, tem que se envolver essencialmente na comunicação sobre o papel dos conselhos consultivos locais na discussão e defesa de interesses das comunidades locais que eles representam. Explicar as vantagens e desvantagens na escolha das pessoas que deverão fazer parte do Conselho Local é crucial do ponto de vista do que em última análise vai representar o papel destes nos Conselhos Consultivos Locais. Os membros de um Conselho Local têm que ser pessoas com capacidade de estabelecer diálogo; tem que se envolver pessoas influentes do ponto de vista de mobilização e voz; tem que se envolver pessoas que representam interesses baseados na comunidade; tem que se observar equilíbrio de género. A escolha dos membros dos Conselhos Locais tem que se basear em eleições e de acordo com a vontade individual dos membros de cada comunidade. Tem que ser matéria de interesse da sociedade civil promover acções de capacitação contínua aos membros dos Conselhos Locais nos assuntos que serão matéria constante de discussão com os governos nos diferentes níveis do distrito, de modo a fortalecer a sua capacidade interventiva tanto de diálogo com comunidades e governo, como na identificação de problemas, definição de prioridades, negociação e defesa de interesses colectivos, incluindo questões como monitoria, exigência de prestação de contas, censura, mobilização comunitária e comunicação.

20 18 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Espaços informais Para além dos espaços formais, existem aqueles considerados informais que são os seguintes: Presidência Aberta e Inclusiva um espaço de participação em que os cidadãos têm a oportunidade de canalizar as suas preocupações directamente ao Presidente da República. Este mecanismo permite influenciar mudanças de políticas e comportamentos dos actores locais e das agendas de políticas a nível do distrito. Governação Aberta corresponde aos espaços de participação que constitui quase cópia da Presidência Aberta e Inclusiva só que esta é realizada pelas autoridades locais. Pode ser o Administrador ou o Governador Provincial. Sessões das plataformas da sociedade civil são os espaços que as organizações da sociedade civil criam para debater assuntos que lhes interessam e com os quais elas trabalham em defesa dos interesses das comunidades. As autoridades locais podem ser convidadas a participarem das sessões das plataformas da sociedade civil. Na verdade as plataformas acabam por funcionar como mecanismos importantes de persuasão e de influência dos governos. Fórum de Monitoria do Orçamento é um mecanismo que congrega várias organizações da sociedade civil que trabalham ou que têm interesse na área da monitoria do orçamento público. Ele é também um espaço que procura influenciar um melhor acesso e disseminação de informação sobre os planos e contas públicas. Este fórum acontece como iniciativa da própria sociedade civil Actores formais e informais no processo de participação distrital Quais são os actores formais? a) Administrador Distrital, Chefe do Posto Administrativo, e Chefe da Localidade o administrador distrital tem a responsabilidade de institucionalizar os Conselhos Locais do nível distrital e inferiores. Também o administrador distrital tem a competência de convocar e presidir as sessões do conselho consultivo do distrito. b) Comunidade o conjunto da população e pessoas que vivem numa determinada área do território que visam salvaguardar interesses comuns, por exemplo de protecção dos seus recursos naturais, áreas agrícolas, áreas de caça e etc. c) Autoridades tradicionais desempenham um papel particularmente relevante como árbitros de conflitos e em questões relacionadas com o uso da terra. d) Autoridades Comunitárias pessoas influentes seleccionados ao nível local e que exercem influência e autoridade sobre uma determinada comunidade (chefes tradicionais, secretários de bairro ou aldeia, etc.).

21 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Quais são os actores informais? Os actores apresentados nesta parte como sendo informais, na verdade só são entendidos como tal apenas pelo facto de a Lei dos Órgãos Locais não defini-los como parte integrante daquele grupo de actores que são convidados a participar de maneira directa na planificação. Mas todos eles têm um papel importante na governação. a) Organizações Não Governamentais (ONG s) apoiam o diálogo e colaboração entre actores estatais, privados e sociedade civil ao nível das comunidades locais e a capacitação destes actores para a participação nos conselhos locais, através de: - Sensibilização e capacitação dos líderes de modo a aproveitar da melhor forma os espaços formais assim como informais com vista a influenciar a acção governativa. - Fortalecimento da articulação entre as próprias organizações da sociedade civil que actuam no âmbito da governação local. a) Partidos políticos - Os partidos políticos como elementos de agregação, articulação e de representação de interesses são também actores relevantes. Os partidos têm a responsabilidade genuína de fiscalizar as acções do governo e monitorar o grau de cumprimento de programas e metas de desenvolvimento Que valor tem a sociedade civil e os cidadãos de participarem na governação do distrito? A sociedade civil e os cidadãos em geral podem influenciar para a minimização dos efeitos negativos do fraco impacto das acções dos governos na defesa e satisfação dos seus interesses. De que forma estes podem influenciar o governo distrital? Pode ser através de: a) Uma maior participação na planificação das acções que têm em vista responder aos problemas e desejos ou expectativas dos cidadãos e comunidades a nível local; b) Uma maior participação dos cidadãos no exercício das actividades de governação no Distrito; c) Um maior empenho na fiscalização e monitoria do que o governo distrital está a fazer; d) Uma maior exigência de responsabilidades do governo distrital em relação aos resultados na implementação de actividades/projectos; e) Uma maior coordenação de esforços com vista a influenciar melhorias na implementação de projectos/ programas pelo governo distrital; f) Uma maior articulação de esforços para influenciar de maneira informada as decisões do governo distrital para a melhoria da qualidade e eficácia das políticas públicas; e g) Uma capacidade para sancionar o governo distrital pelo seu mau serviço ao cidadão e à sociedade em geral em momentos eleitorais.

