LEVANTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PARA OBESIDADE INFANTIL E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO-CE

Documentos relacionados
LEVANTAMENTO DO SOBREPESO/OBESIDADE INFANTIL E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO-CE.

ANÁLISE COMPARATIVA DE SOBREPESO E OBESIDADE NO ENSINO FUNDAMENTAL EM UMA ESCOLA PARTICULAR E UMA ESCOLA PÚBLICA DE FORTALEZA.

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

EXCESSO DE PESO E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS ASSISTIDOS PELO NASF DO MUNICÍPIO DE PATOS-PB

Avaliação do Índice de Massa Corporal em crianças de escola municipal de Barbacena MG, 2016.

PERFIL NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA DA UNIFRA 1

EXCESSO DE PESO, OBESIDADE ABDOMINAL E NÍVEIS PRESSÓRICOS EM UNIVERSITÁRIOS

AUTOR(ES): LUIS FERNANDO ROCHA, ACKTISON WENZEL SOTANA, ANDRÉ LUIS GOMES, CAIO CÉSAR OLIVEIRA DE SOUZA, CLEBER CARLOS SILVA

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS POLICIAIS MILITARES DE UM BATALHÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO

PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DOS INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO (HUPAA/UFAL)

25 a 28 de novembro de 2014 Câmpus de Palmas

Avaliação nutricional e percepção corporal em adolescentes de uma escola pública do município de Barbacena, Minas Gerais

INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS DE COLABORADORES DE UMA PANIFICADORA

AULA 2 Fatores de Risco para Crianças e Adolescentes

ESCOLA MUNICIPAL LEITÃO DA CUNHA PROJETO BOM DE PESO

ATIVIDADES EDUCATIVAS SOBRE SAÚDE CARDIOVASCULAR PARA IDOSOS RESIDENTES NO CENTRO DE CONVIVÊNCIA DE ANTÔNIO DIOGO.

PROMOÇÃO DA SAÚDE FATORES DE RISCO PARA DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM FATIMA DO PIAUÍ.

3. Material e Métodos

XIV Encontro Nacional de Rede de Alimentação e Nutrição do SUS. Janaína V. dos S. Motta

ESTADO NUTRICIONAL DE COLABORADORES DE REDE HOTELEIRA

Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

V CONGRESSO SUDESTE DE CIÊNCIAS DO ESPORTE

DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM POPULAÇÃO ATENDIDA DURANTE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

Vigitel Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico

OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA

PERFIL DOS HIPERTENSOS IDOSOS DA EQUIPE 1 DA UNIDADE BÁSICA DA SAÚDE DA FAMÍLIA DE CAMPINA GRANDE

CORRELAÇÃO ENTRE ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA DE IDOSOS EM UMA CIDADE DO NORDESTE BRASILEIRO

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

PERFIL CLÍNICO E BIOQUÍMICO DOS HIPERTENSOS DE MACEIÓ (AL) de Nutrição em Cardiologia (Ufal/Fanut/NUTRICARDIO )

Promoção da alimentação adequada e saudável na prevenção de câncer

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS ASSISTIDOS POR CENTROS DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL (RCQ ) E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) EM ESTUDANTES

INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS

Co-orientadora Profa. Dra. da Faculdade de Nutrição/UFG,

DIFERENÇAS NA COMPOSIÇÃO CORPORAL DE ALUNOS DE ESCOLAS PÚBLICAS E PARTICULARES RESUMO

CONSUMO ALIMENTAR DE ESTUDANTES DE EDUCAÇÃO BÁSICA 1

ESTUDO PARASITOLÓGICO DE FEZES EM PESSOAS COM DIABETES TIPO 2 E SUA INTERFACE COM INDICADORES METABÓLICOS

Avaliação do Consumo Alimentar de Escolares da Rede Publica de Ensino Fundamental de Piracicaba

INQUÉRITOS NACIONAIS DE SAÚDE E NUTRIÇÃO. Profa Milena Bueno

OBESIDADE NA INFÂNCIA. Dra M aria Fernanda Bádue Pereira

O CRESCIMENTO E O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DE UMA ESCOLA MUNICIPAL¹

QUAL O IMC DOS ALUNOS CURSOS TÉCNICOS INTEGRADOS AO ENSINO MÉDIO NO IFTM CAMPUS UBERLÂNDIA?

