TÍTULO: ANÁLISE DE APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA A SAÚDE DE ESCOLARES CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA

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1 16 TÍTULO: ANÁLISE DE APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA A SAÚDE DE ESCOLARES CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICA INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE SANTA CECÍLIA AUTOR(ES): THALITA CAETANO ORIENTADOR(ES): THIAGO ROGEL SANTOS FERREIRA

2 EFEITO DE UM PROGRAMA DE INTERVENÇÃO NA APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA A SAÚDE DE ESCOLARES 1. Resumo O propósito do presente estudo será desenvolver uma intervenção com tema transversal relacionado a saúde e seus impactos na aptidão física e nos níveis de atividade física de escolares na faixa etária de 8 e 10 anos, de uma escola de rede privada, na cidade de Santos SP. Os testes foram realizados, durante o primeiro semestre do ano letivo de 2016, durante as aulas de Educação Física Escolar. Para análise, foi escolhido o observatório PROESP BR (Projeto Brasil Esporte) que visa avaliar os padrões de crescimento corporal, estado nutricional, aptidão física para a saúde e para o desenvolvimento esportivo em crianças e adolescentes. Os resultados encontrados indicam que os escolares possuem níveis de aptidão física abaixo do indicado, o que consequentemente, pode comprometer a saúde. Conclui-se que é valido um programa de intervenção e conscientização dos resultados, para que uma melhora dos níveis aconteça a longo prazo com os estudantes escolares, relacionada a saúde. 2. Introdução A preocupação com os níveis de sedentarismo, sobrepeso e fatores de risco relacionados à saúde em crianças, vem crescendo atualmente. Estudos confirmam que é justamente nessa faixa etária que vamos definir hábitos e comportamentos que são levados para a vida adulta. Segundo a pesquisa de revisão Obesidade Infantil relacionada a hábitos de vida e práticas alimentares, realizada por um estudante do curso de Enfermagem da Universidade de Santo Amaro, em 2012, que teve como objetivo identificar os aspectos relacionados ao excesso de peso na infância, foi observado que além da alta ingestão de alimentos calóricos e a falta de uma alimentação equilibrada, a prática de atividades físicas, brincadeiras ao ar livre e qualquer atividade que promova um gasto calórico, estão sendo substituídas por jogos de videogames, computadores, televisão, entre outros. (PRADO, S. 2012; GORTMAKER, 1995). Essa afirmação também se reforça com dados do IBGE (2012), que uma pesquisa nacional para avaliar a saúde de escolares do nono ano do ensino

3 fundamental (antiga oitava série) e apresentou entre os diversos tópicos do estudo, os dados de prática de atividades físicas em que apenas 30,1% da população nacional foi considerada ativa, sendo 63,1% considerada insuficiente ativa e 6,8% inativa. Sobre as aulas de Educação Física Escolar, no Sudeste 51,0% das escolas possui apenas um dia de aula. Quanto ao tempo assistindo televisão, 78,0% da nossa população nessa faixa etária possui o hábito de assistir duas ou mais horas por dia. Apesar da educação ser de competência de toda a sociedade, observa-se que, nos últimos anos, a escola vem assumindo uma maior parcela da responsabilidade de educar crianças e jovens. A crescente estratégia de ampliação de tempo na escola (escolas em tempo integral) talvez seja uma das maiores provas dessa tendência. Analisamos a existência de um movimento cada vez maior entre a escola e outros componentes sociais de modo especial da família não somente dividindo, como abarcando uma maior responsabilidade pela educação numa perspectiva integral de crianças e jovens (LUGUETTI, 2011). Em vista dessa afirmação faz-se importante analisar os efeitos das aulas de educação física na conscientização das crianças e familiares no aumento do nível de atividades físicas para bons índices de aptidão física e saúde. 3. Objetivo Avaliar os efeitos de um programa de intervenção nos níveis de atividade física e aptidão física de escolares relacionadas a saúde. 4. Metodologia 4.1 Amostra A população desse estudo será constituída por 14 crianças do Ensino Fundamental, de 08 a 11 anos, de ambos os gêneros em uma Escola da Rede Privada da cidade de Santos SP. 3.2 Instrumentos As avaliações serão realizadas a partir do observatório PROESP BR (Projeto Brasil Esporte) que visa avaliar os padrões de crescimento corporal, estado

4 nutricional, aptidão física para a saúde e para o desenvolvimento esportivo em crianças e adolescentes. Serão avaliados os componentes de Composição Corporal (IMC), Aptidão Cardiorespiratória (Teste da corrida/ caminhada dos 6 minutos), força de membros inferiores, Flexibilidade (Teste de sentar e alcançar), Resistência muscular localizada (Número de abdominais em 1 minuto sit up), Força explosiva de membros superiores (arremesso de medicineball de 2kg), Força explosiva de membros inferiores (Salto horizontal em distância), Agilidade (teste do quadrado) e Velocidade (corrida de 20 metros). Uma entrevista semiestruturada será realizada para mensurar o nível de atividade física da amostra e posteriormente comparado aos níveis de atividade física sugeridos à saúde 5. Desenvolvimento As avaliações oferecidas pelo PROESP SP serão aplicadas durante a aula de Educação Física Escolar, no primeiro semestre do ano letivo de 2016 em crianças de 8 e 10 anos, meninos e meninas em dois momentos: pré-teste (Agosto) e pós teste (Novembro). Os testes foram aplicados durantes as aulas, divididas em dois testes por aula para que a fadiga e motivação não modificassem o desempenho. Foram feitas duas tentativas, sempre considerando o melhor resultado do aluno em sua avaliação. Após a coleta de todos os dados, um projeto de intervenção de dois meses, será realizado durante dez aulas desse período, visando a melhora de aptidão física. O projeto contará com aulas específicas cujo objetivo será reforçar a importância de hábitos saudáveis, através de discussões teóricas (Conceitual) e atividades práticas (procedimental) com o objetivo de abordar diversos temas relacionados a saúde, onde por meio da vivência e troca de conhecimentos sobre a importância dos níveis de atividade física, tragam consciência de que os estudantes precisam praticar, buscando assim que novos hábitos sejam gerados e incentivando os mesmos a prática de atividade física (FREIRE, 2004). Após a intervenção, novos dados serão colhidos buscando calcular a eficácia do programa nos níveis de atividade física e nos níveis de aptidão física relacionada a saúde (pós-teste). 6. Resultados Preliminares