22 20 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Todas estas acções são interdependentes e se a sociedade civil for capaz de garantir que elas se realizem, então é também muito provável que se possa ter um governo cada vez mais responsável. Uma sociedade onde estes elementos estão ausentes, fica difícil que o governo possa cumprir com suas obrigações de satisfazer os interesses dos cidadãos. Caixa 2. De que forma a sociedade civil e os cidadãos podem participar na governação distrital? Planificação do desenvolvimento local a sociedade civil tem o dever de contribuir na elaboração dos planos económicos e sociais do distrito, identificando problemas e soluções para tais problemas que são depois encaminhados às autoridades distritais. Os comités comunitários, conselhos consultivos locais são essenciais pontos de entrada de demandas dos cidadãos. Planificação do orçamento a legislação sobre órgãos locais do Estado estabelece que todas as decisões dos órgãos locais com impacto no desenvolvimento devem ser tomadas mediante consulta prévia às comunidades. Deste modo, a sociedade civil tem a prerrogativa de exigir que faça parte do processo de orçamentação anual do plano económico e social. Exigência de transparência os governos locais tem a obrigação de publicitar os seus actos. Por exemplo, uma vez aprovado o orçamento, 15 dias depois a informação deve ser colocada à disposição do público em local de fácil acesso; e simultaneamente deve ser divulgada através das rádios ou outros meios de comunicação. Isto favorece o processo de monitoria da acção governativa por parte da sociedade civil e melhora a transparência na gestão dos fundos públicos. Portanto, é papel da sociedade civil estimular a transparência por parte dos governos, o que contribui significativamente na prestação de contas. Prestação de contas a sociedade civil tem o dever de fiscalizar a acção do governo para garantir que as preocupações que são integradas nos planos de desenvolvimento local são efectivamente executadas, e quando não forem satisfeitas então a sociedade civil pode responsabilizar os governos. Embora a Lei dos órgãos locais seja vazia em termos de obrigatoriedade dos governos distritais prestarem contas à sociedade civil, isto não elimina o dever da sociedade civil exigir responsabilidades. A Lei prevê que os conselhos locais prestam contas às comunidades que representam. Se isto é um facto, também se deve considerar o facto de que os conselhos locais acabam por prestar contas sobre actos que são consequências de acções realizadas pelos governos. Deste modo, a sociedade civil pode exigir dos governos a prestação de contas pelos seus actos, até porque eles actuam como mandatários dos cidadãos.

23 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 21 PARTE IV SOCIEDADE CIVIL E AS OPORTUNIDADES DE PARTICIPAÇÃO E INFLUÊNCIA NA GOVERNAÇÃO LOCAL

24 22 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital

25 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Sociedade Civil e as Oportunidades de Participação e Influência na Governação Local 4.1. Os conselhos locais são os principais mecanismos de participação comunitária A participação dos cidadãos, comunidades locais, associações ou outras formas de organização das pessoas na governação local pode melhorar as oportunidades de alcance dos interesses das comunidades locais. A proximidade da sociedade civil ou dos cidadãos aos seus governantes através da participação pode aumentar a responsabilidade dos governos distritais na implementação de programas de desenvolvimento. O n.º 3 do artigo 3 da Lei 08/2003, de 19 de Maio, diz que no âmbito do funcionamento dos órgãos locais do Estado, estes para além de outras questões: Observam os princípios do respeito pelos direitos subjectivos e pelos interesses legítimos dos administrados, garantem a participação activa dos cidadãos, e incentivam a iniciativa local na solução dos problemas das comunidades. E o n.º 1 do artigo 100 do Decreto 11/2005, de 10 de Junho, que é o instrumento legal que regulamenta a Lei 08/2003, diz o seguinte em relação a participação: Os órgãos locais do Estado devem assegurar a participação dos cidadãos, das comunidades locais, das associações e de outras formas de organização, que tenham por objecto a defesa dos seus interesses, na formação das decisões que lhes disserem respeito. Estes dois artigos que acabaram de ser indicados apontam para duas responsabilidades dos órgãos locais do Estado (OLE s) em relação aos seus cidadãos e comunidades: a. No respeito pelos direitos fundamentais os órgãos locais do Estado devem promover e respeitar a liberdade de expressão, liberdade de associação, defender o direito à vida, respeitar o direito à informação, respeitar o direito de constituir associações, e promover a satisfação dos interesses legítimos dos cidadãos; b. Na promoção da participação os OLE s têm de criar as condições necessárias para a participação dos cidadãos e das comunidades e/ou associações a participarem na governação com vista a solução dos seus problemas. Quais são as formas de participação previstas na Lei dos órgãos locais? A participação e consulta das comunidades locais na governação a nível do distrito são feitas através dos Conselhos Locais. São quatro conselhos locais correspondentes aos quatro níveis de administração a nível do distrito, conforme é determinado pelo n.º 1 do artigo 117 do Decreto 11/2005, que integra i) Conselho Local de Distrito; ii) Conselho Local do Posto Administrativo; iii) Conselho Local da Localidade; e iv) Conselho Local de Povoação. Conforme previsto no n.º 2 do artigo 7 do Diploma Ministerial n.º 67/2009, de 17 de Abril, O Administrador Distrital é o responsável pela institucionalização dos Conselhos Locais dos níveis distrital e inferiores.