RISCO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM SERVIDORES PÚBLICOS DO ESTADO DE MATO GROSSO

DIA MUNDIAL DO RIM 13 DE MARÇO DE 2014-FORTALEZA, CE 1 EM 10. O RIM ENVELHECE, ASSIM COMO NÓS

ATIVIDADES DE EDUCAÇÃO NUTRICIONAL COM AS CRIANÇAS D E UM CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE CARÁTER FILANTRÓPICO DO MUNICÍPIO DE TUBARÃO SC

Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar PeNSE

Ano V Nov./2018. Prof. Dr. André Lucirton Costa, Prof. Dr. Amaury L. Dal Fabbro, Adrieli L. Dias dos Santos e Paulo Henrique dos S.

ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR ENTRE HIPERTENSOS E DIABÉTICOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA.

SOBREPESO E OBESIDADE

Auna do curso de Educação Física, Bacharelado e Licenciatura da Unijui 3

TÍTULO: ÍNDICE DE CONICIDADE EM ADULTOS SEDENTÁRIOS DA CIDADE DE CAMPO GRANDE-MS

PROGRAMA INTERDISCIPLINAR DE ATENÇÃO E PROMOÇÃO À SAÚDE DE CRIANÇAS, JOVENS E ADULTOS DE GUARAPUAVA

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE GESTANTES ATENDIDAS NOS ESF DO MUNICÍPIO DE SÃO LUDGERO NO ANO DE 2007

Os escolares das Escolas Municipais de Ensino Fundamental

Avaliação da glicemia e pressão arterial dos idosos da UNATI da UEG-GO

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM INDIVÍDUOS COM SÍNDROME DE DOWN ATENDIDOS NO CENTRO DE ATENDIMENTO CLÍNICO E EDUCACIONAL EM HORIZONTE CE

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM CRIANÇAS DE UMA CRECHE NA CIDADE DE FORTALEZA UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

FACULDADE ICESP INTEGRADAS PROMOVE DE BRASÍLIA PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA

O COMPORTAMENTO ALIMENTAR DO IDOSO ATIVO

TÍTULO: ADAPTAÇÃO TRANSCULTURAL E AVALIAÇÃO DAS PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS DO QUESTIONÁRIO HOLANDES DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

RELATO DE EXPERIÊNCIA: FEIRAS DE SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA VIGILÂNCIA E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTOS E IDOSOS EM GOVERNADOR VALADARES - MG.

Beatriz de Oliveira Matos1 Lais Miranda de Melo2 Maria Grossi Machado3 Milene Peron Rodrigues Losilla4

AULA 3 Anamnese e Perfil de Risco para Crianças e Adolescentes. Prof.ª Ma. ANA BEATRIZ M DE C MONTEIRO CREF /G 1

Importância da Atividade Física na Redução de Gastos Publicos com o Tratamento da Diabetes Mellitus em Escolares do Ensino Fundamental

SEMINÁRIO DE ENFRENTAMENTO DO EXCESSO DE PESO E OBESIDADE NA SAÚDE SUPLEMENTAR

PALAVRAS-CHAVE: crescimento e desenvolvimento. pré-escolar. enfermagem.

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE CAMBIRA- PR

PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA PREVENÇÃO DA OBESIDADE ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO-CE.

CONSUMO ALIMENTAR DE ESCOLARES DA REDE PÚBLICA DE ENSINO NO MUNICÍPIO DE PALMAS TO

ASSOCIAÇÃO ENTRE PRESSÃO ARTERIAL ELEVADA E DOENÇAS CARDIOVASCULARES EM CRIANÇAS COM SOBREPESO/OBESIDADE

Programa Mais Saúde. Endereço: Av. Araxá, nº 156, Lagomar, Macaé RJ. CEP

DIAGNÓSTICO DA PREVALÊNCIA DA OBESIDADE INFANTIL NO ENSINO FUNDAMENTAL DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE CORNÉLIO PROCÓPIO

Índice de massa corporal e prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos institucionalizados

PNS Pesquisa Nacional de Saúde 2013 Ciclos de vida, Brasil e grandes regiões Volume 3

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONCEPÇÃO DO USO DE SUPLEMENTOS ESPORTIVOS ENTRE ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA EM NATAL/RN

A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA GORDURA CORPORAL DOS PARTICIPANTES DO PIBEX INTERVALO ATIVO 1

COMPOSIÇÃO CORPORAL: análise e comparação entre alunos do ensino fundamental do município de Muzambinho e Guaxupé

PREVALÊNCIA DE PRESSÃO ARTERIAL ELEVADA EM ADOLESCENTES DE ACORDO COM ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA

O comportamento alimentar e as rejeições e aversões alimentares de estudantes adolescentes de escolas públicas e privadas de Teresina-PI.