5 PERCENTUAL (%) A coleta de dados está sendo realizada através do PROESP - BR e medida com os valores oferecidos pelo observatório. Uma média geral dos resultados obtidos até o presente momento, nos permitiu avaliar as faixas etárias de 8 e 10 anos. O grupo de faixa etária de 10 anos, em relação ao índice de massa corporal, apresenta uma média de 40% dos estudantes em uma zona considerável saudável e dentro da normalidade de medidas indicadas para um padrão saudável para a idade. O teste que calcula a Força de Membros Inferiores, temos 70% dos estudantes com 10 anos com resultados abaixo do esperado, o mesmo ocorre com a faixa etária de 8 anos, tendo assim uma média de 60% dos estudantes com os índices de força de membros inferiores abaixo do indicado. O teste de agilidade, tanto a faixa etária de 8 anos, quanto a faixa etária de 10 anos, temos 100% dos estudantes com os índices muito abaixado do esperado e determinado para a faixa etária, considerada saudável. Nos testes de flexibilidade, os estudantes de ambas faixas etárias apresentaram uma média de 10% abaixo do esperado, considerando que os estudantes em relação a flexibilidade estão em uma zona saudável. No teste de 6 minutos, que visa avaliar a aptidão cardiorrespiratória, os valores encontrados apresentam apenas 20% dos estudantes com resultados abaixo do esperado, o que também podemos considerar em um primeiro momento um resultado positivo, onde a maioria se encontra em uma zona saudável. Por fim, o último dado colhido até o presente momento, vida calcular a força abdominal, onde temos uma média de 70% dos estudantes com resultados insatisfatórios, abaixo do esperado. Gráfico 1. Referente aos níveis insatisfatórios relacionados a saúde* IMC FEMI AG FLEX 6MIN FA ZR_10anos ZR_8anos ZR_geral

6 *Os dados de IMC da faixa etária de 8 anos e Flexibilidade da Faixa etária de 10 anos estão em processo de coleta 7. Considerações Finais Diante dos resultados encontrados, os estudos revelam que entre os estudantes analisados, em relação ao índice de massa corporal, a maioria está dentro dos níveis recomendados de saúde. Porém, quanto aos resultados obtidos sobre os níveis de aptidão física, avaliados pelo observatório PROESP BR, revelam que os estudantes em sua maioria, apresentam resultados abaixo do recomendado, revelando um baixo nível de aptidão. Esse cenário, nos alerta além de avaliar apenas o nível, e sim, para que esse estado físico atual, tenha reflexos na saúde das crianças. Como forma de obtenção de uma melhor qualidade de vida e promoção da saúde, um programa de prática de atividades física deve ser implementado para conscientizar os alunos sobre o risco que eles podem sofrer, e incentivo de levar uma vida mais saudável e ativa. Além de reforçar que esses fatores na infância, se não forem reeducados, podem seguir para a adolescência e consequentemente, a fase adulta, onde esse cenário pode se tornar ainda mais comprometedor aos níveis de saúde.

7 Referências Bibliográficas FREIRE, E.S.; OLIVEIRA, J.G.M.; Educação Física no Ensino Fundamental: identificando o conhecimento de natureza conceitual, procedimental e atitudinal. Revista Motriz. V.10, n. 3, GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Características dos programas de Educação Física Escolar. Revista Paulista de Educação Física, p 49-62, GUEDES, D.P.; GUEDES, J.E.R.P. Aptidão Física relacionada a saúde de crianças e adolescentes: Avaliação referenciada por critério. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, V.1, N. 2, p 27-38, GORTMAKER, S.; MUST, A.; SOBOL, A.; PETERSON, K.; COLDITZ, G.; DIETZ, W. Television viewing as a cause of increasing obesity among children in the United States, Arch Pediatr Adolesc Med. 1996; 150: LUGUETTI, C.N.; BOHME, M.T.S. Práticas Esportivas Escolares: o esporte no contraturno das escolas e suas possibilidades. 1ª edição. São Paulo, p. SILVA, D.A.S.; LIMA, J.O.; SILVA, R.J.S.; PRADO, R,L. Nível de atividade física e comportamento sedentário em escolares. Revista Brasileira de Cineatropometria e Desempenho Humano, p , Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, SILVA, R; MALINA; M. Sobrepeso, atividade física e tempo de televisão entre adolescentes de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil. Revista Brasileira Ciências e Movimento. 2003;11:63-6.