26 24 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Caixa 3. É fundamental exigir a criação do Conselho Local no Distrito. A participação das comunidades ocorre através dos Conselhos Locais que também são órgãos de consulta das autoridades distritais e outras. Neste sentido, para que as comunidades possam participar na governação têm que estar organizadas em Conselhos Locais; e outras formas de organização das comunidades, nomeadamente Comités Comunitários; Fórum Local e Fundos Comunitários. Imagine-se uma comunidade em que não existe ainda um Conselho Local criado. O que pode acontecer? Certamente que fica dificultada a participação dessa comunidade na governação. Sendo assim, a comunidade tem que se organizar e ir até ao administrador do distrito, através dos seus representantes, que podem ser associações ou grupos organizados da comunidade, ou através de autoridades comunitárias ou tradicionais, para exigir a criação e institucionalização do Conselho Local. Os Conselhos Locais, de acordo com a Lei, são também órgãos de consulta das autoridades da administração Local (artigo 2 do Diploma Ministerial 67/2009). O Conselho Local é um órgão de consulta das autoridades da administração local, na busca de soluções para questões fundamentais que afectam a vida das populações, o seu bem-estar e desenvolvimento sustentável, integrado e harmonioso As decisões que os órgãos locais do Estado devem tomar no âmbito da prossecução dos interesses de desenvolvimento local não podem ser tomadas sem a prévia consulta às comunidades locais. Esta é uma obrigatoriedade que os governos distritais têm de cumprir. Como é que essa consulta se faz? A consulta que as autoridades distritais devem fazer às comunidades é com base em reuniões e através dos comités comunitário Participação no âmbito da planificação distrital O n.º 1 do artigo 12 da Lei 08/2003 enuncia o seguinte: O distrito é a unidade territorial principal da organização e funcionamento da administração local do Estado e base da planificação do desenvolvimento económico, social e cultural da República de Moçambique. A planificação distrital é baseada em dois documentos importantes: O Plano Estratégico de Desenvolvimento Distrital (PEDD), um documento estratégico de cinco anos; E o Plano Económico e Social e o Orçamento Distrital (PES-OD) que é o documento operacional de planificação e é anual. Na elaboração dos dois documentos deve-se sempre ter em conta outros documentos de planificação nacional, nomeadamente: a Agenda 2025; o Programa Quinquenal do Governo (PQG); Cenário Fiscal de Médio Prazo; e o Plano de Acção para a Redução da Pobreza.

27 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 25 O Decreto 11/2005 estabelece no seu n.º 2 do artigo 125 as bases de orientação da planificação, e são: a) Orientações metodológicas e as prioridades nacionais definidas pelo Governo. b) As prioridades específicas definidas pelos Governos Distritais. c) A especificidade e as potencialidades do distrito. d) As necessidades prioritárias e específicas da população do distrito, seus postos administrativos e localidades Como é que as comunidades e sociedade civil podem participar na planificação? Como é já prática, a planificação no distrito é participativa. O que é importante fazer é melhorar a forma de participação. Através das organizações de base comunitárias, associações, comités comunitários ou de grupos de interesse locais, estes devem aproveitar os espaços de consulta e participação já criados para influenciar as decisões dos governos tanto durante a auscultação sobre problemas e necessidades das comunidades, assim como durante a fase de priorização. A sociedade civil deve participar neste sentido por via de sua presença nos fóruns de consulta local, influência sobre decisões e através da capacidade de manifestar opiniões sobre assuntos de interesse das comunidades locais. O processo de planificação segue um ciclo que é chamado Ciclo de Planificação do PESOD. Aqui são indicadas apenas as etapas que correspondem àquelas que ocorrem ao nível distrital O ciclo de planificação é crucial para a participação da sociedade civil A sociedade civil deve focalizar o seu esforço de participação principalmente sobre os momentos do ciclo de planificação e orçamentação 1) Fevereiro Abril Levantamento das Necessidades e Priorização. Início do esboço de Propostas do PES e Orçamento do Estado. As Equipas Técnicas Distritais facilitam os encontros com Conselhos Locais desde o nível de Localidade até ao Distrito. Resultados que se esperam: y Um documento das necessidades e a sua priorização pelas comunidades locais. y As comunidades organizadas através dos comités comunitários, fóruns locais e outras formas de organização discutem os problemas locais e identificam soluções. y A priorização das necessidades deve ser negociada a nível do Fórum Local, de forma a garantir acordos entre os diferentes grupos de interesse. y O conselho local defende nas consultas feitas pelas autoridades da administração local as questões fundamentais de interesse para o desenvolvimento local e suas soluções.