TÍTULO: HIPERTRIGLICERIDEMIA PÓS-PRANDIAL EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2 E O RISCO CARDIOVASCULAR

TÍTULO: ANÁLISE DE APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA A SAÚDE DE ESCOLARES CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA

PERFIL NUTRICIONAL DAS CRIANÇAS QUE FREQUENTAM OS CENTROS MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO INFANTIL DE JANDAIA DO SUL PR

MUDANÇA DE COMPORTAMENTO ALIMENTAR DE INDIVÍDUOS PARTICIPANTES DE UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO

GRUPO COPPA: ATIVIDADE INTERDISCIPLINAR NO PATOLOGIAS ASSOCIADAS BRIGITTE OLICHON LUMENA MOTTA REGINA BOSIO

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO RISCO CARDIOVASCULAR DA CORPORAÇÃO DE BOMBEIROS DE MARINGÁ/PR

EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA ADOLESCENTES: NUTRIÇÃO SEM MODISMO. PALAVRA CHAVE: Perfil nutricional; Alimentação; Adolescentes.

SAÚDE COLETIVA: ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS PARA DIMINUIR OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA CONTEMPORANEIDADE 1

ESTUDO ANTROPOMÉTRICO E NUTRICIONAL DE ACADÊMICOS RECÉM-INGRESSOS NO CURSO DE FARMÁCIA DA FAMETRO

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DOS FATORES DE RISCO PARA DOENÇA CORONARIANA DOS SERVIDORES DO CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

Vigilância nutricional da criança e da mulher durante o pré-natal e. Profa Milena Bueno

PROMOÇÃO DE SAÚDE NAS ESCOLAS: NOÇÕES BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS PARA PROFESSORES

INSTITUIÇÃO(ÕES): FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DA SANTA CASA SÃO PAULO - FCMSCSP

PERFIL DO ÍNDICE DE MASSA CORPORAL DOS ESCOLARES INGRESSOS NO INSTITUTO FEDERAL DO TOCANTINS Campus Paraíso do Tocantins

Obesidade. O que pesa na sua saúde.

SAÚDE E MOVIMENTO: Análise do Comportamento alimentar e físico em adolescentes RESUMO

ANÁLISE DA VARIAÇÃO DO PESO CORPORAL E DO COMPORTAMENTO DE CÃES APÓS OVÁRIO-HISTERECTOMIA E ORQUIECTOMIA ELETIVA. Introdução

Transcrição:

LEVANTAMENTO DOS FATORES DE RISCO PARA OBESIDADE INFANTIL E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA ENTRE ESCOLARES DO MUNICÍPIO DE REDENÇÃO-CE Gutemberg dos Santos Chaves 1, Vivian Saraiva Veras 2 Resumo: A obesidade é uma patologia complexa e multifatorial, resultante da interação de genes, ambiente, estilos de vida e fatores emocionais. O presente tinha como objetivo identificar os fatores de risco para o sobrepeso/obesidade infantil e hipertensão arterial sistêmica entre escolares do município de Redenção-CE em três escolas, sendo duas Instituições de Ensino Municipal e uma Instituição de Ensino Particular. A amostra foi constituída de 115 alunos de 6 a 12 anos que se enquadraram nos critérios de inclusão. Foram mensurados o peso corporal e a altura, a circunferência da cintura, a prega cutânea do tríceps, os níveis de pressão arterial sistólica e diastólica das crianças. Os dados sociodemográfico, clínicos e hábitos de vida foram obtidos por meio de questionário. Os dados foram analisados no software Epi Info e a significância adotada foi de p<0,05. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia AfroBrasileira (CEP- UNILAB), conforme a Resolução 466/12. Onde os pais ou responsáveis que concordaram em participar do estudo assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e as crianças assinaram o Termo de Assentimento. A amostra foi constituída de 115 crianças, foi observado um grande percentual de crianças com obesidade (13,04%) e sobrepeso (22,61%). Foi observado uma taxa de (6,09%) de hipertensão nos escolares, sendo hipertensão tipo 1 (0,87%) e hipertensão tipo 2 (5,22%). Conclui-se que este estudo teve um valor essencial no conhecimento do estado da saúde do público alvo. Palavras-chave: obesidade. hipertensão arterial sistêmica. escolares. INTRODUÇÃO Nos últimos anos, a obesidade infantil vem causando uma grande preocupação na saúde populacional, devido ao seu aumento alarmante, e o aumento de risco para o surgimento de várias complicações que podem surgir na infância e a sua continuidade na idade adulta. A prevalência da obesidade aumenta com o avanço da idade. (BRASIL, 2017). De acordo WHO. (2016) e seu o relatório da comissão pelo fim da obesidade infantil, em todo o mundo, a prevalência de sobrepeso entre menores de 5 anos aumentou de 4,8% para 6,1% entre 1990 e 2014, passando de 31 milhões para 41 milhões de crianças afetadas durante esse período. 1 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto de Ciências da Saúde, e-mail: gutembergchave@gmail.com 2 Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, Instituto de Ciências da Saúde, e-mail: vivian@unilab.edua.br