28 26 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 2) Abril Projecto de PES é submetido para a aprovação pelo Conselho Consultivo Distrital. Resultados que se esperam: y A proposta de PES-OD é aprovada pelo Conselho Consultivo Distrital. y Os membros dos Conselhos Locais que fazem parte do Conselho Consultivo Distrital e outras organizações da comunidade devem usar o espaço do Conselho Consultivo para influenciar a aprovação das prioridades. y A não aprovação de possíveis propostas nas prioridades definidas pelas comunidades deve levar a que a sociedade civil questione o governo para explicar porque é que não foram aprovadas. 3) Abril até 31 de Maio Análise e processamento das informações pela equipa técnica distrital. Nesse período os tectos do orçamento inicial são enviados aos sectores, com a metodologia para formular propostas para o Orçamento do Estado e Plano Económico e Social. Resultados que se esperam: y Proposta de PESOD é revista pela equipa técnica distrital de acordo com a informação dos limites orçamentais. y Aprovação do PESOD y Os diferentes grupos das comunidades locais devem nessa fase organizar-se para defender os interesses das comunidades y A criação de plataformas que integram diferentes grupos e associações pode representar melhor forma de intervenção na defesa dos interesses das comunidades locais 4) Junho Submissão do PESOD ao Governo Provincial e digitalização da informação orçamental no formato do SISTAFE. Resultados que se esperam: y Submetido o PESOD ao Governo Provincial. y Os grupos da sociedade civil do distrito, os conselhos locais devem nessa fase reforçar a sua colaboração com as organizações parceiras do nível provincial para representarem e defenderem os seus interesses junto do governo provincial y Os grupos da sociedade civil, os conselhos locais devem aproveitar mobilizar os membros das assembleias provinciais de modo a influenciar a aprovação pelo Governo Provincial das propostas do PESOD.

29 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 27 5) Maio 31 de Julho Tendo em conta os tectos de orçamento inicial, os sectores preparam as propostas de orçamento e submetem à DNO/MPD. Resultados que se esperam: y Submetido o PESOP a DNO/MPD. y O papel da sociedade civil a nível provincial é fundamental para influenciar a defesa dos interesses das comunidades locais nos documentos de planificação. Isto acontece como resultado da influência das redes e fóruns desenvolvida entre a sociedade civil do distrito e o nível provincial Participação na elaboração do Orçamento de Estado a nível do distrito O orçamento distrital é o documento no qual se encontram previstas as receitas e despesas a serem realizadas durante o exercício económico. O orçamento do distrito tem por objecto, tanto a implementação de políticas de competência central delegadas aos governos distritais, assim como a prossecução de interesses e competências próprias do nível local (artigo 128 do Decreto 11/2005). As receitas a nível distrital provêm de contribuições que os cidadãos irão fazer mediante o tipo de impostos ou taxas e tarifas a serem cobradas pelo governo do distrito, que incluem: a) Impostos colectados dos cidadãos pelo governo; b) O rendimento dos bens móveis e imóveis; c) Taxas por licenças concedidas; d) Tarifas pagas pela prestação de serviços; e) Taxas de mercados, e etc. É com base nessas receitas que o governo garante a prestação de serviços às comunidades, nomeadamente na construção de postos de saúde e colocação de médicos, construção de escolas e colocação de professores, abertura de furos de água e etc. A nível do distrito, as receitas são colectadas tanto pelas entidades da administração do distrito, mas também pelas autoridades tradicionais e/ou comunitárias. A Secretaria Distrital é o sector no qual se faz a gestão das receitas que o governo distrital colecta dos cidadãos.

30 28 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Caixa 4. De onde vem o dinheiro para financiar a realização dos programas de desenvolvimento local? O Governo do Distrito para realizar actividades e programas conta com o dinheiro que é transferido pelo Governo Central para despesas correntes e de capital (despesas de capital é quando se faz para bens duradouros, tais como a construção de escolas, hospitais, estradas, entre outros); também tem o dinheiro que resulta das receitas cobradas localmente pelo Governo do Distrito (que inclui impostos que os cidadãos pagam; taxas relativas a licenças; taxas relativas ao uso de bens ou serviço do Estado e outras). É possível também que o Governo do Distrito obtenha recursos para implementar actividades por via de dinheiro doado por organizações não governamentais ou empresas. (Para ter mais informações sobre fontes de financiamento e o tipo de receitas pode-se consultar os artigos 133, 134 e 135 do Decreto 11/2005,). O dinheiro que é transferido do Governo Central para o Governo do Distrito implementar seu plano, tanto como o dinheiro que advém da colecta de receitas a nível local, tem que estar programado no Orçamento do Distrito. Deve ficar claro que nenhuma receita pode ser estabelecida, ou inscrita no Orçamento do Estado ou cobrada se não estiver definida por lei. As receitas só podem ser cobradas se elas estiverem previstas no orçamento aprovado pela Assembleia da República (n.º 2 do artigo 4 da Lei 9/2002, de 12 de Fevereiro). É importante também ficar claro que a receita inscrita no Orçamento do Estado corresponde ao valor mínimo estabelecido (n.º 3 do artigo 4 da Lei 9/2002), isso significa que durante o ano, o Governo do Distrito pode ultrapassar os valores previstos no Orçamento, isso não constitui problema. Como é que as receitas que derivam dos impostos e taxas são integradas no orçamento do Distrito? Como foi referido antes, todas as receitas para serem cobradas têm que estar antes previstas no Orçamento do Distrito. Isso significa na prática que as receitas a serem colectadas elas na verdade já se encontram inscritas no Orçamento do Distrito. Contudo, o total das receitas cobradas pode vir a ser menor do que o previsto, porque nem sempre se tem certeza sobre quanto é que o Distrito irá conseguir arrecadar. Os cidadãos têm a possibilidade de saber quanto o Distrito arrecadou em termos de receitas mensalmente. Esta informação deve ser solicitada junto da Secretaria Distrital. E a alocação deste dinheiro para implementação de actividades deve ser feita mediante consulta do Governo Distrital às comunidades locais através dos Conselhos Consultivos Locais. Portanto, está aqui uma oportunidade para que a sociedade civil possa influenciar na alocação do dinheiro Porque é que os cidadãos e a sociedade civil têm que dar importância aos orçamentos? A resposta é simples. O orçamento é a base da implementação dos programas de desenvolvimento. Sendo assim, o controlo e a monitoria do orçamento são indispensáveis para uma implementação bem sucedida dos programas de desenvolvimento local.

31 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 29 Um aspecto importante a saber é de que o orçamento é um documento público. O orçamento não é um documento secreto e nem deve ser. Os cidadãos têm direito de ter acesso a ele. O artigo 131 do Decreto 11/2005 determina o seguinte: Decorridos 15 dias após aprovação do orçamento, o orçamento dos órgãos locais do Estado fica a disposição dos particulares interessados para consulta dentro do horário normal de funcionamento dos serviços, em local de fácil acesso ao público, no edifício sede do órgão local do Estado É importante ter informação sobre os orçamentos? Sim. O acesso à informação sobre os orçamentos permite que os cidadãos estejam em condições de perceber as limitações que os seus governos têm na implementação de programas de desenvolvimento, como também lhes dá as possibilidades de monitorar de maneira realística o desempenho dos seus governos. A falta de transparência na alocação e execução dos orçamentos cria desconfiança nos governos. Os cidadãos também têm o dever de contribuir para o orçamento distrital através de pagamento de impostos e taxas cobradas pelas autoridades locais. É dessas contribuições que os governos asseguram a realização dos programas de desenvolvimento. Caixa 5. O direito a informação sobre os orçamentos e deveres dos cidadãos no pagamento de impostos O que é que o artigo131 do Decreto 11/2005 na prática quer dizer? Ele informa que diferentemente do que acontece muitas vezes nas instituições do governo, o orçamento é um documento para consulta de qualquer cidadão. Quando os funcionários públicos dificultam o acesso ao orçamento, estes estão a violar a Lei. Por outro lado para aqueles que não sabem ler também há uma grande responsabilidade do Governo Distrital de garantir que também estes gozem do direito de se informarem sobre o orçamento. É assim que o n.º 2 do artigo 131 do Decreto 11/2005 indica que o Governo Distrital recorre aos meios de comunicação social para periodicamente informar o público sobre a execução orçamental Quais os deveres dos cidadãos na contribuição para o orçamento do distrito? A realização dos programas de desenvolvimento do Distrito não pode acontecer sem dinheiro. E o dinheiro tem que vir das contribuições dos cidadãos através de diversas formas, incluindo o pagamento de impostos, taxas e tarifas. Portanto, a questão essencial aqui é de que os cidadãos têm que estar cientes de que pagar impostos constitui um dever, para além de ser uma questão importante de responsabilidade cívica. Deste modo, as organizações da sociedade civil não somente devem focalizar seus esforços na exigência de direitos ao governo distrital, mas também devem empenhar-se na consciencialização das comunidades sobre os seus deveres, incluindo estes de natureza fiscal que tem a ver com pagamento de impostos.

32 30 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Caixa 6. Os cidadãos têm deveres em relação ao orçamento Os Conselhos Locais e a sociedade civil de uma maneira geral têm o dever de divulgar a informação sobre o orçamento do Distrito através tanto das suas redes ou plataformas, como também durante os encontros com as comunidades locais. Este processo vai ajudar as comunidades, incluindo a própria sociedade civil, a terem conhecimento sobre a situação financeira do Governo do Distrito e dessa forma, também, uma ideia da capacidade de realização dos programas e planos de desenvolvimento distritais. Uma situação ideal no contexto da governação seria a de se ter um processo de orçamentação genuinamente participativo, embora a execução do orçamento seja matéria exclusiva do governo distrital. Actualmente, não é prática a nível dos distritos o orçamento participativo. Os Conselhos Locais apenas têm a possibilidade de decidir sobre a alocação do Fundo de Desenvolvimento Distrital (vulgarmente conhecidos por 7 milhões). Participar na orçamentação seria uma vantagem não apenas porque as comunidades estariam mais aptas em influenciar a alocação de recursos mas também porque promoveria o sentido de responsabilidade fiscal por parte dos cidadãos. Assim, é dever da sociedade civil se organizar para mobilizar as comunidades a participarem no pagamento de impostos e taxas porque deles depende também os serviços que o Governo Distrital deve prestar às comunidades, e da mesma forma devem estar atentos em exigir a informação ao governo sobre os níveis de cobrança de impostos e taxas de tal forma a que consigam influenciar positivamente o uso e gestão dessas receitas em benefício do desenvolvimento das comunidades locais e do Distrito Monitoria e avaliação da implementação dos programas e planos distritais A monitoria consiste no acompanhamento e verificação sistemática da implementação dos programas de desenvolvimento local. A monitoria no distrito deverá focalizar na implementação do PESOD. A monitoria garante que a sociedade civil esteja: a. Informada sobre os progressos na implementação de programas; b. Capacitada para influenciar de maneira informada as decisões sobre políticas públicas; c. Posicionada para provocar maior responsabilização e maior prestação de contas dos governos; e d. Habilitada para o exercício de acções de advocacia.