(WHO, 2016). No Brasil, estima-se que 33% das crianças entre 5 a 9 anos de idade estejam acima do peso, sendo que destas 14,3% são consideradas obesas, conforme pesquisa de orçamentos familiares em 2008 e 2009 (IBGE, 2010). Estudos demonstram que a obesidade está diretamente associada ao aumento da pressão arterial em crianças (SBC, 2016). Há diversos fatores de risco que ajuda para o desenvolvimento da hipertensão arterial em crianças e adolescentes, são: os níveis iniciais elevados de pressão arterial, a história familiar, a obesidade, o sedentarismo, o tabagismo e o alcoolismo. (JUNIOR et al., 2017). METODOLOGIA Trata-se de um estudo não experimental, descritivo e transversal. A pesquisa foi realizada em duas escolas públicas municipais. Foram selecionadas crianças de 6 a 12 anos que estavam regularmente matriculadas nas escolas selecionadas e que cujo os pais ou responsáveis concordarem com a realização do estudo. A primeira fase foi constituída por reuniões com os diretores e professores das escolas para apresentação do projeto, assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido e acordar os melhores dias e horários para a execução da coleta de dados nas escolas selecionadas. Após esta fase foi elaborado um questionário abrangendo as variáveis sociodemográficos, clínicas e hábitos de vida. Para avaliar a composição corporal das crianças, foi utilizada a antropometria. Nesta avaliação foi realizada apuração do peso, altura, circunferência do pescoço, abdominal e pregas cutâneas e aferição da pressão arterial. Os dados após coletados foram digitados em banco de dados previamente elaborado no programa Excel, versão 2013, com aplicação da técnica de dupla digitação com vistas à verificação de possíveis erros de transcrição. Para análise dos dados foi utilizado o software Epi Info versão 7.1. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (CEP- UNILAB) RESULTADOS E DISCUSSÃO A amostra foi constituída de 115 crianças, destes, 62 meninas (53,91%) e 46 meninos (46,09%). A média de idade foi de 9,19, com idade máxima de 12 e mínima de 6 anos.

A cor auto referida predominante foi a parda (60,87%), seguido por branca (60,87%) e negra (6,96%). A grande maioria das crianças (80%) alimenta-se da merenda escolar, dos escolares que realizam refeições na escola, (53%) das crianças informaram que não gostava da comida oferecida no ambiente escolar. Nas residências dos escolares tem uma média 4,8 de moradores por domicilio. As refeições em família acontecem em (92,17 %) das casas. O consumo médio diário de frutas foi de 1,9 e de verduras 1,4 por cada criança. Os escolares (71,05%) afirmaram de realizarem em alguma refeição assistindo televisão. O percentual (93,91%) das crianças informaram que se alimentavam antes da de ir para a escola. As causas da ausência de alimentação foram: que não gostava (57%) e que faltava tempo para realizar a refeição (43%). Dentro das casas escolares (99,13%) possuíam televisão. Além disso, possuíam computador (25,44%), destes, (39,13%) tinha a rede de internet. Foi visto uma grande utilização de aparelhos eletrônicos, (53,04%) possuíam aparelho de smartphone e tablet (30,43%). Os escolares (79,13%) usavam por mais de 2 horas por dia esses aparelhos eletrônicos. No horário livre, (75,65%) das crianças realizam alguma prática de atividade física, as mais citadas foram o futebol, brincadeira infantil e ciclismo. As causas mais citadas para não realização de atividade foram (Sem interesse, bairro perigoso, falta de companhia e pais não permitem). A média de dias por semana dessas atividades física é de 4,3, com o percentual maior de crianças realizando atividade pelo menos uma 1 hora por dia. (36,78%) durante o seu repouso, as crianças têm a média foi 9,7 de horas de sono, destes (39,13%) dorme em outro horário durante o dia por mais de 1 hora (54,55%). Em relação ao seu peso corporal, foi observado um grande percentual de crianças com obesidade (13,04%) e sobrepeso (22,61%), resultando no total (35,65%) de crianças acima do seu IMC, peso eutrofico (56,52%) e (7,83%) peso abaixo do IMC Correlacionando com este estudo, Campos, Leite e Almeida (2006) expôs em seu estudo a prevalência de sobrepeso/obesidade de (19,5 %) entre alunos de escolas da rede de ensino público e privado do município de Fortaleza- CE. Na região do Maciço do Baturité, foram avaliadas 360 crianças menores de 2 anos no município de Redenção-CE, onde identificou-se (19,8%) e (20,0%), respectivamente para o sobrepeso e a obesidade (SILVA et al., 2016). Foi observado uma taxa de (6,09%) de hipertensão nos escolares, sendo hipertensão tipo 1 (0,87%) e hipertensão tipo 2 (5,22%). A prevalência atual de hipertensão arterial na idade