33 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital A sociedade civil pode monitorar e avaliar a acção do governo? Muitas dúvidas têm sido colocadas a nível dos governos distritais sobre a legitimidade das organizações da sociedade civil se envolverem em actividades de monitoria e avaliação da governação. As perguntas que colocam redudam sempre numa mesma: Para quê, porquê e com que legitimidade as organizações da sociedade civil têm que fazer monitoria e avaliação da governação? As organizações da sociedade civil podem monitorar e avaliar a governação. O facto é que os governos existem porque os cidadãos os colocaram para em nome deles trabalharem para a satisfação de seus interesses. E os cidadãos pagam impostos para esse fim. Deste modo é legítimo que os cidadãos possam monitorar e avaliar o que os seus representantes estão a fazer e como estão a fazer. Essa monitoria & avaliação não pode ser feita de forma individual, daí que as organizações da sociedade civil acabam por, em nome das comunidades, realizar esse trabalho. Os resultados da monitoria são usados pelas organizações da sociedade civil para influenciar mudanças nas políticas públicas, tanto em termos de desenho como também em termos de implementação. A monitoria e avaliação fornecem matéria para informar processos decisórios, e influenciar melhorias na qualidade de intervenção. Existem momentos importantes no ciclo de planificação que são chave para o processo de monitoria e avaliação da governação. E estes momentos correspondem àqueles definidos pelo artigo 28 do Diploma Ministerial 67/2009, referente às sessões do Conselho Consultivo Distrital que são realizadas ordinariamente duas vezes ao ano. São as seguintes: a. A primeira sessão decorre até ao mês de Abril, e deve servir para (i) apreciação do relatório da implementação dos planos do ano anterior (ii) aprovação do plano do ano corrente; e (iii) apreciação das propostas do plano para o ano seguinte. b. A segunda sessão decorrerá durante o terceiro trimestre do ano, no mês de Setembro, e deve servir para fazer o balanço preliminar dos planos de implementação e quando necessário, actualizá-los. Cada uma dessas etapas constitui um momento chave para a monitoria. O ideal é que a monitoria seja feita com uma periodicidade que permite que seja possível identificar, o quanto cedo, possíveis desvios. Por exemplo de três em três meses ou de quatro em quatro meses ao ano. É recomendável que sejam usadas diversas fontes de informação. A monitoria deve esforçar-se em apresentar evidências, isto implica que as pessoas envolvidas devem ser capazes de confrontar a informação que têm com a realidade.

34 32 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital Caixa 7. Como garantir o sucesso da monitoria da governação A forma como a sociedade civil deve intervir a nível distrital para realizar a monitoria da governação é determinante para ela ser bem ou mal sucedida. Algumas vezes os governos distritais se colocam contra as organizações que fazem monitoria da governação por causa dos erros cometidos no momento em que elas iniciam as suas actividades no distrito. As organizações precisam de estar devidamente credenciadas para o efeito, e devem antes de mais seapresentar junto dos governos distritais, darem a conhecer os seus propósitos e, sempre, com a clareza de que o trabalho de monitoria e avaliação da governação que elas pretendem desenvolver visa apoiar o governo, no sentido em que vai proporcionar melhoria no seu desempenho. Devese evitar que o trabalho de monitoria e avaliação possa ser interpretado como uma acção de inspecção. E mais ainda, é importante que os governos distritais não venham a associar o trabalho das organizações da sociedade civil como sendo organizações partidárias, que é a forma segundo a qual muitas vezes os governos distritais classificam as organizações envolvidas na monitoria da governação. Uma saída para a garantia de que o trabalho não poderá ser inviabilizado pelos governos distritais, pode ser por via de estabelecimento de acordos ou memorandos de entendimento entre as organizações da sociedade civil e o governo do distrito. A monitoria e avaliação da governação permitem identificar falhas na implementação de programas e projectos de desenvolvimento local. E a partir delas é mais fácil determinarem -se as vias alternativas de superação dessas falhas. Uma das áreas chave para a monitoria da governação é a relacionada com orçamento. A execução do orçamento é da responsabilidade exclusiva do Governo. E o orçamento é a base da implementação dos programas de desenvolvimento. A monitoria e avaliação ajudam o governo distrital a tomar decisões sobre políticas de desenvolvimento ajustado aos princípios da racionalidade, eficiência, eficácia. As Comissões de Trabalho a nível dos Conselhos Locais deveriam estar municiadas de capacidade para levar a cabo de forma mais sistemática as actividades de monitoria, uma vez que elas são os órgãos mais importantes para esse efeito. A sociedade civil também tem a prerrogativa de não defraudar os grupos que elas representam e defendem na comunidade, através de uma maior participação na monitoria do PESOD Advocacia de políticas A advocacia corresponde ao conjunto de actividades organizadas orientadas pela experiência e conhecimento e que buscam influenciar de maneira significativa uma mudança de política, de comportamentos e decisões em benefício dos cidadãos/comunidades. Quem advoga um certo assunto tem que ter conhecimento e a crença de que as alternativas que possui são as melhores para uma determinada política ou actividades a serem realizadas pelo governo. E tem que estar muito claro de que tais alternativas vão dar o melhor que as comunidades desejam para resolver seus problemas. Por exemplo: se considerarmos hipoteticamente que o problema cíclico de bolsas de fome no Distrito de Mogincual deriva da ausência de investimentos no sector da agricultura; então, os grupos de interesse empenhados na defesa de políticas alternativas no sector da agricultura deverão compreender a natureza do problema, identificar alternativas viáveis e depois mobilizar apoios para a defesa da causa. Só depois é que se avança no sentido de advogar a causa ou a política junto do grupo alvo, que pode ser o governo ou um sector específico do governo.

35 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 33 A caixa 8 que se segue abaixo apresenta um exemplo de um caso que pode interessar à sociedade civil a advogar em defesa dos interesses das comunidades locais, em matéria relacionada com a exploração de madeira. Caixa 8. Exemplo de como advogar em defesa dos interesses da comunidade Numa localidade do Namacurra na província da Zambézia, existe um povoado que reclama de não beneficiar da exploração de madeira feita por vários exploradores oficialmente concessionados pelo governo. Este constitui na verdade um problema que tem vindo a acontecer um pouco por todo o país. Este facto prejudica a vida das comunidades no povoado e também representa uma violação à lei. O n.º 5 do artigo 35 da Lei de Florestas de Fauna Bravia (LFFB) Lei 10/99, de 7 de Julho, e o artigo 102 do Regulamento da LFFB definem que as comunidades nas áreas de exploração beneficiam de 20% de qualquer taxa de exploração florestal ou faunística. Contudo, são denunciados vários casos de falta de cumprimento deste dispositivo por parte dos operadores ou concessionários, o que se traduz em muitos casos na ausência de qualquer benefício por parte das comunidades locais pela exploração por terceiros dos seus recursos naturais. Este é um importante assunto importante e preocupante para a vida das comunidades locais. E é um assunto que deve interessar à sociedade civil em defesa das comunidades locais junto das autoridades governamentais locais. Foi assim que uma organização da sociedade civil denominada Retorno do Nosso Recurso decidiu avançar em defesa da comunidade. A organização começou por auscultar a comunidade sobre o problema, tendo depois reunido com os operadores para entender mais sobre o problema apresentado pela comunidade, tendo depois contactado o governo do distrito para também colher informação sobre o assunto. Depois de tentar várias vezes uma solução amigável, esta demorava a chegar de tal modo que, a organização decidiu juntar a comunidade incluindo os seus representantes comunitários para delinear posições sobre como agir em relação ao problema. Assim, juntamente com alguns representantes da comunidade começaram por identificar os actores chave do distrito com influência a nível local. Em seguida identificaram quais os espaços de participação existentes a partir dos quais poderiam veicular a informação sobre os seus propósitos. E assim foram mobilizando apoio de várias pessoas e grupos, elaboraram as suas cartas e petições manifestando sua indignação em relação ao assunto. Essas cartas e petições foram enviadas tanto ao governo distrital como também para o governo provincial, exigindo o cumprimento da Lei e sobretudo o respeito às comunidades. Foi assim que passados 10 meses uma solução foi encontrada, tendo sido exigido que os exploradores florestais tivessem que depositar na conta do Fundo Comunitário os 20% das taxas de exploração Responsabilização e prestação de contas Os governos e outras formas de poder do Estado funcionam por delegação de responsabilidades. É assim que eles têm que agir unicamente em benefício dos interesses dos cidadãos. Essa delegação deve ser supervisionada por quaisquer mecanismos de responsabilização e prestação de contas. O objectivo do supervisionamento seria de garantir que a delegação serve os interesses das comunidades locais. Os cidadãos/comunidades e a sociedade civil têm o dever de exigir responsabilidades por parte dos governantes em relação àquilo que eles fazem ou deixam de fazer. Isto significa que o cidadão pode premiar ou repudiar o

36 34 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital desempenho dos seus governantes. Os cidadãos podem premiar quando o governo presta um bom serviço à comunidade, e pode sancionar quando o governo se desvia do objectivo principal de satisfazer interesses dos cidadãos. Algumas das formas mais comuns de sancionamento ocorre durante os processos eleitorais. Mas nos Distrito, tem sido usado recorrentemente a presidência aberta para repudiar abertamente casos de mau desempenho dos governos distritais Sobre o que é que a exigência de prestação de contas deve incidir? A incidência sobre a exigência de prestação de contas deverá estar direccionada no PESOD. A responsabilização e prestação de contas é um pilar chave da governação e a sua condição mais importante de verificação tem que ver com o acesso a informação pelas entidades públicas. Embora a legislação não preveja a prestação de contas do governo distrital à sociedade civil, isto não pode ser interpretado como a não permissão de exigência de prestação de contas por a Constituição da República, se sobrepõe a todas outras leis, e sendo que os n.º 1 e 2 do artigo 48 da Constituição da República indicam que o direito à informação é um direito fundamental que não deve ser limitado por censura, então, esta constitui uma base para a sociedade civil pedir a prestação de contas dos governos distritais sobre o que eles fazem ou deixam de fazer e que tem implicações muito fortes na vida das comunidades locais. No que se refere ao orçamento do Estado, está previsto que os governos distritais devem informar o público sobre a execução orçamental e permitir o acesso público ao orçamento. Este passo é importante e deve ser estendido para os espaços em que as comunidades locais têm a possibilidade de se confrontar com os governos de forma directa, nomeadamente a nível dos Conselhos Consultivos Locais, ou então nas Presidência e Governação Abertas, ou mesmo durante os fóruns de monitoria do orçamento. Caixa 9. Exigência de prestação de contas porquê? Os cidadãos pagam impostos para que os governos prestem serviços que satisfaçam seus interesses. Da mesma forma os cidadãos elegem seus representantes com o objectivo de que estes possam salvaguardar a defesa das suas propriedades e o bem-estar comum. É por essas razões que uma vez que os governos actuam em nome dos cidadãos a eles se exige que prestem contas àqueles para quem eles trabalham. Se olharmos para o distrito, podemos afirmar que no que se refere a exigência de prestação de contas, o PESOD seja a base mais importante sobre a qual focalizar a exigência de prestação de contas, embora não se resuma apenas a ele, uma vez que existem os direitos civis e políticos, como por exemplo o direito a liberdade de expressão, o direito a ter acesso à informação, o direito a vida e outros direitos que não aparecem nos documentos de planificação. Portanto, a sociedade civil deve estar atenta a forma como o governo gasta os recursos que vai buscar dos cidadãos para realizar actividades em prol do desenvolvimento local. A exigência de prestação de contas pode estimular um melhor desempenho, e dessa forma pode contribuir para o alcance dos interesses das comunidades.