pediátrica encontra-se em torno de 3% a 5% (SBC, 2016). Em uma revisão sistemática em escolares brasileiros foi observado uma média (7,67%) de crianças apresentaram pré- hipertensão e 8,41% das crianças apresentaram hipertensão arterial (PEREIRA et al., 2016). CONCLUSÕES Nessa perspectiva, conclui-se que este estudo teve um valor essencial no conhecimento do estado da saúde do público alvo. O estudo apresentou que os escolares possuem um estilo de vida inadequado, com erros de hábitos alimentares e inatividade física. Estes erros configuram-se como o principal fator responsável por causar obesidade na infância, além disto, identificou níveis pressóricos elevados nos escolares. Espera-se que a partir de estudo como este, possa favorecer a adoção de medidas de prevenção, ações de promoção da saúde e tratamento dessas condições de saúde, na perspectiva de uma melhor qualidade de vida para essas crianças. AGRADECIMENTOS Gostaria de agradecer, à minha orientadora, profa. Vivian Saraiva Veras pelo os ensinamentos ao decorrer do estudo. A todos pais / responsáveis e os escolares pela a colaboração que permitiu a realização da pesquisa. À secretaria de educação do município de Redenção e as diretoras das escolas que concederam autorização para realização da pesquisa. Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo auxílio financeiro e a Pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação pelo o apoio institucional.

REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Vigitel Brasil 2015 Saúde Suplementar: vigilância de fatores derisco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Agência Nacional de Saúde Suplementar. Brasília: Ministério da Saúde, 2017 WHO. World Health Organization. Report of the commission on ending childhood obesity. Geneva: WHO Press, 50 p 2016. IBGE.Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Pesquisa de orçamentos familiares 2008-2009 : análise do consumo alimentar pessoal no Brasil / IBGE, Coordenação de Trabalho e Rendimento. - Rio de Janeiro : IBGE, 2010. SBC. Sociedade Brasileira de Cardiologia, 7ª Diretrizes brasileiras de hipertensão arterial. Volume 107, Nº 3, Supl. 3, 2016 JÚNIOR, Cláudio et al. Associação entre sobrepeso e hipertensão arterial em crianças e adolescentes. Cinergis, [s.l.], v. 17, n. 2, p.125-128, 16 ago. 2016 PEREIRA, Flávia Erika et al. Prevalência de hipertensão arterial em escolares brasileiros: uma revisão sistemática. Nutr. clín. diet. hosp. 2016 SILVA, Háquila Andréa Martins da et al. Vigilância nutricional de crianças menores de dois anos do município de Redenção, Ceará: a importância do diagnóstico para planejamento das políticas públicas nesse grupo etário. Revista Brasileira de Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, Sâo Paulo, v. 56, n. 10, p.62-73, abr. 2016. CAMPOS, Lício de Albuquerque; LEITE, Álvaro Jorge Madeiro; ALMEIDA, Paulo César de. Nível socioeconômico e sua influência sobre a prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares adolescentes do município de Fortaleza. Revista de Nutrição, [s.l.], v. 19, n. 5, p.531-538, out. 2006. CORDEIRO, Jóctan Pimentel et al. Hipertensão em estudantes da rede pública de vitória/es: influência do sobrepeso e obesidade. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, [s.l.], v. 22, n. 1, p.59-65, fev. 2016.