37 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 35 PARTE V RECOMENDAÇÕES SOBRE O USO DO GUIÃO

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39 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 37 Recomendações sobre o uso do guião 5.1. Como garantir a eficácia no uso do guião Para uma melhor eficácia no uso deste guião há que levar em conta os seguintes elementos: y O presente guião foi concebido unicamente como instrumento de apoio na identificação de caminhos para a participação na governação a nível distrital e um estímulo para aquisição, e partilha de conhecimentos entre grupos da sociedade civil e entre estes e comunidades locais, na área da governação; y O guião pode ser usado como referência para pensar em formas específicas de como cada indivíduo ou organização da sociedade civil na sua área de interesse ou de trabalho se pode organizar e garantir a participação efectiva das partes interessadas; e y À medida que novos instrumentos legais relacionados com a área da governação participativa são aprovados, o guião deverá ser actualizado onde se julgar necessário, uma vez que este não se substitui aos instrumentos legais, e tem que ser um instrumento dinâmico e sempre actual O que pode ser feito y Ao usar o guião como referência para a participação na governação distrital deve-se sempre estar atento a legislação e às mudanças da mesma dado que estas acabam por afectar as condições de participação; y Deve-se permanentemente explorar novas oportunidades de participação que se vão criando com a prática da governação e gestão participativa do distrito e tirar proveito delas; y As organizações da sociedade civil devem prestar atenção aos processos e estágios de participação como áreas em que se deve desenvolver capacidade técnica através de formação/capacitação contínua, essencialmente em áreas como de planificação, orçamentação, monitoria e fiscalização e advocacia de políticas; y Considerar o guião como um instrumento de apoio para a prática e desenvolvimento da cultura de cidadania por parte das comunidades locais e sociedade civil a nível local; e y O conhecimento que pode ser produzido com base na utilização do guião, combinado com as discussões derivadas das redes e fóruns da sociedade civil sobre os processos de participação, pode gerar informação relevante para influenciar a aprovação de legislação favorável à melhoria das formas de participação O que não pode ser feito y Não se pode considerar o guião como substituto da legislação. O guião permite identificar os pontos da legislação que podem ser importantes para a participação do cidadão, mas em todo o momento deve haver uma preocupação em reivindicar direitos com base na lei, como também respeitar as obrigações e deveres que a Lei estabelece.

40 38 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital

41 Guião de Consulta para a Participação Comunitária e da Sociedade Civil na Promoção da Boa Governação Âmbito Distrital 39 Bibliografia DFID (2008). Citizens Voice and Accountability Evaluation: Mozambique Country Case Study. Evaluation Report. July 2008 FEREJOHN, J. (1999). Accountability and authority: Toward a theory of political accountability, pp in A. Przeworski, S.C. Stokes & B. Manin (eds.), Democracy, accountability, and representation. Cambridge: Cambridge University Press. FRANCISCO, Albino (sd). Como a Iniquidade na Alocação do Orçamento do Estado em Moçambique Influencia os Grupos Vulneráveis HODGES, Tony & TIBANA, Roberto (2005). Economia Política do Orçamento em Moçambique. Lisboa: Principia. OCDE (2002), O Cidadão como Parceiro. Manual da OCDE sobre Informação, Consulta e Participação na Formulação de Políticas Públicas Informação, Consulta e Participação Pública na Formulação de Política, Brasília: Colecção Gestão Pública Massala Consult Lda (2009). Análise das Experiências Relacionadas com a Participação Comunitária e Consulta na Planificação Distrital em Moçambique. Relatório Final Consolidado. Regiões Norte, Centro e Sul (Províncias de Niassa, Nampula, Tete, Zambézia, Manica, Inhambane e Gaza). Março 2009 Legislação ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA. Constituição da República de Moçambique Maputo: Imprensa Nacional de Moçambique. CONSELHO DE MINISTROS. Regulamento da Lei n.º 10/99, de 7 de Julho, Lei de Florestas e Fauna Bravia. Decreto 11/2005, de 10 Junho. Regulamento da Lei dos órgãos locais do Estado. Decreto 6/2006, de 12 de Abril Estrutura Orgânica do Governo Distrital. Diploma Ministerial 67/2009, de 17 de Fevereiro. Guião para Organização e Funcionamento dos Conselhos locais. Lei 2/2006, 22 de Março. Princípios e Normas gerais e Jurídicos do Ordenamento Tributário Moçambicano. Lei 8/2003, de 19 de Maio. Lei dos Órgãos Locais do Estado Lei 9/2002, de 12 de Fevereiro. Lei do SISTAFE

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44 ENDEREÇOS/CONTACTOS: MASC Mecanismo de Apoio à Sociedade Civil Austral-COWI Moçambique Lda. Avenida Kwame Nkrumah 27 Caixa Postal 4296 Maputo Tel: (+ 258) Cel: (+258) Fax: (+258) Web: AGENTE FACILITADOR: Tete/Manica: Tel: (+258) Contacto: Francisco Pantie

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